A saga crepúsculo - Lua azul escrita por Isa Holmes


Capítulo 2
Caçada?


Notas iniciais do capítulo

Oi meus anjos, está aqui mais um capítulo concluído!



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Permaneci em silêncio, ainda observando o garoto sorridente correndo em nossa direção. Quando ele chegou, apoiou as mãos nas pernas, ofegante.

— Hei — disse ele — Oi, Jake.

Jake aproximou-se de Seth e apoiou a mão no ombro do garoto.

— Nessie, esse é Seth Clearwater, irmão mais novo da Leah.

Sorri.

— É um prazer conhecer você, Seth.

Ele respirou fundo e ajeitou a postura.

— O prazer é todo meu em conhecer a pessoa que o Jake fala todo dia.

Jake deu um soquinho em Seth e o garoto esfregou a mão no braço. Em seguida, Jake bagunçou os cabelos de Seth e os dois sorriram.

— Quem está no grupo de hoje, sr. Feliz? — Jacob perguntou.

— Leah, Embry, Paul e o Quil. Estamos assando marshmallows na fogueira. Sam não veio, teve que ficar com Emily.

Ouvimos Leah chamar o irmão e, assim que ela balançou os braços, como se o puxasse, Seth voltou ao grupo.

Jacob passou as mãos na nuca e olhou para mim.

— Simpático ele, não é?

— Sinceramente? Quem faz marshmallows de manhã?

Jake riu e caminhamos até eles. Perto da fogueira estava mais quentinho.

— Já era hora, Jake — disse Leah — Seth não parou de falar sobre vocês a manhã inteira. Queria que queria conhecer você, Renesmee.

— Leah! — sibilou Seth, jogando um graveto na irmã.

— O que foi? Desde quando ser sincera virou crime, maninho?

Todos riram. E então sentei entre Leah e Seth. 

Jake sentou entre Paul e Quil.

— Por que nunca vejo você aqui durante semana? — perguntei para Seth.

— Ele estuda, Ness — Leah respondeu — Ele só está aqui porque furou aula, já que soube que suas férias começam amanhã. 

— Em um sábado?

— Pois é. Também não entendi.

Paul me entregou um graveto com marshmellows e eu o estendi no fogo.

— Então você vem nos finais de semana, Seth?

Ele riu.

— Sim. Sempre jogamos vôlei aos sábados.

— E você sempre leva um tombo — Paul completou. Todos riram. Seth não.

Girei o graveto.

— Eu não costumo vir à La Push nos finais de semana. Fico em casa.

— Está explicado por que nós nunca nos deparamos.

A manhã, apesar de fria, estava agradável. Seth fazia tudo ficar mais divertido. Todos contamos histórias e rimos. Fizemos competições, enfiando vários marshmellows na boca e observamos as gaivotas bicando um grupo de garotos no lado leste da praia.

(Mas tudo o que é bom não dura para sempre, sabia?)

Ouvi passos pesados chegando e um cheiro de suor e

— Jake! — ouvimos um grito. 

Era Sam. 

Estava com o peito exposto e os olhos preocupados.

— Eu já volto — sussurrou Jacob e saiu.

Olhei para Seth e depois olhei para Jake e Sam. Tentei ouvir algo

(aconteceu de novo, teve)

mas Seth chamou minha atenção.

— Então — começou ele — O que você vai fazer depois da fogueira?

— Acho que Jake e eu vamos fazer desenhos na areia. Quer ir com a gente?

Seth passou a mão na nuca.

— Eu adoraria ir, mas não posso. Se eu não arrumar meu quarto Leah vai me matar.

Senti um vulto trás de mim.

— O que o Sam queria, Jake? — Quil perguntou. 

Jake havia sentado ao meu lado novamente. Parecia atordoado. Parecia que

— Jake?! — Quil sibilou.

Jacob suspirou.

— O Sam disse que iremos caçar amanhã de manhã.

— Caçar? — Perguntei.

— É. Acho que fazem dois dias que descobrimos pessoas estraçalhadas na floresta. Havia alguns animais também. O número de animais são maiores, mas são bichos gigantes como leões da montanha.

Engoli em seco, abismada.

— Estraçalhadas?

— Sim. Estraçalhadas. Com seus braços arrancados e órgãos para fora do corpo. 

Ouvi Seth falar que aquilo era nojento.

— Quem faria isso? Vampiros? Quero dizer, não a minha

— Eu confio nos Cullens, Nessie, mas não tenho certeza se é algum sanguessuga. Não tinha sinais de mordidas, só tiros e agressão física.

— Como descobriu que tudo isso está acontecendo? Todas essas mortes.

Jake olhou para Embry.

— Noticiários na tevê. Eu estava de bobeira quando vi que pessoas desapareceram, mas que ninguém sabia o último lugar que foram vistas. Chamei Sam, mas ele ignorou. Só deu importância quando Embry chegou desesperado procurando a nossa ajuda dizendo que passou diante de vários corpos jogados no chão, todos explorados. Disse que era dois homens.

— Não consegui ver o rosto dos desgraçados. Eu não ia chegar perto. Não estava afim de levar um tiro — Embry completou.

Quil apoiou a mão no ombro de Embry, como se fosse reconfortá-lo de alguma forma.

— Depois desse acidente pedi para que Embry me levasse de madrugada para ver os corpos. Quero dizer, achei que de madrugada fosse mais seguro, mas também é difícil de ver, por isso levei uma lanterna. No escuro ou não é totalmente nojento. A gente analisou e decidimos procurar quem são os responsáveis por esse estrago. Não queremos que mais ninguém se machuque, incluindo um de nós.

— Você acha que eles podem ser canibais ou algo assim? Se mataram pessoas, e elas estavam abertas, ou eles levaram os órgãos para comer ou para, não sei, vender.

— Talvez sejam. Podem até estar fazendo isso por prazer.

Encarei Jake.

— Vocês vão matá-los?

— Se for preciso, sim. – ele respondeu – Mas acho que não será. O nosso plano é só descobrir quem é e denunciar para a polícia. Aí ela termina o trabalho.

Seth pigarreou, animado.

— E quem vai, Jake?

— Eu, Sam, Leah, Paul, Quil, Embry e Jared. 

Seth pareceu murchar.

— E eu? Não?

— Você fica de vigia, Seth.

— Por que eu sempre fico de vigia? Isso é injusto!

— Porque você é desajeitado demais maninho — retrucou Leah — Não queremos que você se mate.

Jake completou:

— Melhor do que nada.

Por hora, ficamos sem marshmellows e optamos por falar de algumas das lendas quileutes. O tempo passou junto dos pássaros que migravam e logo Leah levantou, limpando a areia da calça. Ela quebrou seu graveto e jogou na fogueira.

— Melhor irmos embora, Seth.  Seu quarto não vai se arrumar sozinho, e eu prometi à Emily que a ajudaria a cuidar do jardim dela.

Seth parecia chateado, mas despediu-se e eles partiram.

Em seguida, Quil perguntou a hora.

(16h45)

E, quando Jake o informou, Paul, Embry e o próprio Quil arregalaram os olhos e levantaram.

— Jogo de Beisebol!

Enruguei o cenho.

— Mas o jogo passou hoje de manhã.

— Não vamos assistir. Vamos jogar. Combinamos com o Jared, Brady e com o Collin de nos encontrar as cinco.

Nos despedimos deles e eles caíram fora. Sem a gritaria eu conseguia ouvir melhor o som das ondas.

— Que quer fazendo agora?

Olhei para Jake.

— Desenhos na areia?

Ele negou.

— Que tal se apenas conversarmos?

— Sobre o quê?

Ele se virou para mim e sorriu.

— Já foi no cinema alguma vez, Nessie?

— Não. Eu nem sabia que existe cinema aqui em Forks.

— Tem sim. Está passando dois filme, um de ação chamado Missão Impossível e outro de investigação chamado Sherlock Holmes.

Animei-me, segurando suas mãos.

— Podemos ver Sherlock Holmes? Eu amo seus livros!

— Desde quando gosta de filmes de investigação?

Parei por um minuto.

— Desde sempre — logo respondi — Sempre assisto séries policias com Jasper e Emmett.

Ele riu e sussurou:

— Está explicado. 

— Você não gosta?

— Nunca vi nada do tipo.

— Então vamos ver Sherlock, você vai gostar!

Jake sorriu.

— Que horas então? Lembro de ter visto uma sessão a 13h.

— 13h está ótimo! Dá para você ir caçar de manhã e me encontrar à tarde. Só existe um pequeno problema.

Ele arqueou a sobrancelha.

— Meus pais.

E então sorriu.

— Já conversei com Bella sobre isso. Já está tudo combinado com ela.

Silêncio.

— Que horas são? — perguntei.

— 17h31 — ele respondeu — O Sol decidiu ir dormir mais cedo.

— Infelizmente eu preciso ir. Tenho um compromisso com minha tia.

Jake apagou a fogueira e dobrou a toalha de piquenique enquanto eu limpei meus pés cheios de areia, calçando novamente as sapatilhas. 

Fomos para a moto e voltamos para casa.

Alice estava do lado de fora.

— Bem na hora.

Esperei Jacob dar a partida, ganhando a estrada.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Então vamos lá, sem preguiça deixem seu comentário.