Stay With Me escrita por soulsbee, Bella Guerriero


Capítulo 1
Reencontros


Notas iniciais do capítulo

É isso ai, esse é o primeiro capítulo feito por mim (Pandora) no ponto de vista de Christopher, um jovem com alguns problemas que pretende esconder de todos, até de seus amigos...



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Hoje pode ser um dia comum como qualquer outro. O Sol está brilhando lá fora, os pássaros estão cantando, as pessoas estão cuidando de suas vidas... porém, reencontrar meus amigos de longa data torna tudo diferente.

Completei 18 anos a pouco tempo atrás - três meses - e estou indo para a Itália em uma viagem de intercambio, meus pais deram dinheiro para um ano, mas, como irei ficar na casa de campo de Felipe e Sthefan - meus melhores amigos - vou economizar o dinheiro do hotel e comprar algumas coisas ou fazer algumas coisas.

Precisei tomar essa atitude de me afastar dos Estados Unidos por alguns motivos... 1º Meu relacionamento com a minha família estava ficando cada vez pior, temos conflitos desde que meus pais resolveram trocar New York por New Jersey. 2º Minha ex-namorada ficou um porre, todos os dias estava atormentando minha vida e 3º tive alguns problemas - que não vem ao caso no momento - que realmente me fizeram tomar a decisão de sair de lá...

Após uma noite inteira de vôo tranqüilo sem turbulências, cheguei ao aeroporto de Roma e de lá peguei outro avião que me levou até Veneza, foi outra viagem tranqüila. Desci do avião e peguei minhas malas. Na saída do aeroporto vi um de meus amigos de costas, deduzi ser Felipe Medeiros, pois ele tinha, aparentemente, 1,70 de altura, tinha os cabelos castanhos curtos e enrolados, uma pele bem clarinha que, se possível, brilharia ao Sol. Empurrei seu ombro para chamar sua atenção para mim, assim que ele me viu, deu-me um forte abraço e as boas vindas.

– Onde está Sthefan? - Perguntei.

– Ele está no sítio esperando as garotas chegarem - Respondeu animado. - Você vai adorá-las, principalmente Ashley, ela é Londrina. - Sorriu quando disse o nome dela. - Cara, ela é linda, morena, alta, olhos azuis, uma personalidade incrível... - Ele parecia delirar enquanto falava dela.

– Limpe sua baba – Ri. Construi uma imagem dela com o pouco que ele descreverá e posso te garantir que eu adorei o que imaginei.

– Idiota – Ele me deu um soco no ombro. – Vamos logo para o sítio.

Andamos pelo estacionamento até chegar ao carro, fiz uma careta quando o vi, um Fiat 500. Felipe resmungou algumas coisas na tentativa de defender seu carro, mas não deu muito certo, no final das costas, ele concordou comigo que aquele carro era uma droga.

Ele dirigiu igual uma lesma durante todo o percurso, discutimos por culpa disso, então liguei o rádio para descontrair o clima e, para variar, estava tocando uma musica que me levou para um passado não tão distante que, ao mesmo tempo em que queria esquecê-lo, queria trazê-lo de volta. Lipe percebeu minha distração e iria perguntar-me algo, mas desistiu e apenas anunciou que havíamos chegado à residência.

A casa tinha dois andares e era totalmente feita de madeira, sua varanda tinha algumas cadeiras e, ao fundo, existia um vasto campo de grama bem verde e um estábulo.

– Bela casa de campo – Pronunciei boquiaberto com a beleza do lugar.

– Sítio – corrigiu-me

– Tanto faz – dei de ombros.

Saímos do carro e entramos na residência, lá era completamente confortável, quente e aconchegante. O que me deixou mais animado foi ver uma bela e enorme televisão no canto da sala na frente de uns gigantes sofás chaise. Neles estavam duas garotas e meu amigo Sthefan.

– Garotas, esse é Christopher. - Sthefan apresentou-me – Essa é Alice Almeida Morais – Ele apontou para a garota loira de olhos verdes e cabelo enrolado. Ela tinha 1,60 de altura e delicadeza, mas rockeira pela roupa que usava.

– E essa é a Isabella Dyer – Apresentou a outra amiga de pele branca, olhos castanhos claros, mesma cor do cabelo que ia até liso e repicado até o ombro, com traços finos. Ela era uma típica italiana do norte e possuía um forte sotaque. Seu sorriso era contagiante assim como o seu bom humor. Ela era muito linda.

– Prazer – Acenei com a mão e abri um leve sorriso. - A propósito, nomes estranhos – Disse ao tentar repeti-los mentalmente. - E Dyer é ingles, certo? - Perguntei ao notar que essa era a unica coisa não italiana que ela possuia.

– Haha, o seu também é estranho, Chrixtoper Áshford – Isabella pronunciou engraçado meu nome fazendo todos rirem em conjunto. - Sim, é ingles.

– É Christopher Ashford – Corrigiu Sthefan por mim.

– Enfim, disseram-me que você veio dos States, conte-me, como são as coisas no estado que mora? – Isabella perguntou-me completamente animada e curiosa. Sentei-me ao seu lado e tentei formular uma pequena frase que me ajudasse.

– Hm... Normais... não passei tempo o suficiente em New Jersey para arrumar um conceito, só posso te dizer que é frio e que as pessoas de lá são receptivas, mas prefiro New York

– Sério? Tipo, quantos graus? Nova York? Não creio! – Sua animação crescia a cada segundo que se passava.

– Depende, quando sai de lá estava com 8º... Sim, NY, eu nasci lá. Aquela cidade é completamente iluminada, tudo é barato, as pessoas são legais, apesar de serem meio apressadas, e é isso, só vendo para entender realmente o nosso espírito. – Sorri ao lembrar-me do tempo em que morei lá.

– Londres é muito melhor – A voz desconhecida de uma garota surgiu da porta. – E Nova Iorquinos são terrivelmente egocêntricos.

– Londrinos são prepotentes – rebati. Ninguém fala assim do lugar que eu nasci muito menos da minha nacionalidade.

– Cala a boca, você não nos conhece o suficiente para falar alguma coisa – Ela disse nervosa. - E os ingleses descobriram a América. Por favor, você é um servo meu - Provocou.

– Nem você. – Retruquei. Quando olhei para ela, logo descobri que ela Ashley, primeiro por falar de Londres, segundo por ter 1,68, uma altura razoavelmente alta, tinha os cabelos castanhos, inicialmente, castanhos claros, mas quando um feixe de luz bateu em seu rosto, seus fios ficaram loiros tinha e olhos azuis, exatamente como Lipe descrevera.

– Ash! – Felipe correu até ela e apertou-lhe em um abraço tão forte quanto o de um urso. Os dois riram juntos.

– Lipe, você não me falou que eu iria adorar a Ashley? – Perguntei.

– Argh, North americans are always boring - *Norte americanos são sempre chatos* - Ashley disse em inglês. Obviamente, foi muito mais facil compreende-la nessa lingua do que na Italiana, já que ela não a dominava tão bem.

– I hate you, too. - * Eu te odeio também* Respondi na mesma língua.

– Hey, people, Peace, please * Hey pessoas, paz, por favor * - Sthefan pediu. Ele sabia falar inglês, pois fazia um curso e, para constatar, também falava russo, afinal, seu pai era de lá. “Sthefan Kovavic Modric pronunciei mentalmente seu nome e ri por soar estranho.

– Poderíamos ir para NY – Isabella disse tentando quebrar o clima que estava se formando entre sua amiga e eu.

– Poderíamos ir para Londres – Alice disse em seguida.

– Podemos ir aos dois lugares – Sthefan sugeriu.

– Primeiro NY. – Falei.

– Não, primeiro Londres, estamos no mesmo continente. – Ashley rebateu.

– Sim, Londres primeiro e depois Nova York. – Lipe disse e os demais concordaram. Ashley deliciou-se com essa “vitória” que obteve. Tentei me acalmar, mas aquela garota estava me tirando mais ainda do sério. Affe, como alguém conseguia ser tão chata quanto ela?! Nem minha ex-namorada Kate era tão chata.

– Vamos dar uma volta – Bella sugeriu para acalmar o clima.

– Não quero – Todos disseram em seqüência.

– Pois bem, eu quero. – Levantei-me do sofá e estendi minha mão para Bella. Ela sorriu, pegou na minha mão e logo passou seu braço direito ao redor do meu braço esquerdo. Juntos saímos da casa caminhando em direção ao longo pasto que existia atras da casa. Conversamos sobre diversas coisas e pessoas, gostos, costumes, preferências... Algum tempo depois descobri que, apesar daquele humor que irradiava, além de impulsiva, ela havia alguns problemas que tentava não demonstrar, pois queria passar a imagem de forte e inabalável. Durante o caminho algumas lagrimas escorreram pelos seus olhos, sua historia era um tanto quanto impactante, ela vinha de uma família pobre, tinha mais dois irmãos e foi para Veneza em busca de diversão, não dos estudos, como haverá dito aos pais. Eu era o único que sabia o real motivo para ela ter vindo para Veneza costumes, preferências... Algum tempo depois descobri que, apesar daquele humor que irradiava, além de impulsiva, ela havia alguns problemas que tentava não demonstrar, pois queria passar a imagem de forte e inabalável. Ela quis saber o porquê eu estava aqui também, o verdadeiro motivo, mas não contei, afinal, isso não é da conta de ninguém...


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Notas finais do capítulo

Comentem galera ^^



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