Uma Reviravolta escrita por SomewhereInNeverland


Capítulo 3
Capítulo 3




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POV'S SOPHIE

Ouvi o meu despertador e resmunguei. Haviam passado exatamente oito anos hoje da morte dos meus pais. No momento eu estava no baile da escola, pensando no fora que tinha levado. De repente, todo o meu mundo caiu. Fui jogada para a minha tia imbecil, que me maltratou até eu fazer dezoito e fugiu com a minha fortuna depois disso. Mas meu nome ainda me rendia lucros.

Eu sou Sophie Michaels, uma das maiores críticas do país. Nada é bom sem a minha aprovação. Mas isso me custara muito. Meu namorado, minha mãe e meu pai. Em resumo, todas as pessoas mais importantes foram arrancadas de mim. Eu mudei. Mas não sou idiota, não quero a pena de ninguém. Ninguém sabe da minha mudança, a não ser a minha melhor amiga que gosta de mim por eu ser eu mesma.

O nome dela é Victória e eu amo a minha melhor amiga. Ela é uma pessoa de influência e me pôs nesse mundo: o de crítica. Basicamente, o que eu faço é negativar. Tudo. A não ser que uma coisa seja tão absolutamente incrível que o mundo irá me chamar de louca, eu negativo. Quando algo recebe a minha negativa, ele é automaticamente brega.

Podemos dizer que eu controlo o mundo da moda.

Mas eu preferiria mil vezes ter uma família e alguém que me ame. Mas não tenho ninguém por causa do meu trabalho, então sou muito solitária. Tomei um banho e coloquei um conjunto de terno sem graça e cinzento, porém totalmente justo e decotado. A Victória dissera que era ideal para o trabalho, então não discuti. O que a gente não faz pelas amigas? Pus um scarpin preto.

Maquiei-me como uma verdadeira pop star e peguei uma bolsa preta, colocando nela tudo de essencial. Para uma crítica como eu o essencial é: maquiagem, brilho, gliter e muitas outras disparidades. Nossa empresa não era lá muito honesta. Caminhei para a cozinha da casa que eu dividia com a Victória. Casa seria desmerecer a mansão que a agência paga, né, mas…

 - Bom dia, Caroline. – falei chegando até a mulher que trabalhava para nós – O que temos hoje?

 - Torrada integral. – ela sorriu e eu comi sem entusiasmo.

 - Onde está a Victória? – pergunto após comer e beber um suco qualquer.

 - A outra senhorita saiu mais cedo. – ela anunciou e eu suspirei.

 - Já vou, até mais. – falo e saio me encaminhando para o carro, o motorista já lá – Para o meu trabalho. – falo entrando no carro e me acomodando.

Eu agora me encontro no meu escritório, com uma pilha de modelos para aprovar e uma outra de manuscritos para ler. Suspirei. Isso é muito cansativo, mas paga bem e é tudo o que eu posso fazer já que foi a unica faculdade que me restou a fazer, então… Sophie, você consegue! Me aconcheguei na cadeira confortável e comecei o trabalho.

De repente, alguém invade a minha sala e eu ergo os olhos do primeiro modelo. Um homem alto e moreno estava ali, parado. Contei mentalmente até dez. até trinta. Um minuto e esse homem não se mexe?

 - Senhor, acho que se perdeu. – falo e abaixo o modelo bonito – Caso queira visitar alguém terei prazer em instruí-lo, mas estou trabalhando, então, por favor, mexa-se.

Acho que saiu meio rude. O homem pareceu despertar e fechou a porta atrás de si. Andou até mim e me analisou. Suspirei e revirei os olhos.

 - Se veio me entregar algo, por favor, deixe com a minha secretária, sim? – pedi.

O homem não se moveu e eu, impaciente, voltei a analisar os modelos, descartando vinte em vinte e um. O homem continuava ali. Até que, depois de trinta minutos, ele encontrou a voz:

 - Sophie? – ele perguntou e eu ergui os olhos impacientemente – Sou eu, Leonardo.

POV'S LEO

 - Sophie? –perguntei e ela ergueu os olhos impacientemente – Sou eu, Leonardo.

Nem sabia como aquilo tinha saído da minha boca, não acreditava ainda no que estava vendo! Sophie, aquela Sophie, não podia ser. Minha carreira estava dependendo dela, como? Como não havia percebido antes, aliás, tinha percebido tarde de mais! Agora já era, aquela mimada NUNCA que vai aprovar meu livro por vontade própria.

Continuava parado na frente dela. Nem eu nem ela se mexíamos. Não sabia o que falar, fazer sei lá. Oito anos desde que eu tinha terminado com aquela garota, oito anos sem vê-la e agora meu destino dependendo dela, como a vida da voltas.

Sophie que quebrou o silêncio:

-Leonardo?

-Sim, sou eu Sophie.

-Do que precisa?-ela pergunta e ergue uma sobrancelha.

“Mimada como sempre” pensei.

-Preciso de uma avaliação. Pode dar uma olhada?- disse lhe entregando o meu manuscrito.

-Tudo bem. Eu vou lê-lo e avaliá-lo. – disse ela colocando-o em uma pilha, com certeza o ultimo que ela leria.- Agora você já pode se retirar, se você não percebeu estou ocupada agora.

“Mimada e mal educada” pensei novamente.

-Então é assim que você me trata?-perguntei.

-Você me deu um fora na porta do baile de formatura, me deixou sozinha lá.-ela deu de ombros- Sim, exatamente como você deve ser tratado.Agora com licença…

Cara, ela já era mimada e agora tava pior! Como ela pode ser tão fria, aposto que ela nem vai ler e minha carreira acaba aqui.

Sai, com a cabeça meio baixa, ainda indignado. Ainda não entendia o que eu havia visto naquela patricinha, linda, fofa quando quer… Acorda Leo, deixa de ser meloso! Não era possível ela não sentir nada por mim!

Ela sente sim. É lógico que sim se não ela não iria ficar tão brava. Lógico. Porque não pensei nisso?

Amanheceu e eu já estava de pé, já estava com um buquê de rosas à mão. Estava decidido, iria fazer algo que se estivesse em meu juízo perfeito não faria, ou talvez faria, faço as coisas por impulso, e depois de oito anos, não acho que ela mudou muito, mas será que a minha sophie ainda esta ali? Iria entregar o buquê a Sophie…


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Notas finais do capítulo

Gostou? Mande me uma review ;), não? que pena :C, mas mande tb mesmo assim ^^



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