Meu Novo Irmão, Meu Namorado... escrita por Marina Batista
Notas iniciais do capítulo
Novo capitulo!
Todos na mesa pousaram o olhar no Luc esperando uma resposta.
-“Sim adorei o quarto, senhora Winter” – Respondeu formalmente antes de se voltar de novo para o prato.
As coisas não estavam a correr bem, Luc parecia não querer interagir com ninguém, queria ficar na dele.
Depois de alguns minutos em silêncio, Marinne pronunciou-se.
-“ O Luc podia vir passar férias connosco” – Mal a frase saiu da sua boca sentiu a perna a ser chutada pelo pé do irmão.
A loira da família deixou um sorriso aparecer.
-“Isso é uma óptima ideia” – Declarou radiante.-“ Uma oportunidade para descontraíres e conheceres melhor o Kyle e a Marinne” – Incentivou a mulher colocando a mão sobre o braço do grande rapaz.
-“Não sei se é uma boa ideia” – Disse simplesmente.
Andrew olhou o filho mais velho, que apenas encolheu os ombros, estava obvio na sua expressão facial que preferia não ter aquela companhia.
-“ Acho que seria fantástico essa experiência para ti”
-“Sim, por favor Luc, vais adorar” – Insistiu Marinne virando-se para o seu mais novo irmão. –“Este ano vamos para Áustria”
Luc suspirou, só queria um pouco de sossego. Não gostava da forma como as pessoas o estavam a tratar, como se já pertencesse aquela família, quando não era verdade.
-“Rapariga, não vai acontecer” – Falou arrogantemente enquanto empurrava a mão que ela tinha colocado sobre o braço musculado, deixando todos presentes boquiabertos.
Em seguida colocou-se de pé e deu meia volta a mesa para sair do compartimento, no entanto antes que pudesse chegar a porta sentiu a camisola a foi agarrada, ouviu-se o tecido da camisola a rasgasse mesmo antes do punho do Kyle embater contra o rosto de Luc.
-“Não sei quem pensas que és, mas não falas assim com a minha irmã” – Berrou enquanto o tentava socar outra vez.
-“Parem vocês dois, já” – Ouviu-se a voz da India e Andrew correu para o meio dos rapazes para os separar.
Luc olhava com para Kyle com uma expressão irónica. O sangue corria pelo seu lábio.
-“É isto que queres dentro desta casa, é isto que temos de ajudar, que temos de incluir na família?” – A voz de Kyle mostrava o quanto revoltado estava só com a ideia. –“Não, eu não vou aceitar” – Terminou olhando com raiva para o rapaz mais alto.
-“Chega Kyle, isto não está em discussão” – India vociferou fintando o filho severamente.
Os seus olhos verdes e brilhantes correram até Luc, que estava de braços cruzados mostrando o seu descontentamento.
-“Espero que isto não volte a acontecer” – Todos os olhares estavam concentrados na mulher loira.
-“Com licença” – A voz dura e fria do Kyle fez-se ouvir antes de avançar até a porta de saída.
-“Estão de castigo, os dois” – A afirmação do Andrew fez com que o rapaz loiro parasse e se virasse para o pai.
Kyle queria soltar uma gargalhada quando ouviu aquelas palavras, já não era nenhuma criança e não precisava nem ia aceitar aquilo.
-“Castigo?” – O tom irónico saiu-lhe dos lábios.
-“Sim, Kyle, castigo. Portam-se como crianças, são tratados como crianças” – Rebateu o mais velho num timbre firme. –“ Esqueçam os amigos durante as férias, vão de viagem apenas os três”
-“O quê? Não, não” - o loiro abanava negativamente a cabeça
-“Pai, isso é tão injusto” – Manifestou-se Marinne enquanto avançava até ao centro da discussão.
-“Não vou voltar atrás na decisão!” – Exclamou com firmeza.
Kyle saiu da sala sem pronunciar mais nenhuma palavra, se a condição para ir de férias era ter de aturar a presença o Luc preferia ficar em casa.
Ele sabia que tinha sido inconveniente no momento em que o outro tinha sido a apresentado a família, mas que reacção é que os pais estavam a espera? Que o recebem de braços abertos? Bem, a personalidade dele não possibilitava esse tipo de alegria aos pais.
Com o mau humor a tomar conta do seu corpo, um suspiro nervoso saiu dos lábios carnudos quando sentiu o telemóvel a vibrar.
– Sim? – Respondeu com o aborrecimento a brotar na sua voz.
–Olá amor
–Estou sem paciência, Clare - O rapaz deitou o corpo sobre a cama e descansou o braço esquerdo sobre os olhos.
–Passou-se alguma coisa? – A preocupação que se ouviu na voz da rapariga fez o Kyle sorrir. Clare era doce, as vezes doce demais, mas em geral ele gostava disso.
–Houve umas modificações aqui em casa, sinceramente não muito agradáveis – Ele gostava de conversar com ela, era uma boa ouvinte.
–Queres falar sobre isso?
– Tenho um novo irmão, os meus pais decidiram adoptar um rapaz…–
–Kyle, estás a falar a sério? – Questionou a pessoa do outro lado da linha.
–Claro
–Uma decisão um tanto repentina, não. Mas tu não gostaste dele?- O rapaz deixou um suspiro de descontentamento sair.
–Não quero conversar sobre isso agora
–Tá bom.
–Vou dormir – Pronunciou o Kyle depois de alguns segundos de silêncio.
–Boa noite, amor – As palavras saiam tensas daquele lado.
–Eu amo-te Clare – Ele sabia que ela precisava daquelas palavras, o relacionamento dele era grande parte baseado na comunicação, por isso tinha a noção das inseguranças da namorada e o quanto ela precisava de palavras.
–Eu também te amo Kyle, muito – Quase podia sentir o sorriso radiante a partir do telemóvel.
–Até amanhã - Rapidamente as despedidas foram feitas.
India sentou-se ao lado do Luc.
-“Eu sei que isto é difícil para ti, assim como é para eles” – A loira suspirou frustrada, apesar de querer incluir Luc na família não conseguia repreende-lo facilmente. –“Não gostei da maneira como tratas-te a Marinne” – Concluiu
Luc cruzou os braços, sabia que tinha sido um pouco grosseiro, mas não foi nada para além disso.
-“Ela só estava a tentar com que te sentisses melhor” – Ele balançou a cabeça num movimento positivo.
-“Eu sei” – Resmungou num sussurro.
-“Eu quero que te sintas bem aqui, mas precisas de ser mais receptivo, Luc.” – O moreno desviou o olhar para a parede atrás da mulher.
-“Vou tentar” – Respondeu num murmúrio.
Não era verdade, ele não ia fazer nenhum esforço, simplesmente porque não valia a pena.
Luc quase deu um salto quando sentiu os braços de India a abraça-lo suavemente.
-“Eu sei o que sentes, percebo aquilo que estás a passar” – As palavras não passavam de um sussurro junto ao ouvido do rapaz. A dor era quase palpável.
Lentamente afastou-se e levantou-se.
-“Talvez pense que percebe, porém eu não estou assim tão certo disso” – A voz era clara e controlada, escondendo a tormenta de sentimentos interiores que arrasava o rapaz.
-“Vou subir”- Concluiu a conversa colocando os olhos verdes penetrantes sobre a face transtornada da India.
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Deixem comentários, quero saber o que vocês acham dos personagens, estão a gostar deles?
Beijo, Marina!