Mágica Nerfal escrita por Robert Julliander


Capítulo 33
Capitulo 32


Notas iniciais do capítulo

Eu correndo, para acabar com A fic em Janeiro rsrsrs
Tem muitos capítulos ainda,
talvez eu não consiga terminar em janeiro.
Mas... de fevereiro não passa!!!
Não se preocupem, Janeiro ainda vão ter muitas atualizações ;)



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*--Daniella--*

— Ok, eu sei que parece loucura, mas é a única salvação!

— Daniella você precisa entender, eu não posso fazer uma coisa dessas!

— Mas você precisa me ajudar, eu estou só! — Chorei.

— Desculpe! Não posso fazer isso ele vai perceber!

— Achei que gostasse de mim, eu confio em você! E agora você está me virando as costas! — Coloquei o copo com café na mesa e sai triste.

— Dani, Daniella! — Escutei ele gritar, mas não pude voltar, estou perdida e literalmente ferrada.

Pedro era o único em quem confiava, mas ele não quer se passar por meu pai. Tenho que encontrar alguém rápido, antes que descubram a verdade sobre ele e eu acabe em algum orfanato. Fui para sala das líderes de torcida, as garotas já estavam fazendo a coreografia desse jogo, que acontecerá no fim de semana. Priscila é uma grande amiga minha, e apesar de ser um ano mais nova, ela com certeza será uma ótima líder das líderes, obviamente me substituindo.

Enquanto ela e as outras treinam, que era o que eu deveria fazer também. Vou arquitetar e finalmente começar as ligações para o baile das rosas. Meu primeiro passo será o patrocínio, logo depois, a decoração, bufê, banda ou DJ, entre outras coisas. Também é minha obrigação cuidar da divulgação, em fim estou lascada.

— Toc, toc! Posso entrar? — Falei ao bater na porta da biblioteca, Patryck estava organizando uns livros de romance policial.

— Claro minha linda! — Respondeu feliz, fui em sua direção demos um selinho rápido, para nenhum dos alunos presentes no local pudessem ver. Ele me puxou para seção de mistérios, onde quase nunca tem ninguém — Conseguiu o sangue dele?

— Consegui! — Eu disse desconfiada.

— Por que eu não estou satisfeito com essa resposta? — Ele foleou um livro qualquer.

— Porque deu tudo errado, não pude pegar literalmente o sangue dele! O sangue até respingou no balcão, mas o amigo dele limpou e jogou os guardanapos no lixo! — Tentei explicar.

— Você não faz nada certo que droga! — Patryck engrossou a voz. — Você precisa pegar o sangue dele, se não nunca saberemos se ele é bruxo! — Ele apertou meu braço.

— Você está me machucando! — Reclamei, mas o bibliotecário não soltou. Me encarou furioso, respirou fundo e por fim me largou.

— Desculpe-me! Me deixe fazer isso, — ele alisou meu rosto — faço do meu jeito! — Suplicou.

— Não! Se você tentar eu juro que conto tudo ao Rick! — Ameacei tirando sua mão de meu rosto. — Vai ser do meu jeito, ou não será de nenhum, entendeu? — Me afastei um pouco. — Eu tenho a droga do livro, o amigo de quem estamos falando é meu, então “eu” irei conseguir isso, do “meu” jeito!

— Tudo bem! — Concordou tentando se aproximar — Mas fique sabendo Senhorita Rindley, se você não conseguir, não me importarei se você vai, ou não contar a ele, entendeu? Estou determinado a descobrir isso, e não vai ser você, uma garota de ensino médio que vai me impedir! — Patryck ficou bem próximo a mim, pude sentir sua respiração muito próxima ao meu rosto. — Eu posso não ser tão paciente o quanto você acha que sou, — o bibliotecário maluco, andou com um dos livros de mistérios na mão — Sim isso é uma ameaça e nem ouse me enganar, estarei de olho em você! — Ele bateu na capa do livro, que ironicamente o título era ameaçada.

Saí pasma do local, eu sabia que o Patryck podia ser uma pessoa louca, meio obsessivo com suas pesquisas, mas não tinha ideia do grau de periculosidade que este homem poderia ter. Já estou começando a questionar seriamente e novamente, sua sanidade mental. O Erick pode estar correndo perigo, eu estou o pondo em perigo e sem nenhum motivo concreto. O que estou fazendo? O Erick não é um bruxo isso não existe. E vou provar isso de uma vez por todas, no baile, já sei exatamente o que fazer.

*--Williams--*

Bati com as costas na árvore e já estava ofegante, algumas folhas caíram mas nada que pudesse chamar atenção. Ela estava com as mãos no meu pescoço e apertava forte, como ela conseguira me dominar?

Sabrina me beijou de um jeito feroz, mas de um jeito doce, como se esse fosse nosso primeiro e último beijo. Ela subiu abrindo as pernas e as prendendo contra meu corpo, enquanto arranhava meus ombros e enfiava suas unhas contra minha pele, que por sorte me regenero rapidamente, contudo eu estava bem ofegante.

— Hey, vai com calma, temos todo tempo do mundo gata! — Falei mais como um adolescente imbecil, (como o Allan) do que como eu mesmo. Ela me olhou nos olhos e sorriu.

— É que cada segundo perto de você, é precioso! — Por um instante achei que ela queria compensar algumas coisa, do que aproveitar.

— Ok, o que aconteceu? — Perguntei.

— A que droga, você estragou o clima! — Ela falou dando um salto acrobático para trás e fincando os dois pés no chão, pousando lentamente e delicadamente, como se estivesse pousado de uma flutuação.

— Desculpe, é que não consigo ler sua aura! — Tentei explicar — Nunca sei se você está mentindo, ou triste, ou frustrada, sei lá fica difícil!

— A única coisa que você tem que fazer, é confiar em mim! — Ela falou me dando as costas.

— Me perdoa! — Resmunguei, odeio pedir desculpas, isso me irrita. — Mas você está, sei lá, diferente! Foi seu dono?

— Meu dono é você! — Ela se virou séria. — Aquilo a quem eu estou aprisionada, está longe de ser algo para mim, além de um estorvo! — Seu rosto parecia amargo, mas o que ela realmente passa? — Enfim, encontrei um jeito de te ajudar a conseguir o corpo de algum bruxo! — Seu sorriso ficou malicioso e saboroso.

— Sério? — A abracei. — Como isso é possível?

— Uma marca, pode ser a solução para tudo! — Ela me deu um selinho.

— Que tipo de marca?

— Na verdade é um selo mágico! — Soltou-se de meus braços e pegou um papel que guardava no bolso. — Selo de gêmeos!

— Espera! Símbolo do zodíaco? — Olhei para a imagem de um hexagrama, com duas mulheres idênticas no meio dele.

— Sim!

— Como isso funciona? — Sentamos num dos bancos da praça. Desde de nosso primeiro encontro, esse é o único lugar na cidade, que podemos nos ver, sem que ninguém saiba da gente, eu sei, oficialmente esse é nosso segundo encontro. Mas até agora esse lugar nos transmite calma.

— Temos que tatuar o símbolo na sua mão direita! — Ela segurou minha mão, e brincou com meus dedos, os encaixando nos seus.

— Lembre-se Sabrina, não tenho mana mágica! Como poderia utilizar o selo?

— E se a tinta dessa tatuagem fosse batizada com sangue de bruxo e cristâneo? — Sorriu tão diabólica que eu tive orgulho de estar ao seu lado.

— Você é fantástica sabia? Mas, como conseguiremos sangue de bruxo? E cristâneo não é fácil de se encontrar! — Não queria parecer portador de más notícias, mas tenho que falar, tudo depende disso.

— Disse para confiar em mim não foi? — Rimos em meio a alguns beijos — Vamos!

— Pra onde? — Perguntei sorridente.

— Conseguir um corpo de algum bruxo pra você, ou você já tem alguém em mente? — Ela perguntou mordendo os lábios.

— Claro que tenho, quero o corpo do Erick Mackdayne! — De repente ela ficou séria. — Que foi amor?

— Por que ele?

— Ele é um herdeiro das trevas!

— Como?

— Sim, não te contei?

— Não e isso muda tudo! — Ela falou.

— Como assim muda tudo? — Perguntei tenso. — Não poderei sair desse corpo?

— Não é isso Allan! Desculpe! Mas talvez o corpo do Erick não seja a melhor opção! Ele está sempre sendo vigiado!

— Desde quando você tem esse nível de informação? — Questionei raivoso.

— A muito tempo, — Ela percebe minha face quase enfurecida — calma querido, — Alisou meu rosto, mas não adiantara muito, como ela sabe de tanta coisa? — O Erick é um problema do meu Senhor!

— Ele está de olho no Erick?

— Sim! — Ela respondeu cautelosa.

— Mais um motivo para eu entrar no corpo dele! Seus planos de vingança ficariam mais próximos! — Mudei minha feição e sorri para ela que parecia pensativa.

— Isso é um bom plano, — Ela diz me abraçando forte, mas se afasta um pouco rápido para falar. — acabaremos com dois problemas com apenas um plano! Will, tem certeza que pode funcionar? Eu não sei bem o que pode nos acontecer se alguém descobrir!

— Não se preocupe Sabrina, tudo estará sob controle! Ninguém irá descobrir!

Saímos da praça e fomos há um tatuador, que não fica muito longe do local.

— Ok estamos aqui, mas não temos sangue de bruxo nem cristâneo! — Resmunguei meio sem graça.

— Falei para você confiar em mim! — Ela sorri confiante. — Apesar de ainda estar presa e mesmo não podendo usar meus poderes, sou bruxa! Não?

— Você tem razão, — A agarrei rápido e lhe dei um forte beijo. — Sabrina como pode ser tão inteligente?

— Quando se tem um objetivo como uma vingança, você aprende algumas coisas e deixa a inocência de lado! Agora vamos temos uma tatuagem para fazer!

— Mas, e o cristâneo? — Questionei.

— Roubei algumas coisinhas do meu Senhor! — Ela tirou um saco de cristâneo em pó do bolso, se eu não soubesse que esse pó no saquinho, era cristal mágico, eu poderia jurar que era crack, ok pensamento imbecil, vindo de um corpo adolescente imbecil.

— Você é um gênio! — Dei um beijo rápido em seu rosto.

— Oi precisamos que você tatue este símbolo na mão dele! — Ela mostra para ele o papel, com a imagem selo de gêmeos.

— Meio complicado, deveríamos fazer em três seções! — Sugeriu o tatuador. O cara era todo furado de várias formas, piercings na língua, entre os dedos, na face quase inteira, fora o gigante alargador. A cabeça dele era raspada, provavelmente para que todos pudessem ver as imagens de rosas e caveiras tatuadas, de sua nuca a sua testa. Ele usa uma camisa preta, de alguma banda de metal, um bigode grosso e uma aparência nada higiênica.

— Não, não temos tempo para três seções! — Reclama Sabrina.

— Desculpa princesinha, mas só faço tatuagem de profissional!

— Olha só...

— Deixa que eu resolvo! — A interrompi, dei alguns passos e fiquei na frente do grandalhão. — Escuta aqui, amigo! — Sorri de forma maliciosa. — Eu e minha gata aqui, não temos muito tempo entende? O que significa, que você precisa apenas fazer a tatuagem toda de uma só vez! Tá ligado? — Dei dois tapinhas leves em seu rosto.

— Como é que é? — O cara gigante ficou na minha frente, com uma feição nada agradável. — Acho melhor vocês saírem daqui, para o bem de vocês! — Indagou mostrando a porta.

— E se eu não quiser? — O encarei levantando o queixo, Pude perceber que Sabrina gostou da afronta que fiz pro tatuador, um pigarro debochado saiu dela neste momento.

— Então terei que lhe mostrar a porta de saída do pior jeito! — Ele tocou no meu braço e apertou, no entanto não senti dor alguma.

Coloquei minha mão direita por cima de sua mão e espremi seus dedos, fazendo-o cair no chão e gemer como uma cadelinha quando corre do banho. Pudemos escutar os estalos dos dedos sendo espremidos e sim, amei fazer ele sofrer.

— Ok, farei o que vocês querem! — Ele implorou enquanto eu ainda apertava sua frágil e grande mão.

— E tem mais grandão, você não vai cobrar nada, me ouviu? — Ele já iria argumentar, mas quase quebro sua mão, fazendo-o mudar de ideia e quase chorar, então o grandão concordou balançando a cabeça. Quando soltei, ele começara a massagear sua mão dolorida e eu apenas sorrir para Sabrina, que não parecia nada impressionada e sim regozijada com o que vira.

*--*--*--*--*

Demorou quase uma hora, porém a tatuagem estava feita. O símbolo dos gêmeos estava na palma de minha mão. Sabrina e eu, estávamos prestes a sair do local, nos aproximamos da porta de saída quando ouvidos um barulho destravar atrás de nós. Olhamos para trás e era o tal tatuador segurando um rifle, levantei as mãos e sorri, fazendo com que a Sabrina ficasse atrás de mim.

— Eu não faria isso se fosse você! — Avisei de um jeito sarcástico e muito calmo, para quem estava sendo ameaçado. Comecei a andar me aproximando de vagar do imbecil com a arma apontada para mim.

— Vocês entram aqui, quase quebram minha mão e não querem pagar? Que merda vocês acham que são? — Reclamou irritado.

— Eu? Quer saber mesmo quem eu sou? — Perguntei com meu amado sorriso maquiavélico.

— Vai se danar, cansei de você! — Escutei ele apertar o gatilho, a bala saiu pelo cano e acertou em cheio minha testa, me jogando contra a porta fechada do estabelecimento e cair por cima da Sabrina.

— Allan! — A ouvir gritar.

— E você garota! É melhor sair antes que sobre para você também! — Ouvi ele gritar com ela.

Sim, minha cabeça estava doendo, qual cabeça que não doeria? Infelizmente, para o gordo com o rifle em mãos, eu não sou nada comum, ou humano. Me levantei para sua surpresa e removi a bala de minha testa. Essa porcaria nem se quer perfurou meu crânio, apenas fez um pequeno buraco em minha testa. O sangue escorreu por cima de meu nariz e caindo por cima dos meus lábios.

— Qual é cara? — Abri os braços — Quer me deixar constrangido na frente da minha gata?

— O o que você é? — Ele ajeitou o rifle mais uma vez, pronto para me dar mais um tiro. Corri ficando atrás dele. — Onde ele foi?

— Não olhe atrás de você! — Sugeriu Sabrina fazendo cara de anjo, de garotinha indefesa e comportada, sim bem sarcástica né? — Ele se virou devagar, estava relutante e ouvi seu coração até mais acelerado e sua respiração parada.

— Bu! — Brinquei. Antes que esse lixo humano imbecil gritasse, enfiei a mão em seu pescoço, rasgando sua pele com minha unha e enfiado os dedos, em sua garganta e apertei até quebrar o osso de sua costela, que fica próximo ao crânio. Puxei minha mão ensanguentada daquele nojo de pessoa e limpei em alguns papéis ali em cima.

Foi bom, nunca mais tinha sentido esta sensação libertadora. Sei que as trevas não se foi por completo elas ainda fazem parte de mim, e a Sabrina só está me mostrando isso a cada dia. Olhei para ela, se qualquer outra garota estaria gritando apavorada, amedrontada e chorando sem parar. Ela não, estava fria, olhando o homem morrer, vendo seu sangue jorrar para fora de seu pescoço. Sua expressão era fria, como se nada tivesse acontecido.

— Venha! Me dê sua mão! — Segura minha mão já com o selo mágico. Estendi com a palma virada para cima. Sabrina cortou sua própria mão deixando seu sangue cair por cima do símbolo. Em seguida despejou o brilhoso pó, que estava no saquinho. A marca em minha mão começara a brilhar, o cristal e o sangue pareceram se unir, criando um liquido rubro que entrou em minha mão, contornando as linhas negras da tatuagem e as deixando de um tom vermelho vivo.

— Pronto querido! — Sorriu orgulhosa. — Para selar o contrato, você deve apertar a mão do Erick e suas almas trocaram de lugar! Neste exato momento, ele já deve ter saído de sua aula de bruxaria, vai meu amor e sele logo este contrato!

— Voltarei, juro com o corpo do garoto! — A beijei com força e sair, ela não poderia vir comigo, estaria pondo sua vida em risco.

*--*--*--*--*--*

Mandei uma SMS para o celular do Erick, a alguns minutos. Na mensagem de texto dizia que preciso conversar com ele e era algo importante, e ele precisaria ir me encontrar na praça Luce Nerfal, antes que fosse tarde demais. Obviamente ele não virá só, trará seu amigo e escudeiro, Jhonatan Framer.

Sentado no banco central da praça, o sol já se foi por completo e a escuridão da noite estava sob toda cidade. Escuto alguns arbustos e pegadas em folhas secas, não muito longe e finalmente ele aparece.

— O que quer comigo? — Continuou andando em minha direção, algo está diferente nele, o garoto não tem medo de mim, na verdade parece confiante.

— Quero te pedir, uma trégua! Estou cansado, apenas quero ter uma vida!

— Por que mudar de ideia, por que agora? — Ele finalmente chegou perto, estava a quase dois metros próximo a mim.

— As pessoas mudam! Eu quero mudar, não tenho esse direito? — Ele olhou para o chão, está usando a sensatez, como pessoas boazinhas são ingênuas. — Me admira você ter vindo só! Muito corajoso de sua parte!

— Não tenho medo de você! — Ele me encara nos olhos, seu olhar flamejava coragem, o que me assustou um pouco.

— Não precisa, a partir de hoje serei apenas o Allan! — Estendi minha mão, para que ele apertasse a minha, assim selaríamos um acordo de paz, ou melhor dizendo, o acordo de troca de corpos. Ele me encarou por um tempo, mas senti, ele apartará minha mão.

— Tudo bem! Aceitarei a trégua, aliás ninguém ganhará nada com essa guerra toda! — Ele estendeu a mão e nos cumprimentamos.


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Notas finais do capítulo

Então curiosos????
EU tbm *-* srsrrsrsrs
Partiu indo escrever mais...
Xau xau ♥