P. O. V. Alvo ON :

–MADAME POOOOOOOOOOOOMFREY! VEM CÁÁAÁÁÁÁÁÁ! – eu gritei. Eu estava desesperado.

–O que foi, menino? Não vê que eu quero... – ela saiu do seu quarto com seu roupão de linho bege e congelou. Ela olhou para o leito em que Victoire estava e depois olhou meu braço esquerdo.

–O que? – eu fui ao outro lado da cama e vi: uma pequena poça de sangue pingava da cama ao chão. Olhei para o meu braço e congelei. Um fino corte com a forma de um Capa grego pingava sangue. Meu antebraço esquerdo estava quase totalmente vermelho. O estranho era que eu não sentia nenhuma dor.

Me virei para falar com Madame Pomfrey, mas ela tinha ido correndo até a lareira de seu quarto chamar a profª McGonagall.

–DEIXE DO JEITO QUE ESTÁ! – ela gritou pra mim, de dentro de sua sala.

A professora McGonagall saiu da sala de Madame Pomfrey, espanando as cinzas da sua roupa com a mão.

–Venha cá, sr. Potter. Deixe-me ver isso. – a diretora pediu, e eu cheguei mais perto dela.

Ela pegou a varinha, mexeu-a levemente e dois potes vazios foram em sua direção. Depois, a professora fez um floreio com a varinha e todo o sangue que tinha em meu braço foi parar no primeiro pote. Ela apontou com a varinha para o sangue que estava na cama e no chão e o mesmo foi parar no segundo pote. A diretora os fechou, etiquetou e entregou para Madame Pomfrey.

–Analize os sangues presentes aqui e diga se pertencem a mesma pessoa, por favor, Papoula. – a diretora McGonagall estava agitada. Nem percebeu quando eu me sentei e agarrei o travesseiro, que estava com o cheiro do cabelo da Victoire: morangos frescos e flores.

–Diretora, minha prima sumiu! – eu falei, mas ela continuava dando instruções apressadamente para Madame Pomfrey, que ouvia, fazia e voltava correndo. – Diretora?

–Ah, sim, sr. Potter. Só um minuto. E então? – a enfreimeira se virou e recebeu a notícia da enfermeira. – Ah, meu Merlim!

–O que houve, Sras.? – eu perguntei, e a diretora me levou até uma das macas limpas.

–Fique parado, sr. Potter. – ela disse, apontando a varinha para o meu braço e fazendo um floreio, no intuito de cicatrizar o corte, mas isso não aconteceu. – Merlim, isso não pode estar acontecendo.

–MADAME POMFREY! – meu irmão, James, tinha chegado na enfermaria e tinha o mesmo corte, só que ele estava no pescoço. – Ah, diretora! A senhora também está aqui! Olhe, acordei para beber um pouco de água e senti sangue escorrendo pelo meu pescoço! Quando me olhei no espelho, tinha essa coisa aqui!

–Fique calmo, sr. Potter. Sente-se aqui, com o seu irmão.

Ela fez o mesmo com James, mas nada aconteceu.

–Diretora, por que meu braço e o pescoço dele não estão curando? – eu perguntei. Queria saber como aquele corte apareeceu ali, do nada.

P. O. V. Alvo OFF 

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Duas semanas depois...

P. O. V. James ON

Victoire ainda não tinha reaparecido. O que eu achei estranho, porque... Ah, não posso falar disso agora. Mas, em todo caso, Alvo, Rose e meus queridos priminhos estão muito preocupados, querendo saber onde ela está e visitando a diretora para ver se ela tinha descoberto alguma coisa. 

Falando sério, ninguém nunca vai descobrir.

Agora, notícias boas: os testes para o time de Quadribol estão abertos! Êeeeeeeee! Vou fazer o teste para apanhador. Esperem só, vou ser tão bom quanto o meu pai foi. 

Quando eu falo isso, tentando animar e desestressar todo mundo, eles ficam falando que isso não é importante. EU acho totalmente o contrário.

–Vai me ver nos testes hoje, maninho? – perguntei a Alvo, na hora do almoço.

–Não enche, James. O clima não tá legal pra Quadribol. – ele respondeu, comendo a comida mais devagar que uma tartaruga.

–Que isso, o clima tá ótimo! Olha, tem umas nuvens encobrindo o sol, o que vai facilitar a visão e não está com cara de que vai chover, deixando que eu me guie bem pelo campo e...

–Não esse tipo de clima, coisa. O clima entre a gente. – ele abaixou a voz quando falou "entre a gente".

–Tá, olha, eu sei. Faz duas semanas. Eu também estou muito preocupado com ela e eu sei o quanto você gostava dela, mas isso não é motivo pra ficar em depressão. – eu falei, tentando animar meu maninho. – Você não vê o que eu estou tentando fazer? Eu estou distraindo a minha mente com o Quadribol. Agora vê se você aparece lá nos testes hoje, se não...

–Se não o que? – ele perguntou, ficando reto e dando um sorrisinho de lado. Eu estava conseguindo animá-lo.

–Se não eu não vou deixar você dar uma voltinha na minha novíssima Firebolt 2000. – eu falei, em tom debochado.

–Ah, eu não acredito! Papai te deu uma vassoura nova? – eu não estava mentindo. Meu pai tinha mesmo me dado uma vassoura nova.

–Ahan. E se você não aparecer nos testes pra me ver ser selecionado, você não vai andar nela.

–Chantagista.

No final das contas, eu entrei pro time como apanhador e tive que deixar o Alvo voar na minha Firebolt 2000. Ele voou muito bem. Poderia entrar para a equipe como batedor ou artilheiro.

Mas teve uma coisa que eu achei estranha. Quando Alvo desceu da vassoura, o braço dele tinha ficado grudado na vassoura e eu fui ajudá-lo a se desgrudar. Quando ele se soltou, o seu braço bateu direto no meu pescoço, onde tinha o Capa grego.

Foi estranho. Eu senti uma queimação forte, como se estivessem acendendo um maçarico contra o meu pescoço, mas ao mesmo tempo, como se eu estivesse ficando mais forte. Me afastei depressa, e olhei abismado pro meu irmão.

–Você também sentiu? – ele perguntou.

Acenei com a cabeça, dizendo que sim.

–Vamos manter seu braço longe do meu pescoço, OK? – Nós voltamos para o castelo, sem falar mais nada.