Mágica Nerfal escrita por Robert Julliander


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Hey sei que demorei me matem >.
Alguns probleminhas pessoais e fic nova, que vai estrear 01 de out *-*
... Mas em fim... Agradeçam este capítulo a Aprendiz1
Pois ela me pediu, me cobrou e exigiu shauhsuah
E arrumei força pra vim postar.
Quero agradecer de antemão todos as reviews
do capitulo anterior.
E principalmente a EstrelinhaKat pela incrível recomendação
que me rendeu momentos felizes de auto estima...
Tá ok parei de enrolar vamos a estória... BJUS.



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*--Williams--*

Aperto de mão. Um gesto simples, variado, e muitas vezes únicos. Quando pessoas tem intimidade o suficiente para criá-los de um jeito especial, tornasse a marca registrada, para um grupo em específico, para o fechamento de contratos e até mesmo para simbolizar algo que chamamos de amizade. O Allan tem um toque secreto com quase todos os seus amigos. Com quem ele quer ferrar, uma batida de mão forte e um encontrão de tórax, os melhores amigos que se resumem a Ruan, Towdy e Carlos. Eles batem forte um na mão do outro, apertam o polegar e soltam, colocando a mão aberta no rosto, como se um rapper fosse criar uma letra.

O único que estou vendo aqui, sozinho num carro, é o Carlos o mais forte e o mais burro, o maior do grupo e o mais imbecil. Dou o aperto de mão tradicional nele.

— Aê irmão, tudo de boa? — Ele interage. Assenti fazendo um sinal de legal, levantando o polegar.

Não é o Carlos que quero encontrar, é o Jhontan e Erick. Sim o Erick, o garoto que pode me aniquilar. Aqui na frente de todos, duvido que ele queira ser descoberto, terá que me aturar e juro que vou fazer de tudo para atormentá-lo, para que ele faça isso, liberte as trevas na frente de todos. Vou andando até meu armário, Carlos me segue como se fosse um escravo, uma sombra, um fardo. Eu já iria pedir um tempo para que o Carlos parasse um pouco de me seguir, ou sei lá sair do meu pé, como os jovens de hoje falam. Mas ele me interrompeu com um comentário.

— Cara quem é aquela? Que gata velho! — Lógico que esse aluno retardado esta na puberdade. E qualquer garota que venha enquanto seus hormônios estão em fúria, é motivo para espanto, excitação e provavelmente um ato deplorável no banheiro. Mas ele pareceu tão hipnotizado que me obriguei a ver quem ele estava admirando com tanta glória.

Ela era simplesmente uma personificação perfeita de uma Deusa. Não estou exagerando, seus cabelos muito escuros nos tons negros, desciam até um pouco acima de sua cintura, e uma mecha rubra desse mesmo cabelo liso e pesado, caiam no meio de seus fartos seios. Sua boca estava pintada com um tom muito escuro de preto, sua pele é rosada, olhos cor mel e um corpo esplendoroso. Ela usa uma jaqueta de couro preta cheia de espinhos prateados, uma camiseta escura quase no mesmo tom da jaqueta, com um grande decote, deixando uma parte de seus seios, se apetarem na imprensada camiseta. Nesta mesma camiseta tem a sombra de algum pássaro que não consigo identificar, era uma resta cinza clara, não muito chamativa. Calça de couro que se apertava contra suas coxas e pernas definidas, correntes prateadas e reluzentes, estavam suspensas em seu cinto de couro também preto, na fivela desse mesmo cinto havia uma caveira de prata. olhando agora mais para baixo, pude ver sua bota preta, com imagens de caveiras e do mesmo jeito que sua jaqueta tinhas espinhos reluzentes de prata.

Ela anda de um jeito único, confiante, queixo erguido. É como se o mundo estivesse aos seus pés. E por incrível que pareça não conseguir ver sua aura de sentimentos. Um dos dons que ainda tenho, sentir ou saber o que as pessoas sentem, o Carlos por exemplo apesar de nem precisar de poderes pra descobrir, está excitado, tendo devaneios sexuais e pervertidos, com a figura ilustre da bela dama de preto. Ela passou por mim no corredor desfilando, transmitindo uma energia que me senti confortável. Era como se um perfume sedutor, estivesse esfumaçado no ar, guiando minha atenção até a bela garota. Algo nela não é certo, bruxa? Talvez.

Fechei meus olhos, espremendo as memórias mais distantes que o Allan poderia ter, senti uma pontada de dor no meu cérebro, como se fosse ter um colapso. Mas nada, ele não a conhecia, nem de vista, e pelo que estou vendo destes alunos parados olhando surpresos para ela, afirmara com toda certeza que nenhum deles a conhece. Ela parou de andar e ficou na frente da porta da diretoria, entrou despreocupada.

— Cara o que você vai fazer? — Me pergunta o Carlos coçando aquela cabeça suja dele. Apenas o olhei com nojo e pedi que ele fosse me buscar um café, sério esse cara parece mesmo um escravo, olhou estranho para mim, mas foi sem exitar. Quase dez minutos depois e a garota saiu da diretoria. Me desencostei da parede que estava escorado e fui em sua direção.

— Oi? — Ela me olhou de lado, depois de cima abaixo, mas continuou andando. A segui, mantendo meu disfarce de Allan, seguindo os padrões de um adolescente qualquer. — Nunca te vi por aqui! Tenho certeza, que se tivesse te visto lembraria! — Falei dando um sorrido amarelo.

— Sério? Esse foi o melhor que conseguiu pensar? — Ela para e revira os olhos.

— O que eu consigo pensar não influi no que eu consigo fazer! — Sério que isso saiu de mim? Falei mais como o idiota do Allan do que como eu mesmo. Mas é assim que os adolescentes fazem, pelo menos é o que lembro que Allan faria.

— Então senhor "testosterona"... — Ela enfatizou sarcástica a palavra testosterona. — O que você quer? — Ela disse impaciente.

— Qual seu nome? — Sorri torcendo os lábios.

— Cara que sorriso ridículo! — Ela deu uma gargalhada e empurrou, sem sucesso, nem saí do lugar, graças a super força. Ela franziu a testa e deu meia volta.

— Ok, ok! Fui ridículo! — Fui atrás dela, o que essa garota tem para me fazer quase mendigar sua atenção? Alguma coisa nela me chama atenção, sinto que ela não é como os outros mortais, prova disse é a incerteza de saber o que ela sente. Sua aura é invisível como se estivesse morta. — Meu nome é Allan! — Fui para sua frente e ofereci a mão num cumprimento amigável.

— Cara, você é insistente!

— Só preciso saber seu nome! — Por alguma razão, ela não tirava as mãos do bolso da jaqueta. Estou apenas querendo ver sua mão direita, na verdade seu dedo indicador, é lá que está a prova se ela é mesmo uma bruxa. Então depois de um sorriso sarcástico e uma olhada enojada para mim, ela tira sua mão direita de dentro do bolso. Nada. Todas as unhas pintadas de preto e nem uma marca se quer. Antes de apertar minha mão ela diz.

— Sabrina! — Ela sorrir com um olhar tão maquiavélico que quase me arrepiei. Ao toque de nossas mãos, senti um choque inevitável. Era como se fossemos puxados por um buraco negro e levados para algum lugar que não entendi como aconteceu. Flashs rápidos de algumas imagens passaram diante meus olhos. Era Sabrina, Chorando com um vestido preto, logo depois outro flash fez com que a visse nos braços de um homem, cujo o rosto estava envolto a sombras. Logo outro flash de imagens nada nítidas, mostraram algum pássaro escuro, cujo os olhos gritavam um vermelho brilhante e penas negras se espalhavam por todo um lugar em preto e branco.

Soltei rápido sua mão, como se realmente estivesse sendo eletrocutado. Ela me olhou assutada com a mesma intensidade que a olhei. Como uma humana pode ter uma mente tão confusa? Como de alguma forma isso me afeta? Por que ela é tão misteriosa? Essa garota simplesmente me intriga, é como se ela escondesse um passado sombrio e tão escuro que nem mesmo a luz conseguisse fluir.

— O que você é?

— O que você fez? — Falamos quase que no mesmo segundo. Ela estava assutada e desconfiada, nada daquela imagem de destemida parecia estar mais ali.

— Hey, o que você é? — Perguntei.

— É melhor você não saber! — Ela coloca parte de seus negros cabelos atrás da orelha. — Fique longe de mim! E você ficará bem, prometo! — Ela disse olhando para trás como se alguém a estivesse vigiando.

— Por que? Do que você corre? Posso te ajudar sou muito poderoso! — Falo tentando lhe passar de alguma forma, confiança.

— Você não sabe no que pode estar se metendo garoto! Não sei quem é você e por que esse tipo de coisa aconteceu entre a gente, mas se afaste, é tudo que peço! Se afaste! — Ela falou de um jeito tão insegura. A deixei ir, andando olhando para os lados nos corredores da escola, ela sai pela porta da frente. Antes dela sair, o Carlos vinha trazendo dois copos com café expresso, ele olhou para trás, olhando descaradamente para o traseiro dela.

— Cara eu trassava ela de jeito! Ela ia implorar e gemer que nem cachorra! — Ele comenta nojentamente, me entregando um dos copos em sua mão. Olhei com muito nojo pra ele, como se estivesse vendo um grupo de defuntos agrupados, apodrecendo, virando carniça com um pior mal cheiro que já se vira.

— Nunca mais, fale assim de uma mulher na minha frente, entendeu? — Peguei o café jogando-o no lixo. Aproveitando que todos já haviam entrado em suas salas, o suspendi pelo pescoço, encostando-o na parede perto do lixeiro.

— Qualé cara, aqui é seu brother! — Escutei ele agonizar, com a falta de ar.

— Entendeu? — Impliquei até que ele assentisse quase sufocado. O soltei assim que fez, ele caiu no chão segurando sua gargante e respirando pesado, tentado desesperado catar o máximo de ar que podia. Ele me olhou com medo, sorri e fui até a sala de aula onde estudo.

"Toc, toc, toc!"

Bati na porta.

— Pode entrar! — A voz de um homem atravessou a porta e assim fiz.

— Com sua licença professor! — Falei, mas todos os alunos riram, como se eu estivesse fazendo alguma piada. Logo atrás de mim entra Carlos, massageando o pescoço vermelho. Sentamos lá trás e o professor continuou sua aula. Gabriel Soliver, era o que estava escrito no quadro branco com um piloto azul. Quando o professor levantou sua mão, fiquei quase surpreso, bruxo. Não deve ser tão poderoso afinal, está ensinado humanos idiotas, ao invés de praticar magia? Ele só pode ter perdido os poderes depois do ritual da descoberta.

— Então como podem ver! A cento e trinta e um anos atrás, a população de Mágica Nerfal tentaram queimar uma jovem garota de dezessete anos, com o intuito de chamarem a jovem de bruxa! — Ele estava falando da Charlote?

— O que aconteceu com a Charlote Tailla professor? — Perguntei preocupado. Desconsiderando totalmente meu disfarce. Todos que estavam na sala olharam para mim, todos se viraram e olharam estranho para mim, como se não esperassem uma pergunta minha. Mas, não me importo com ele, Charlote é o grande amor de minha vida, mesmo que Sabrina pareça diferente e nós tivemos algo estranho depois de nos tocarmos, é a Charlote que eu amo e sempre vou amar.

— Não sitei nomes Senhor Damber! — Ele me encarou curioso. — Como você sabe que o nome da jovem moça é Charlote Tailla?

— Ah acho que vi alguma coisa sobre esse nome, sei lá... — Todos ainda olhavam pra mim, então tive que dizer algo que me fizesse parecer desentendido e burro. — Que foi? Acertei o nome da bruxa? Cara qual foi a erva que fumei hoje bicho? — Todos riram e o prof. Gabriel apenas revirou os olhos.

— Ok, como ia dizendo, a muitos relatos de pessoas que foram de fato consideradas bruxas em nossa cidade! — Alguns alunos fizeram piadas e riram, como se nada realmente tivesse acontecido. Como se bruxaria não existisse, todos tão imbecis e ingênuos. No entanto ele fugiu do assunto, não me respondendo a pergunta que fiz. Ele mudou drasticamente de assunto, como se o assunto fosse proibido. Olhei em volta dos alunos em busca do poderoso irmão em trevas, o Erick. Ele deveria estar por aqui, ele e o Allan tem as mesmas aulas desde o fundamental. Mas ele não está, nem ele e muito menos o Jhonatan, talvez o famoso Erick esteja cansado de tanto poder que usou, não seria surpresa.

Depois de algumas batidas na porta, o Jhonatan finalmente entra na sala. Ele não iria olhar pra mim, não iria me notar, sentaria em sua carteira e prestaria atenção na aula. Mas fiz questão de arrancar uma folha de caderno, embrulhar transformado numa bolinha amassada e jogando nele. Ele franziu a testa enquanto se virava pra olhar o autor, todos na hora riram, como se tudo que eu fizesse fosse extremamente engraçado. Ele rodou sua atenção por quase toda sala até finalmente nossos olhos se encontrarem. E ele ficou pálido no mesmo instante.

Com um gesto rápido ele pegou a bolsa e saiu da sala, aposto que está apavorado. Com medo de que eu faça algo realmente ruim. Patético, no entanto todos riram achando que o garoto fora chorar. Enquanto eu batia na mão do Carlos como se aquilo fosse uma tacada de mestre, coisa de adolescente retardado. Mas tenho que admitir, tudo parece fluir fácil na vida do Allan, não será nada difícil ficar neste corpo por um tempo significativo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...
Capitulo ficou meio curto, mas vou terminar de digitar...
um segundo como bônus...
XoXo