Blackout {hiatus} escrita por Santana


Capítulo 6
Antonia Green, sério?


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoasssssssssss!
Cumprindo o meu prazo, está aqui um novo capítulo hoje, tudo bem? Se eu não estivesse com tanta pressa teria escrito mais, mas não se preocupem que logo logo sai outro capítulo, já que estou em período de recesso no colégio *comemora* *emocionada*
Então é isso, essa capítulo tem uma parte narrada pelo Dylan, e olha, não vai ser o último não, hein?
Leiam as notas finais.
Aproveitem.



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Todos os órgãos dentro do meu corpo gritavam por comida.

Tudo bem que eles não estavam necessária e literalmente gritando, mas fazia tanto tempo que eu não me alimentava que poderia comer um homem (no melhor estilo Darwin Baker, por favor).

Me esgueirei sorrateiramente pelo corredor trajando apenas uma camiseta enorme que não era muito difícil de chegar até a metade das minhas coxas, a julgar pela minha altura, ou melhor, pela falta dela e bocejei uma, duas, três vezes até sentir preguiça o suficiente para me sentar ao lado da porta do meu quarto.

Eu havia tido uma noite terrível.

Steven tinha ouvido música depressiva a noite toda em um volume considerado alto o suficiente para incomodar meu sono inabalável e até Dylan tinha dormido fora de casa, recusando o sofá da sala e me deixando sozinha com um irmão chorão.

E ele estava numa depressão dos infernos.

– Cara, o que você tem?

Eu não sabia que horas eram, mas provavelmente estava perto do almoço porque Dylan estava com sacolas enormes cheias de besteira de fast-food dentro e eu poderia ter comido todas elas inteirinhas se não estivesse largada com tanta preguiça.

– Sono.

– É, você está horrível.

Ele deu meia volta e caminhou até a cozinha, me deixando sozinha novamente.

Pelo menos o Steven havia abaixado a música.

Segui o Dylan até a cozinha, eu estava fazendo isso muito ultimamente, mas desde antes de ontem ele parecia a pessoa mais sensata da casa, porque eu era uma preguiçosa e o meu irmão estava trancado no quarto chorando por ter acabado o namoro.

Pensando bem, se eu estivesse no lugar dele também estaria me derramando em lágrimas porque Coralina Price é uma pessoa maravilhosa.

Dylan deu um sorrisinho idiota ao me ver entrar na cozinha com o cabelo desalinhado e coçando os olhos. Olhei-o nervosa pegando uma lata de coca-cola na geladeira e o encarando idiotamente.

Como ele conseguia ser tão gostoso?

– O que você tá olhando? – perguntou sorrindo.

– O que você rindo?

– É que você parece tão inofensiva assim... com sono.

Definitivamente Dylan Thorne tinha desenvolvido algum tipo de problema mental.

Narração por Dylan Thorne:

E eu continuei a encarando.

Não parava de imaginar o quanto tudo aquilo seria mais fácil se simplesmente eu me resolvesse com ela tão rápido quanto eu conseguia com a Antonia, mas minha consciência dava um tiro no pensamento e eu caia na real de que a Julia era muito mais do que ela.

E eu ficava desesperado toda vez que me via pensando naquilo porque eu não conseguia definir o que fazia a Julia melhor.

Não sabia se era a maneira que ela arregalava os olhos quando estava confusa, ou aquela roupa de dormir que a deixava incrivelmente sexy sem nenhum esforço. E me reprimia toda vez que lembrava que eu nunca a disse nada depois de sair do seu quarto todas as noites.

E, sinceramente, sentia vontade de me matar por gostar tanto das minhas noites com ela.

– Você tá me assustando, para de me olhar! – reclamou enquanto bebia seu refrigerante.

Mirei os meus pés enquanto sentia o sangue se acumular em minhas bochechas.

Eu era sensível a Julia, não poderia negar.

– Eu acho que vou ver como tá seu irmão, você vem? – perguntei tentando não manter contato visual, talvez porque achasse que não aguentaria muito tempo na sua presença enquanto ela estava incrivelmente convidativa daquele jeito que só ela tinha ao acordar.

– Não, nossa, ele chorou a noite toda. Boa sorte.

* * *

Eu sempre achei que ficaria na merda quando me apaixonasse e Stev só me fazia temer mais ainda que aquilo se tornasse realidade.

– Você quer que eu ligue para a Cora? – perguntei.

– Não. – me respondeu com a voz abafada pelo travesseiro. – Cadê a minha irmã?

– Na cozinha comendo, você não tá com fome, cara?

– Não, valeu. Fica de olho na Jus por mim?

– Aham.

Jus.

Ela havia deixado de me ignorar, mas me tratava como se nada nunca houvesse acontecido entre a gente. Eu sei que deveria esquecer essa história, até porque não fazia sentido se não nutríamos nenhum tipo de sentimento amoroso em relação a nossas ficadas, mas ver a Julia tão alheia a mim me deixava com medo de estar com o pensamento tão focado nela quando deveria me preocupar com a possibilidade de um futuro relacionamento com a Antonia.

A verdade era que eu estava me sufocando com pouca coisa.

– Stev... o que você acha da Antonia? – perguntei juntando as sobrancelhas, em sinal de total preocupação.

– Vadia.

– Acho que vou pedi-la em namoro... eu preciso de alguém que goste de mim. – murmurei mesmo sem ter certeza das minhas palavras.

– Ela gosta de qualquer um capaz de comer ela quando ela tiver com tensão sexual reprimida, o que é muito improvável já que qualquer um tá disposto a isso o tempo todo. Tem certeza que você quer ganhar um chifre diferente de cinco em cinco minutos?

– Lógico que não.

– Então não faça essa idiotice, Dylan, o que você tem?

Não consigo tirar a droga da tua irmã da cabeça.

– Nada.

Sai cambaleando do quarto e decidi me juntar à Julia na sala. Ela estava enrolada no edredom assistindo algum filme aleatório. Tentei bloquear os pensamentos que davam uma pausa em meu pensamento quando observei que era o mesmo edredom que costumávamos usar naquelas, hum, ocasiões.

– Antonia Green, sério? – ela disse sem me olhar.

– Algum problema?

– Dylan, você até que é legal, merece coisa melhor.

– Sabia que é feio ouvir atrás da porta?

– Tecnicamente eu não estava ouvindo atrás da porta já que esta última estava aberta e você fala alto demais.

Percebi que ela revirou os olhos e ri com a situação.

Sentei ao seu lado, puxando o cobertor para me embrulhar. Acidentalmente esbarrei o meu braço contra a sua perna fazendo com que ela se retesasse e se afastasse mais um pouco.

– Qual o problema com você?

– Que problema, Dylan?

– Esse de sempre se afastar de mim, eu pensei que estávamos bem e que seríamos amigos.

– Mas nós somos amigos.

Respirei fundo. Não acreditava que ia mesmo fazer aquilo, até porque depois seria difícil me controlar porque eu sabia muito bem que perder a sanidade era um efeito colateral de me envolver com a irmã do meu melhor amigo.

Em um movimento rápido, envolvi o seu quadril com as minhas pernas, me sentando em cima dela.

Eu estava ficando louco, só poderia ser.

Aproximei o meu rosto do dela, deixando nossos lábios entreabertos a poucos centímetros de distância.

– Nós não somos e você sabe muito bem disso. Nós não sentimos esse desejo incontrolável por amigos...

Não esperei uma resposta.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? o que será que deve acontecer?????????????
Não se esqueçam de comentar, um beijo!