Henry parou carro na frente de casa eram quase 4 horas da manha. Nós passamos 90% da festa juntos, tinha sido perfeito, meu coração ainda batia mais forte em lembrar os beijos quentes dele.

- Esta entregue!

Ele falou me lançando aquele maldito sorrisinho.

- É acho que sim - falei - pelo que eu lembre aqui ainda é minha casa!

- Quando você esquecer, me liga, que eu te levo lá pra casa.

Ele falou, e me olhou dando um sorrisinho malicioso.

- Ok, ok - Falei e sorri de volta - Não quer entrar? - Ofereci.

- Não, não, obrigado - Ele falou - Amanha eu te ligo, e a gente sai, combina alguma coisa, sei lá!

Ele continuou me lançando uns olhares tenebrosos.

- Ok, então eu vou indo.

Falei.

Henry segurou minha nuca, e me beijou. O toque dele era mais intenso do que á poucos minutos atrás. Eu deixei o beijo rolar, mas me afastei um pouco premeditada, fazendo com que ele mordesse  meus lábios inferiores.

Sai do carro, fui em direção á porta, á abri e o ouvir sair dali. Entrei, tirei o tênis liguei a TV, fui desabotoando o vestido indo para o quarto e me joguei na cama.

Minha mente estava impaciente, não me deixou dormir tão cedo. Lembrei-me de tudo que havia acontecido naquele dia, eu me arrumando para a festa, Henry vindo me pegar aqui em casa, a biblioteca perfeita, a bebida, o cigarro, o abraço, a conversa no telhado, e o que eu não poderia esquecer de jeito nenhum eram os beijos, maravilhosos, intensos, apaixonantes de Henry.

Ele era realmente apaixonante, borboletas vinham ao meu estomago só em pensar nele novamente, e logo capotei.

***

Acordei 10:13AM com o meu telefone tocando, olhei no visor, e era a minha mãe.

- Oi.

Resmunguei.

- Oi filha. - Ela falou - Tudo bem?

Ela perguntou fingindo que se preocupava comigo.

- Uhum.

Resmunguei novamente porque era domingo, e eu estava realmente morta de sono.

- Tá - Ela retrucou - Só liguei pra avisar que eu e seu pai vamos chegar amanha.

- Ah tá - Falei.

E ninguém falou nada por uns 7 segundos.

- Era só isso mesmo, beijos, até amanha.

Ela falou desligando antes que eu pudesse responder.

Revirei na cama por uns 20 minutos tentando dormir, mas percebi que não ia rolar, então levantei, coloquei um moletom maior que eu e fui fuçar a geladeira. Não tinha nada de muito interessante pra comer, então catei um pote de doce de leite e fui para o sofá.

Meu celular tocou lá no quarto, sai correndo para atender.

- Alô?

Atendi.

- Zoey?

Logo reconheci aquela voz.

- Henry!

Exclamei e meu coração já bateu mais forte

- Então como o prometido aqui estou eu te ligando...  - Falou ele com aquela voz sensual.

- Pois é. - Falei de uma forma como se não estivesse esperando aquela ligação.

- Éeh - Indagou ele - Liguei pra saber se você não quer vir aqui em casa hoje, meus amigos vão estar aqui, vamos fazer  Drink Game, ou algo do gênero... Só para desparecer um pouco.

- Ãn... - Falei pensando no “estrago” - Você pode passar pra me buscar?

- Sim, lá pelas 15:30 eu passo ai, um pouco mais cedo do que você pensava mais é só pra ficarmos um pouco sozinhos, tudo bem pra você? - Perguntou ele.

- Aham - Concordei e assenti ao mesmo tempo.

- Okay, então é isso. Beijos ate depois.

- Beijos - Falei desligando o celular e respirando fundo.

Voltei para a sala e fiquei deitada no sofá por mais um 5 minutos, encarei a TV me levantei e fui para o quarto.

  Abri a gaveta de lingerie peguei um pacote com um conjunto preto dentro, o qual eu ainda não havia usado.  Peguei minha toalha em cima da estante e fui para o banho.

 Liguei a banheira para que ela fosse enchendo, enquanto tirava minha roupa, lembrei-me de umas bebidas e de um maço de cigarros do meu pai que ficavam no canto de um armário na sala de jantar, me enrolei na toalha e fui pega-los. Quando voltei a banheira já estava quase cheia, e o vapor já deixava o espelho embaçado, amarrei meu cabelo, acendi o cigarro, abri a bebida e entrei na banheira, com a garrafa em uma mão e o cigarro na outra.

Olhava para o teto pensativa, dava uma tragada e em seguida alguns goles daquela Smirnoff para me acalmar.

Fiquei entre goles e tragadas na banheira por meia hora mais ou menos. . . Ate me lembrar dos compromissos que tinha, não poderia me esquecer do Henry, na real nunca me esqueceria.

Levantei da banheira e peguei minha toalha, me sequei, coloquei minha calcinha e sutiã novos, e fui para o quarto abri a porta do guarda-roupa e peguei um short jeans claro e rasgado uma regata preta, peguei uma camisete xadrez verde e amarrei na cintura, coloquei um Vans e minha bolsa pequena que era de lado só pra colocar meu celular e o dinheiro.

Ainda era 14:30 e eu já estava pronta e muito ansiosa.  Deitei no sofá e acabei cochilando... Acordei com um pulo, era a campainha, exatamente 15:29.

Dei uma ajeitada do cabelo, e abri a porta, mal deu tempo de falar Oi, senti aquele beijo molhado do Henry me levando para o sofá, me agarrando pela cintura, deitou em cima de mim e começou a tirar minha blusa... Mais uma vez eu recuei, senti que não era a hora certa. Não ali, no sofá da minha casa em plena tarde de domingo.

Empurrei ele, e logo falei:

- Estava com saudades.

- Eu também... - Falou ele sem graça, pois percebeu que não deveria ir ta longe naquela hora. - Olha eu não queria ir assim tão rápido, me desculpa se te magoei.

- Não, não, eu só não acho que é um lugar apropriado, meus pais podem chegar a qualquer segundo. - Respondi se reação.

- Então... Já esta pronta como posso ver. - Falou ele arrumando minha franja.

- Éeh Acho que sim - Falei olhando para cima, tentando ver o estado do meu cabelo.

Ele estendeu a mão e la fomos nós, nem parecia que nos conhecíamos a tão pouco tempo.

Fechei a porta de casa. Ainda não tinha me acostumado com aquele carro. Uma Ranger Rover com um garoto de 18 anos. Estávamos a caminho, e eu cada vez mais ansiosa.