Mágica Nerfal escrita por Robert Julliander


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Hey, como fui???Prometi que não iria demorar e não demorei hahaha...Bem quero dedicar esse capítulopara pessoas queridas na minha FICEsses meus leitores DIVOS maravilhosos que me incentivam tanto e me encorajam sempre... *--*--*--*--*--*Matheus SRSenhorita WotsonAprendiz1EstrelinhakatMiih SalvatoreTaynan JullianeSamara Pereira SantoseAnne Nutella(que me emocionou muito ♥ com uma recomendação perfeita e que me deixoupra lá de orgulhoso comigo mesmo OBG ANNE de ♥)*--*--*--*--*--*



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*--Williams--*


Fingir que já estava desmaiado foi uma jogada de mestre, mas não acho que tenha sido por isso que ele me soltou. A força das trevas requer muito da resistência humana. E sinceramente aquele garoto não parece ser nada resistente. Mesmo ainda estando no corpo do Allan e sem mana mágica, ainda tenho algo ao meu favor, um pequeno presente que me leva a crer, que as trevas não me abandonou afinal. Neste corpo, faço coisas que humanos comuns não conseguem, grande nível de força, muita velocidade, resistência anormal, sem falar na melhor parte de tudo isso, regeneração acelerada. Vou ter que me virar com o que tenho e já sei absolutamente para onde vou e o que fazer.

As lembranças estavam aparecendo e já sei de tudo que preciso, cada detalhe da vida do Allan, já fazem parte de mim. Avisto a casa onde ele mora, é uma casa aparentemente bem aconchegante, dentro de um dos caros condomínios da cidade. Evidentemente as outras casas são exatamente iguais, faziam a rua ficar monótona e insanamente tediosa.

Bati na porta da casa, ela estava com a grama muito bem aparada e um carro esportivo na frente do portão da garagem. Uma bela mulher, aparentemente com seus trinta e nove anos de idade, abre a porta. Ela logo abriu a boca com uma felicidade e surpresa ao me ver, quer dizer ver o Allan.

__Ai meu Deus! Allan? É você mesmo filho? __Ela me abraçou forte e um homem de terno, surge por um dos cômodos da casa, era o pai do Allan. Eles me abraçaram chorosos e percebem que estou sujo de sangue e roupas rasgadas. __O que aconteceu? Por onde andou querido? __A mãe do garoto pergunta com a feição chorosa, alisando o rosto do Allan, que agora infelizmente sou eu.

Como ela é patética, chorar por alguém tão inútil. Pelo que já vi nas lembranças deste garoto, ele já mentiu para ela, brigou com ela, bateu na própria mãe e nunca se arrependeu, ou se quer pensou em pedir desculpas. Ela não deveria sentir felicidade em ver esse drogadinho fodido, que decepciona os pais e pega as namoradas vadias dos amigos.

E a lista deste verme é ainda mais desonrosa, ele já estuprou uma garota com aqueles lixos, que ele chama de amigos. Depois da vitória de um campeonato, quando o time da escola o corvo azul, ganharam dos The Tiger. O Allan e seus amigos, abusaram da pobre garota e depois a mataram, enterrando o corpo numa parte longe da floresta Nerfal. Ainda consigo ver lamentavelmente, através das lembranças que passam a cada segundo, em minha mente. O rosto amargo da pobre coitada, implorando e pedindo por favor. Junto ao Allan estavam o Carlos e o Towdy. Os três, tão inseparáveis, eles merecem a morte.

Não respondi a pergunta desta aflita mãe, a ignorei. Subi até o quarto desarrumado do Allan, tranquei a porta e como um flash doloroso e rápido, as lembranças correram por meu cérebro e eu conhecia tudo naquele lugar. Onde ele guardava as revistas pornográficas, onde ele escondia as maconhas e outras drogas e até mesmo, senhas de redes sociais, até jogos online. De repente conheço tudo sobre este novo mundo, suas tecnologias e funcionalidades, suas gírias, o que é certo e errado de acordo com as leis de hoje. Graças as lembranças que estão no corpo deste garoto, tudo faz sentido, aparelho celular, computadores, televisões, marca de carros, tudo. Cento e trinta anos e nem precisei pesquisar coisa por coisa.

Troco de roupas. As roupas dos tempos de hoje, são realmente melhores que as de antes, são mais confortáveis. Cada um se veste como bem entender, sem aquelas regras idiotas de vestimenta que existia, a muitos anos atrás. Só em pensar que era obrigado a usar sempre, aqueles macacões dia a dia e ternos em eventos especiais, já fico de fato irritado. Fora que a variação de estilos hoje em dia é gigantesca.

Vou ficar assim até quando puder, vou tomar a vida deste merdinha, até descobrir um jeito de voltar ao meu corpo original. Serei o "Allan", até finalmente ter todo meu poder e sinceramente, será muito mais fácil neste corpo. Pois muitas pessoas conhecem ele e até mesmo admiram este garoto, mesmo ele não merecendo tal reconhecimento. Subo na confortável cama bagunçada e finalmente me permito, uma noite apropriada de sono.

*--*--*--*--*--*

Está quase de manhã, ainda está escuro. Depois de tomar banho, decido ir para escola visitar meus amiguinhos, Erick e Jhonatan. É, quero ver a cara deles quando descobrirem que, finalmente decidi assumir a identidade do falecido coleguinha deles. Isso até me encheu de alegria, desço as escadas e vou até a bela cozinha, tudo estava devidamente colocado e organizado.

__O-o que é isto? __Eu estava preparando um belo café da manhã, até a Nicole Damber, a mãe do Allan, aparecer e me surpreender.

Na verdade nunca tive uma mãe, fui criado pro um velho senhor a muito tempo. Ele havia me adotado e me ensinou muita coisa, sobre o universo curioso da magia. Ele disse que de alguma forma sabia, que eu seria bruxo aos dezesseis anos. Então me dediquei e decidir por honra-lo, estudar e viver essa arte incomum. Infelizmente ainda não sei o motivo, esse velho senhor saiu de casa e nunca mais voltou, em uma manhã de domingo. Um ano depois a chave do ritual da descoberta me acertou e então me tornei bruxo, do mesmo jeito que ele havia prevido. Vivi escondido, não queria que descobrissem que sou órfão, a única lembrança que tinha de minha mãe, é uma lápide no cemitério Nerfal.

De alguma forma, eu queria compensar esta mortal, Nicole. Pois mesmo sem saber, ela está deixando o cara que matou seu filho, entrar e morar na sua casa. Mesmo que seu filho na verdade seja um lixo de pessoa, ela é uma ótima mãe e nunca mereceu, o filho que teve.

__Allan? Você está... __Nicole não conseguiu segurar o choro e seu sorriso sincero de alegria.

Eventualmente, ver seu filho vagabundo e desumano, fazer algo de bom pra variar, é uma visão reconfortante. Me virei e fui até ela, com uma espatula na mão, eu tinha acabado de fritar ovos com bacon. A abraço forte e minha cabeça dói, fervilhando lembranças indesejáveis. Veio a mim as imagens de Allan e sua mãe, todos os momentos felizes, como as vezes que ela o confortava, quando ele tinha medo do escuro, o modo que ela cuidava dele quando ele adoecia. Também veio as mais fortes, quando ele começou a roubar dinheiro dela, e até quando ele chegou bêbado em casa e empurrou sua mãe, que o tentava ajudar. Quase que por impulso me pus a chorar, sentindo a dor dela neste exato momento e o quanto ela estava aliviada em ter esse cara em casa de novo.

__Venha, sente! __Peguei sua mão e a levei a uma das cadeiras, perto da mesa. O marido de Nicole, Matheus Damber entrou na cozinha em seguida. Esse também demonstrou cara de surpresa, mas não fez perguntas, ele é do tipo de gente que está satisfeito com tudo. Ele sentou numa cadeira ao lado de Nicole e ouvir eles cochicharem.

__O que está acontecendo? __Neste momento fingindo que não ouvia o Matheus falando, me virei e peguei algumas torradas.

__Eu não sei! __Ela sussurra. Me virei com os pães torrados e dourados num prato e me sentei junto ao casal. O clima ficou um pouco tenso, mas senti, graças a sensibilidade das trevas, que eles estavam extremamente felizes com "seu filho".É mais uma vantagem que tenho por as trevas não terem me abandonado, com elas tenho uma incrível capacidade, de saber quem está mentindo e até mesmo o que as pessoas sentem. Sei que tenho cento e quarenta e nove anos, mas fui petrificado quando tinha dezessete, o que me torna de fato, não totalmente um adulto e sim um adolescente velho, ou um jovem maduro.

Consegui sorrir de verdade para o belo casal a minha frente, eles são mesmo ótimas pessoas. Depois de saborearmos o café que fiz, me levanto, pego a mochila e dou um abraço em cada um. Estou sim forçando a minha atuação como Allan, eles merecem um filho melhor e nada mais justo fazer isso por eles. Aliás, eu matei o garoto deles. Agora só tenho que manter meu papel, protagonizar essa estória e receber aplausos gloriosos, quando finalmente ter meu corpo de volta. Não sei como farei, mas sei que vou conseguir.

*--Daniella--*

É cedo. A verdade é que não dormir, não consegui. Hoje o Ruan vai para Escócia, Aff quantos problemas uma pessoa normal consegue suportar? Estou quase em meu limite e não quero mais chorar, me prometi a muito tempo que não choraria mais. Por que tem que ser tudo tão difícil? Não estou fazendo seninha de garota mimada, não sou desse jeito, se for contar o que estou enfrentando, posso ver nitidamente que já estou sendo forte a tempo demais.

Sentada na cama de meu quarto, ainda com o vestido de ontem a noite, maquiagem borrada, cabelo uma droga e enrolada em meu cobertor. O sol nasce daqui a pouco, a mais ou menos meia hora, ou quarenta minutos. Não, não sou boa com esse tipo de coisas, tipo ser pontual, mas o céu já está mudando a coloração para um tom mais claro de azul, que suponho ser o sol que está chegando. Abraço minhas pernas, olhando o céu pela janela de meu quarto. Cara realmente tenho problemas..

Primeiro: Meu pai está caído na depressão. Não é fácil cuidar de alguém, que basicamente vegeta, sem falar que cuido dele sozinha, cuido de mim sozinha. Aquele idiota é mesmo egoísta, também senti por minha mãe droga, perdi uma mãe cacete! Ele deveria cuidar de mim. Só estou cansada de bancar a durona sobre isto. Amo meu pai de mais, mas ele não tem sido meu pai a muito tempo. Dói ver ele nesta situação, choro sempre que penso nele e pior, quando meus amigos perguntam se podem dormir aqui em casa ou algo do tipo, eu tenho que inventar uma mentira, porque não quero que ninguém saiba sobre ele. Estou sim muito triste e na real, se alguém aqui deveria estar em depressão, por tudo que está acontecendo, não era pra ser meu pai, deveria ser eu.

Segundo: Ruan vai pra Escócia. Ok, sei que agora estou sendo egoísta. Mas se ele soubesse o que de fato está acontecendo, ele não me deixaria sozinha. Ficar longe dele agora não seria melhor pra mim. Preciso de amigos, o que me leva a Erick, que é o meu terceiro problema.

Terceiro: Erick pode ser um bruxo, cara isso soa mais estranho quanto parece. Imagina você descobrir que seu melhor amigo, a pessoa que você convive por anos é um bruxo. Apesar de eu não saber se isso é bom ou ruim, apenas não me parece certo. Um amigo meu possui poderes mágicos? Isso é coisas de quadrinhos, filmes, novelas estranhas e sei lá o que mais. E a pior coisa que pode estar me consumindo neste exato momento, por que ele não me contou? Se eu sou realmente sua melhor amiga como ele diz, se sou de fato como uma irmã pra ele, eu não deveria saber? É, eu deveria saber. Poxa cara, sempre contávamos tudo um para o outro, tem segredos entre mim e o Rick, que nem o Ruan sabe.

Quarto: Estou quase que me envolvendo por completo, com um cara muito mais velho que eu. Isso definitivamente não seria um problema, se ele não fosse um estranho, sedutor e gostoso pesquisador de bruxos. O cara que pesquisa sobre bruxaria como um tipo de distração, pode ser capaz de qualquer coisa, não acha? Estaria bem mais segura se ele fosse um escritor, essa ideia seria bem mais fácil de aguentar. Ele trabalha na biblioteca da escola, tem um bom apartamento, um carro legal, por que ele não pode ser apenas um cara comum? Que corre toda manhã na praça escutando uma música legal, ou que adora ler jornal pela manhã, tomando seu adorável café antes de sair de casa.

Coloco minha testa por cima de meus joelhos, cobrindo minha face e me desabo em choro. Minha cabeça já estava doendo, meu rosto estava com manchas horrorosas e pretas, causadas pelo contato de meu delineador com lágrimas. Acho que estou parecendo um urso panda, com os olhos borrados desse jeito. Vou para o banheiro e ligo o chuveiro, deixo as águas frias percorrerem meu corpo. Abaixo a cabeça e choro mais uma vez, cara eu tinha me prometido não chorar mais, que saco, coloco minha testa na parede do box, apoio minhas mãos na mesma parede e por alguns segundos, era como se não tivesse forças para continuar de pé. Sentei pelada no chão do banheiro, deixando ainda a água cair sobre mim. Vi a parte acinzentada que saia de meu rosto, o delineador indo embora junto com a água pelo ralo.

Esse é meu momento infeliz, droga Daniella esse é seu momento. E é por isso que estou chorando, estou sentindo a pior coisa que alguém pode sentir de si próprio, estou sentindo pena de mim mesma, pena é um sentimento tão minúsculo. É tão humilhante, sentir pena de alguém e é mais humilhante ainda, quando este alguém é você mesmo.

As lágrimas quentes não disfarçava o jato gélido que caía do chuveiro. Não, não é agora que Daniella Rindley vai cair, não será aqui, nem neste momento, o Ruan me espera feliz, ele espera que sua melhor amiga sorria e diga. "Seja feliz cara, vá viajar e e me traga novidades e não seja ridículo, me traga um presente de luxo", e é isso que vou fazer. Não sei de onde arranquei forças para me levantar, mas consegui. Me forcei a parar de chorar, me enrolei na toalha e fui para meu quarto.

Pego uma jaqueta de couro marrom, um vestido simples com estampa floral, botas cor café e meus óculos escuros. Não quero que o R. me veja com olheiras, ou algo do tipo que indique que chorei. Pego uma bolsa verde que está pendurada atrás da porta de meu guarda-roupas, junto com minhas outras. Coloco meu celular, carteira e outras coisas, na verdade peguei a ultima bolsa que usei e despejei, o que tinha dentro na verde. Mesmo a gente morando na mesma rua, marcamos de nos ver na estação de trem. Em Mágica Nerfal apesar da cidade estar crescendo, nosso único meio de transporte para o mundo a fora é um trem, ele leva para Liver, uma cidade aqui perto e lá tem um aeroporto. Até pensei em esperar o Erick, mas não sei onde ele possa estar, ele não responde minhas SMS e o celular dele da desligado. Então peguei um táxi e fui para estação.

Sento em um dos bancos, o sol começa a dar o ar de sua graça. O céu está divino com as colorações de laranja, rosa, entre outras cores. Não sou muito boa com cores, o pintor no trio é o Rick, ele me falaria detalhadamente cada cor que está nessa bela paisagem se estivesse aqui. Espero de coração que ele não deixe de vir, isso partiria literalmente o coração do Ruan, mesmo que ele finja que não liga. Um vento gelado de manhã balança meus cabelos, fecho meus olhos e lembro de quando eu e os meninos nos conhecemos. Erick era um fofo com aquelas bochechas rosadas e olhinhos azuis, Ruan sempre foi mais alto e tinha um jeito mais bruto de falar, ele era o tipo de garoto que sempre gostou de brincar de luta.

O primeiro dia que nos conhecemos... Fazia uma semana que eu e minha família tínhamos acabado de mudar. Não sei exatamente o porquê, mas as meninas da rua não foram com minha cara, desde o primeiro dia. Eles dois não se importavam de brincar comigo, o engraçado é que parecia que sempre nos conhecíamos, a amizade fluiu, cresceu, fincou. Minhas lágrimas caíam de novo quando uma voz me fez dar um pulinho assustada.

__Já conversamos sobre isso por que você esta chorando?__Me virei para limpar o choro, não queria que Ruan me visse chorando.

__Desculpa!__Me forcei a sorrir.

__Você sempre foi uma manteiga derretida!__Ele sorriu sentando ao meu lado.__Cadê o Rick?

__Ele já deve estar chegando!__ Respondi tentando disfarçar, mas por dentro eu sabia que o Erick, não iria aparecer.

__Entendo!__Ele abaixou a cabeça.

__Hey, qualé grandão!__Chamar ele como sempre chamei me deu uma felicidade, quase sem fim. Ver ele sorrindo disso me deixou tão contente.__ Ele te adora, ele vai chegar!

__Sabe!__Ele falou e o encarei.__ Eu nunca, jamais, por qualquer razão que exista no mundo, vou esquecer de você e do Rick!__Sorri e sim, deixei mais lágrimas escorrerem pela maçã do meu rosto, obviamente eu ainda não estava maquiada, claro minha maquiagem estava dentro da bolsa, assim que acabar com esse chororó vou dar um jeito nesse meu rosto sem vida. Ele continua.__ Sério, vocês acham que não ligo muito pra vocês, mas eu amo de mais vocês dois, cara a gente já passou por tanta coisas juntos! E sim, vou lembrar que você odeia, que te vejamos com aquela máscara gosmenta e verde na cara!

__Ah, nem vem, lembra quando você foi chutar aquela bola de futebol americano e errou a bola caindo no chão?__Rimos com nossas lembranças, enquanto eu parecia uma boba retardada chorando. Sinto os dedos do Ruan, tocarem minhas bochechas e ele tira meu óculos escuros.

__Está tudo bem mesmo?__Ele me encarou sério. Ok, definitivamente eu queria contar tudo pra ele, eu iria contar que saí com um cara mais velho, queria contar sobre meu pai e até sobre minhas suspeitas do Rick ser um bruxo. Mas eu estaria sendo egoísta e ele, precisa muito desta viajem, Ruan precisa se afastar de Mágica Nerfal, pois tudo isso aqui lembraria o pai dele. Então se você concorda comigo, sabe que minha resposta agora, é a mais cheia de amor e proteção, que eu poderia dar.

__Está tudo ótimo!__Neste momento forcei o meu melhor sorriso.__Cara o que você acha que poderia acontecer numa cidade como esta? É sempre pacato e chato por aqui, você sabe R., escola, dever de casa e a máxima preocupação que temos de verdade, são os bailes e festas de escola! Fora as festas da tradicional cidade que moramos! Uau que emocionante!__ Bati no ombro dele dando um ar de descontração.

__Haha, você tem razão! Nem me fala, vou me livrar da prova de física deste semestre! __A gargalhada engraçada dele me tranquilizou.

__Ai, que inveja de você, eu daria tudo para não fazer essa prova de física, fora que o professor Grow fala cuspindo!__Uma careta hilária foi feita por nós dois. Logo ouvimos um som de locomotiva e o trem já estava se aproximando.

__É, como pensei ele não vem!__Ruan lamentou deixando uma lágrima desapontada rolar.

__É o que parece!__Falei com o mesmo desapontamento, mas tentei amenizar.__Mas você sabe que ele também te ama né?

__Yap, pelo que parece, ele tem novos amigos D. , não o culpo!__Ele pegou algumas malas no chão.__Deixamos ele sozinho tempo de mais não acha?__ Pior que ele tem razão, eu vivia com as líderes de torcida e o Ruan sempre treinando futebol com o time da escola, não posso culpar totalmente o Rick por querer novos amigos.

__Talvez!__Eu disse chorosa.

__Tchau, não chore caramba!__Ele fala sorrindo e deixando lágrimas caírem.__ Eu volto daqui a um ano, ou até menos!

__Eu sei, é que é difícil dizer tchau!__Mordi meus lábios para não soltar minha tristeza interior. Nos abraçamos por um longo tempo e o R. subiu no trem. Depois de alguns minutos o trem partiu e ele me deu um curto e doloroso tchau de uma das janelas. Quando o trem seguiu pela linha corri com os olhos encharcados, dando tchau pro R. até que ele se foi por completo, deixando apenas o forte vento. Levitar meus cabelos e vestes, em meio a poeiras. Neste exato momento um de meus amigos foi embora e eu sei que a partir daqui, nada em minha vida será tão simples quanto era.


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Notas finais do capítulo

AHHHH... gente, pretendo mesmo transformar essa fic em livro...Essência das sombras livro1 (Mágica Nerfal)E sim quero dizer pra vocês que o projeto de uma segunda temporada já está pronta. :)Vai se chamar Segredos da Noite.Bem... até o próx. capítulo XoXo



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