O Passado do Seu Coração escrita por Kuchiki Manu


Capítulo 7
Capítulo 07 - Past and future.


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus caros leitores que se encontram aqui nesta página!

Eu estava pensando... Porque as minhas duas fics ByaRuki de drama tem a palavra 'coração' no titulo? Bem, esse é o paço - o coração do Byakuya. O coração fechado e solitário do Kuchiki. É onde eu acho que a Rukia deve chegar, e sinceramente, acho também que só ela pode. 8)

Enfim, deixando de lado essa opinião (de uma ByaRuki fã!), espero que gostem deste capitulo. Não sei por que, mas eu achei...? Bem, vocês vão me dizer o que acharam!

Desculpem algum erro.

Boa Leitura!



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Se queres prever o futuro, estuda o passado”

 

(Confúcio)

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CAPITULO 07 – PAST AND FUTURE

 

Segurava com delicadeza a xícara com o chá quente. Para uma noite fria, este era o ideal.

 

Hisana assentou-se na varanda de sua casa, em frente ao seu quarto. Com os grandes olhos de aparência frágil, fitou o céu negro da noite. Sentia-se feliz, apesar da noite ter um ar melancólico. Uma satisfação imensa por ter feito algo útil.

 

Imaginava como Rukia estava agora... Estaria bem? Se divertindo? Sentindo-se livre? Pois era essa a intensão. O ar aventureiro da irmã não passou despercebido por ela. Analisava Rukia com atenção, com o intuito de saber tudo o que ela precisava antes mesmo de pedir. Foi a forma que encontrou para guarda-la para sempre dentro do coração. Aproveitar os momentos destinados a ela e se regozijar com a presença da irmã que abandonou num momento de desespero.

 

Neste pequeno espaço de tempo, queria se redimir. Mesmo tendo certeza de que isso seria impossível, queria tentar. A felicidade de Rukia era a sua meta. Nesse tempo, ao qual não sabia o quanto iria durar, arrancar um sorriso sincero da irmã era o que mais almejava.

 

Hisana levou a xícara aos lábios com cautela. Prestes a sentir a bebida tocar a garganta, algo inesperado aconteceu. A xícara, antes em sua posse, caiu ao chão, enquanto as mãos seguiram para sua boca.

 

Tossia. Tossia com força e brutalidade. O seu peito doía, enquanto aquela ação involuntária insistia em permanecer. Parecia que nunca iria parar.

 

No entanto, ela chegou ao fim. A respiração começou a voltar ao normal. Olhou para as próprias mãos, arregalando os olhos ao ver o que estava nelas. Pequenas gotículas de sangue as marcavam com nitidez.

 

O que está acontecendo comigo?

     

~o~o~o~

 

    - Lhe asseguro que é verdade, menina. Este meu neto era uma criança muito travessa e orgulhosa. Não aceitava perder para ninguém. - contava Kuchiki Ginrei – Lembro-me que certa vez ele ficou até tarde da noite perseguindo a antiga capitã do 2º esquadrão, quando esta pegou seu prendedor de cabelo. Mesmo assim, o pobre nunca conseguiu alcança-la, voltando derrotado para casa.

 

Rukia tentava ao máximo permanecer indiferente, sendo que isto estava se tonando quase impossível. A vontade de rir atormentava-a internamente. Agora conseguia entender o motivo de Nii-sama não suportar a 'deusa do shunpo'. Ela o infernizava com seu talento, sendo que Byakuya, desde pequeno, parecia não suportar esse tipo de liberdade.

     

    - Outra vez, Byakuya acabou sendo empurrado num poço de lama pela Shihouin. - continuou Ginrei - Tomou banho várias vezes para tirar o cheiro do corpo, mas não conseguiu. O pai dele o proibiu de sair por dois dias do quarto, já que por onde ele passava o cheiro exalava.

 

Agora foi inevitável. Rukia não conseguiu segurar um discreto riso, tentando abafar com as mãos. Ouvir aquela pequena história da vida de Nii-sama chegava a ser cômico. Como uma pessoa tão séria, pôde ser uma criança tão... normal? Realmente não sabia. Mas o que lhe preocupava agora era os seus risos. Porque eles não paravam!?

 

Foi então que ouviu Byakuya pigarrear a garganta. Virou o rosto lentamente para o Kuchiki ao seu lado, se dando conta que ele a olhava. Naquele momento o seu riso cessou. Abaixou a cabeça, como uma forma inútil de se tornar invisível. Droga!

     

    - Lorde Ginrei, não compreendo o porque de lembrar estas situações. - falou Byakuya ao avô.

    - Como não, Byakuya? Você sabe que gosto de relembrar os momentos em que você corria e treinava pela mansão.

    - Mas não precisa citar o nome daquela mulher. - disse com desprezo.

    - Isso é algo impossível. Aquela mulher... - usou a expressão do neto – Esteve presente em quase toda a sua infância, Byakuya. Não lembra que você nunca a venceu no shunpo? Como você ficava irritado com isso?

    - Poupe-me de certos comentários, vovô. - Byakuya retrucou entre os dentes.

 

Rukia deixou um leve sorriso escapar de sua boca ao observar a conversa dos Kuchikis. Nunca havia visto Byakuya chamar Ginrei de 'vovô' em frente a ela, e percebeu de imediato que aquela palavra era uma forma educada – e intima – que ele tinha para corrigir os atos inaceitáveis do avô. Pelo menos era o que acontecia agora.

 

Era uma relação bonita. Uma relação de conhecimento profundo. Sabia que Ginrei era a pessoa que mais conhecia Byakuya. Era uma pessoa privilegiada.

     

    - As vezes me pergunto... - as palavras de Ginrei chamaram sua atenção – O que se sucedeu de Shihouin Yoruichi?

 

“Ela está bem.” - pensou Rukia, guardando a afirmação somente para si.

     

    - Creio que você conheça todos que estão aqui, Rukia. - agora Ginrei perguntou para ela.

    - Er... Digamos que sim. - respondeu. Tendo como base os capitães que viu ali (Kyoraku Shunsui e Unohana Retsu, além de Ukitake), todos esses eram conhecidos por seus olhos.

 

Com isso, percebeu que aquele jantar oferecido por Ukitake, era algo mais voltado para pessoas próxima a Byakuya, tecnicamente. Também haviam outros shinigamis. Provavelmente aqueles que poderiam se relacionar com ele futuramente.

     

    - Será que poderia me juntar a vocês? - ouviu uma voz simpática pedir.

 

Rukia dirigiu o olhar para pessoa, se surpreendendo ao ver que era...

     

    - Mas é claro, Ukitake. - respondeu Ginrei.

 

O homem de longos cabelos brancos se assentou ao lado de Ginrei. Rukia tentou se manter calma diante a presença de seu capitão, ou melhor, futuro capitão. Não havia motivo para se alarmar. Apenas deveria continuar no ritmo que estava, quando outras pessoas vinham até eles para parabenizar Byakuya: calada e assentindo aos cumprimentos.

     

    - Espero que o jantar tenha ficado de seu agrado. - Jushiro se referiu ao jantar que há pouco havia servido.

    - Agradeço sua gentileza, Ukitake.

    - Não precisa agradecer, Ginrei-san. - sorriu – E você, Hisana-san? Sente-se bem?

    - Ah... Estou bem, Ukitake-san. - tentou imitar a voz calma da irmã.

    - Isso é bom. Aproposito... Lembro-me do dia em que lhe vi vestida com um uniforme shingami. - Rukia ficou surpresa ao ouvir aquelas palavra, e a a pergunta que poderia vir em seguida... - Como você...

 

Para o seu alivio, a pergunta foi interrompida pelo que menos esperava. Uma suave melodia chamou a atenção de todos. Irônico, não? Mas algo que serviu para distrair a curiosidade de Jushiro, ao qual não sabia como iria responder. Isso foi pura sorte!

     

    - Idéia do Kyoraku. - explicou o capitão de 13º esquadrão de repente – Disse que iria animar o jantar, Byakuya. Espero que não se incomode.

    - Não se preocupe, Ukitake. - respondeu o Kuchiki. Essa idéia só poderia vir do extravagante capitão do 8º esquadrão. - pensou.

    - E você continua desatento, Byakuya. - disse Ginrei para ele.

 

O neto arqueou uma sobrancelha para o avô, não compreendendo ao certo o que ele queria dizer.

     

    - Uma boa música nunca deve passar despercebida por um cavalheiro. - continuou – Você, sendo um Kuchiki, deves saber muito bem disso.

 

Rukia observava aquele diálogo confuso. Não entendeu de imediato, mas aos poucos começou a discernir o que seria. Será que...?

     

    - Você... - ouviu Byakuya se dirigir a ela – Você quer dançar?

 

A pequena piscou os olhos algumas vezes para compreender o que ele havia dito, na verdade, para acreditar no que ouviu. Mas...

     

    - Não precisa se incomodar, Byakuya-sama. - tentou se esquivar – Ginrei-sama disse isso, mas o senhor não tem que...

    - Eu quero. - interrompeu-a, se colocando de pé. Assim, estendeu uma das mãos para Rukia – Dance comigo.

 

O olhar continuou a expressar surpresa. Rukia olhou para o lado, se deparando com o sorriso no rosto de Ukitake e um pequeno movimento na cabeça de Ginrei, incentivando a ir. Havia escapatória? Não. Ali ela era Hisana, e duvidava que a irmã iria recusar o pedido do marido, principalmente perante os outros.

 

Devido a situação em que estava, Rukia não viu outra alternativa, a não ser aceitar dançar com Byakuya. Ele pegou a mão dela, levando-a calmamente ao meio vago do salão.

 

Durante o pequeno percurso, a garota olhava constantemente para chão pensando em um pequeno, mas notável, problema: Como iria fazer algo que não sabia? Não era de seu costume acompanhar Nii-sama nos bailes das casas nobres, também porque ele nunca perguntou se ela queria ir, mas mesmo que fosse, tinha plena certeza de que seu Nii-sama não iria convidá-la para dançar, o que era um alivio já que era desajeitada para esse tipo de coisa. No entanto, aquele Byakuya á convidou, deixando-a sem saída.

 

Porque eles tem que ser diferentes!? - aquela pergunta começou a se tornar constante em seus pensamentos.

     

    - Apenas fiz isso por causa do interesse de Ukitake sobre aquele dia. - ouviu Byakuya falar de repente – Espero que não se incomode.

    - N-não, Byakuya-sama. Não é isso... É que... - as palavras engataram. Como iria dizer que não sabia dançar? - Eu não...

    - Você não sabe dançar? - ele falou por ela.

    - É. - confirmou, abaixando a cabeça em vergonha por sua ignorância. Hisana deveria dançar muito bem, e ela com o seu jeito desengonçado, iria acabar fazendo com que os outros percebessem a diferença, ou então iria acabar com a reputação da irmã. Isso não é bom.

    - Não é tão difícil. Eu ensino você. - ele parou, dirigindo o olhar para ela - Apenas deixe-me guia-la. - foi então que Rukia percebeu que já estava no meio do salão.

 

Ela ergueu o rosto, percebendo que aos poucos, Byakuya começou a se aproximar. Engoliu seco em nervosismo.

     

    - Coloque suas mãos nos meus ombros. - ele disse de calmamente.

 

Rukia obedeceu. Tocou timidamente os ombros largos do Kuchiki, exitando um pouco, mas forçando-se permanecer. Ao fazer isso, sentiu as duas mãos dele tocar sua cintura de forma delicada, mas também firme. Não pode evitar de corar - Agora estavam muito próximos.

     

    - Agora siga os meus movimentos. - ele anunciou, começando a movimentar o corpo para os lados, fazendo leves movimentos com os pés.

 

Pela segunda vez ela engoliu seco. Tentou imita-lo, mas... Será que estava fazendo certo? - Teve que olhar para os pés para ter certeza. Tinha que olhar! Estava insegura de sua coordenação.

     

    - Não olhe para os seus pés. Isso lhe deixara mais insegura. - Byakuya advertiu – Apenas olhe nos meus olhos.

 

Ela ficou presa em pensamento. Isso não iria lhe atrapalhar mais? - pensou, sabendo que era quase inevitável fitar o Nii-sama sem desviar o olhar por instinto. Mesmo assim teve que tentar olha-lo, afinal, ele disse que iria guia-la.

 

Foi então que conheceu. Conheceu o olhar de Byakuya, e curiosamente, não desviou dele. Percebeu que naquele momento os seus movimentos começaram a acompanha-lo no mesmo ritmo. Ela estava dançando!

 

Em um momento da vida
Feito de memórias
Eu acredito em destino”

 

A música subitamente começou a invadir seus pensamentos.

 

Memórias... Era quase inevitável olhar para Byakuya e não se lembrar de Nii-sama. Eles eram a a mesma pessoa, mesmo com personalidades diferentes. No entanto, pensava que a diferença entre eles estava somente nas atitudes, mas não. Olhando agora de perto... O olhar...

 

Cada momento retorna novamente no tempo
Quando eu tenho o futuro em minha mente...”

 

O passado e o futuro poderiam ser diferenciados em um simples olhar. Conseguia notar agora.

 

A solidão, que era presente nos olhos de seu Nii-sama, não estava presente no olhar de Byakuya. Pelo contrário, o olhar dele aparentava ter... vida.

 

Sentiu-se hipnotizada por aquela vida que ele emanava.

 

...Sei que você será o único”

     

 

Nii-sama era a única pessoa que queria conhecer profundamente, ao qual não dava espaço.

 

Conhecia Ichigo como ninguém e Renji não estava longe disso. Eles eram próximos á ela, assim como Nii-sama. Porém, a proximidade dela e do irmão era existente apenas para outras pessoas. Só ela sabia a barreireira que os separava...

 

Como alguém pode estar tão próximo, mas ao mesmo tempo tão longe?

 

Encontre-me na metade do caminho
Através do céu”

 

Em meio a sua convivência com Nii-sama, o inesperado aconteceu. Impossível para muitos, mas para ela real. Ela voltou no tempo - Estava no passado.

 

Porque essas coisas só acontecem com ela? Porque os problemas a perseguem?

 

No começo se perguntava e repugnava essa 'chama do perigo' que a perseguia. O peso de saber o que irá acontecer. As mudanças, tragédias, futuro de cada um daqueles ali presentes.

 

Mas pensando melhor... Aquilo não era um preço a ser pago?

 

Sim, se convenceu de que aquele era o preço por conhece-lo verdadeiramente.

 

Fora de onde o mundo pertence
a somente você e eu”

 

Longe de seu mundo. Longe do que conhecia, em uma forma quase impossível; ela foi parar ali. Uma Soul Society com o passado de todos. Um passado, que por um mínimo deslize, poderia ter seu futuro mudado. Mudado por ela.

 

Conhecer a todos e se manter neutra perante o que viria era difícil. Era um preço alto a se pagar.

 

Mas era justo. – Procurou se convencer disso.

 

Pois longe de tudo, longe da realidade e do normal; ela poderia alcançar o que desejava. Seria uma pessoa privilegiada por desvendar o mistério da solidão.

 

Ali naquele lugar estranho, ela poderia...

 

... Conhecer o verdadeiro Byakuya.

 

    - Como havia dito, dançar não é difícil. - o centro de seus pensamentos a despertou – Você está se saindo bem.

    - Ah... Obrigada, Byakuya-sama. - procurou voltar a lucidez.

    - Apenas digo a verdade. - ele olhou brevemente para o lado – Ginrei-sama ficou feliz ao ver que você veio.

 

Ela seguiu a visão dele, encontrando-se com o avô de Byakuya sentado á mesa com Ukitake. O que eles estavam falando? Não fazia a mínima idéia.

     

    - Fiquei surpreso ao ver que ele... Conversou daquele modo com você. Meu avô não age dessa forma nem quando fala com Hisana.

    - Ginrei-sama é uma ótima pessoa. E ele deve agir desta forma comigo... Por causa da minha história. É raro encontrar alguém que venha do futuro. - ela resolveu justificar, dando um leve sorriso para descontrair.

    - Creio que não seja somente isso. - Byakuya voltou a olha-la – Eu não me propus a treinar você somente porque veio do futuro.

 

Rukia o olhou confusa, e surpresa pelo que ele falou. O que ele quis dizer...?

     

    - Bravo, bravo! - uma voz chamou sua atenção. Esta tinha um tom divertido – É sempre admirável ver um casal apaixonado. Muito bonito! - a pessoa bateu palmas para reforçar sua afirmação.

    - Shunsui Taichou. - Byakuya falou ao vê-lo, se afastando um pouco de Rukia – Agradeço o elogio.

    - Que isso, Byakuya-kun! Eu gostaria muito de estar no seu lugar. Não é todo dia que vemos...

 

Rukia fitava o capitão do 8º esquadrão, enquanto este dizia coisas sem sentido. Shunsui era outra pessoa que não mudou muito fisicamente, e muito menos emocionalmente. Nas mãos do capitão estava um copo com sakê e o seu tom de voz dava uma idéia da quantidade que ele havia bebido, o que não era pouco.

     

    - Agora se me permite, Shunsui Taichou.... - o Kuchiki interrompeu as baboseiras do capitão. Não tinha tanta paciência com esse tipo de pessoa, ainda mais naquele estado – Iremos retornar para a mesa. - pegou Rukia pelas mãos, começando a andar.

    - Ah, Byakuya-kun. Não antes de nos dá um exemplo do amor que sente por sua esposa. - Kyoraku praticamente gritou ao falar isso.

 

Byakuya parou, tornando a cabeça com impaciência para o capitão. Principalmente pelo fato de todos estarem olhando para ele agora, graças a voz exaltada de Shunsui.

     

    - O que quer dizer? - perguntou, tentando não transparecer alguma irritação.

    - Apenas quero ver o quanto ama sua esposa, Byakuya-kun. É simples! Faça esse capitão solitário feliz!

 

O Kuchiki franziu o cenho, esperando que ele continuasse.

 

Rukia observava confusa, achando melhor permanecer calada. Era o que podia fazer.

     

    - Beije sua esposa, Byakuya-kun. - Shunsui lançou a proposta.

 

Naquele momento, os olhos de Rukia se arregalaram de uma forma ao qual nem ela sabia que pudesse acontecer. O que !?

     

    - Isso não será possível. - Byakuya não demorou a responder.

    - Como não!? Ela é sua esposa! Você já devem ter feito mais do que isso!

 

Além da reação de choque, Rukia acabou ficando vermelha que nem uma maça madura.

     

    - Controle-se, Kyoraku. - Ukitake apareceu atrás do amigo. Sentiu-se no intuito de interromper aquele vexame do amigo. - Me desculpe, Byakuya. Acho que o Kyoraku deve esta alcoolizado.

    - Eu estou bem, Ukitake! - o Shunsui falou indignado, chamando mais a atenção – Agora quem não esta bem é o Byakuya-kun! Como ele não quer beijar a Hisana-san!? Eles não são marido e mulher!?

    - Por favor, Kyoraku. - dizia Jushiro... em vão.

    - Eu apenas quero ver, Ukitake! Você sabe que me sinto solitário desde que a Liza-chan me deixou! O que custa atender o pedido deste triste capitão!? Eu não...!

    - Tudo bem. - a voz fria de Byakuya fez com que o capitão parasse o seu 'melodrama'

 

Rukia olhou de imediato para o Kuchiki. O que ele disse!?

     

    - Se eu fizer o que está me pedindo... - continuou – Você pararia com o escândalo? - deu uma breve olhada para os lados, fitando seriamente as pessoas que tinham ele como o centro das atenções.

    - Não estou vendo nenhum escândalo... Mas eu deixaria de importunar o capitão! - Shunsui sorriu.

    - Pois bem.

 

Ela ouviu Byakuya concluir. Rukia o olhou timidamente, expressando a confusão que sentia. Como assim ele iria beija-la!? Será que havia ouvido direito? Isso era totalmente inapropriado. Totalmente!

 

Byakuya então se aproximou dela, sendo que Rukia não conseguia disfarçar o seu constrangimento. Não conseguia nem abrir a boca para protestar. Os olhos violetas continuaram grandes, vendo-o cada vez ficar mais perto...

 

Perto...

 

Ele tocou o queixo dela com uma das mãos. Já conseguia sentir a respiração. E naquele momento ela percebeu que não conseguiria mais ficar calada. Teria que dizer algo. Aquilo seria como beijar o seu Nii-sama!

     

    - Byakuya-sama, eu não...

    - Me desculpe. - ele sussurrou, logo após encostando os seus lábios nos dela.

 

Rukia continuou com os olhos abertos, sentindo apenas a boca dele colada sobre a sua. Não se movimentavam. Pareciam duas estatuas de mármore. Porém, começou a sentir... Sentir os lábios dele começarem a se movimentar, acariciando os seus levemente. Naquele momento os olhos se fecharam, involuntariamente o corpo começou a reagir.

 

Ouviram aplausos ao redor, acompanhados da voz exaltada de Shunsui aclamando a cena.

 

Byakuya abriu os olhos de imediato, percebendo o que estava fazendo - mais do que deveria. Quebrou o beijo rapidamente, olhando surpreso para os olhos de Rukia. Ela parecia ter acordado também, tendo a mesma expressão que ele.

 

 

    - Ah, o amor é lindo! - disse Kyoraku, erguendo o copo com sakê – Agora, Ukitake, você poderia arranjar mais alguma bebida para mim?

    - Claro que não. Você já esta alcoolizado de mais. Vou leva-lo para casa. - começou a empurrar o amigo pelos ombros, mas não antes de... - Eu sinto muito, Byakuya. Eu não queria que você passasse...

    - Escolha bem os seu convidados antes de pedir minha presença em certos eventos, Ukitake. Não tolerarei mais esse tipo de liberdade. - Byakuya mostrava irritação, dando as costas para o capitão.

    - Será que ele ficou chateado? - Shunsui disse inocente para Ukitake, que levou as mãos a cabeça, soltando um suspiro.

 

 

~o~o~o~

 

A mansão Kuchiki estava em perfeito silêncio, assim como eles no caminho de volta. O vento da noite parecia ser o único a possuir um diálogo.

 

Ginrei andava em frente a eles no grande corredor. Sempre olhando para frente, do mesmo modo que seu neto atrás de si. Rukia era a única que tinha o olhar em direção ao chão. Sabia que seu rosto ainda tinha resquícios de constrangimento, então o melhor era não deixa-lo amostra.

 

De repente, Ginrei parou, fazendo com que Byakuya e Rukia fizessem o mesmo, olhando-o curiosos.

     

    - Certas situações impõem certas atitudes. O que passou, passou. - ele falou, voltando a andar novamente – Boa noite.

 

O cachecol do Kuchiki foi engolido pela sombra no corredor, assim como ele. Rukia percebeu o que isso causou. Agora estava a sós com Byakuya. Droga! Não tinham nem coragem de olhar pra ele!

     

    - Eu acho que meu avô esta certo. - ouviu a voz profunda de Byakuya. Mais uma vez ele iniciou o diálogo. Aquilo estava se tonando mais estranho ainda. Ele falava mais do que ela agora!?- Mesmo assim... Eu queria lhe pedir desculpas. Não queria coloca-la nesse tipo de...

    - Não precisa se desculpar, Byakuya-sama. - conseguiu forças para falar. Por sorte não gaguejou. - Eu também acho que Ginrei-sama está certo. O senhor apenas me... me... - é, foi bom enquanto durou.

    - Isso não se repetira novamente. - ele resolveu ajuda-la – Lhe dou a minha palavra, Rukia.

 

Ela o observou por alguns segundos, até que desviou o olhar por um momento, dizendo:

     

    - Obrigada. - era o que poderia dizer. - Eu... Eu vou me retirar agora.

    - Sim. Eu irei caminhar um pouco antes. Então... Boa noite, Rukia.

    - Boa noite, Byakuya-sama.

 

Ela deu as costas para ele, indo em direção ao quarto ocupado por ela naquela mansão. Ele seguiu os paços dela, e por um pequeno momento as mentes entraram em sintonia, pensando a mesma coisa...

 

...Eu realmente a/o beijei?

 

Difícil de acreditar, quando o plano inicial era apenas deixar os lábios colados.

 

 

Continua...

----

 

~ NOTA:

 

- Música: Tradução de: Meet me Half Way - Kenny Loggins

- Confúcio: Filosófo Chinês

 


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Horrivel? Diga-me sua opinião e me ajude a melhorar, sim?

Sobre a música, ignorem o ritmo, esta bem? Isso não é pra influenciar em nada ou na linhagem do tempo da fic. O importante é a letra que eu usei para marcas os pensamentos da Rukia. Eu gosto de música antiga (opinião pessoal! û.u), mas aqui na fic não quer dizer que a historia esteja se passando nos anos 80-90 (se não me engano, é a data da musica). Só pra constar. =) (mesmo assim, eu acho que iria ficar estranho botar uma música nova em uma fic que fala do passado, não é? Hehe! - Loucura da autora! XD)

E o Ginrei? Não sei se estou fazendo ele meio OCC (até o Byakuya ta, né? Mas é por causa da época. Justifica. ¬¬), mas ele não apareceu tanto assim no manga, e eu acho que ele era mais ou menos desse jeito. 8)

Agora, um agradecimento especial as pessoas que estão acompanhando minha fic. Seja colocando reviews, ou apenas lendo; é uma satisfaçao saber que estão gostando. Agradeço de verdade! Obrigada pelos elogios, opinioes, o carinho...! Obrigado por ler!

— Como uma forma de agradecer, eu irei colocar uma pequna preview do proximo capitulo:

—-- PREVIEW ---

— Ei, você! O que faz aqui? - uma voz autoritária ecoou. Os olhos de Rukia se arregalaram ao ouvi-la, sendo que os seus paços ficaram grudados ao chão. Pareciam ter se fundido a ele.

Era para ser uma voz desconhecida. Era para ser algo novo. Mas não era... Não era uma voz desconhecida, mas sim... Uma voz esquecida. Inegavelmente a conhecia, mesmo que o tempo tenha tentado apaga-la totalmente de suas lembranças.

Ela se virou vagarosamente para fitar o seu dono. E naquele instante, ela perdera a capacidade de respirar.

— N-não pode ser...


—-- FIM DO PREVIEW ---

Palpites? õô

Bem, gente, vou ficar por aqui!

Fiquem com Deus!

Beijos! ;*