2ª Temporada - Ela É A Única Que Pode Me Salvar escrita por Bel Russeal


Capítulo 16
Um acordo.


Notas iniciais do capítulo

Divulgando mais uma vez minha nova fic : http://fanfiction.com.br/historia/371333/Amor_E_Caos



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Narração João Vitor:

Entrei no carro e dirigi e disquei o número da agenda do telefone e coloquei no viva voz , enquanto dirigia.

_ O que você quer dessa vez, Thiago ? – uma voz masculina atendeu no outro lado da linha.

_ Olá Michael .

_ Quem é que ta falando?

_ Sou eu, João Vitor. Seu desgraçado, cadê o meu filho?

_ Pelo visto ta bancando um de Indiana Jones não é pequeno Roccher?!

_Cala boca e me fala o que vocês querem para entregar meu filho de volta.

_Queremos você e o seu titio morto.

_ Se vocês fizerem algum mal pro meu filho, eu juro que mato você.

_ Muito assustador João Vitor, agora pare de brincar e vamos negociar

...

De acordo com o endereço cheguei em um bairro afastado da cidade e o lugar indicado era uma prédio abandonado, respirei fundo decidido a entrar, mas meu celular tocou, era meu tio.

_ Ficou louco de ir sozinho, João ?

_ Não, estou bem ciente do que eu to fazendo.

_ É isso que eles queriam, é um emboscada para eles te pegarem e te matarem.

_ Eu ofereci a eles uma troca.

_ Que troca ?

_ Eu vou ficar no lugar do Nick e serei a isca pra te atrair.

_ Você é burro. Garoto parece que não aprendi nada mesmo. Quem garante que eles vão devolver a criança. – ele gritava mais ouvi o som da campainha do outro lado da linha.

_ Isso foi a campainha? Atende tio pode ter uma surpresa.

Ele ficou calado por alguns minutos e ouvi uma comemoração do outro lado , parecia ser Eduarda e Bernardo.

_ Você esta certo, eles vieram entregar criança.

_ Então eu posso ter certeza agora que ele esta bem.

_ Eu vou te buscar, já organizamos um estratégia com a policia, já rastreei seu celular e..

_ Não seja ingênuo tio, eles não vão ficar aqui quando me pegarem. E eu só vou ser uma isca pra te atrair por vingança, não por resgate.

_ O que você ta querendo dizer, garoto ?

_ Não tem motivo pra eles me manterem refém , eu não sou um refém tio.

_ Eu vou contornar essa situação.

_ Quando isso acabar, você pede a Bernardo para cuidar de Eduarda e Nick para mim, fale pra ele levá-la a uma viagem pelo mundo , para fazê-la feliz.

_ Pare de falar assim, você não vai morrer .

Tio Rogério falava palavras animadoras e esperançosa no outro lado da linha, mas não me motivavam , eu já sabia o que aconteceria , foi o acordo e eles já me esperavam na frente do prédio armados e com carros, me aguardavam .

_Adeus tio.

_ Espera João.. – desliguei o celular e Michael e o outro cara do dia do estacionamento, abriram o meu carro me jogando para fora.

_ Ta demorando muito, já fizemos a nossa parte do acordo, agora vamos te levar pro chefe e ele vai decidi seu futuro.

Eles me amarraram as mãos nas costas, mas antes de colocar no carro:

_ Sabe eu ainda estou super magoado pelo jeito que me tratou no dia do estacionamento e quando te levar pro chefe talvez não seja eu que te execute, então .. – ele começou a distribuir vários golpes em mim.

_ Ora Michael, isso é perda de tempo, vamos. – um dos seus amigos reclamava.

Mas Michael não ouviu e apenas se concentrava em me bater...

Narração Eduarda

A campainha tocou e tive que me desconcentrar nas palavras de Rogério que falava com Bernardo no telefone e fui abrir a porta e tive uma grande surpresa, Pilar , que trabalhava na creche , veio me entregar Nicolas que dormia tranquilo nos seus braços.

_Meu filho, o João conseguiu, Bernardo . – falei animada tomando Nicolas para mim no mesmo instante e o abracei, eu tinha o meu príncipe de volta , perto e seguro junto comigo.

Bernardo e eu comemorávamos a volta de Nicolas e esquecemos que Rogério ainda permanecia no telefone com João Vitor , mas quando ele terminou a ligação não tinha a face de alegria em que tínhamos .

_ Ei pai , que cara é essa?

_ Nicolas ta aqui , cadê o João Vitor?

_ Ele ..

_ Fala logo pai, cadê ele?

_ Ele trocou de lugar com o filho.

_Ele é refém agora, temos que fazer algo.

_ Eu vou fazer , mas acontece que a armadilha era pra me atrair , mas ele não é um refém.

_ Eu não to entendendo. – eu soletrei , mas a cada batida do meu coração sentia o medo de perder João.

_ Eles querem me atrair em forma de vingança, ou seja, eu não sei se o João vai esta..

_ Não, vamos fazer algo , ele é meu irmão , ele não pode morrer.

Eu sentia o baque em cada palavra e frase dita “ Ele não é um refém “ ; “ele não pode morrer” , as imagens do sorriso de João, do seu carinho, das suas caretas, de sua ironia. As cenas passavam em minha mente e me deixava atordoada.

_ Eu já tenho tudo formado o plano que seria em New York podemos executar aqui , mas com algumas mudanças , mas..

_ Mas o que ?

_ Eu não sei pra onde eles levaram João.

_ Mas você rastreou o celular dele.

_ A policia já verificou o local e como o esperado eles já saíram de lá.

_ Temos que acha-lo.

_ Eu sei Bernardo, os meus amigos estão fazendo o possível, mas vai demorar ate rastrearem eles.

_Então faz o impossível, meu irmão não pode morrer. – Bernardo falava nervoso.

...

Estava mais calma na medida do possível, Guilherme me fazia carícias enquanto estava deitada no seu colo. Manu e Henri estavam lá também muito aflitos. Rogério estava sempre no celular conversando e combinando estratégias quando encontrasse João Vitor.

_Tenho boas noticias, encontramos o local em que eles estão. – Rogério disse chamando a atenção de todos.

_ Então vamos . – Bernardo levantou.

_ Vamos ? Nada disso, eu irei com o meu pessoal e vocês vão ficar aqui. – Rogério disse saindo batendo a porta.

Bernardo, Guilherme, Manu e eu nos entreolhamos após a saída de Rogério.

_A gente não vai ficar, não é ? – Manu perguntou com um sorriso ansioso no rosto, ela era bem maluc , adorava essa adrenalina.

_ Não mesmo. – eu falei decidida e todos pegaram seus casacos e Bernardo a chave do carro .

_ Ei galera onde vocês pensam que vão ?

_ Henri você faz um favor muito importante pra mim .

_ Qual ?

_ Leva o meu filho para junto de Camila e não sai de perto dos dois.

_ Não sei não, vocês vão atrás de João, o cara disse para ficar.

_ Obrigada, aqui está a bolsa dele e muito cuidado, por favor . –falei saindo com os outros .

Na decida do prédio Bernardo e Guilherme brigavam por quem ia dirigir.

_ É o meu carro, eu dirijo . – Bernardo argumentava.

_ Nada disso, dirijo melhor .

_ Eu dirijo. – Manu disse tomando as chaves das mãos de Bernardo.

_ Ei garota ta maluca?

_ Sou melhor motorista que os dois. – Bernardo e Guilherme me olhavam como se eu decidisse.

_ Ela dirige melhor mesmo.

_ O que ? – Gui reclamou .

_ Ela ganhou de João em uma corrida, deve ser boa, eu não gosto dela , mas isso eu tenho que admitir.

_ Que fofa você. - Manu disse irônica.

E então paramos a discussão boba e entramos no carro e conseguimos seguir Rogério a tempo ,e eu esperava que João estivesse bem.

_ Espera meu amor, vai ficar tudo bem . – sussurrei somente para mim.

Rogério parara primeiro em um lugar e saiu do mesmo com outros carros e o seguimos sem eles nos notara , realmente a ariranha da Manu dirigia bem.

Narração João :

Acordei e estava em um galpão, meu corpo doía muito e minha respiração estava fraca, eu estava amarrado em uma cadeira e tinha dois vigias jogando baralho e bebendo em uma mesa em alguns metros em minha frente.

_ Ei ? - os chamei e um deles me olhara com desprezo.

_ O que foi garoto ?

_ Já não era para eu estar morto ?

_ Sim , mas o Daniel ainda não chegou .

_ Quem ?

_ Daniel, seu pior pesadelo, o chefia.

_ E não tem como folgar mais essas cordas elas estão apertadas .

_ Quem disse que tem direito a conforto?

Eles continuaram a depois me ignorar e continuaram em seu jogo, tentava me desamarrar, mas inútil. Observara o local e vi uma janela pequena de vidro próxima ao teto, era de ventilação, mas acho que dava minha passagem, mas a questão era como eu sairia daquela cadeira e despistaria os brutamontes .

_ Cara eu vou ao banheiro, fica vigiando o playboysinho ai . – um deles falou e o outro se concentrava na televisão.

A cadeira não era tão forte assim, talvez eu conseguisse quebrar e aliviar a pressão das cordas para desamarrá-las . Sacudia a cadeira, mas chamei a atenção do homem que assistia TV.

_ Ta tentando fugir é moleque? Saiba que não vai conseguir comigo aqui. – ele falou se aproximando.

_ Conhece o Michael ? - perguntei

_ Sim .

_ Pois é , seu colega de trabalho também me subestimou e quebrou a mão no vidro do carro.

_ Não sou Michael. – o brutamonte gargalhava.

_ Mas também está me subestimando.

_ Para de bancar o rebelde e fecha a matraca.

_ Sabe minha mãe sempre me chama de rebelde da família e eu detesto quando ela se refere assim a mim.

_ Onnh tem problemas com a mamãe. – ela ria se aproximando mais e apertando minha bochecha.

_Fica quieto garoto, é melhor para você, não vai conseguir se livrar dessa nunca.

_ Isso faz você me subestimar pela segunda vez hoje.

Joguei a cadeira com grande força para trás fazendo ela se partir no chão e o brutamonte tinha a face surpreso e se aproximou com a intenção de me atacar e chutei sua cara , aproveitando minha posição em que a cadeira estava caída.

As cordas folgaram e aproveitei para me ver livres delas, mas antes o meu querido vigia me apontava uma faca.

_ Nossa pela fama de perigosos, pensei que me surpreenderia com uma arma. – falei sorrindo

_ Vai tirar esse sorriso na cara quando eu furar você todinho.

_ Ops , acho que dessa vez não teve graça. – desviava dos golpes dele até me esbarrar na mesa de cerveja em que eles estavam sentados anteriormente, segurei a primeira garrafa que vi e então joguei sobre sua cabeça.

_ Vai precisar de muito mais pra me derrubar . – ele respondia com um sorriso no rosto.

_ É , eu percebi .- sorria amarelo.

_Cadê toda sua rebeldia, bonitão ?

_ Eu já disse que não gosto que me chame de rebelde .- jogava mais garrafas.

_ Eu vou acabar com você .

_ Gostei da confiança. – pisquei pra ele subindo da mesa desviando de mais um golpe que ele lançara com a faca , mas no próximo ele acertou minha perna e ele tinha um sorriso vencedor no rosto.

_ Droga , isso doeu . – falei retirando a faca com um pouco de dificuldade. – mas adivinha com quem esta o seu brinquedinho agora ?

O outro cara entrou de volta ao local e apontava agora uma arma para mim.

_ Tentando fugir ? Pelo visto você quer morrer.

_ O que eu posso dizer ? Adoro emoções forte . – sai de cima da mesa e os dois me cercavam.

...


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Notas finais do capítulo

Esperando o review de vocês e hoje eu mereço em , entrei aqui escondido da minha mãe pra postar um cap novo . (To proibida de usar internet , época de provas ;s )