When Love Speaks Louder! escrita por Bella Cullen


Capítulo 1
Capítulo 1




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O carro parou no estacionamento do hospital. Esperei o motorista vir abrir a porta pra mim com o guarda chuva já aberto para me proteger da chuva.

O hospital de Forks era apenas um prédio de dois andares de tijolos escuros e com janelas de vidro. Lá dentro tinha uma sala de espera com dez cadeiras e uma moça de cabelos castanhos claros estava na recepção olhando distraidamente para o computador enquanto mascava chiclete.

- Eu estou aqui para ver Charlie Swan.

- E você é? – perguntou ela sem tirar os olhos do computador.

- Isabella Swan – Dessa vez ela olhou pra mim de olhos arregalados.

- B-b-bella? – ela gaguejou em reconhecimento.

Não precisei nem ler o nome no crachá para saber quem era ela. Jessica Stanley, vivia correndo atrás de Edward, seu pai era prefeito da cidade naquela época. Ela era líder de torcida e eu a nerd, então é quase um oficio que ela infernize minha vida.

Seus olhos me analisaram de cima abaixo. Vi ela olhar muito demoradamente para o meu anel que até a pessoa mais inexperiente saberia que aquelas pedras eram diamantes.

- Charlie Swan – disse Felix com sua voz grossa.

- Hã ... é ... hum – ela falava meio tonta olhando pra ele – Quarto 4, no segundo andar.

Como um prédio tão pequeno não necessitava de elevador subi rapidamente o lance de escada. Andei pelo corredor até encontrar o quarto que a garota lá de baixo me indicou. Bati na porta antes de entrar.

Charlie estava deitado na cama, seus olhos estavam fechados e ele respirava tranquilamente. Senti um aperto no peito ao vê-lo naquela cama parecendo tão frágil. Seu jeito durão de nada o atingia sempre me fazia ter a segurança de que eu não iria perdê-lo tão de repente. Mais agora vendo meu pai ali naquela cama de hospital, senti medo de não ter muito tempo com ele. Eu tinha tendência a perder as pessoas que eu mais amava.

Parei ao lado da sua cama e toquei sua mão tomando cuidado com a intravenosa. Sua mão estava quente. E me senti um pouco melhor ao não encontra-la fria e sem vida.

Suas pálpebras tremeram e seus olhos foram se abrindo lentamente. Sua mão agarrou a minha quando me viu.

- Olá querida – Sua voz era rouca, mais era só por causa do sono.

- Oi pai – Minha garganta estava seca – Como se sente?

- Bem, você não tem com o que se preocupar – ele tratou logo de me tranquilizar.

- O que o médico disse? – Não iria o deixar escapar tão fácil assim.

- Eu estou com a minha pressão alta, o doutor disse que isso normal num homem da minha idade que não comi de modo correto – Ele bufou grunhindo – Ele disse que eu tenho que começar a comer comidas saudáveis.

- E tem mesmo – Pelo jeito ele não tinha mudado nada – Mamãe sempre dizia que você parece uma criança, não gosta de comer verduras e legumes e agora olha aonde você veio parar.

- Eu não sou boi pra comer mato – Aquele sempre foi seu argumento.

- Mais pelo menos esse boi vai ter saúde – rebati.

- Tá, tá bom – concordou a contra gosto – E você como está? Veio correndo de Nova York só pra ver que esse bode velho está bem?

- Esse bode velho é meu pai e eu o amo muito – Ele sorriu tímido, coisa que eu tinha puxado dele – É claro que eu viria correndo?

Antes que ele pudesse falar qualquer coisa houve uma batida na porta e Felix colocou a cabeça pra dentro dizendo que o medico estava lá.

Senti um mal estar no estomago e apertei a mão do meu pai com mais força do que deveria, mais ele não reclamou. Ele sabia que eu precisava de apoio naquele momento.

- Olá Bella – sua voz já não era tão fria e desdenhosa quanto eu me lembrava de quando ele falava comigo – Olá chefe Swan?

- Olá doutor Cullen – devolvi o cumprimento o chamando pelo sobrenome para mostrar que não havia a menor intimidade entre nos dois.

Depois do filho, Carlisle Cullen era segunda pessoa que eu mais odiava no mundo. Sempre me tratou muito mal, não aceitava meu namoro com o seu filho só por que eu não tinha onde cair morta. Sendo o homem, dono de quase metade da cidade, ele achava que Edward merecia alguém que estava à altura dele e esse alguém com certeza não a filha do chefe de policia da cidade.

- Como se sente Charlie? – Ele fingiu não ligar ou ignorou minha alfinetada.

- Melhor doutor – Meu pai era educado com Carlisle apesar de ele não merecer, mais ele fazia aquilo só se mostrar superior, que não era só por que ele pobre que ele era mal educado com quem lhe ajudava.

- Muito bom, me deixa checar você mais uma vez e então eu posso lhe dar alta – Carlisle disse.

Depois de alguns exames rápidos ele disse que meu pai estava pronto pra ir pra casa, mais que deveria começar a se cuidar para não ter que voltar ao hospital tão cedo. Me passou uma lista do que meu pai deveria começar a comer e do que ele deveria evitar. E foi embora.

Pedi para Felix levar meu pai para o carro enquanto eu iria pagar a conta do hospital. Depois de pagar fui em direção ao estacionamento. Felix me esperava na porta com o guarda chuva.

Enquanto eu fazia o caminho até o carro um Volvo prata entrou no estacionamento e parou bem de frente para Mercedes preta. A porta do motorista abriu e o mesmo saiu lá de dentro.

Senti uma dor afiada atravessar meu peito quando nossos olhos se encontraram.

Edward continuava tão lindo como sempre foi. Olhos verdes ardentes, cabelos reluzente e brilhante, corpo esguio e forte. Desejo de consumo de muitas mulheres. Houve um tempo em que eu pensava que eu era uma mulher de sorte por estar ao seu lado. Mal sabia eu que aquela sorte iria virar um carma pra vida toda.

Em minha mente eu revivo a ultima vez que o vi. Seus olhos implorando perdão e suas palavras agoniadas me pedindo pra ficar.

Mais tinha uma lembrança que esmagava essas outras como se fosse um inseto.

Estávamos na porta da minha casa e eu olhava em choque depois de ele me dizer que não poderíamos mais ficar juntos por que o pai ameaçou deserda-lo. Essa é uma visão que assombra meus sonhos até hoje.

- Senhorita Swan – Felix chamou minha atenção. Estávamos parados no meio do estacionamento.

Desviei os olhos de Edward e caminhei rapidamente para o carro. Enquanto carro dava a volta olhei em sua direção e ele ainda estava parado no mesmo lugar, olhando pra mim.


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