Você De Novo? escrita por Miss Sant


Capítulo 44
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Olá, zamueres, obrigada pela preocupação, graças a Deus eu etou bem melhor u.u.
Enfim, espero que gostem, não demorei tanto, tô dentro dos 15 dias. Aleleuia! Glorifica!
Bj



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/357332/chapter/44

PDV Sam.

Ian e eu estávamos sentados no sofá, ligeiramente abraçados e dividindo o último cookie de chocolate quando Freddie me mandou um sms.

– Hum, Freddie esta vindo pra cá.

– Tipo, agora?

– É daqui a pouco ele deve estar entrando por aquela porta.

– Sam, eu acho que o Freddie não vai gostar dessa situação. – disse Ian tentando se afastar de mim.

– O que? Por quê?

– Por que nós estamos agarradinhos no sofá, vendo filme, eu sou seu amigo, com O, e se você colocar o h na frente você vai lembrar-se de homem.

– Ian, primeiro, será que dá pra você parar de me empurrar?

– Desculpa, eu não gosto de situações desconfortantes, muito menos de irritar namorados.

– Deixa de besteira, nós somos amigos. Se isso aqui fosse algo demais, com toda a certeza do universo, a porta estaria trancada, nós não estaríamos assistindo filme, e eu não veria o sms do Freddie por que eu estaria ocupada demais tirando sua roupa.

– Uau! Isso foi um exemplo ou uma sugestão Samantha? – ele sorriu, o tipo de sorriso que tinha um miligrama de falsa malicia e quilos de brincadeira.

– Não sei. O que você acha Fitzgerald? – entrei na brincadeira.

– Eu acho, que você esta tentando seduzir um homem comprometido.

– E eu acho que você acabou de seduzir uma mulher comprometida. Como resolveremos isso?

– Não sei, talvez eu devesse imitar um desses homens da caverna.

– Nossa quanta selvageria.

– Ou talvez eu devesse enchê-la de...

– Beijos? – falei da maneira mais teatral possível.

– Cócegas. – E foi exatamente o que ele fez. Ian estava sobre mim fazendo cócegas em minha barriga, o que sempre será a pior forma de tortura e constrangimento do mundo, mas de certa forma eu gostava, era uma tortura divertida quando você invertia o jogo e aquilo virava uma guerra de cócegas, o problema com o Ian era que eu quase nunca conseguia inverter o jogo, ele era ágil e alto, duas combinações terríveis quando se esta numa batalha.

– Para Ian. – disse sem fôlego.

– Você pediu por isso Puckett.

– Para, para, para, eu estou ficando sem ar, seu maldito, infeliz. – implorei entre respirações pela boca.

– Você deveria saber que não se ofende um inimigo quando esta perdendo Sam. – E a situação piorou antes Ian estava usando somente as mãos e atacando a minha barriga. Agora seu rosto estava numa zona de perigo, meu pescoço. Então tomei a decisão, mas correta do mundo, impulsionei meu corpo para frente e caímos do sofá.

– Sam, minhas costas. – Ian berrou.

– Haha, e agora Fitzgerald? – estava livre e assumi o controle da tortura.

– Ai, ai, ai, ta Sam, para.

– Me obrigue.

– Posso fazer melhor. Nunca conte vitória antes do tempo Puck.

– Ai não, Ian, você é um canalha maldito.

Ele estava rindo e eu também afinal estava sendo divertidamente torturada. Meu ar estava acabando, Ian estava praticamente em cima de mim e não achava nenhuma forma de escapar. Ainda gritava e esmurrava as costas dele quando ouvi um clique, Ian parou instantaneamente e olhou em direção a porta. Estiquei o pescoço e vi Freddie parado na com a boca meio aberta e os olhos semicerrados.

– Ok, quem é você e por que você esta em cima da minha namorada? – disse Freddie fechando à porta sem desviar o olhar de nós. Ian estava sentado no chão e eu ainda permanecia deitada.

– Freddie, Ian, Ian, Freddie.

– Legal, agora eu sei eu tenho um nome, falta o quem e o porquê.

– Como eu disse antes, constrangedor.

– Já se passaram alguns segundos e eu não sei por que você estava em cima da minha namorada.

– Freddie...

– Não é nada disso que você esta pensando, cara. – Ian me cortou.

– Jura? É essa frase que você vai usar justamente essa? Entre milhões de palavras você escolhe essas. – Ian me olhou e deu um sorriso discreto.

– Mas é verdade baby, isso é tão comum hoje em dia. – Ian começaria a sua vingança particular, pelo que eu e Ash fizemos com ele há uns anos atrás, o que fizemos não foi a coisa mais legal do mundo, não para o Ian, afinal quase custou o namoro dele, mas nós divertimos muito.

– Ian, cala a boca. – joguei uma almofada nele, Freddie se manteve na mesma posição com uma única diferença, ele estava de braços cruzados e parecia bem mais irritado.

– Será que alguém pode me explicar o que foi essa cena? Por que quanto mais o tempo passa com menos paciência eu fico. – Freddie confirmou meus pensamentos, apesar de na sua voz ter muito mais que irritação.

– Desculpa. – Ian falou baixo o suficiente para que eu ouvisse.

– Freddie, esse é o Ian, meu amigo.

– Sou Ian, amigo, e só, única e exclusivamente amigo da Sam.

– Por que vocês... – ele apontou para o chão e eu o interrompi.

– Esse futricado me fez cócegas, e ai começamos uma batalha de cócegas.

– Que eu venci.

– A controvérsia.

– Não, eu venci e pronto, aceite sua derrota.

– Jamais. – Freddie se sentou na poltrona. – Ei, é assim? Chega não da um oi, um bom dia, boa tarde, um beijo? – Ele deu um riso leve, cumprimento Ian e me deu beijo.

– Muito bem, essa foi a educação que Senhora Benson te deu.

– Então você é o Freddie. O cara que se jogou no apartamento alheio junto com uma garota que cozinha pratos exóticos, sem contar que é também o ser humano que não tem macarrão no armário.

– Exato, e você é o suposto marido da Sam.

– Suposto marido? Que engraçado. Freddie, vamos conversar.

– Não estamos fazendo isso? – questionou Freddie.

– Não do jeito certo. Seguinte, tem algumas regrinhas básicas para que eu não queira te socar cada vez que você passar por mim. – Ian mantinha uma expressão seria em seu rosto, ele estava olhando diretamente para Freddie, nem se uma mosca passasse ele desviaria o olhar.

– Me socar? - Freddie respirou fundo e me olhou.

– Sim. Agora vamos lá, a primeira regra: não monopolize a Sam. Segunda regra: se eu observar alguma marca na Sam, eu sugiro que você corra. E a terceira regra que é a mais importante e a única que importa: não magoe a Sam, por que neste caso eu realmente vou ser obrigado a usar uma coisa que eu não apoio, a violência. Sabe, eu não sou um cara agressivo, eu sou tranquilo, da paz, sou legal, juro.

– Hum hum. – Freddie apensas balançou a cabeça.

– Então estamos entendidos?

– Claro. Ah, não sei se vai ser possível cumprir a segunda regra.

– Você vai, por que se você não cumprir você vai ter um olho roxo pra te lembrar.

– Uau. – Freddie me olhava, e em seu olhar era carregado de marcas de perguntas. O clima estava estranho quando Ian começou a rir, revirei os olhos automaticamente.

– Fui convincente?

– Desculpa o que?

– É esse meu discurso todo, deu pra assustar?

– Com certeza, eu só não saio correndo daqui por que, estou muito cansado.

– Ufa, que bom!

– Vocês estavam assistindo star wars? – Freddie apontou para a TV.

– Não, o Ian estava assistindo, eu estava reclamando.

– Você gosta de star wars?

– Claro, quem não gosta?

Ian e Freddie começaram a conversar sobre o filme, os efeitos, a produção, os atores, a história, até que mudaram de assunto, falavam sobre trabalho, suas pretensões futuras, assunto que eu poderia opinar, e assim foi o resto da tarde, conversar divertidas acompanhadas de batata frita e refrigerante.

– Eu tenho que ir. – disse Ian, levantando do sofá.

– Já?

– Já, eu tenho que falar com a Lucy, avisar que eu cheguei, e terminar o trabalho de filosofia pós- moderna e seus auxílios literais.

– Parece cansativo.

– Parece divertido se você gosta de interpretações filosóficas. – Freddie pegou uma batata.

– Fazer o que, é o meu trabalho. Tchau, casal.

– Tchau, Ian. – dissemos.

Ian abriu a porta e então parou, parecia que ele havia sido transformado em pedra, até que se virou.

– Tem uma pessoa na sua porta Freddie.

– Quem?

– Não se dê ao trabalho de responder queridinho. Você é uma graça sabia? Pena que eu só tenho olhos, cabeça, corpo e coração pra uma pessoa. – disse Vivian, passando por Ian.

– Não esqueça a terceira regra, Freddie, nem tudo era brincadeira. – Ian virou-se e saiu, deixando Vivian sozinha na porta.

– Não me convida para entrar Sam?

– Eu acho que você já entrou. – Vivian bateu a porta e caminhou em nossa direção com seus saltos exageradamente altos.

– Estava sumida não é?

– E eu estava quase agradecendo por isso.

– Uma pena acabar com seus planos, Freddinho. Mas eu tenho algo importante para falar, esta na hora da Sam saber a verdade.

– Que verdade Vivian?

– Sentiram minha falta casal? – ela deu um sorriso de lado e cruzou as pernas.

– Achei que tivesse morrido.

– De repente, achei que tivesse capotado com o carro, caído da escada enquanto descia com seus saltos, quem sabe até tido um infarto fulminante.

– É adorável ver o quanto vocês me amam.

– É irritante lhe ver. Da pra dizer o que você quer aqui?

– Ouvi dizer que vocês estão namorando.

– Ouviu?

– Sim ou não?

– Isso responde a sua pergunta? – puxei a o rosto de Freddie e lhe dei o beijo mais escandaloso possível.

– Uma marca de ferro quente não teria sido menos eficiente.

– Ótimo, era isso o que você queria saber, agora tchau.

– Eu não queria fazer isso, juro que não queria, mas você não esta me dando outra escolha Freddie.

– Como é que é?

– Você vai contar ou eu conto?

– Contar o que Vivian?

– Deixa de ser cínico Freddie! Por favor, pare com isso. Oh meu Deus eu fui tão burra. – a voz de Vivian estava tremula.

– Freddie... – ensaiei uma pergunta, mas meus pensamentos foram interrompidos pelos soluços de Vivian.

– Não sei do que ela esta falando. – respondeu como se adivinhasse meus pensamentos

– Eu te dei uma chance, você disse que dormiria com ela uma vez, e eu tola, acreditei que você não me trairia, mas como não é mesmo? Como acreditar que o homem que traiu a amiga e ex-namorada duas vezes sem dó nem piedade não sucumbiria aos prazeres carnais?

– Duas vezes?

– Sim Sam, ou você acha que vocês se encontraram por acaso? Bom, esse acaso também se chama rastreador, eu rastreei seu numero há um tempo quando você ligou pra Freddie, descobri onde você morava e te monitorei desde então, até o momento perfeito.

Sabe qual era o plano original? O Freddie te encontraria, te seduziria e vocês ficariam juntos tempo o suficiente para Dominic achar que eu era você, e quando ele estivesse perto e me ligasse novamente mandaríamos você no meu lugar, quando ele se desse conta de que não era a mesma pessoa nós dois já estaríamos longe. Isso era pra ser rápido, coisa de duas semanas no mínimo. Mas eu deveria ter desconfiado que essa demora do Freddie para executar um plano tão simples não era normal, eu sabia que ele se envolveria, mas... – lágrimas caiam numa sequencia indescritível pelo rosto de Vivian. – Eu, eu fui boba, eu quis acreditar no nosso amor. Ele te contou não é? A historia toda, de que roubei o dinheiro do Dom? Bom, nós roubamos, prometemos fugir juntos, seriamos felizes para sempre... Não foi isso que você me disse seu canalha. Sorte que eu me toquei rápido o suficiente, por que se não você iria ficar com a Sam e livre de mim não é?

– Freddie. – minha respiração estava descompassada, eram muitas informações para se processar.

– Sam, eu não fiz nada disso, a Vivian uma mentirosa, você sabe disso.

– Ele te levou na zurra não levou? Eu sugeri. Ele me ligou desesperado dizendo que, precisava de ajuda que nada estava dando certo, então eu o ajudei. Um dia depois ele me ligou, eu perguntei se vocês tinham dormido juntos e ele desconversou, depois disso passou dias sem me ligar, mandar uma mensagem se quer, foi ai que eu soube que vocês tinham... – Vivian passou a mão na garganta.

– Sam... – Freddie pronunciou.

– Eu apareci na universidade naquele dia, por que fazia dias que ele não me ligava, ou respondia minhas mensagens. Eu não sou essa vadia que você, ou melhor, que ele colocou em sua cabeça Sam, eu sou apenas uma mulher apaixonada, lutando pelo seu amor, por liberdade e agora vingança.

– Sam. – Freddie tocou meu braço.

– Me solta, me solta, por favor, me larga! Eu... Isso tudo esta me deixando enojada. Eu não acredito que eu fui tão burra assim... Meu Deus ,mais que droga, eu não quero chorar. Eu não vou chorar por você, você não merece.

– Sam, você acreditou nisso? Sam, por favor, isso não é verdade. Eu te amo.

– Eu te amo. É muito fácil pra você dizer isso não é, Freddie? Não acredite em nenhuma dessas juras, todas são falsas, Sam.

– Sam, por favor, olha pra mim.

– Foi tudo uma mentira, Sam. Tudo. Cada toque, cada palavra, ele só estava te levando para a forca. – A voz de Vivian gritava em meus ouvidos.

– Cala a boca Vivian! – Freddie esbravejou. – Sam, por favor, Sam, meu amor, olha pra mim. – meus olhos estavam transbordando, minha respiração estava descompassada, meu coração acelerado e minha cabeça dava milhões de voltas rápidas o suficiente para me enlouquecer.

– O que Freddie? Quantas mentiras mais sairão da sua boca?

– Sam, como... Por favor, olha pra mim. – fiz o que ele pediu, Freddie parecia aflito, desesperado. – Isso tudo é mentira, eu jamais faria isso Sam. Pense comigo, é uma loucura, pra que tudo isso? E o Brad? Vamos Sam, por favor, eu lhe imploro, me diga que não acreditou nisso, que nosso amor é forte o suficiente.

– Amor? Isso chegou a existir entre nós? Da minha parte sim, eu te amei, e te amo e é por isso que esta doendo tanto, me desculpe mas, eu simplesmente não consigo acreditar em você.

– Sam, não...

– Eu não posso Freddie.

– Então você não me amou, nem me ama, você prefere acreditar nessa historia absurda, de uma mulher que você nem conhece, que só fez infernizar sua vida desde que chegou aqui...

– O inferno na minha vida começou desde que você voltou pra ela, e trouxe a Vivian e as promessas falsas com você. Você queria que eu fosse feliz não é Freddie? Pois bem, saia da minha casa, de preferência mude de continente.

– Eu não posso acreditar nisso. Quer saber Sam, você fala tanto de confiança e que me ama, mas eu acho que não. Você não me ama, talvez tenha sentido alguma afeição por mim, mas, amor? Não. Se não, você saberia que eu estou falando a verdade. Não irei insistir, ou tomar mais o seu tempo com minhas “promessas vazias”, você quer que eu vá embora? Eu irei embora. É assim que você será feliz? Ótimo, o que eu mais quero é a sua felicidade, uma pena que você não note isso.

– Obrigada, agora você pode sair, por favor?

– Claro.

– Perdão Sam, não queria fazê-la passar por isso novamente- disse Vivian.

– Poupe-me do seu arrependimento Vivian. - Vivian fez a volta até o elevador.

– Adeus Sam. – Freddie passou pela porta, e o vi atravessar o corredor, virar-se para fechar a porta e me olhar talvez, pela ultima vez, e eu não estava na minha melhor forma.

– Adeus Freddie. – sussurrei e fechei a porta.

Segundos depois lá estava eu, sentada no sofá, olhando fixamente para um ponto também conhecido como nada, me sentido a pessoa mais infeliz e estúpida do mundo e eu não tinha nem uma trilha sonora bacana para me acompanhar nesse momento. A vida e sua mania de ser uma montanha-russa era impressionante a capacidade que o universo tinha de me jogar num poço escuro, profundo e escorregadio.

Ainda não conseguia acreditar no que havia acontecido me perguntava se aquilo tinha sido um sonho, ou se eu só me enganei e foi uma pegadinha, mas, novamente para a minha total infelicidade não era brincadeira, era a verdade, a dolorosa, e impiedosa verdade.

E o que era verdade nessa historia toda? Não conseguia olhar na cara de Freddie e dizer que tudo bem, que eu não acreditava na Vivian, mas algo nessa historia não se encaixava e para piorar toda a situação, eu não fazia ideia do que era.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oie, ei, psiu, chega aqui rapidinho, ainda ta longe, cheguei mais perto um pouquinho, só mais um tiquinho de nada, ai ta bom. Escute com muita atenção, faltam três capitulos para o final. :o...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você De Novo?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.