It’s Immortality, My Darlings! escrita por Sweets For My Sweet


Capítulo 6
Capítulo 6 - (The Cape May Thing)


Notas iniciais do capítulo

Esse é um dos meus capítulos preferidos.
Espero que gostem.
O cap 7 só será postado quando eu atingir 51 comentários.
Então pode ser que demore.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/356855/chapter/6

Capítulo 6 – The Cape May Thing

Radley Sanitarium  resolveu fazer um passeio com os internos que tiveram melhores desempenhos e melhoras. Não que Courtney tivesse tido algum comportamento agressivo nos últimos meses. Na verdade, o único comportamento agressivo que ela teve na vida foi segurar sua irmã por alguns segundos embaixo d’agua.
Ela já ia completar dois anos presa ali e recebendo visitar esporádicas de seus familiares, claro que ela só via Alison quando os DiLaurentis a obrigavam a ir.
Um grupo de 10 pessoas foram nesse passeio de final de semana. Courtney estava tão animada que ia finalmente fazer uma viagem de gente normal.

O Local escolhido era Cape May. Um local ótimo em Nova Jersey. Os pais dela não se opuseram à viagem. Courtney foi, junto com Iris, Marion e mais 7 internos, duas enfermeiras e dois monitores.
Iris era sua melhor amiga lá dentro do Radley. Ela alegava que estava lá por causa de bulimia, mas Court tinha certeza que ela tinha outro problema além desse. Iris era a única que sabia que ela não era louca, nem esquizofrênica, mas muito talvez ela também não acreditasse nessa versão que Courtney lhe contava. Mas não fazia muita diferença. Não se pode acreditar em tudo o que se ouve num hospício mesmo...
Marion era uma senhora de idade avançada, tinha um filho quase da mesma idade que Courtney. Ninguém sabia o motivo de Marion estar ali. Talvez estivesse apenas cansada da vida dela, ou ela fosse uma bipolar passiva, ou qualquer coisa do tipo. Mas ninguém se importava, ela era calma, ajudava na decoração de natal e tocava piano nas horas livres.

Eles desceram do ônibus e receberam instruções do que podiam ou não fazer e por fim um “Divirtam-se”.
Courtney ia dividir o quarto com Iris, embora o plano delas fosse apenas só ir para o quarto ao amanhecer. Elas se trocaram e foram para a piscina.
- Oi! Eu sou Iris! – Se apresentou, para uma garota que estava na beira da piscina, tomando Sol e olhando para um garoto aleatório.
- Cece, prazer.
- Essa é a Co... – Courtney a interrompeu.
- Alison. Alison DiLaurentis. – Sorriu
Iris a olhou com um sorriso irônico no rosto, como se dissesse “Vai se meter em confusão de novo! Mas estamos aqui pra isso!” Cece percebeu que tinha algo acontecendo ali, mas apenas permaneceu observando.
- Sabe se vai ter alguma festa ou coisa parecida? A gente estava a fim de se divertir.
- Se não tiver a gente faz acontecer meus amores. Nada é impossível em Cape May. Ainda mais comigo aqui. Sou Cece Drake... – Sorriu com charme completou – E sou fabulosa. – Disse isso e voltou a deitar, aproveitando o Sol.

Enquanto isso, Alison brigava com seu pai em casa:
- Por que a “esquizo” pode ir viajar e eu tenho que ficar trancada aqui nesse cidade de merda? – Alison gritava e gesticulava com as mãos.
- A gente já falou para você não chamar sua irmã assim! – Repreendeu Kenneth
- Mas é o que ela é! – Disse e cruzou os braços. – Eu também quer ir para Cape May!
Kenneth fez uma pausa de uns 2 minutos torturantes para Alison, que ficou a encará-lo.
- Tudo bem! Final de semana que vem a gente vai para lá.
- Jura? – Perguntou abrindo um belo sorriso.
- Juro! – Confirmou ao se derreter ao ver o sorriso da filha.
- Você é o melhor pai do mundo inteiro! – Afirmou e o abraçou.

O dia estava dando lugar à noite e Cece havia colocado avisos na frente de cada porta de cada quarto e na recepção, avisando que ia acontecer uma concentração de pessoas na frente do restaurante de frutos do mar e quem quisesse podia levar instrumentos musicais e bebidas, pois todos estavam convidados para o luau.
Courtney estava absorvendo a postura de Cece. Ela queria ser como ela, Cece também lembrava Alison, tanto no jeito quanto num todo, que obviamente também lembrava a ela mesma. Cece fez de Courtney sua “Assistente”, o que deixava Iris enciumada, já que Courtney era a sua pseudo-lider.
- A gente vai fazer um luau...  E eu vou deixar você ir comigo. – Afirmou como se tivesse falando que elas iriam para a Disney em 5 minutos.
- Jura? Eu nunca fui em um luau! – Comentou com animação.

- Diminua essa excitação. Animação em excesso causa inveja nas pessoas. Ninguém gosta de pessoas felizes quando elas não estão. É a lei da vida, my Darling. Ninguém gosta de ver os outros bem, se eles não estiverem. Salvo exceções.
- Tá bom. – Concordou. Envergonhada de ter sido chamada a atenção.

De longe um dos monitores do Radley observava Alison, caminhou até ela e disse que ela tinha que estar no quarto até às 22h, que iam fazer contagem. Ela concordou.
Iris conheceu um menino logo no começo do luau, após a contagem e depois das duas fugirem do quarto pela janela do banheiro.
Marion conheceu uma garota, da mesma idade que o filho dela e começou a ensiná-la a tocar piano. O nome dela era Jenna e ficaria ali até segunda-feira da semana seguinte, como prêmio de melhor trilha sonora da peça de teatro que ela mesma havia escrito, o prêmio havia sido dado pela própria escola dela. Era a primeira viagem dela sozinha.
Cece arrumou a decoração de um pedaço da praia, esperando que alguém tivesse levado um violão pelo menos, mas mesmo se não levassem, por sorte Courtney tinha uma voz incrível. Courtney foi maquiada por Cece, ela se sentiu como se fosse realmente a Alison.

- Quem era aquele cara que te deu toque de recolher? – Perguntou Cece, segurando um copo de sangria espanhola. Que obviamente o abacaxi e as laranjas tinham sido roubadas da cozinha de um dos restaurantes.
- O monitor do Radley. – Respondeu Courtney, pegando o copo da mão de Cece pela 4º vez.
- Radley, tipo o sanatório da Filadélfia? – Perguntou, abrindo uma garrafa de vinho Francês e virou em um copo até ficar quase cheio.
- É de lá mesmo que eu vim. – Sorriu, apontou para Cece, com a mesma mão que segurava o copo e riu... e continuou rindo.
- Então, quer dizer que você é interna de lá? - Cece começou a rir a rir também. De repente quase todos estavam rindo, sem saber o motivo.

Courtney parou de rir aos poucos, junto com as pessoas, enquanto tentava responder a pergunta e lembrar o motivo do riso.
- É que... – Respirou, com alguns espasmos de riso ainda  e completou. – Minha irmã é louca, mas ela é minha gêmea idêntica. Nossos pais, ai céus... meus pais... eles são uns idiota! – Deitou de barriga pra cima na areia – Eles não sabem diferenciar uma da outra. Nunca souberam. Por isso a gente usa um anel de identificação com a inicial. – Entrelaçou os dedos em cima da barriga – Ai, me mandaram pra lá. Em vez dela. O que me faz diferente, porque eu sou a única com um apelido exclusivo na família.
- Ah, que apelido? – Perguntou encarando o mesmo menino que estava perto da piscina mais cedo.
- Esquizo. Minha irmã-gêmea-louca me chama assim. Não é super-criativo? Super, super, super... – Pegou a garrafa de vinho ao lado de Cece e misturou com um copo que havia sido largado perto dela, com Vodka e leite condensado. A mistura tinha ficado bebível-só-que-só-depois-de-já-bêbado, então ninguém teve coragem de terminar de beber. Courtney virou o copo e tornou a beber.
- Que genial essa história! Depois quero ver foto das duas juntas!- Sorriu para o garoto, que levantou e foi até ela. – A gente tem que dar um jeito nessa vadia.
- Com certeza a gente vai dar um jeito nela!

O garoto que até então estava vindo em direção a Cece, após ver Alison, esqueceu da existência de Cece.
- Ei, bebendo assim você não vai conseguir levantar amanhã. – Tentou puxar assunto.
- E quem disse que eu quero levantar amanhã? Amanhã acabou-se minha liberdade. Isso deveria ser proibido, por lei! – Respondeu, oscilando o tom de voz e se levantando, com a mão na testa.
- Acho que já chega por hoje.
- Você não manda em mim... – Disse Courtney, encarando o desconhecido.
- Só quero te ajudar. Você não parece muito bem.
- Eu estou ótima! – Ao dizer isso, se desequilibrou, piscando muito e se apoiou nele.
- Eu sou Z.
- A. – Riu da brincadeira, mesmo sem entender muito bem. – Tudo bem, sr. Z. Me leve até o banheiro.
Courtney se apoiou nele, que a segurou com firmeza. Embora ele estivesse um pouco alto com a bebida, nada se comparava ao estado alcoólico dela. Era a primeira vez que ela bebia, primeira vez que ficava sozinha com um menino. Primeira vez que sentia o mundo girar ao redor dela. Literalmente.
- Sabe, você até que é bonitinho... – Riu rapidamente, passando a mão de qualquer jeito no rosto do rapaz.
- E você também, não é nada mau. – Deu um sorriso meia-lua.
- Eu sei que você quer me beijar. – Sorriu graciosamente e chegou mais perto dele.  Ele não se moveu, nem se opôs.
- Quantos anos você tem? – Perguntou, quando ele já conseguia sentir a respiração dela.
- Você não vai querer saber. – Courtney segurou a nuca dele e o beijou, ele retribuiu o beijo.

A barba dele a pinicava, provavelmente ele ainda estava aprendendo a fazê-la, ou era algum estilo pra época, que ela desconhecia, mas como ela não nunca tinha beijado ninguém, ela não se importou, talvez fosse normal. Ele beijava bem, era calmo e paciente. Era o que importava. Por ser o primeiro beijo dela, ela se saiu muito bem. Ele sabia que ela era mais nova que ele, mas por conta da maquiagem muito bem feita e a beleza natural de Courtney, junto com seu encanto, ninguém acharia que ela tinha menos que 15 anos.
Courtney foi encostada na parede, para assim intensificar o beijo, mas com o movimento brusco, ela começou a passar mal e empurrou ele, que o fez assustar.

- Estou me sentindo estranha. – Colocou a mão na barriga e outra na testa. Tudo girava e revirava, inclusive seu estomago. – Acho que eu vou... – Correu para a privada e vomitou.
- Ta tudo bem ai?
- Acho melhor você ir embora! – Disse – “Nossa, Cece vai ficar uma fera comigo por ter ficado com o garoto que ela queria.” – Pensou.

Depois de alguns minutos, Courtney saiu de lá, lavou a boca, as mãos e a nuca e viu que Z ainda estava ali esperando-a.
- Eu não disse pra você ir embora?
- “Você não manda em mim” – Repetiu, tentando imitar a voz dela.
Ela riu.
Mesmo diante dessa situação constrangedora, ela estava feliz por ele não ter ido embora. Normalmente as pessoas a abandonava e depois de muito tempo, ele que... mesmo sem saber, não virou as costas para ela.
Ele segurou a mão dela e voltaram para a fogueira. Cece já estava com outro garoto, que ela muito mais o “estilo” dela.

- Que espécie de apelido é Z?
- Uuhn, se eu te contar, terei que te matar. – Sorriu brincando.
- Muita gente já me matou em pensamento, acho que não vai fazer tanta diferença assim. – Falou realmente sentida. Mesmo com os planetas do sistema solar rodando em volta dela.
- Vamos fazer assim... Você me dá seu número e num segundo encontro a gente conversa sobre isso. Que tal? – Disse, tentando ser sedutor.

- Que tal VOCÊ me dar seu número e eu te ligar, quando eu não tiver mais nada de interessante pra fazer? – Respondeu, quando viu que Cece estava olhando para ela. Após ouvir a resposta, Cece aplaudiu-a com a cabeça, sinalizando um cumprimento.

Z acompanhou Courtney até seu dormitório.
No dia seguinte, Courtney acordou com batidas na porta. Do jeito que ela levantou, ela abriu a porta para ver o que estava acontecendo.
- Courtney, são 14h. O almoço está quase acabando. A gente precisa ir embora. O que você está fazendo ainda de pijama? Vá se arrumar! – Disse E.Lamb, um dos monitores.
- Está bem. – Concordou e foi se trocar. Quando estava quase fechando a porta, ele pergunta...
- Cadê a Iris? Ela não tomou café com a gente também.
- Desculpa Eddie, mas no momento eu mal sei a onde eu estou. – Fechou a porta. Segundos depois Iris entra correndo e se joga na cama.
- Bom dia para você também!
Iris olhou-a, virou para o lado e fechou os olhos.

Quando o ônibus estava quase saindo, Cece apareceu e disse à Courtney:
- Eu vou te visitar.
- Você sabe pra onde eu estou indo?
- Claro que eu sei. Se quiser apostar comigo, sei até a cor do seu sutian. Você não lembra nada do que a gente conversou ontem?
- Lembro. – Fez uma pausa com a mão na cabeça- Bom, algumas coisas. – Riu.
- Depois eu te atualizo então.
- Faça isso. – Sorriu em agradecimento e subiu no ônibus, com óculos que só não eram maiores, pois se fossem não caberiam no rosto dela.

Alguns dias se passaram e Courtney achava que Cece não iria lá. Afinal, elas se conheceram tão rapidamente que não teve tempo para criar nenhum tipo de vínculo. Mas por sorte dela, ela estava enganada. 

-

Trecho do cap 7

Capitulo 7

Alison havia acabado de chegar em Cape May. Os pais dela estavam no quarto, abrindo os notebooks para começarem a trabalhar. Era sempre assim. Jason só sabia que eles iriam viajar quando as malas estavam sendo postas no carro.
Alison adorava viajar com os pais, era como viajar sozinha, ela podia fazer o que quisesse, alias... ela SEMPRE fazia o que queria, independente do lugar. Os pais não se preocupavam, afinal... o Delinquente estava em casa e a “louca” no hospício. Alison era a filha preferida e então ao ver deles, ela era perfeita.
Jenna Marshall havia ficado a semana inteira e só iria embora segunda-feira.
Alison bateu na porta do quarto de seus pais, disse que ia ter passeio de navio e que ela iria. Mas a verdade é que ela tinha visto o comandante e ia pedir para que ele deixasse ela comandar o navio ou até ele mesmo. Ela estava na rampa para entrar no navio e ouviu:

- Todos a bordo? – Perguntou o comandante.
- Será que ele acha que é um maquinista? – Perguntou Alison, antipaticamente para a garota ao lado. Mesmo achando ele uma graça, não podia perder qualquer situação para fazer uma piada de mau gosto.
- Com esse físico todo, ele pode ser até açougueiro, querida! – Comentou Jenna.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O cap 7 só será postado quando eu atingir 51 comentários.
Então pode ser que demore.

Por favor comentem.
Beijos
/Sweet