As Crônicas Do Oráculo - O Filho De Gaia escrita por NathaliaMarianaCaio


Capítulo 6
Cap6 Um salto para o reconhecimento de paternidade


Notas iniciais do capítulo

Escrito por Mariana Lopes.



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As Crônicas do Oráculo

Capítulo III - Ravena

Nós corriamos em direção ao ponto de chegada, aonde Quíron aguardava a futura equipe campeã. Um garoto do nosso time que estava distante com outros do nosso time disse:

– Continuem correndo, deixe que nós atrapalhamos eles!

Eu corria tanto que sentia o vento batendo em meus cabelos, olhei pro lado e Charlie, uns outros nos acompanhavam correndo em mesmo rítimo e por sinal um deles tinha uma certa intimidade com Charlie já que corriam de mãos dadas. Nicholas estava um pouco atrás sem fôlego.

– CORRA NICHOLAS ! - gritou Dianna.

– Não dá, minhas pernas estão virando gelatina! - ele revidou.

E eu não vi mais ele, mas não ousei em parar de correr. Avistei uns do outro time e o garoto de cabelos encaracolados que sorriu maliciosamente e disse:

– Por isso que eu tenho minhas bombas de pum! - ele gritou sacudindo sua espada que acabara de virar um estilíngue.

E que mira. Ele acertou neles e eles desmaiaram com o fedor. Estávamos chegando lá corremos muito e tinha uma rocha logo a frente e eu pulei. Ela tinha uns 3 metros de distância do chão mas eu não havia morrido. A terra começou a tremer e em cima da minha cabeça reluziu uma caveira. Eu era filha de Hades.

Continuei correndo e chegaram primeiro Charlie e Noah. Nós haviamos ganhado!

Ainda estou estupefata com o resultado da caça aos diamantes, nem acredito que ganhamos ! Charlie, eu e um tal de Nicholas que pegamos um diamante, sendo que sempre que alguém vinha atacar o Nicholas, eu ou Charlie tinhamos que desviar ele para que não fosse morto. Noah, Rupert e Dianna pegaram os outros diamantes, com dificuldade, pois um tal de Plínius e seus capangas não foram fáceis de serem livrados. Mas fora isso foi tudo bem. Pelo menos até agora.
Eu estava quase saindo do campo de batalha quando de repente Rupert, o mané que havia me ajudado na luta do nosso time, tinha se atrapalhado com um monstro enfurecido que havia se escondido, logo atrás dos arbustos da floresta que se encontrava mais sombria do que nunca. Rupert gritava enquanto se encontrava atrapalhado com um estilíngue, que aparentemente se transformava em qualquer que fosse o instrumento de batalhada que precisasse, já que no momento em que eu a olhava ela virara uma lança de dois metros, e ele gritava bravamente:

– Não preciso de ajuda galera, pode deixar esse monstrengo comigo ! - gritou ele.
Mas era óbvio que ele precisava de ajuda, estava prestes a ser morto.
– Charlie, par ou ímpar ?
– Mas para quê ?
– Ué, para matar o monstro e ajudar o garoto ali.
– Ímpar. – disse ela monótonamente.
– Par.
– Ah não, perdi. Então você e Nicholas matam o monstro e eu ajudo o... – tentei lembrar o nome do tal garoto.
– Rupert.
– É isso. - eu disse.

Eles não demoraram muito para matar o monstro, eu acabei com a pior parte e aparentemente a mais difícil. Enquanto me aproximava correndo rapidamente ele acabara de levar um golpe do monstro que o fez voar uns 5 metros de distância. Minutos depois, o tal monstro foi domado surpreendentemente por Nicholas. Charlie havia acerdado uma bela flecha em um de seus olhos. Rupert estava deitado, caído . Dava para ver o chamuscado em seu rosto e em sua blusa. Usava uma camisa laranja do acampamento meio-sangue, uma bermuda, e um colar de missangas, estava de chinelos. Quem lutaria de chinelos? Enfim estava praticamente morto, me ajoelhei perto dele e murmurei:
– Ei, você está vivo ?
– Bom, acho que sim senão não estaria aqui falando com você.
– Muito engraçadinho, filho de Hermes.
Ajudei-o a levantar, mas quando eu o levantei ele me puxou e eu acabei caindo exatamente nele. Corei.
– ahhhh, mas que é isso ?! – gritei um pouco alto demais, surpresa com o ataque louco.
–hahah, me desculpe, é o meu instinto ! - disse ele rindo como nunca.
Olhei nos olhos dele e corei ainda mais. Eram castanhos bem claros, meu tipo preferido de olhos. Olhos realmente bonitos. E seus cabelos eram como ondas negras,
– É melhor evitar que isso aconteça de novo antes que eu te deixe com o monstro.
– Se isso acontecesse de novo, você iria me salvar. Eu sei disso. - disse ele erguendo as sombrancelhas com um sorrisinho irritante. Ajudei-o a levantar e saí antes que me alcançasse.

Avistei Charlie e Nicholas de longe, e se aproximando também Noah que ajudava Rupert que mancava, mas continuava rindo junto com um garoto que parecia ser Noah. Logo quando se aproximaram, Nicholas comentou oscilante por causa do roxo na bochecha:
– Nem acredito que ganhamos! – disse ele vibrando.
– Cara, aqueles monstros estão mais difíceis a cada ano aqui no Acampamento! – disse Noah.
– Verdade, antes eram só alguns filhotes de gigantes, nada preocupante! –concordou Rupert.
– Espera, vocês já estão aqui no acampamento há quanto tempo ?
– Desde os quatro anos – disseram em coro.
– E vocês são filhos de... Ah, Noah eu já sei – disse Charlie corando.
Parecia que só ela e ele sabiam do que se tratava, mas deixei passar despercebido para o clima não ficar tenso.
– Filho de Hermes, líder do Acampamento, não necessariamente nessa ordem. – ele disse como repentino sorriso irritante e roubando a fala de Luke, no filme de Percy Jackson (prefiro os livros). – Rupert Chevalier. – disse ele estendendo o braço para um aperto de mãos, mas felizmente notei um anel que dava choque em um de seus dedos (Brad tinha vários deles, botava um em cada dedo para o efeito ser mais forte.) e então apenas lancei-lhe um olhar sério.
– Noah Cooper, filho de Poseidon e blábláblá... e vocês ?
– Bom, eu sou nova no Acampamento, Ravena MacRiver e aparentemente filha de Hades. - eu dizia apontando para a caveira que estava acima de meus cabelos.
– Sou Charlie Collins, filha de Apolo e também sou nova aqui.
– Então vocês ainda não viram Sr. D ? Quíron não falou nele ? – perguntou Rupert.
– Não. – dissemos eu e Charlie em coro. Notei que Nicholas não falava, mas estava muito centrada em saber quem era esse tal Sr. D.
– O Sr. D é o diretor do acampamento, não é legal ficar falando o nome dele por aí, ele é o deus do vinho. – disse Noah, ora olhando para mim, ora olhando para Charlie.
– Ele foi castigado por Zeus e teve que ficar aqui por mais de mil anos, e agora teve de voltar de novo... Uma longa história, vou deixar que ele conte enquanto toma sua Diet Coke para não perder a graça. Ele já deve ter voltado, ninguém sabe para aonde ele foi, mas há boatos que vai haver uma próxima profecia... Nada como boatos. – disse Rupert, cruzando os braços e olhando para o lado. – É, parece que seu amigo tá atoladinho – disse ele começando a abrir um sorriso.
Quando percebemos, Nicholas havia se atrapalhado e pisado em cheio em uma lama que tinha cor de meleca de trasgo, e que infelizmente também havia herdado o cheiro tão bem quanto sua cor.
– Nicholas, você está se afundando mais na lama! – exclamou Charlie.
– Quem é você cara ? - disse Noah começando a rir com Rupert e estendendo a mão para tirá-lo do lago.
– Ham – disse ele tentando sair da lama – Sou filho de Zeus e Hera, Nicholas. Acho que seria mais legal se eu conseguisse sair daqui primeiro. Aaaaaaaaaaaaaaah! – gritou ele. Noah tinha um anel de choque em uma de suas mãos que havia cumprimentado Nicholas, e começou a rir muito com Rupert.
Rupert e Noah estavam rindo no canto, o que fazia as orelhas de Nicholas ficarem vermelhas, estava enrusbecendo.
– Parem de rir seus idiotas! Uhm, vamos pise ali, não ! Isso, Charlie ajude aqui... Sério, já pensou numa dietinha básica ? – eu disse.
– Não seria má ideia, Nick – disse Charlie fazendo um grande esforço juntamente a mim para tirar um Nicholas gordinho de um monte de lama verde.
– Preciso de comida de mortais, estou cansado de ambrosia! – disse levantando-se.
– Deixa comigo cara, meu irmão Dean é expert nisso! - disse Rupert, levando consigo um bocejo. – Acho que Quíron deve estar verde de tanto nos esperar. Vamos logo! O caminho até o refeitório é longo!


Mariana Lopes



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