Two Kinds Of Hope escrita por lsuzi, loliveira


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

HAYO GENTE
LETS LER E ESCUTAR ESSA PLAYLIST Q EU E A LETI FIZEMOS PRA FIC http://8tracks.com/itsfourtris/hearts-collide



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O banheiro masculino fede. Eu quero dizer, fede muito, tipo meia fedida e queijo podre e o pior é que eu estou sozinha limpando esse lugar porque o Adam esta vadiando por ai e esqueceu da tortura dessa semana.

- Ugh - eu falo abrindo a porta de um dos banheiros e me deparo (que surpresa!) com uma centena de pênis desenhados na porta e um "a bunda da Alexia Diaz é enorme" riscado porque na verdade Alexia Diaz é uma transexual e ninguém sabia até o ano passado por causa de uma serie de fofocas, ela era do grupo de torcida e super popular, hoje, eu nem sei mais se ela estuda aqui.

- Adam - falou uma voz feminina rindo - Aqui é indiscreto.

Eca, ele não... Eca. Eu como um ninja tranco a porta do banheiro em que estou e sento em cima da privada nojenta com um pênis desenhado no meio dela.

Socorro, ele só pode estar de brincadeira com a minha cara. Tapado.

- Qual é - ele tinha uma voz abafada - É rápido.

Nossa, bom saber que é rápido.

A menina indiscreta ri e depois eu não ouso quase nada, bem, a não ser que ouvir o barulho da pegação deles conte. Eu não quero ver isso, que nojo.

Eu penso 1837839 vezes antes de fazer algum movimento naquele lugar nojento, penso em fazer um barulho e os fazer parar, penso em abrir a porta e acabar com a... a coisa que esta rolando, mas ai a brilhante ideia surge "Por que não sair por essa brecha no chão e engatinhar até a porta" 

"Eu sou uma gênia" bato na minha mão mentalmente por ter um cérebro privilegiado com essa inteligência.

Me abaixo e fico de quatro no chão nojento até tomar a coragem de engatiorrer (engatinhar + correr) pra fora desse lugar. Agradeço ao diretor por ter posto portas de abre fecha como a do restaurante e eu só precise empurra-la para cair fora dali.

Respire fundo e entre em modo ninja.

É de repente eu estou tentando ser o menos babaca que consigo engatiorrendo pra fora do banheiro masculino, olho para os dois que não parecem notar que eu estou morrendo ali e vejo minha bolsa atras deles.

Merda

É tarde demais e quando eu noto estou correndo pelo corredor e descendo as escadas como um macaco, ouso barulhos de passos atras de mim e xingo tudo que eu podia, a porta fez um barulho do capeta e ainda meu tênis escorregou e fez barulho quando eu levantei e sai correndo e por ultimo e mais babaca, eu deixei minha bolsa a 5 centímetros de onde eles estavam quase se comendo.

- Eu não achei que você era tarada - eu estou com meus braços presos entre as mãos de Adam que esboça um sorriso maroto, ele esta com os cabelos bagunçados e tem batom por todo seu rosto e pescoço. Eu vou vomitar.

- N-Não - tentei livrar meus braços, mas não deu muito certo - A-A gente deveria estar limpando aquele banheiro hoje e não você pegando uma garota e eu escondida em um dos banheiros com nojo do que poderia acontecer ali - Eu estava quase pegando os olhos desse infeliz para frita-los em óleo quente de tão irritada eu estava.

Ele me solta e eu acerto um soco no braço dele enquanto ela me encara - Eu tinha esquecido.

- Nojento - falei começando a andar pelo corredor.

- Sua bolsa - ele falou e eu me virei, ele estava com ela pendurada em suas mãos, eu bufei voltando e tentando pegar a bolsa, mas o infeliz ergueu para o alto de sua cabeça e eu sou baixinha demais para alcançar isso.

- Você esta de brincadeira - Eu pulei para pegar ela, mas não alcancei.

- Você é virgem? - ele perguntou serio ainda deixando a bolsa fora do meu alcance

- E isso te interessa porque... - eu pulei de novo, vou tirar os testículos desse moleque fora. 

- Eu quero saber e também porque sua bolsa esta comigo.

- Não, agora me da essa bolsa - pulo. de. novo. Ele esta de brincadeira.

- Com quem você perdeu sua virgindade? - ele sorri 

- De novo, não é de sua conta, eu já falei o suficiente, minha bolsa. Agora - eu paro na frente dele esticando minha mão

- Estamos tendo um papo sobre a sua vida, você pode falar - ele passou sua mão livre no queixo fazendo uma pose pensante - Deixe eu adivinhar, seu vizinho? seu primo? um amor de verão?

- Não, eca não e não - o encaro irritada e ele sorri mais.

- Foi com esse seu amiguinho gay?

- Foi - ele fica meio embasbacado por um tempo e eu aproveito para pegar a bolsa e sair andando dali, ele vai limpar aquele banheiro infeliz sozinho porque eu não volto lá nem se The Killers estivesse fazendo um show exclusivo ali. 

Eu não sei porque eu falei para ele que perdi minha virgindade com Luke e eu tenho meus argumentos quanto a gente ter feito isso:

 (1) Era uma promessa que nós dois fizemos no ano novo depois da 8ª serie que por acaso foi uma promessa muito bem feita, eu quero dizer, porque perder sua virgindade com um idiota que pode nem gostar de você depois disso quando pode se perder com um amigo que você conhece desde sempre?

(2) Primeiras vezes são sempre uma meleca, tudo parece dar errado e isso aconteceu mesmo, eu comecei a rir e o Luke ficou desesperado porque não sabia se eu estava sentido dor ou algo do tipo e tipo não é a imagem mais legal que eu tenho na minha cabeça, vamos esquecer essa parte.

(3) Nós não seriamos mais virgens e nem tão inexperientes quando quiséssemos finalmente ter algo com alguém que a gente gostasse mais que, sei lá, chocolate.

E não podem me julgar porque aquilo foi um desastre e seguimos em frente e não ligamos para isso, esse é o melhor de tudo, mesmo depois de todas as coisas estranhas que aconteceram comigo e com o Luke ele continua ali, do meu lado até quando ele estava com a perna quebrada ano passado.

Ouvi o toque de celular para o meu pai, era a musica daqueles filmes de terror que vão ficando cada vez mais alto quando o carinha do mal se aproxima, me detive a olhar para tela e orar baixinho pela minha vida e minha provável segunda chance de morte em um dia. Ele deveria estar irritado com alguma coisa para se atrever a usar o celular era dos dinossauros dele. Ele fala que aquele celular é uma relíquia e funciona muito melhor que "os de hoje em dia" eu duvido porque metade daquele celular esta coberto por fita crepe. Deixei o celular tocando porque sinceramente eu não estava com humor para ouvir meu pai usando sua voz irritada de Darth Vader com cólica rolando no chão e aquilo dava medo, quando ele falava daquele jeito era para assustar meus meios-irmãos por tirarem nota baixa ou fazerem algo errado. Eu só tive a sorte de conhecer essa voz quando contei a ele sobre a suspensão e minha detenção por causa do soco bem dado no rosto de Adam, que infelizmente, já estava quase desaparecendo completamente.

Respirei fundo e me joguei ao lado de um dos montes de armários do corredor vazio, deveriam ser mais ou menos cinco e meia da tarde então todas as aulas extra-curriculares já deveriam ter acabado e todos poderiam estar em casa bebendo uma xícara de café ou chá sentado assistindo qualquer besteira na televisão ao invés de estar presa na escola fugindo de um idiota que deveria estar lavando o banheiro masculino.

Viro meu rosto para onde eu havia deixado Adam e ele esta me observando de longe apoiado em um dos armários maiores. Esse babaca esta de brincadeira com a minha cara? Vai limpar os banheiros, meu Deus.

Levantei e o mostrei o dedo do meio antes de ir em direção ao Ray no estacionamento, olhei para o céu e tive um daqueles negócios de 6° sentido me avisando que iria chover a qualquer hora e entrei no carro desesperada para chegar em casa, mas hoje Ray não queria colaborar comigo. Ele não ligava, o motor não queria pegar e eu não sou mecânica e estou começando a ficar desesperada no nivel 11.

- Acho que você precisa de uma carona - Adam aparece magicamente na janela do passageiro sorrindo - Vamos

- Não vou deixar Ray aqui.

Ele ri - Você chama meu antigo 89 de Ray? Se bem me lembro ela se chama Natalie.

- Natalie? - eu ergo uma de minha sobrancelhas porque isso me lembra uma história que eu fui obrigada a ouvir sobre uma ex-namorada do meu pai quando ele estava na época de amor e rock e fazia muitas cagadas, foi a história mais nojenta da minha vida e provavelmente Natalie deve estar sofrendo por ter feito aquilo - Bem, o carro agora é meu então ele se chama Ray, o gatinho.

- Então saia do Ray, o gatinho que eu vou te dar uma carona na minha moto desnomeada - ele falou antes de abrir a porta do carro para mim (COMO UMA PORRA DE UM CAVALHEIRO QUE ELE COM CERTEZA NÃO ERA)

Isso foi rápido de mais.

Isso é tudo que se passa na minha cabeça quando... 


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Notas finais do capítulo

oq acharam? bayo