A saga crepúsculo - Lua azul escrita por Isa Holmes
Notas iniciais do capítulo
Oi meus anjos, está aqui mais um capítulo concluído!
Permaneci em silêncio, ainda observando o garoto sorridente correndo em nossa direção. Quando ele chegou, apoiou as mãos nas pernas, ofegante.
— Hei — disse ele — Oi, Jake.
Jake aproximou-se de Seth e apoiou a mão no ombro do garoto.
— Nessie, esse é Seth Clearwater, irmão mais novo da Leah.
Sorri.
— É um prazer conhecer você, Seth.
Ele respirou fundo e ajeitou a postura.
— O prazer é todo meu em conhecer a pessoa que o Jake fala todo dia.
Jake deu um soquinho em Seth e o garoto esfregou a mão no braço. Em seguida, Jake bagunçou os cabelos de Seth e os dois sorriram.
— Quem está no grupo de hoje, sr. Feliz? — Jacob perguntou.
— Leah, Embry, Paul e o Quil. Estamos assando marshmallows na fogueira. Sam não veio, teve que ficar com Emily.
Ouvimos Leah chamar o irmão e, assim que ela balançou os braços, como se o puxasse, Seth voltou ao grupo.
Jacob passou as mãos na nuca e olhou para mim.
— Simpático ele, não é?
— Sinceramente? Quem faz marshmallows de manhã?
Jake riu e caminhamos até eles. Perto da fogueira estava mais quentinho.
— Já era hora, Jake — disse Leah — Seth não parou de falar sobre vocês a manhã inteira. Queria que queria conhecer você, Renesmee.
— Leah! — sibilou Seth, jogando um graveto na irmã.
— O que foi? Desde quando ser sincera virou crime, maninho?
Todos riram. E então sentei entre Leah e Seth.
Jake sentou entre Paul e Quil.
— Por que nunca vejo você aqui durante semana? — perguntei para Seth.
— Ele estuda, Ness — Leah respondeu — Ele só está aqui porque furou aula, já que soube que suas férias começam amanhã.
— Em um sábado?
— Pois é. Também não entendi.
Paul me entregou um graveto com marshmellows e eu o estendi no fogo.
— Então você vem nos finais de semana, Seth?
Ele riu.
— Sim. Sempre jogamos vôlei aos sábados.
— E você sempre leva um tombo — Paul completou. Todos riram. Seth não.
Girei o graveto.
— Eu não costumo vir à La Push nos finais de semana. Fico em casa.
— Está explicado por que nós nunca nos deparamos.
A manhã, apesar de fria, estava agradável. Seth fazia tudo ficar mais divertido. Todos contamos histórias e rimos. Fizemos competições, enfiando vários marshmellows na boca e observamos as gaivotas bicando um grupo de garotos no lado leste da praia.
(Mas tudo o que é bom não dura para sempre, sabia?)
Ouvi passos pesados chegando e um cheiro de suor e
— Jake! — ouvimos um grito.
Era Sam.
Estava com o peito exposto e os olhos preocupados.
— Eu já volto — sussurrou Jacob e saiu.
Olhei para Seth e depois olhei para Jake e Sam. Tentei ouvir algo
(aconteceu de novo, teve)
mas Seth chamou minha atenção.
— Então — começou ele — O que você vai fazer depois da fogueira?
— Acho que Jake e eu vamos fazer desenhos na areia. Quer ir com a gente?
Seth passou a mão na nuca.
— Eu adoraria ir, mas não posso. Se eu não arrumar meu quarto Leah vai me matar.
Senti um vulto trás de mim.
— O que o Sam queria, Jake? — Quil perguntou.
Jake havia sentado ao meu lado novamente. Parecia atordoado. Parecia que
— Jake?! — Quil sibilou.
Jacob suspirou.
— O Sam disse que iremos caçar amanhã de manhã.
— Caçar? — Perguntei.
— É. Acho que fazem dois dias que descobrimos pessoas estraçalhadas na floresta. Havia alguns animais também. O número de animais são maiores, mas são bichos gigantes como leões da montanha.
Engoli em seco, abismada.
— Estraçalhadas?
— Sim. Estraçalhadas. Com seus braços arrancados e órgãos para fora do corpo.
Ouvi Seth falar que aquilo era nojento.
— Quem faria isso? Vampiros? Quero dizer, não a minha
— Eu confio nos Cullens, Nessie, mas não tenho certeza se é algum sanguessuga. Não tinha sinais de mordidas, só tiros e agressão física.
— Como descobriu que tudo isso está acontecendo? Todas essas mortes.
Jake olhou para Embry.
— Noticiários na tevê. Eu estava de bobeira quando vi que pessoas desapareceram, mas que ninguém sabia o último lugar que foram vistas. Chamei Sam, mas ele ignorou. Só deu importância quando Embry chegou desesperado procurando a nossa ajuda dizendo que passou diante de vários corpos jogados no chão, todos explorados. Disse que era dois homens.
— Não consegui ver o rosto dos desgraçados. Eu não ia chegar perto. Não estava afim de levar um tiro — Embry completou.
Quil apoiou a mão no ombro de Embry, como se fosse reconfortá-lo de alguma forma.
— Depois desse acidente pedi para que Embry me levasse de madrugada para ver os corpos. Quero dizer, achei que de madrugada fosse mais seguro, mas também é difícil de ver, por isso levei uma lanterna. No escuro ou não é totalmente nojento. A gente analisou e decidimos procurar quem são os responsáveis por esse estrago. Não queremos que mais ninguém se machuque, incluindo um de nós.
— Você acha que eles podem ser canibais ou algo assim? Se mataram pessoas, e elas estavam abertas, ou eles levaram os órgãos para comer ou para, não sei, vender.
— Talvez sejam. Podem até estar fazendo isso por prazer.
Encarei Jake.
— Vocês vão matá-los?
— Se for preciso, sim. – ele respondeu – Mas acho que não será. O nosso plano é só descobrir quem é e denunciar para a polícia. Aí ela termina o trabalho.
Seth pigarreou, animado.
— E quem vai, Jake?
— Eu, Sam, Leah, Paul, Quil, Embry e Jared.
Seth pareceu murchar.
— E eu? Não?
— Você fica de vigia, Seth.
— Por que eu sempre fico de vigia? Isso é injusto!
— Porque você é desajeitado demais maninho — retrucou Leah — Não queremos que você se mate.
Jake completou:
— Melhor do que nada.
Por hora, ficamos sem marshmellows e optamos por falar de algumas das lendas quileutes. O tempo passou junto dos pássaros que migravam e logo Leah levantou, limpando a areia da calça. Ela quebrou seu graveto e jogou na fogueira.
— Melhor irmos embora, Seth. Seu quarto não vai se arrumar sozinho, e eu prometi à Emily que a ajudaria a cuidar do jardim dela.
Seth parecia chateado, mas despediu-se e eles partiram.
Em seguida, Quil perguntou a hora.
(16h45)
E, quando Jake o informou, Paul, Embry e o próprio Quil arregalaram os olhos e levantaram.
— Jogo de Beisebol!
Enruguei o cenho.
— Mas o jogo passou hoje de manhã.
— Não vamos assistir. Vamos jogar. Combinamos com o Jared, Brady e com o Collin de nos encontrar as cinco.
Nos despedimos deles e eles caíram fora. Sem a gritaria eu conseguia ouvir melhor o som das ondas.
— Que quer fazendo agora?
Olhei para Jake.
— Desenhos na areia?
Ele negou.
— Que tal se apenas conversarmos?
— Sobre o quê?
Ele se virou para mim e sorriu.
— Já foi no cinema alguma vez, Nessie?
— Não. Eu nem sabia que existe cinema aqui em Forks.
— Tem sim. Está passando dois filme, um de ação chamado Missão Impossível e outro de investigação chamado Sherlock Holmes.
Animei-me, segurando suas mãos.
— Podemos ver Sherlock Holmes? Eu amo seus livros!
— Desde quando gosta de filmes de investigação?
Parei por um minuto.
— Desde sempre — logo respondi — Sempre assisto séries policias com Jasper e Emmett.
Ele riu e sussurou:
— Está explicado.
— Você não gosta?
— Nunca vi nada do tipo.
— Então vamos ver Sherlock, você vai gostar!
Jake sorriu.
— Que horas então? Lembro de ter visto uma sessão a 13h.
— 13h está ótimo! Dá para você ir caçar de manhã e me encontrar à tarde. Só existe um pequeno problema.
Ele arqueou a sobrancelha.
— Meus pais.
E então sorriu.
— Já conversei com Bella sobre isso. Já está tudo combinado com ela.
Silêncio.
— Que horas são? — perguntei.
— 17h31 — ele respondeu — O Sol decidiu ir dormir mais cedo.
— Infelizmente eu preciso ir. Tenho um compromisso com minha tia.
Jake apagou a fogueira e dobrou a toalha de piquenique enquanto eu limpei meus pés cheios de areia, calçando novamente as sapatilhas.
Fomos para a moto e voltamos para casa.
Alice estava do lado de fora.
— Bem na hora.
Esperei Jacob dar a partida, ganhando a estrada.
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