Beautiful Soul escrita por Jubs C, Julia Brito


Capítulo 17
Pensamentos.


Notas iniciais do capítulo

Oi, olá *-*

Primeiramente vou parar de pedir desculpas pelo atraso, como eu sempre faço. E sabem porque? Eu aceitei! Sou bugada!
E eu entendo tá, me conformei. Só não me conformo com a falta de criatividade que baixa em mim, quando eu começo a escrever BS zZzZz
Mas eu vou tentar, vou mesmo. Gostaria de terminá-la antes das aulas voltarem, mas acho que estou pedindo demais.
Fiquem tranquilas, não vou relaxar a essa altura do campeonato, só não garanto uma perfeição, porque meu sonho é terminar essa fanfic e postar menos "despreocupada" vai fazer com que eu dê um final que esperamos ter há tanto tempo.
Tá, chega de blá blá blá
Espero que não tenha ficado TÃO ruim, que dê pelo menos para ler e digerir sem querer arrancar minha cabeça fora HUEHEUHEUH
Boa leitura amadas



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Já haviam passado três dias e nada de Kyle voltar para a caverna. Muitos de nós estavam preocupados, outro apenas diziam para si mesmos que estava tudo bem e que eles voltariam são e salvos em breve. E por mais que não acreditasse em suas próprias palavras, era o que parecia sensato de se pensar.

Eu não sabia em qual dos dois grupos me encaixava, não fazia ideia do que se passava em minha mente naquele momento. Na verdade, as poucas coisas que conseguiam me trazer de volta de algum mundo imaginário que eu havia criado, era Melanie, Ian e Sunny.

Melanie e Ian porque sempre foram as paredes que me mantinham em pé, e como as coisas não corriam muito bem lá fora, continuavam sendo minhas estruturas. E Sunny por ser como eu. Por me fazer acreditar que um dia homens e almas poderiam viver em harmônia, que nem tudo estava perdido, por mais que parecesse estar na maior parte do tempo.

Tudo parecia passar mais depressa agora, como se as coisa estivesse se acertando aos poucos. Os dias eram quentes e secos, e raramente chovia, mas nas noites de tempestade era sempre bom sentir as gotas em sua pele. Eu me sentia mais sensível, mais humana, como se cada molécula minha estivesse se acostumando e aceitando essa nova jornada.

Pequenas coisas que antes pareciam besteira para mim, agora eram mais fortes, mais chamativas e atrativas. Tudo que antes era novo, agora parecia apenas uma lembrança no passado. Eu estava me acostumando com tudo e ainda assim, as coisas não pareciam ter se acostumado á mim.

Poucas vezes a saudade de ter muitos lares me assolava, e eu cogitava a ideia que muitos já me tinham dito, de que eu não pertencia aqui. Cogitava a ideia de que deveria voltar para meu lar em qualquer planeta, e de lá seguir para outros mundos. Mas era quando eu me lembrava de que na verdade, nunca tive um lar. Esses momentos eram vagos, rápidos, mais ainda assim mexiam com algo dentro de mim. Os pesadelos não paravam, estavam mais presentes do que nunca, só que dessa vez eu sabia como lidar com eles.

Meu corpo doía depois de um dia inteiro de trabalho, minhas mãos, pernas e braços ainda não tinham se acostumado com a rotina pesada e cansativa. Eu sentia meus dedos formigarem, como se milhares de pequenos choques percorressem minha pele, fazendo meu corpo se arrepiar.

Ian parecia ainda mais cansado do que eu. Não fisicamente, claro, acho que cada parte sua já havia se acostumado com toda aquela rotina. O que quero dizer era que sua mente parecia distante, como se tivesse milhares de anos luz na nossa frente. Ele havia ficado meio desligado durante todo o dia, depois daquela saída inusitada para encontrar Jared. Seja o que for que haviam dito um para o outro, não me parecia bom. Mas nunca parecia bom, de qualquer forma. Jared e Ian não se topavam mais como antes, como se um muro existisse entre eles.

Eu era aquele maldito muro, sabia disso. Depois da minha chegada e dos sentimentos de Ian por mim, quando eu ainda habitava o corpo de Melanie, as coisas entre os dois nunca mais foram a mesma. Conversavam e até riam vez ou outra, mas nos momentos mais solitários mal se olhavam.

Meus braços dormentes envolviam a cintura de meu parceiro, o calor de seu corpo passava para o meu, de uma maneira calma e inocente, que quase me fazia sorrir. E eu sorriria, como fazia antes, se as coisas não estivessem tão complicadas como estavam naquele momento.

Um suspiro deixou seus lábios, mas seus olhos não desgrudavam da parede de terra. Eu sabia que o certo era lhe perguntar o que estava acontecendo, mas conhecia Ian e sabia qual seria sua resposta. Que eu não deveria me preocupar, que estava tudo sob controle, que ele estava apenas pensando.

Ouvir essas palavras saindo de sua boca e não acreditar nelas, era ruim demais. Eu preferia ficar em silencio, poupar minha mente de mais dúvidas e finalmente, deixar Ian refletir no que quer que fosse que tirava sua paz.

Fechei meus olhos, minhas mãos se agarram ainda mais na pele de sua cintura. O medo de acordar e ver que ele tinha sumido ainda era grande. Tudo se tratava apenas de precaução.

Gostaria de dizer, sem sombra de dúvidas, que não sabia como Kyle se sentiu quando acordou e não encontrou Sunny ao seu lado. Mas eu sabia. Sabia, porque quando decidi morrer, a única coisa que passava em minha mente, gritando para mim, é que eu jamais acordaria para ver os olhos das pessoas que eu amo novamente.

Suas mãos contornaram meu braço, fazendo pequenos círculos por onde passavam, esquentando-me.

Aquele pequeno contato fazia com que todos meu temores fossem para bem longe. Fazia com que se fossem e se esquecessem do caminho de volta, pelo menos por um tempo.

Eu sentia sua respiração relaxar, assim como a minha. Sabia que no que quer que fosse que ele estivesse pensando antes, não estava mais. Sua mente estava ali, ele estava ali, comigo.

E ainda assim, o silêncio me parecia mais confortável.

– Pode dormir, Peg. - Ouvi sua voz baixa, próxima ao meu ouvido, sussurrando calmamente, como uma cantiga de ninar. - Vou estar aqui quando amanhecer.

Sua firmeza ao dizer aquelas palavras, mandavam qualquer receio embora, e me faziam, mesmo que por uma noite, esquecer de tudo o que acontecia lá fora. Aquela nova vida, com sentimentos e receios que nos bombardeavam á todo instante, era totalmente desconhecida por mim, mas de alguma forma, despertava em mim uma fome de vida que eu nunca tive. Uma fome de viver algo que eu nunca vivi.

Eu sabia que ele estaria lá quando eu abrisse meus olhos. Sabia que não importa o que acontecesse, Ian sempre estaria ali por mim. Como esteve quando todos foram contra, como esteve ao não me deixar partir.

Não haviam formas plausíveis para explicar a forma como eu o amava. Todo o meu ser pedia pelo dele, viciado em contato. Era estranho sentir tanta necessidade por algo, ou por alguém. Era um mundo estranho, afinal, mas que agora, era o meu mundo também.


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Notas finais do capítulo

Olha eu aqui embaixo *O*
Eu sei que foi pequeno, mas estou começando a colocar as coisas nos eixos hahah.
Espero que tenha ficado legível! E espero que não se importem de eu ter dispensado diálogos, eu simplesmente queria algo mais calmo, para marcar minha volta



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