ANTES:

–Eu preciso de ajuda

–O que foi Castiel?

–Eu tenho uma filha e preciso que vocês vão lá buscá-la.

–O que nós temos?

–Ela mora nos dormitórios do campus de Columbia, tem 24 anos, está cursando o ultimo ano da sua faculdade

–O que meu irmão quis dizer é que precisamos lhe contar uma coisa importante, se puder nos ouvir, por favor.

–Você é um anjo! Filha de um pra falar a verdade.

–Eu sei.

–Eu sei, é que eu... Tive de desistir de muita coisa até chegar aqui onde estou isso é tudo que me resta, de um grande sonho, planos pro futuro a única coisa certa que eu tenho no momento é minha formatura, eu não posso simplesmente abandoná-lo vocês entende?

–Quer dizer Dean, não é tanto tempo podemos ficar!

–Você não tem mais aula essa semana não é? Você tem duas opções ir comigo caçar agora e perder essas aulas ou ir às aulas e ir me encontrar amanha... Com o Dean.

-Você é linda não precisa de tudo isso. Relaxa

–Dorme na cama eu fico com o sofá Dean. Ta tudo bem eu não me importo.

-Mas eu me importo

–Ok, mas eu vou avisando, sou espaçosa!

AGORA:

Acordei com a luz da manha que emanava da janela, tentei me levantar, mas fui impedida por um braço forte em minha volta, olhei para traz e lá estava ele. Dean Winchester. Eu e Dean, dormindo juntos de conchinha, parte de mim gostava disso, mas a outra parte queria dar um soco na cara dele, mas ai eu lembro da parte que eu que tive a brilhante idéia de dormimos juntos, então seria injusto socar sua cara.

Tiro seu braço de cima de meu corpo e vou para o banho. Já no banheiro tiro a camisa de Dean ela era tão macia e confortável ele nunca mais vai ver essa camisa penso com um sorriso pervertido, termino de me despir e entro na água morna do chuveiro pensando na noite anterior e nos meus melhores momentos com o Dean e lá estávamos nós rindo como sempre o Sam vive nos xingando por que quando estamos os três eu e Dean brigamos o temo todo teve uma vez que ele saiu com um olho roxo. Rio ao me lembrar da cena. Mas quando estamos só nós... Depende às vezes ficamos quietos e não falamos nada são poucas vezes que acontece o que aconteceu noite passada acontece poucas vezes, mas eu me diverti muito. Já com o Sam nós sempre estamos rindo e nos divertindo à maioria das vezes estamos na biblioteca pesquisando casos, eu adoro ler então não me incomodo, mas poderíamos fazer outras coisas.

Após o banho tomado me enrolo na toalha e penteio meus cabelos na frente do espelho, pego a camisa e calço minha pantufa abro a porta do banheiro, e esbarro em Dean derrubando a camisa no chão nos abaixamos juntos para pega-la e nossas mãos se tocaram trocamos aquele típico olhar, eu sorri sem graça e Dean me ajudou a levantar ficamos frente a frente de mãos dadas ele olhou pra mim e eu sorri sem graça.

-Você vai me devolver à camisa? – ele falou pela primeira vez nessa manha sua voz estava levemente rouca.

Eu sorrio de orelha a orelha e falo:

-Não! – sem desfazer o saio de seu caminho jogando a camisa na mala ele me olha confuso, quando eu o olho novamente ainda sorrindo.

-Ok pode ficar! – ele disse por fim entrando no banheiro.

Me vesti e terminei de arrumar a mala sairíamos para encontrar Sam daqui a pouco.

P.O.V. Dean Winchester

Tive que tomar um banho gelado pra tirar da minha mente a imagem da Ashley só de toalha, e o que foi isso ela querer minha camisa?  Eu admito que fiquei feliz quando ela disse que ia devolver e se tivesse ficado mais um segundo ali parado com ela eu teria a agarrado , mas não poderia fazer isso e não farei! Eu gosto da nossa amizade e sei que não passa disso.

Saio do banho e me visto ali no banheiro mesmo sai e ela estava sentada na cama com tudo pronto.

-Você arrumou minhas coisas?

-Aham – ela sorriu – problem?

Neguei com a cabeça e falei:

-Se divertiu dobrando minhas cuecas? – ri da cara que ela fez. Ela se levantou e veio em minha direção.

-Engraçadinho – ela disse colocando os braços em volta do meu pescoço eu estranhei seu movimento – Prontinho – ela sorriu para mim tirando sua mão de minha nuca descendo até meu ombro e meu peito e sua a outra mão veio até meu rosto dando dois tapinhas leves então ela sorriu e se afastou.

-Eu tenho que pedir o que você fez? – ela riu e falou:

-Eu só arrumei a gola da sua jaqueta – ela disse mais pura calma e me entregou as malas – vamos?

-Vamos.

Fechamos a conta e entramos no meu baby a caminho de Salvation para casa do Bobby.

P.O.V. Ashley Jonson

Estávamos já fora de NY, mas ainda distante é uma viagem longa e talvez teríamos que parar para dormir. Dean não falou mais nada desde que nós saímos do quarto sua ultima palavra “vamos” decidi puxar assunto, um assunto que eu não queria tocar, mas eu tinha o direito de saber.

-Dean... – chamei um pouco baixo, mas ele não ouviu – Dean – repeti agora um pouco mais alto.

-Hum? – ele perguntou concentrado na estrada.

-Quem é meu pai? Como ele é? Qual é o nome dele? Ele fala de mim? Ele é legal? É seu amigo? É...

-Ei, ei, ei clama! É muita pergunta para um minuto.

Eu sorrio envergonhada.

-Bom como você já sabe, seu pai é um anjo – ele começou e eu me endireitei no banco era a primeira vez que eu tocava nesse assunto eu estava nervosa, mas mais curiosa  – ele, é um pouco mais baixo que eu, e usa um sobretudo – eu ri sobretudo? - o nome dele é Castiel – Castiel, é um nome bonito eu escutava cada palavra que Dean falava com muita atenção bom 80% da minha atenção era para o que ele falava os outros 20% era só de ouvir sua voz e ver seus lábios carnudos se mexerem lentamente. – ele é legal – ele pulou uma pergunta – mas é tão burrinho...

-Burrinho? – pergunto com um tanto de indignação

-Não nesse sentido, é que por ser um anjo ele não conhece muitas coisas do nosso mundo, um exemplo não sabe usar uma torradeira ou fazer um café – nós rimos juntos, e ó céus como sua risada era gostosa, não para Ashley P.A.R.A. lembra que pro Dean você não é nada não se deixe levar – eu o considero meu melhor amigo, talvez único. – ele sorriu, ótimo bufei me enterrando no banco do Impalla. Agora sim! Dean nunca vai pegar a “filha do seu melhor amigo” afastei esses pensamentos da minha cabeça e continuamos a viagem sem falar nada, e eu ficava apenas pensando como seria a aparência de meu pai. Nós paramos apenas para o almoço, quando dei por mim já era noite Dean tava quase dormindo no volante.

-Quer que eu dirija?

-Ã o que? Não nem pensar ninguém dirige meu baby.

-Então vamos parar pra dormir, você ta um caco! – disse rindo.

-Tem um motel ali – ele falou apontando para um motelzinho barato no meio da estrada – tudo bem? Pode ser?

-Claro.

No Motel...

-Um quarto, por favor – falei para recepcionista. Reparei que ela não tirava olho do Dean e, isso me deixou muito irritada então tive uma idéia ela me entregou a chave eu falei – vem amor, vamos – disse puxando-o pelo braço olhei pra trás e a mulher estava indignada mostrei a língua pra ela e passei meu braço pela cintura de Dean.

Entramos no quarto e eu tirei meu coturno rindo sem parar como uma maluca incondicional mesmo.

-O que foi aquilo – disse ele parecendo indignado.

 -A qual é Dean vai dizer que você não percebeu? – fui caminhando em sua direção.

-O que? – ele perguntou confuso.

-Ela tava te dando maior mole – disse me aproximando cada vez mais.

-Não, nem percebi – ele disse se aproximando também.

-A qual é, só saltou ela pular em cima de você – disse erguendo uma sobrancelha, agora estávamos a poucos centímetros um do outro.

-Ah, mas porque você não me avisou? – ele disse fazendo biquinho. Meu sorriso desapareceu, mas é claro! Ele é Dean Winchester!

-Ah mil perdoes – disse me afastando brutalmente –talvez eu devesse ter te dado força não é? – olhei incrédula pra ele – o que você ainda ta fazendo aqui? Vai lá logo antes que ela vá embora.

Ele ia falar, mas eu o interrompi.

-Melhor ainda talvez eu vou procurar alguém pra ficar, é, é isso ai é disso que eu preciso sexo! – assim que disse isso sua expressão mudou agora ele parecia irritado.

Peguei minha bolsa e ia saindo quando ele me puxou pelo braço e antes que eu pudesse falar ou alguma outra coisa nossos lábios se encontraram em um selinho demorado. Eu fiquei imóvel não fiz nenhum movimento ele mantinha uma de suas mãos no meu rosto e a outra segurava meu braço fortemente, ninguém se manifestou, ninguém tentou aprofundar o beijo ambos estavam muitos surpresos nos separamos e Dean me soltou acariciando meus cabelos.

-Eu não vi aquela recepcionista dando mole pra mim, por que eu só tenho olhos para você – ele falou sem mais devaneios soltei minha bolsa no chão me agarrei em seu pescoço e o beijei, ele desceu suas mãos até minha cintura apertando-as o beijo era rápido e urgente, ambos pareciam estar desesperados por isso, eu não sei ele, mas eu estava com certeza sem interromper o beijo fomos andando até a parede mais próxima. Assim interrompendo o beijo em busca de fôlego ele beijou meu pescoço desabotoando minha blusa, eu puxei sua cabeça para um novo beijo agora mais calmo e molhado, tirei sua camisa e Dean agarrou minhas coxas fazendo com que eu entrelaçasse minhas pernas a sua volta.

Um barulho de tiro chamou nossa atenção.

-O que foi isso? – perguntei a Dean.

-Não deve ser nada – disse Dean beijando meu pescoço dando leves mordidas.

-Dean – disse o afastando de mim.

-A o que é – ele disse num tom irritado.

-Pereceu um tiro.

-Vai ver foi um assalto ali na rua isso acontece sabia – disse me pegando pela cintura e puxando para perto dele. Eu o olhei seriamente – ta bom – ele disse bufando, pegou sua camisa do chão a vestiu e sacou uma arma da mochila.

Passou-se uns minutos e ele voltou afobado me levantei da cadeira assustada.

-O que foi? O que houve?

-Pega suas coisas rápido – ele disse e pegou as nossas mochilas e sua mala.

-O que houve? – falei pegando minha mala e minha bolsa.

-Bom parece que não temos mais uma recepcionista – ele começou – tem uns demônios aqui vamos sair pelos fundos até o carro.

Eu assenti e nós fomos em direção ao carro graças a deus deu tudo certo quando os demônios nos viram já era tarde de mais estávamos a um quarteirão de distancia.

Só agora pude reparar meu estado, eu estava descalça com a camisa aberta ainda que eram 4:00 da manha fechei minha camisa e coloquei meu coturno que havia jogado no banco de trás junto com o resto da bagagem. Seguimos a viagem sem falar absolutamente nada, mas eu pude notar alguns olhares bobos de Dean em mim eu estava um verdadeiro pimentão de vergonha. Agora é a caminho da casa do Bobby.