Two Kinds Of Hope escrita por lsuzi, loliveira


Capítulo 23
Capítulo 23 - Especial Valetine's Day


Notas iniciais do capítulo

hey HEY HEY SURPRESA HOJE É DIA DOS NAMORADOS E EU DIGO YAY PQ EU AMO DIA DOS NAMORADOS E EU AMEI ESSE ESCPECIAL QUE A LETÍCIA ESCREVEU COM TANTO AMOR PARA GENTE ONTEM

PS: OI LUBS EU VI SUA RECOMENDAÇÃO ELA É LINDA VOCÊ É LINDA TENHA UM ÓTIMO DIA DOS NAMORADOS (ADAM VAI CUIDAR DISSO PRA VC) E OBRIGADA DE CORAÇÃO O CAPITULO É DEDICADO A VOCÊ

boa leitura



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Dia dos namorados. Hoje é dia dos namorados e eu sou a pessoa mais solitária do mundo. Ha. Ha. HaHa. Ha. Talvez se eu rir pra sempre vai me impedir de chorar. De novo. Porque hoje é o dia do amor e tem meio mundo de gente me odiando, quão belo pode ser isso? Parece que minha vida nunca pode ficar absolutamente certa, sempre tem alguma coisa pra estragar a felicidade. 

Como é dia dos namorados, eu dei uma trégua e não continuei minha missão de descobrir nada do meu pai, porque não queria arrancar aquelas informações dele justo hoje, que ele vai sair com Dianna. Ela não merece esse incomodo, então eu vou ficar quieta hoje, que é a melhor coisa que eu estou fazendo. 

Como é dia dos namorados e estamos em Nova York, obviamente a cidade está repleta de coraçõezinhos e amor para todos os lados (sem contar que está FRIO) e há casais andando mais que o normal hoje. Estou na patinação no gelo, no centro da cidade, com os pestinhas. Porque Diana quer se arrumar pro encontro com meu pai, e me pediu para ficar de olho neles antes dos avós deles chegarem, pra cuidar deles mais tarde o que me deixa livre para chorar o quanto eu quiser no meu quarto, porque os avós deles são meio surdos e botam o volume da tevê lá no alto e não dá pra ouvir nada que não seja velhos falando sobre coisas de velhos. Meus meio irmãos caem no gelo e eu não consigo evitar rir, gritando para eles depois, me levantando do banco e indo patinar do lado deles.

-Vão com calma, não precisam impressionar ninguém! 

-Você é muito chata!

Como se eu já não soubesse. Aperto mais o casaco em Scott e começo a andar mais um pouco, com os dois do lado. Quando eles não estão agindo como crianças de cinco anos, são legais e no fundo eu até gosto de vir com eles patinar. Me equilibro enquanto tento fazer uma pirueta (estilo patinação artistica) só para cambalear e ter que me apoiar em um deles pra ficar de pé. Depois, os dois saem correndo para apostar uma corrida e eu fico sozinha de novo, andando mais devagar dessa vez. 

-Pode andar mais rápido? O tráfego não está tão devagar! -Olho para trás e vejo Adam. É claro. Estreito os olhos o vejo, com um suéter e por cima a famosa jaqueta de couro, ele até parece normal. E então, eu lembro que ele me levou pra um cassino. Fecho a cara. 

-O que você quer? 

-Falar com você. 

-Adam, você me meteu numa encrenca muito grande, e ainda por cima, não me contou nada sobre o que aconteceu no cassino. -Dessa vez, eu paro e o encaro, fazendo minha melhor cara de decepção. Para ele sentir uma parcela de culpa em tudo que aconteceu comigo. Meus olhos começam a arder e eu rezo pra que ele não perceba que eu vou chorar. Ele percebe, porque estreita os olhos e chega mais perto, encarando os meus olhos. 

-O que aconteceu com você? 

-Você não vai querer saber. -Mas a verdade era que eu não queria contar. Eu ia chorar, mais do que eu deveria. E na frente dele. Subitamente, ele diz:

-Sai comigo hoje. 

-O quê? -Pergunto, incrédula. 

-Você me ouviu. Saia comigo. Agora. -Ele tenta pegar meu braço, mas eu recuo.

-Adam. Estou aqui com meus irmãos, não posso ir agora. E estou brava demais pra falar com você. 

-Me desculpa. Eu prometo que eu conto tudo pra você hoje. -Fico em silêncio por um tempo e ele me encara espectante. 

-Adam... hoje é dia dos namorados. 

-Eu sei. 

-Eu não vou dormir com você, cara. -Cruzo os braços e o olho desafiadora. Aposto que desmascarei os planos dele. 

-Pelo amor de Deus, Axl, eu não sou um retardado que só pensa em sexo o tempo todo. 

-Bem... na maior parte do tempo, acho que sim. -Complemento e ele me dá um olhar irritado. 

-Vá se foder.  

-Tchau. -Me viro, mas ele me puxa. E ao contrário daquela coisa de filme, minhas costas batem no peito dele, ao invés de eu virar completamente, eu me desequilibro e ele me segura pela cintura, ficando assim por algum tempo, mesmo quando eu já estou de pé e em condições de andar normalmente. Adam se encosta um pouco no apoio ao lado do ringue por causa dos patins instáveis que ele está usando e ele fala atrás de mim, mesmo. 

-Você pode ser uma idiota às vezes, Axl. Você acha que sabe tudo sobre mim, mas você não sabe. Eu sei que é dia dos namorados, eu sei que você está puta comigo, eu sei que você quer respostas e eu posso dar. Mas eu quero que você saia comigo porque você quer, não porque eu tenho que te obrigar. Eu vou contar pra você sobre o que aconteceu de um jeito ou de outro, mas você tem que QUERER sair comigo. Então, não me faça PERGUNTAR.

-Perguntar o quê? -Pergunto, genuinamente confusa. Do nosso lado, as pessoas patinam como se nem nos vissem. Ele revira os olhos.

-Que inferno. Você quer sair comigo ou não? 

Penso um pouco. Acho que é melhor do que chorar no quarto ouvindo programas de velho. E vou conseguir minhas respostas. Primeiro, me solto dele, virando para encará-lo. 

-Uma condição. -Ele revira os olhos de novo, mas percebo que ele relaxa. 

-O que é? 

-Vamos seguir meu próprio itinerário. -Ele faz cara de incredulidade. 

-O quê?! Não. 

-Sim! Eu não quero que você me leve ao Gotham de novo. Aquele lugar é caro e clichê. E milhares de casais vão lá hoje. 

-Não ia te levar ao Gotham. 

-Mas ia me levar pra alguma coisa cara e por mais que eu ame ver você se ferrando, eu me sinto culpada gastando seu dinheiro. -Digo solenemente e ele me encara com uma expressão esquisita como se quisesse esconder alguma emoção do seu rosto. Ele termina fazendo uma careta. 

-Tá. Que seja. 

-Você diz que seja porque sabe que eu estou certa. -Ele ri. 

-Não tem certo ou errado nessa história. 

-Que seja. -Adam ri de novo, depois arruma o cabelo e fica sério. -Te pego em uma hora, pode ser? 

-Duas. Daqui há duas horas meus pais saem, meus avós chegam e eu não preciso cuidar dos pestinhas. 

-Duas horas. O.K. 

-Vamos com meu carro. 

-Não!

-Por que não?

-Porque você já vai mostrar pra onde a gente vai. Eu sou o cara, tenho que fazer alguma coisa. 

-Machista. Mas tudo bem. Vamos de moto. Tente não nos matar. -Digo. -Isso quer dizer que eu tenho um encontro com Adam Painsley? -Faço uma cara de nojo e minha garganta fica presa, lembrando do que Luke me disse. Tiro isso da cabeça bem rápido. Talvez Luke esteja errado. Adam ri. 

-Não fique tão animada. 

-AXL! -Meu irmão grita e nós viramos, ele vem a toda velocidade e quando chega em nós, eu seguro seus braços para ele não cair. O outro pestinha ri, vindo atrás e dessa vez, Adam o segura por mim. 

-Ei! Quem é você? -Ele pergunta, estranhando Adam. 

-Um amigo da sua irmã. 

-Temos que ir! Para o carro! -Grito e eles saem em disparada para a saída do ringue. Eu rio olhando a cena e olho para Adam. -Acho que eu vejo você depois. -Ele concorda com a cabeça, enquanto eu prendo meu cabelo, e vou seguindo os meninos até o carro, sem olhar para Adam, lá atrás. 

**

-Axl, querida, como você cresceu! -Minha vó-drasta diz, com aquela voz de velha dela. Nada contra idosos, só são muito lerdos para minha paciência e ela sempre acha que sabe de tudo, quando na verdade, a cabeça dela está tão idosa que ela confunde todas as informações possíveis. O marido dela, avô dos meus irmãos, é mais legal, porém é mais surdo ou seja, a tevê só fica naquele volume alto por causa dele. E isso não é legal. 

-Obrigada. Eles estão lá no quarto. -Falo, me livrando dos dois de uma vez. Meu pai e Dianna já saíram, e eu já estou pronta e esperando por Adam. O bom é que minha vó-drasta nem lembra do que meu pai disse sobre eu não sair de casa, porque quando eu passo pela porta enquanto ela sobe as escadas em direção ela diz.

-Axl, querida, se divirta! -E continua subindo. Eu sou sempre a "Axl vírgula querida" para ela. Desde que ela não ferre com a minha vida, por mim tudo bem. Estou com uma trança no cabelo, um vestido bem mais modesto do que o do cassino (é floridinho estilo Gabriela em High School Musical 3 e não me julgue por falar disso) e estou com sapatilhas para combinar. Está ficando escuro e eu sento na varanda, com medo de algum ladrão aparecer, até ver as luzes da moto entrando pela minha rua e parando na frente de casa. Vou até lá a frente, segurando um casaquinho em uma mão e uma bolsa com celular em outra, e olhando para o lado para ver se não tem nenhum louco querendo me atacar. Quando eu chego até Adam, ele me encara. 

-E aí. 

-Oi. 

-Pronta? -Faço que sim com a cabeça, subindo de lado na moto mas enlaçando minhas mãos ao redor do abdômen dele, sentindo como sempre seus musculos tensionarem. Fico vermelha, mas não digo nada. Ele começa a correr pelas ruas. -Para onde? -Ele grita, contra o vento. Dou a ele um endereço e silenciosamente nós vamos até onde eu mandei. Passei as duas horas pensando em lugares legais em Nova York e o que nós vamos é o melhor de todos.

Paramos na frente de uma pizzaria pequena, mas que do outro lado da rua, é uma das ruas mais movimentadas de Nova York. Porém, no lado em que estamos, as coisas estão calmas, exceto pelo interior da pizzaria, que está cheio de casais. 

-Você me trouxe... a pizzaria do Gio? Sério? 

-TEM A MELHOR PIZZA DE TODAS! -Eu digo, em minha defesa e quando nós saímos da moto, entramos na pizzaria. Vou ao balcão e digo meu nome e sobrenome. Adam me olha confuso. 

-Eu pedi a pizza, se você não se importa. Queijo. Muito queijo. -Digo, e Adam revira os olhos, mas segura a pizza quando a moça traz para nós. 

-E agora? -Olho para a atendente. Ela já me conhece, então com apenas um olhar, concorda com meu silencioso pedido. 

-Agora a gente sobe. 

-Quê? 

-Vem. -Puxo ele pela jaqueta até uma porta nos fundos e nós subimos as escadas. 

-Mas que porra é essa? 

-Ai, nossa. Para de ser tão medroso. Eu não vou te assassinar. -Mas quero. Digo na minha mente. Quando nós terminamos o lance de escadas, encaro satisfeita o terraço. Perfeito. 

-Aqui não tem nada. -Ele diz e eu reviro os olhos, me virando para ele. 

-Adam, você não conhece esse lugar. Não pode falar nada. -Ele só faz uma careta em resposta. Guio ele até o meio do terraço e nós sentamos no chão mesmo. Ele bota a pizza no chão e tira a mochila das costas, tirando dela cerveja. -Você quer me deixar bebada? 

-É mais fraco que aquela bebida da festa, óbvio. Ele bota uma para mim e uma para ele e pega um pedaço de pizza. Olha meio desconfiado para o lugar onde estamos. 

-Eu sei que não é a coisa mais romântica do mundo. Mas tudo lá embaixo para clichê. Aqui é silencioso e dá pra ouvir tudo. Quando eu venho aqui, as vezes, sempre tem pedidos de casamento em uma das ruas. E sempre vejo adolescentes e adultos namorando. É fofinho. É diferente de tudo aquilo que eles fazem no dia dos namorados. Eles tornaram as coisas tão triviais, que pra mim isso significa mais que ir em um restaurante caro e conversar sobre nada. 

-Não se preocupe. Não estou aterrorizado. Só surpreso. -Ele morde a pizza e quando termina de comer, fala. -Mas é um lugar legal. Pra caramba. Dá pra ver a luz e tudo mais. 

-Adam? 

-Sim? 

-Você pode me contar o que aconteceu lá? 

Ele sabe do que eu estou falando, e hesita antes de falar, mas fala. Acontece que ele não está no negócio porque quer. Está porque seu pai o envolveu. Eu não entendo metade do que ele fala, porque ele fala rápido e desesperado, como se quisesse tirar isso do peito de uma vez por todas. Mas a parte em que seu pai o envolveu eu entendo. Quando ele foi jogar, sabiam que Adam tinha o pai influente e rico, enquanto ameaçaram roubar todo o dinheiro de Adam, para fazer com que o pai pagasse a dívida que Adam deixou no cassino no dia que jogou, além de ameaçar matar a garota que estava com Adam. Adam, para pagar a dívida, começou a trabalhar para eles, sempre sob a ameaça de morte. E agora, ele está essa bagunça que está por causa disso. Quando ele termina de falar, estou sem fala. 

-Adam... isso é uma droga. 

-Eu sei. Mas é a vida. Ela é uma droga. 

-Você tem que fazer alguma coisa. 

-Não posso, Axl. 

-O pai de Luke é policial, ele pode ajudar! -Falar o nome de Luke faz minha voz falhar. 

-Não, pessoas podem morrer. Eu não vou deixar ninguém morrer por causa daqueles canalhas. Mesmo que isso signifique ficar nos negócios por mais tempo. -Fico em silêncio. Algo passa pela minha cabeça. 

-É por isso que você tem fama de pegador? Pra eles não acharem que você é apegado a ninguém? Tipo eu tendo que me fingir de vadia? -Ele me olha surpreso.  

-É. Mais ou menos por aí. 

-Que merda. Eu... 

-Não se preocupe. Você me odiando facilita as coisas. 

-Você é um porre Adam. Mas eu não sabia do que eu sei agora. -Terminamos de comer nossos pedaços de pizza e ele fala. 

-Você tem que prometer que não vai falar isso pra ninguém? Entende? 

-Prometo. -Ficamos mais um tempo em silêncio. -Vamos esquecer isso, tudo bem? Vamos...

Mas justo quando vou falar algo que envolve andar na rua... começa a chover. E NEM É TEMPORADA DE CHUVA EM NOVA YORK. Mas chove bastante e forte. Tanto que eu fico molhada em cinco segundos. Graças a deus já comemos, porque saímos deixando tudo para trás, e descemos as escadas. 

-E agora?

-Quer ir pra minha casa? -Adam pergunta, quando estamos lá dentro da pizzaria outra vez. 

-Adam...

-Você não vai dormir comigo. Estou cansado de ouvir isso. -Ele revira os olhos e eu respiro forte, derrotada. Quando nós saímos da pizzaria, correndo rápido para a moto, meu cabelo já está todo molhado. Demora uns cinco minutos só para chegarmos ao apartamento, e dessa vez, quando subo, estou totalmente sóbria. É esquisito e constrangedor voltar aqui, mas finjo que não estou afetada. Quando entramos, ele corre pegar umas toalhas para nós dois e secamos o cabelo. 

-Você tem um lugar legal. 

-Obrigado. 

-O que a gente faz agora? -Ele ergue uma sobrancelha. 

-Não era você a poderosa aqui? 

-Isso não estava nos meus planos. 

-A gente pode ver um filme. 

-O.K. -Digo, meio vermelha. Ele pega minha toalha e liga a tevê. Enquanto isso, vejo seu notebook aberto em cima do balcão da cozinha. Leio o documento aberto.

-É meu trabalho de artes. 

-Tem umas coisas erradas. -Eu digo, sentando numa banqueta. 

-O quê? -Começo a corrigir e falar sobre os erros ao mesmo tempo, meio absorta no assunto e Adam só me olha surpreso. 

-Como você sabe de tudo isso?

-Meu pai é dono da galeria, sei bastante sobre arte. -Ele me estende uma mão e eu seguro, descendo da banqueta. Ele fica em pé, lendo seu trabalho um pouco melhorado e me olha. 

-Isso está ótimo. 

-Eu tenho meus dons. -Respondo e ele me leva até o sofá. Ele traz uma coberta e nós sentamos lado a lado, um pouco molhados olhando para a tevê. É um filme antigo, que eu não sei o nome, nem a história, porque a tensão entre meu corpo e o de Adam faz com que eu perca a concentração. Ele luta para não fazer nenhum movimento e eu também, mas assim que vejo, ele me abraça. Tento sair do abraço, mas ele me aperta. 

-Éramos pra estar em um encontro. Acho que eu posso fazer isso. 

E com isso, eu desisto. Continuamos a ver o filme e eu me deixo relaxar, sentindo os músculos dele relaxarem também, e ouvindo sua respiração no meu cabelo. Depois de uma eternidade, ele diz. 

-Axl?

-Oi.

-Que encrenca você se meteu? -Ele parece mesmo preocupado. E eu lembro de tudo que ele me contou hoje, sobre o trabalho dele. Então, num ato meio inconsciente, eu praticamente vomito tudo que está acontecendo. Desde a minha mãe, até Luke. Sem deixar de fora nenhum detalhe, porque eu sei que Adam, de todas as pessoas no momento, vai ser a última pessoa a me julgar pelo que eu fiz. Depois, eu estou chorando. Eu nem percebo porque assim como ele eu estou tão desesperada para tirar isso de mim que eu só falo e choro e falo e choro e ele me abraça. Eu tento o afastar. Mas ele só se afasta para tirar minha sapatilha, meu casaco molhado e apagar a luz. Ele puxa o encosto do sofá para baixo e quando percebo, aquilo vira uma cama. Ele bota alguns travesseiros e sem dizer nada, entra no seu quarto. Sai com pijama e senta do meu lado, eu não me mexi ainda, só choro silenciosamente. Adam segura meu rosto no escuro. 

-Eu sou uma confusão pra porra. -Falo pra ele, em meio aos soluços. -Até mais que você. 

-Você é linda. E a sua mente é linda e isso mexe comigo de uma maneira que nada nunca mexeu. E isso também é uma confusão pra porra. Mas mesmo assim, eu estou aqui.-Começo a chorar mais forte e ele me puxa para deitar do lado dele. Quando estou confortavelmente deitada, sob seu braço e envolvida num abraço quente com ele, ainda chorando, ele me beija. 

É calmo e o mais esquisito é que o beijo mostra coisas que eu não sabia que eram possíveis. Tem sentimentos tão estranhos e novos e provoca coisas em mim que eu não consigo fazer outra coisa senão beijá-lo de volta, mesmo que o nó na minha garganta esteja enorme, assim como a vontade chorar. Ele me segura mais forte quando para o beijo, e sem falar uma palavra, entrelaça os dedos nos meus e eu estou quase dormindo quando lembro de meu pai e que não posso de mais coisas ruins na minha vida. Olho para Adam que me encara com o rosto em calma angelical.

- Eu preciso avisar meu pai que não vou pra casa - ele guarda um pequeno sorriso e eu finjo que foi apenas algo da minha cabeça. Ele me entrega o celular dele e eu ligo, e o celular toca e toca e toca e eu acabo deixando uma mensagem na caixa de mensagens dele e devolvo o celular.Ele me envolve de novo com seus braços e eu durmo ao som do filme insignificante antigo da tevê, sem pensar em minha família, meu melhor amigo, nada que não seja os beijinhos que Adam dá no meu cabelo. 


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Notas finais do capítulo

oq acharam? matamos alguém do coração? espero que não yay feliz dia dos namorados de novo e love ya