Vidas Cruzadas escrita por Dannyelly


Capítulo 9
Capítulo 08 - O CASTIGO




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CAPITULO 08 -  O CASTIGO

 

As 05:30 da manhã acordamos com os gritos do xerife mandando a gente levantar.

-Vocês tem vinte minutos pra estarem aqui na sala – ele berrou ainda super autoritário.

Vesti um jeans e uma camiseta, calcei meus sapatos e fui pro banheiro escovar os dentes.

Na casa de Charlie só tinha um banheiro e Alice já batia na porta desesperada pra Rose andar logo.

Foi o tempo de Rose sair e Alice entrou logo em seguida.

Eu fui a ultima a conseguir entrar na droga do banheiro. Escovei meus dentes na maior velocidade, lavei meu rosto e prendi os cabelos num rabo de cavalo.

Quando cheguei na sala todos já estavam lá.

Suponho que tio Billy deve ter acordado os meninos com a mesma delicadeza que meu pai nos acordou.

-Agora que finalmente todos estão aqui e que Isabella nos deu a honra de sua presença (é impressão minha ou o xerife ta todo cheio de ironias?) após longos 25 minutos (cara! Fala sério eu só me atrasei 05 minutos do tempo que ele deu pra gente e ele já passava um sermão?) vamos as suas sentenças.

-Por acaso vocês sabem como o estado trata jovens indisciplinados e infratores? – Charlie perguntou.

Ninguém ousou responder.

-Pois eu explico pra vocês, aos jovens arruaceiros, nós ensinamos o suor do trabalho. E se vocês querem fazer bagunça serão tratados como tal. Durante este sábado e esse domingo vocês prestarão serviços comunitários.

“Que legal! Passam a mão na minha bunda, me chamam de galinha e eu ainda é que sou a “indisciplinada infratora” que tem que prestar serviços comunitários? Isso porque eu só me defendi!”

-A culpa é sua que teve que ficar resmungando. – minha irmã me culpou enquanto me lançava olhares mortais acompanhada pelos demais.

Fomos levados á praia de La Push e dois rapazes já esperavam por nós.

Embry e Quill eram voluntários em uma ONG que cuidava pra preservar a praia e as belezas naturais da reserva.

Eles nos entregaram umas camisetas com o nome da organização e varias sacolas plásticas.

Vestimos as camisetas e agora a gente era oficialmente voluntário da ONG por pura e espontânea pressão.

Os mais novos membros promovidos a lixeiros, prontos pro trabalho em pleno sábado as 6:00 horas da manhã.

Por favor, alguém me belisca pra ver se eu acordo do pesadelo?

Trabalhamos durante toda a manhã recolhendo, embalagens vazias, garrafas, e latas de cerveja.

Fiz uma nota mental de nunca mais deixar meu lixo jogado na areia quando eu fosse á praia. É ... agora eu entendia o que o xerife queria dizer com ensinar o “suor do trabalho”. Já era cerca de meio dia, fazia um sol dos infernos, a praia tava lotada e a gente lá, bancando os protetores da natureza.

Charlie nos deu uma pausa de duas horas pra almoçar e depois a gente deveria voltar ao trabalho.

A parte da tarde nós passamos no centro onde os artesanatos da tribo quileutes eram expostos  para os turistas.

Levou a tarde toda pra pintar as paredes do lugar e deixar o jardim sem as ervas daninhas que resistiam em ficar no meio das flores.

Mas até que ficou bem legal a aparência depois da nossa arrumada. O lugar parecia um prédio novo com a pintura e o jardim cuidado.

Quando já estava escurecendo nós fomos pra casa. Como parte do castigo, além do xerife não levar a gente pra sair como ele tinha prometido anteriormente, nós ainda teríamos que fazer o jantar.

Os meninos foram pra casa do  Jake descansar  pra começar tudo de novo amanhã.

Meu pai estava no sofá da sala assistindo TV. (Velho folgado! Isso era exploração de menores!)

Rose me chamou baixinho na cozinha enquanto Alice picava a carne com uma cara de nojo.

-Aiiinnn não acredito que eu to pegando nesse bicho morto!

-Bella você trouxe o seu celular? – perguntou minha irmã – papai confiscou os nossos de manhã, e como você chegou atrasada na sala ele acabou esquecendo-se de pedir o seu.

-Deve estar na minha mochila, por quê? – respondi.

-Alice, você continua cuidando do jantar, e você vem comigo Bella – não tive tempo de responder, pois Rose já ia em direção ao meu quarto.

Ela parou na porta esperando que eu entrasse primeiro. Entrei e peguei o celular da minha mochila e entreguei em suas mãos.

-Olha lá o que vai fazer hein Rose!

-Pode deixar maninha.

-Alô, Jasper? – ela dizia baixinho pro meu pai não ouvir – Tem como me fazer um favor? Eu tive uma emergência e preciso que você traga uma coisa da farmácia pra mim – Rose disse tão baixinho o que era pro loirão trazer que nem eu fui capaz de entender - Mas quando chegar aqui nem pense em bater na porta! Sim Jasper, papai ainda está muito bravo com a gente. Faz o seguinte; quando chegar manda uma mensagem de texto pra esse celular. Obrigada, depois dessa eu fico te devendo uma. Tchau.

-Toma Bella – ela tinha desligado o telefone e me entregado de volta – Coloca ele pra vibrar pro papai não ouvir quando o Jasper enviar a mensagem de texto.

Peguei o celular e fiz o que Rose pediu sem conseguir entender muito bem pra que tudo aquilo. Guardei o celular no bolso da calça e voltamos pra cozinha antes que o xerife desse por nossa falta.

Quando chegamos na cozinha Alice ainda travava uma luta contra o frango que ela tinha que picar.

Comecei a cortar os legumes enquanto Rose voltava pras panelas que estavam no fogão.

Cerca de trinta minutos haviam passado e eu senti o celular vibrar. Eu sabia que era a mensagem que ela esperava, mas discretamente olhei no visor do celular só pra ter certeza.

Sinalizei discretamente pra Rosálie enquanto lhe entregava os legumes picados.

De novo ela saiu da cozinha e foi em direção ao meu quarto, não demorou muito e eu pude ver pela janela da cozinha Rose atravessar o jardim em direção a um vulto escondido atras da arvore.

Pelo vulto eu podia ver que era Jasper.

Aquela vaca tava maluca????

Se o xerife soubesse que Rose saiu escondido pela janela do meu quarto e que ainda eu estava de cúmplice a gente estava ferrada!!

Aí ia ser um mês de serviço comunitário no mínimo!

Pra minha sorte ela não demorou muito e cerca de dez minutos ela já tinha voltado pra cozinha.

Percebi que Rose voltava com um pequeno embrulho nas mãos.

O que aquela maluca estava aprontando?

Ela escondeu o embrulho na gaveta do armário e voltou a preparar o jantar. Alice finalmente tinha vencido a sua luta com  o frango e Rosálie já cozinhava o “bicho morto” como dizia Alice.

Quando a refeição estava pronta Rose voltou a pegar o embrulho e tirou uma caixinha de remédios.

-O que é isso Rose? – Sininho perguntou num sussurro.

-Sonífero, hoje o papai vai apagar.

-Você ta doida Rose? - Peguei o vidrinho da mão dela tentando impedir a loucura.

-Você quer passar o domingo trabalhando de lixeira de novo? – minha irmã me perguntou.

-É claro que não – respondi.

-Então dá isso aqui – e ela pegou de novo o vidrinho da minha mão.

-Isso não tem que ter receita médica pra comprar? – Alice perguntou.

-Acho que tem, mas o Jasper conseguiu comprar mesmo assim, a propósito - completou minha irmã - , ele só aceitou ajudar a gente se você saísse com ele e eu disse que ia viu Alice. – Caramba! Como minha irmã era mandona quando queria.

-Ninguém toca nesse suco hein!

Dizendo isso Rosálie virou metade do vidrinho na jarra de suco.

-Papai, o jantar está pronto. – chamou Rose com a maior cara de inocência.

O xerife veio carrancudo e se se sentou à mesa.

Rose se virou de costas para a mesa e foi ao  fogão, e começou a arrumar o prato do xerife.

Reparei que ela ainda misturou um pouco de sonífero no molho do frango que estava no prato destinado ao xerife e o entregou.

Nós também fizemos nosso prato e sentamos à mesa.

A tensão era visível, Alice brincava com a comida e não tirava os olhos do xerife a minha vontade era de mandá-la disfarçar um pouco!

Eu também estava nervosa, mas tentava comer um pouco e também ajudava disfarçar o nervosismo  mantendo minha boca ocupada em mastigar a comida.

-Nossa meninas, vocês se superaram! Está delicioso! – ele dizia enquanto colocava varias garfadas na boca.

- Só está meio apimentado né minha filha? –ele dizia enquanto levava o copo de suco em direção à boca.

-É pai... eu acho que errei na quantidade de tempero – dizia Rose com uma carinha de anjo.

Caracaaaaa, que sínica! Que atriz ! Que maligna!Que genial!

“Essa é minha irmã!” não pude deixar de pensar orgulhosa.

 Ao final da refeição Charlie já transpirava e estava vermelho feito um tomate.

-Meninas já estou satisfeito - ele disse enquanto tomava o restante de suco que ainda estava no copo.

 Ele  se levantou da mesa e foi em direção ao sofá.

Ficamos na cozinha vigiando o xerife que já estava esparramado no sofá. Ele se abanava e suava feito louco.

De repente, sem mais nem menos ele cai deitado no sofá.

-Puta merda Rose!!! – eu disse – Nós matamos o véio!! Também aquela dose dava pra derrubar até um cavalo!

Rose chegou perto de Charlie temerosa e deu um chutezinho na canela de Charlie. Nada dele se mexer.

Alice balançou o braço dele e nada.

Em seguida a Sininho deu um beliscão no xerife.

-Tá doida Alice? E se ele acordar com essa sua unha afiada? Sabe quanto custou esse sonífero?? –perguntou minha irmã irritada – Ele só esta dormindo suas bobas, se não acreditam podem chegar perto pra ver que ele ainda respira.

Em seguida ela deixou o xerife estirado no sofá e foi novamente em direção a cozinha.

Rosálie com a maior calma do mundo preparou um novo prato com o frango e novamente como fez com Charlie encheu o prato com o poderoso sonífero, dessa vez a dosagem me pareceu até maior.

-Rose não me diz que você vai deixar outro prato pronto pro tio Charlie – disse a Sininho assustada.

- Deixa de ser boba Alice, o papai não vai acordar tão cedo nem que a gente queira! – ela respondeu.

Em seguida foi em direção a porta.

-Vocês vem comigo ou vão ficar paradas aí? – ela nos perguntou.

Acompanhamos a nossa líder maligna, sem saber direito pra onde ela estava indo.

Chegamos à frente da casa de tio Billy e Rose bateu na porta.

Não demorou muito e vi um Jake super-cansado atender a porta.

-O tio Billy está Jake? – Rose perguntou.

Jake balançou a cabeça dizendo que sim e deu caminho pra que a gente pudesse entrar.

-Tio Billy, nós fizemos o jantar  e o papai mandou te trazer isso – em seguida Rose esticou os braços que seguravam o prato que ela havia preparado e estendeu ao tio Billy – Ele sabia que você ia adorar e mandou a gente trazer um pouco pra você.

Por acaso eu já disse que Rosálie é maligna? Sim ela é.

Ela deveria ganhar algum premio por aquela atuação.

Tio Billy foi em direção à cozinha comer o preparo e o cabeçudo do Emmet foi junto pra filar um pedaço.

-Alice faz alguma coisa – eu resmunguei baixinho – Se ele comer e desabar ninguém vai conseguir tirar ele do chão...

-Emmet! Eu queria te perguntar uma coisa – Alice correu em direção ao grandão.

-Pode falar gata.

-Você... você (ótimo... Alice estava gaga justo agora!). Você gosta de jujuba?

Jujuba???

De onde a tampinha tirou aquela pergunta imbecil????

-Depende gata... As vermelhas são bem docinhas, mas as verdes não tem um gosto muito bom na minha opinião.

Gente, por favor, não me digam que o lesado levou a serio aquela pergunta???

Emmet Cullen estava respondendo como se fosse o assunto mais sério do mundo como as jujubas vermelhas eram muito mais saborosas do que as verdes enquanto tio Billy já ficava tão vermelho quanto o nosso velhote ficou há minutos atrás comendo a gororoba.

Não demorou muito pra Billy também pegar no sono e Jake já empurrava a cadeira de tio Billy pra colocarem-no na cama.

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Notas finais do capítulo

Lembrando a todos os leitores que os comentários são sempre bem vindos e nunca são demais.
Bjos
Danny