A New Love escrita por Clara Bressan


Capítulo 6
Onde se foi minha vida?


Notas iniciais do capítulo

Gente, fui o mais rapido que pude. Serio. Prometo para voces.
Bom capitulo :)



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P.O.V – SANTANA

- O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI???????

Eram 7 horas da manhã de uma quarta e ao invés de eu seu acordada pelo meu despertador, sou acordada pela. Aparentemente, ela acordou.

Levantei da cama e fui até a sala de estar, que, tenho de admitir, estava uma zona mesmo. Haviam travesseiros e bebidas espalhados por toda a parte, objetos no chão e esse tipo de coisa, que acontece quando se dá uma House Party.

-A nossa sala de estar, ue?

-AI MEU DEUS!!!! – Gayberry estava completamente louca – Como isso aconteceu? E por que minha cabeça está doendo tanto????

Ela se sentou e eu fui pegar uma copo de água enquanto contava a história.

-Você não fica bêbada desde aquela festa em que você beijou o Blaine, pelo visto – comento, depois que termino de contar a história.

-Bom, depois que a Brittany vomitou em cima de mim naquela apresentação para a escola inteira, acho que tenho motivos para odiar a bebida, certo?

Certo.

Então, eu vi um vulto no outro quarto. Parecia que a pessoa estava tentando pular a janela, ou coisa do tipo. Mas quem?

Rachel também percebeu e ficou intrigada. Então, nós levantamos do sofá e fomos ver quem era a tal criatura.

-MEU DEUS QUEM EH VOCÊ?????????? – Rachel gritou, quando abrimos a porta.

Era a Emily!!!! A Gayberry estava tão bêbada que não lembrava da Emily?? Sério?

-EMILY!!!!! – eu gritei, indo até a janela o mais rápido possível – ESPERE ...

Tarde demais. O nosso apartamento tinha aquelas escadas, iguais as de filmes e a Emily foi tão rápida que já tinha descido todos os degraus entrado num carro. Que carro?

Depois desse cena, Rachel ficou me perguntando quem era a Emily e etc, mas eu não estava com saco para isso, então simplesmente entrei no meu quarto com ela falando e bati a porta na cara dela.

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Fiquei o dia inteiro preocupada com a Emily. Fui para o bar, trabalhar, de tarde, mas não fui para shopping, porque agora meu trabalho era entregar panfletos. Então peguei os malditos panfletos e fui para as ruas. Comecei a tacar os panfletos na cara das pessoas e elas nem se importaram porque jogaram no lixo, de qualquer maneira. Foi mais fácil do que eu pensei.

Quando o sol estava se pondo, fiz o que eu mais gostava de fazer. Fui caminhando pela ponte do Brooklyn até chegar na outra ponta da cidade. Sabe aquele banco no filme do Woody Allen, Manhattan? Se não, tanto faz. Se sim, eu fui pra lá. Eu sempre me sento ali, sozinha, me dá uma sensação boa, inexplicável.

E lá fui eu, mais uma vez. Só que quando eu cheguei, eu vi que não estava sozinha. Emily estava lá, sentada também.

-Gosta de vir aqui também? – ela perguntou assim que me viu.

-Um dos meus lugares prediletos – respondi, sorrindo.

-Parece que temos isso em comum – ela sorriu de volta e eu me sentei do seu lado.

-Por que você foi embora hoje de manhã pela janela? Sabe, podia ter pedido as chaves ...

-Eu sei, eu sei  - ela disse, rindo – mas eu estava muito atrasada para a faculdade. Além disso não quis atrapalhar. Nem devia ter dormido lá, pra inicio de conversa.

-Não foi nenhum incômodo. Foi um prazer, no sentido mais inocente da palavra – eu ri e ela riu também.

-Mas de quem era o carro no qual você entrou? – eu perguntei depois de um tempo.

-No do namorado da minha amiga. Ele estuda comigo e essa amiga minha estuda na mesma faculdade que a gente, apenas em outro curso. Mas ele sempre dá carona para nós duas.

-Entendi – disse.

Ficamos olhando a paisagem por um tempo. Até que Emily quebrou o silêncio, dizendo:

-Você ainda não me contou porque saiu correndo aquela noite no karaokê.

Dei um longo suspiro. Ela merecia saber.

-Certo. Mas prepare-se para uma longa história sem final feliz.

-Tenho bastante tempo. Quanto ao final feliz, não cheguei nessa parte ainda. Sem spoilers – ela sorriu.

Sorri e suspirei novamente. Comecei a contar a história da minha vida.

-Quando eu estudava em Ohio, eu era uma puta. Literalmente. Não há um garoto sequer naquela escola com quem eu não houvesse transado. Mas eu sempre me sentia sozinha, entende? Até que eu comecei a ter um caso secreto com a minha melhor amiga Brittany S.Pierce. Ninguém sabia. Mas nós não nos amávamos. Era apenas uma experiência diferente, beijar garotas. E ficamos assim por um tempo. Mas chegou um momento, eu não sei bem quando, que nos apaixonamos de verdade. Nenhuma de nós soube muito lidar com isso. Passamos por muita coisa para nos assumirmos como namoradas. Minha avó até me expulsou de casa. Mas, tudo valeu a pena. O tempo que passamos juntas foi mágico. Puro amor. A época mais feliz da minha vida. Mas então, eu me formei e Brittany repetiu de ano. Eu fui para a faculdade de Louisiville, como cheerleader. Foi só para ficar perto da Brittany, mesmo, porque eu odiava lá. Eu amo dançar, mas aquele negócio não dava para mim. Porém, mesmo com eu morando quatro horas a distancia de Ohio, era difícil a gente se ver. A faculdade exigia muito de mim. E eu acabava deixando a Britt de lado. Eu percebi que não dava para continuar assim. Acabei fazendo a maior burrada da minha vida: terminar nosso namoro. Não dava para continuar com nosso namoro a distancia. Mas foi um grande erro. Não conseguia parar de pensar na Brittany. Mesmo. Então, decidi voltar para Ohio, para tentar reatar nosso namoro. Mas ela era já tinha seguido em frente. Com um cara que já tinha sido meu namorado. E ela realmente estava apaixonada. Continua apaixonada até hoje.

Nesse momento, comecei a chorar, de leve. Mas, me segurei e continuei:

-Então eu me mudei para NY e tentei melhorar minha vida. Mas minha vida não se tornou a maravilha que eu imaginava que seria. Até agora, não entrei em nenhuma faculdade. Odeio meus empregos, que nem empregos são, só servem para arrumar um dinheiro mesmo. Eu não sei o que minha vida se tornou.

Nesse momento, desabei. Comecei a chorar muito e Emily tentava me calmar, dizendo que estava tudo bem.

Mas claro que não estava. Eu não sabia onde minha vida tinha ido parar. Era bem sério.


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Notas finais do capítulo

REVIEEEEEEEEEEEWS