As Crônicas Do Oráculo - O Filho De Gaia escrita por NathaliaMarianaCaio
Logo no fim do almoço Quíron disse para que todos se dirigissem para o começo da floresta e logo começou a falar:
-Silêncio! Queria pegar você de surpresa para ver o seus desempenhos, mas acontece que as fofocas já se espalharam – Ele olhou diretamente para um filho de Hermes, que eu não sei o nome – Então vamos às explicações! Irei dividi-los em duas esquipes, uma com elmo azul e outra com elmo vermelho, são três diamantes para cada equipe e vocês devem pegar os três e chegar aqui primeiro.
-Vão ter monstros lá dentro? – perguntou algum novato, acho.
-Obviamente que sim, meu jovem. Agora vou dividir as equipes, assim que ouvir seu nome vá para junto de seus líderes, para a equipe vermelha Plínius – o garoto bonitinho, mas marrento saiu de onde estava e todos os seus irmãos o aclamavam dando tapinhas em suas costas – E para a equipe azul Dianna! – Era uma menina loira, que na minha opinião era realmente fofa, todos aplaudiram.
Noah estava atrás de mim, dei uma olhadinha rápida e ele estava radiante, com a camiseta do acampamento, seu colar de contas, um short rasgadinho e um tênis meio surrado. Lindo.
-Para a equipe azul : Noah, Rupert, Charlotte – tá de brincadeira né? Na mesma equipe que ele? – Ravena, Annie, Nicholas...
Eu não prestei atenção no resto, mas tinham muitos campistas no nosso time e no outro, vai ser difícil.
-Quando eu soar esse apito de mortais – alguns riram quando ele disse isso – Vocês devem começar, um, dois, três e ele apitou.
A caçada começou e todos foram correndo para a floresta menos o Nicholas que não havia percebido.
-Nicholas acorda! – gritei.
-Deuses! Eu não reparei que tinha começado – respondeu Nicholas, fazendo cara de coitado.
Eu o puxei pelo pulso e sai correndo entre as árvores, tomando cuidado pra não ser vista por algum inimigo, alguém com um elmo vermelho.
- Anda logo, vamos pra perto da Ravena!
-Tá, calma – respondeu Nicholas.
Ravena estava escondida nos arbustos olhando fixamente pra um ponto da mata.
-O que você tá vendo ai? – disse Nicholas.
-Um diamante, silêncio garoto – retrucou Ravena.
-Vamos pegar então! – digo.
-Tem dois cães infernais como guardiões, eles soltam fogo pela boca – disse Ravena.
Tirei uma flecha das costas e acertei um dos cachorrinhos, se é que posso chama-los assim, eles são enormes e logo depois acertei o outro. A pele deles é tão grossa que isso só os fez ficarem atordoados, precisaria ser mais profundo.
Eu investi contra um dos monstros, mas eu me dei mal, ele reagiu e levando como um urso sobre as duas patas e me jogou longe. Fiquei imóvel, jogada no chão e com dor, mas levantei e tentei lutar mesmo assim. Não deu certo. Nicholas entrou na minha frente e gritou:
-Manteiga de amendoim! – gritou Nicholas, roubando o grito de Tyson o ciclope irmão de Percy Jackson.
Acho que ele quis provar que tem seu valor e investiu contra o monstro que me atacou. Foi arranhado no braço e caiu, mas logo levantou e continuou investindo.
-Pode vim monstrengo – disse Nicholas.
Ele tinha certa dificuldade, não lutava bem, mas estava dando certo. Nich fez o monstro cair, e por incrível que pareça ele foi ágil o bastante para por a espada embaixo e apunhalar o monstro diretamente na barriga, o cão guinchou de dor e virou pó diante de nossos olhos.
Ravena me levantou e me deu ambrosia fiquei boa num instante.
-Ainda tem mais um, vamos Rav, ele tá escondido – disse eu – E Nicholas, toma aqui um pouco de ambrosia pra curar esse seu braço e muito obrigada, você foi um herói – dei um beijo no rosto dele e ele corou.
Demos a volta e Ravena pulou em cima do monstro e apunhalou ele pelas costas, decepou a cabeça do cão e ele se transformou em cinzas, como sempre, jeito estranho de “morrer”.
-Pronto – disse Ravena pegando o diamante.
Conseguimos.
Isso foi só o começo, três campistas inimigos apareceram, um pra cada um.
Nicholas estava com dificuldade pra se defender, mas ele achou uma solução, deu uma espadada na cabeça do menino e ele desmaiou, até fiquei com dó.
-Boa Nicholas! –digo – Eu estava lutando com uma lança, porque arco contra espada não dá muito certo, é estranho.
Passei a lança nas pernas dela e ela caiu, se eu não me engano ela é filha de Ares, é difícil de derrubar, mas eu consegui. Minhas flechas têm a benção de Apolo, elas têm um poder em si, não são só flechas.
Enquanto eu a segurava ela se debatia, chegou até a me morder. Peguei quatro flechas e finquei na terra, uma em cima da cabeça, uma do lado esquerdo, outra no direito e uma nos pés. Pronto, ela está imóvel.
Ravena ainda lutava com um menino alto e magricela, Nicholas e eu assistíamos, pois a luta é dela.
De repente, Rupert Noah e Dianna surgem no meio das árvores, Noah vem direto pra mim e me beija na bochecha. Corei.
-Tudo bem? – pergunta ele.
-Sim e vocês dois? – pergunto.
-Na medida do possível, lutamos com um monte de campistas marrentos, Dianna foi incrível – disse Noah.
Enquanto isso, Rupert intervém na luta de Ravena e acaba com o cara por ela. Achei fofo, mas a luta era dela.
-Eu não preciso da sua ajuda, seu idiota! – grita Ravena, ficando vermelha de raiva – Aquela luta era minha, como você quer que eu me aperfeiçoe? Lutando com o vento! Arrrrgggg!
-Me desculpa, eu só queria ajudar! – disse Rupert.
-EU... NÃO... PRECISAVA... DE... AJUDA! – gritou ela, parecia que ia explodir.
-Gente, a caçada ainda não acabou! Parem de brigar – diz Nicholas.
-É, vamos acabar com isso e vencer! –disse Noah, me puxando.
Correr de mãos dadas é difícil, mas era o Noah, eu estava a fim dele.
-Vocês dois correndo de mão dada, hm mm – disse Ravena, ofegante.
-Vocês estão namorando? – perguntou Dianna.
-Não – disse eu e Noah ao mesmo tempo, sem soltar as mãos.
-Vamos, talvez a gente ganhe, temos todos os diamantes, precisamos chegar onde Quíron está primeiro que os outros – disse Dianna.
-Então vamos!– disse Rupert.
Uma pequena observação: Noah não solta a minha mão por nada, e nem eu.
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