2ª Temporada - Ela É A Única Que Pode Me Salvar escrita por Bel Russeal


Capítulo 26
Em chamas.


Notas iniciais do capítulo

Podem brigar muito comigo, eu mereço pela demora...
Enfim, obrigado por todos os comentários e mensagens de vocês, gosto muito de ler eles e desculpa por não responder todos.
Eu me divirto muito lendo os reviews, no cap anterior tive que escrever logo as pazes do nosso casal se não vocês me matariam kkkk (brincadeira, eu espero D;) E teve gente ate torcendo pelo casa "GuiDA" kkkk Guilherme e Duda .. To adorando viu?!



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Senti uma gota fria percorrendo minha testa e depois outra e outra, abri os olhos  e constatei que estava debaixo de uma goteira e lá fora chovia muito, João Vitor dormia ao meu lado com os braços me envolvendo, com um pouco de dificuldade pude alcançar meu celular para ver a hora e percebi que já passara horas  que estávamos ali. Havia umas 10 ou 15 ligações e sms de Rogério e Guilherme em meu celular, eles deviam está preocupados, afinal eles deviam esta pensando que João Vitor fora realmente embora.

_João Vitor!! – Balançava o ombro dele com a intenção de acordá-lo.

_Ham?! – ele disse ainda com os olhos fechados sem coragem alguma de abri-los.

_ Precisamos voltar a mansão, todos estão preocupados.

_ Eu não quero voltar agora, deve ta frio lá fora.- ele disse se referindo a chuva e agora abrindo os olhos .

_ Nada disso , temos que ir porque... – ele cortou o que eu dizia com um beijo e eu não intervir.

Pulei de seu colo antes que eu não resistisse e deixasse todos na mansão esperando mais ainda. Catei minhas peças de roupas jogadas pelo chão e a vesti sobre os olhares observadores de João Vitor.

_ Para de me olhar assim, João! – falei envergonhada.

_ Nem acredito que mesmo depois de tudo que vivemos você ainda fica vermelha quando te observo. – ele disse rindo e se acomodando mais no sofá.

_ Vamos se apressa, temos que ir. – falei jogando suas roupas  nele.

...

Chegamos na entrada na mansão, Sai do carro e  João logo saiu do seu nos reencontrando na porta da casa, então  entramos , olhares preocupados e surpresos nos cercaram ao entrar.

_ Que foi ? – João Vitor perguntou ao ver todos os olhares sobre ele.

_ Pensávamos que tinha ido...- Rogério tentou dizer, mas João Vitor o cortou.

_ Não eu não fui, como você deve ta percebendo.

_Mas você sempre dá motivos pra que pensássemos nisso. – O pai de João protestou.

João responderia algo, mas  ele respirou fundo e subiu as escadas despreocupado.

_ Pra onde vai ? Não terminamos a conversa.- Lorenzo disse irritado.

_ Não estou interessado em terminá-la .- João disse ainda subindo as escadas.

_ Eu desisto. – Rogério disse se jogando no sofá e todos que estavam na sala riram.

Subi as escadas atrás de João , e ele estava já deitado na sua cama, já havia tirado sua camisa e voltado a dormir, ele devia esta cansado. Peguei sua camisa que ele havia jogado no chão colocando a mesma no cesto de roupas sujas e tirando seu tênis , ele se mexeu um pouco na cama, mas ainda dormia. Me assustei com o barulho da porta se abrindo e era Valentina.

_ Que susto ! – exclamei e depois ri.

_ Desculpa, é que Bernardo veio me avisar que João voltou e vim conferir se era verdade.

_ Como vê é verdade. – falei dando leve beijo em seu rosto.

_ Vocês fizeram as pazes? – ela perguntou curiosa e sussurrando para que ele não acordasse.

_ É... acho que sim.

_ Com esse sorriso bobo no seu rosto, eu tenho certeza que sim. – ela disse saindo.

Quando voltei para o andar debaixo da casa , vários convidados já tinham ido. Rogério e Bernardo conversavam animados com alguma coisa e Lorenzo dormia no sofá juntamente com Nicolas em  seu colo que também dormia, pensei em levar Nick para o quarto para se acomodar melhor , mas a cena era muito fofa de se desmanchar, então deixei onde ele estava, afinal já devia ta acostumado a dormir no colo de alguém.

Vasculhei  o local e Camila estava na piscina com Valentina agora. Thomas, Henri e Guilherme no home bar da sala, bebendo algo . Então resolvi subir ao ver que tudo estava na paz, no quarto, João Vitor ainda dormia e antes que eu deitasse ao seu lado, o barulho de algo me chamou atenção, era de um celular , tocava insistentemente , mas eu não o achava. Provavelmente , o celular pertencia João, vasculhei o quarto e encontrei de baixo da cama , devia ter caído quando ele deitou.

O nome que piscava no visor do celular era “Felipa” , pensei em acordar João e entregar o celular a ele e perguntar porque aquela garota ainda ligava para ele, mas sinceramente me concentrei em pensar apenas que aquele telefonema não ocorreu, recusei a chamada e coloquei o celular sobre a estante, mas ele continuava a tocar. Peguei uma revista e sentei na poltrona me segurando para não prestar atenção ao telefonema e consegui.

Mais um toque, João se mexeu na cama acordando, ele olhou confuso procurando da onde vinha o barulho e  avistou o celular , ele olhou pra mim como se falasse “ Poxa amor, por que não atendeu pra mim?” Ele pegou o celular e viu o nome no visor e fez a cara  surpresa e depois de que havia sacado.

A minha taxa de paciência estourou, levantei da cama e tentei passar pela porta , mas João não deixou pulando na minha frente e trancando a porta.

_ Idiota! – exclamei e escapou uma risada da boca dele.               

O celular insistiu e ele atendeu impaciente já com o toque.

_Oi... sim sou eu.  – ele falava no celular ao mesmo tempo em que mantia seus braços afastando os meus que lhe tentavam roubar a chave.

_O que houve ? – ele disse me jogando na cama se divertindo com a situação e eu dava leve tapas em seu ombro.

_ Aaaai! – ele exclamou e percebi que meus tapas não eram tão leves assim e soltei uma risada.

_ Não, não. Estou bem , bati com a porta. – Ele explicava para mini damasceno no outro lado da linha.

_Não , esta tudo na perfeita paz ,por que a pergunta? – ele disse no celular ainda atrapalhado com a nossa pequena luta de vale tudo sobre a cama.

_ Espera só um minuto, Felipa. – ele disse pousando o celular sobre a cama e ficando em cima de mim , prendendo meu braços debaixo de sua perna , me deixando imóvel.

_ Pode falar... – ele continuou e tinha um sorriso zombador no rosto , eu tentava sair , mas era inútil , então suspirei e decidi esperar.

_ Que ? –ele disse saindo de cima de mim e indo direção ao seu guarda roupa.

Sentei na cama confusa e ele tirava algumas peças de roupas, primeiro uma calça e vestiu e depois uma camisa vestindo também, tudo isso ainda concentrado na conversa no celular.

_ To indo pra ir. – ele disse antes de desligar o celular.

_ O que? Como assim “To indo pra ir” ? – perguntei irritada.

_ Depois eu te explico , amor. É importante. – ele disse dando um leve beijo em minha testa.

_ Explica agora. - gritei, mas ele já havia destrancado a porta e  passado por ela.

...

Desci as escadas, e João caçava as chaves do seu carro na sala, e todos estavam ainda distraídos em suas conversas até eu chegar correndo feito uma louca.

_ Droga , cadê essas chaves. – João dizia impaciente.

_ Estava lá em cima.- disse balançando a chave com um sorriso no rosto, e ele teria que me explicar.

_Me da aqui essa chave , Duda. – ele disse se aproximando da escada.

_ Não, ate você me explicar.

_ Guilherme , me empresta seu carro? – João virou em direção aos meninos que nos observam também.

_ Claro, aqui . –ele disse jogando as chaves para João Vitor.

_ Não.. Gui seu ..- falei irritada.

_ Que foi?- Gui disse confuso

_ Volto pro jantar , amor. – João disse zombador e correndo para fora da casa.

_ O que ta acontecendo, Eduarda? – Rogério disse curioso e preocupado.

_ Eu não sei, a filha do Daniel ligou pra ele e agora ele ta saindo assim todo apressado.

_ Daniel Damasceno ? – Guilherme peguntou.

_ Não , o Daniel cantor. – disse ainda irritada com Gui por ele ter emprestado o carro.

_ Vamos atrás dele. – Rogério chamou e Bernardo e eu .

...

Seguimos o carro que João Vitor estava , mas ele era muito melhor no volante e o perdemos de vista .

_ Sabe o Hotel onde Felipa está hospedada ? –Rogério perguntou para Bernardo.

_ Ela já compro uma casa , eu até acompanhei ela na venda com uma imobiliária, mas eu não sei qual casa ela escolheu das quais foram apresentadas.

_ Lembra o endereço de todas ?

_ Sim.

...

Dirigimos por alguns minutos atrás da casa e por muita sorte a primeira era a casa certa o carro em que João Vitor saiu de casa estava estacionado lá, mas uma cena mais forte nos chamou atenção.

Narração João Vitor.

Ao receber o telefonema de Felipa dizendo que estava sendo seguida por uns caras o dia todo enquanto fazia compras no shopping, fui o mais rápido possível ate a sua casa, mas não rápido suficiente, ao estacionar o carro na sua entrada me deparei com um circulo de pessoas em frente a casa, tentei passar pelo aglomerado de pessoas.

_ O que ta acontecendo aqui em ? – perguntei pra um dos curiosos.

_ É um incêndio.

Sai correndo empurrando algumas pessoas , e ate passar por elas me encontrei com a casa quase dominada pelo fogo, algumas pessoas jogavam água e outras ligavam ao bombeiro.

_ A moradora da casa já saiu de dentro? – perguntei aflito.

_ Não saiu ninguém, nem temos certeza se tinha alguém lá. – um dos homens que jogava água falava entre fôlego e continuou.

_Eu ouvi gritos, mas eles se calaram. – disse uma senhora que justificou sendo vizinha.

_Droga, droga e droga. – resmunguei aflito.

_ Ah meu Deus ,João o que hou..? – Eduarda disse chegando correndo com Rogério e Bernardo e pararam assustados com a cena do incêndio.

_Felipa ? Cadê a Felipa ? – Bernardo perguntou muito aflito.

_ Eu não sei, droga.- disse alto.

Rogério logo se mobilizou com a população a tentar apagar o fogo, mas ele já era forte demais e dominava maior parte do casarão. Bernardo discava o numero de Felipa com a esperança dela não esta mais dentro da casa e que a preocupação seria em vão, mas eles não ouviram o que ela havia me contado mais cedo e aquele incêndio não acontecera por um acidente.

_Isso não pode ta acontecendo..- Bernardo disse angustiado.

_ Porque ta tirando a camisa? – Eduarda perguntou ao ver minha atitude.

_ Por nada. – respondi.

_ Por nada ? – Bernardo perguntou.

_ Eu tenho que verificar algo.

Passei decidido pelas pessoas, e entrei na casa pelo lado em que as chamas ainda não tinham chegado, ouvi algo como “ Espere o bombeiro” , “Esse garoto é maluco”e muitos outros argumentos, mas se eu esperasse podia ser tarde pra Felipa e eu tinha certeza que ela estava dentro daquela casa.

_ Felipa ? – gritei.

O lugar estava quente demais apesar de não ter muitas chamas onde eu estava, mas adentrei mais a casa e algumas estruturas caiam do meu lado e eu já estava desistindo de prosseguir, ate ouvir um leve grito de socorro.

Passei por uma porta e acabei queimando minha mão ao segurar na maçaneta , e Felipa estava caída no chão.

_ Felipa ?

_ Você veio. – ela disse com um leve sorriso.

_ Você disse que estava sendo seguida aí eu me deparo com sua casa pegando fogo, pelo visto você arranja mais confusão que eu. – disse dando uma leve risada e a pegando no colo.

Ela estava com uma perna machucada e um leve ferimento na cabeça, a peguei com cuidado, mas o lugar que eu passava já estava dominado pelas chamas e eu não sabia mais por onde seguir , eu estava em um quarto sem saída.

_ E agora? – falei aflito.

_ Desculpa por fazer você vim. – ela disse com a voz fraca e tossindo em seguida.

Apoiei ela no chão e tirei a camisa do meu rosto e coloquei no seu.

_ Tem que ter uma saída.

_ Eu só vejo paredes .

_ A estrutura ta fraca. – disse e ela me olhou confusa, mas logo entendeu quando comecei a chutar uma parede.

Com minha ultima gota de esperança a estrutura veio ao chão e logo passei com ela. Bernardo veio logo receber Felip, preocupado.

_ Você ficou maluco ? Quer me matar de preocupação? – Duda disse do jeitinho bravo que eu adoro.

_Eu  não poderia deixar ela...- eu continuaria a teimar com a Duda e provavelmente teríamos mais uma discussão boba de sempre , mas não consegui, eu não tinha ar, não conseguia respirar.

_ João está tudo bem? – Rogério disse percebendo e me forçando a sentar no chão.

_ A asma dele. Deve ta atacando por causa da fumaça. – Bernardo disse afastando Eduarda de mim.

Minha vista escureceu, mas ouvia algumas vozes preocupadas.

_ Droga , isso estava no meu carro, junto com a maleta da faculdade. – Ouvia uma voz distante,era Bernardo.

_ Achei. – A voz de Bernardo se aproximou e minha respiração voltou aos poucos.

...

Ainda no carro respirava com dificuldade pela bombinha enquanto Bernardo dirigia pro Hospital, a situação principal era  o estado de saúde de Felipa e quem havia feito isso com ela , claro que o principal suspeito seria Daniel Damasceno, mas ele não seria capaz de fazer isso com a própria filha seria?

_ Super heróis não podem ser asmático , João – Tio Rogério zombava dentro do carro.

_ Eu não consigo, mas me imagine rindo com suas piadas , tio. – disse irritado e Eduarda empurrou a bombinha de volta me impedindo de falar.

_Você e sua mania de se sacrificar pelos  outros. – Duda sussurrou no meu ouvido e me deu um beijo no rosto.

_ Desculpa. – sussurrei no seu ouvido de volta.

_ Não precisa se desculpa , eu admiro isso em você, apesar de me deixar louca de raiva as vezes por me deixar preocupada e com medo de te perder.

_ Eu não vou morrer , não ate quando eu entrar na igreja e casar com você.

_ Eu acho bom mesmo. – ela disse me dando um longo selinho.

_ Será que Daniel teve algo haver com esse incêndio?

_ Ele ta preso.

_ Mas isso não impede dele ordenar coisas aqui fora.

_ Mas é a filha dele. Isso seria cruel demais .

_ Esse é homem é cruel, Duda.

_ Ta, mas agora eu só quero que você fique bem. – ela disse.

_Eu to melhor, mas ficaria melhor com alguns beijos.

_ Ah eu não sei não, você mesmo disse que ta melhor.

_ Não , eu disse isso? Mas eu não to conseguindo nem respirar. Ah meu Deus a asma voltou atacar. – disse fazendo um péssimo teatro.

_ Acho que vou precisar de respiração boca a boca.

_ Seu bobo. – ela disse voltando a me beijar.


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Notas finais do capítulo

Esperando os comentarios desse capitulo ... to nervosa s e voces gostaram ou não ;s