Palavras... - 2 Temporada escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 21
Capítulo 21 - Duas Caras


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui hehehe, está cada vez mais perto do fim, isso mesmo galera.



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Eu confesso que me sentia mais leve depois de escrever, escrever sempre me ajudou, dessa vez não seria diferente. Eu me sentia capaz de tudo, melhor do que a mulher maravilha, tá talvez isso seja exagero.

Escrever sempre foi e sempre será meu porto seguro, independente de tudo. Depois de tudo, voltei à sala, onde eles ainda conversavam todos empolgados, olhando para a nova atração, sim ela mesma.

Não sentia ódio nem raiva da menina, afinal de contas ela não sabia de nada e muito menos tinha culpa de algo.

- Você demorou – Minha mãe falou e eu concordei.

- Estava falando com a Ma, ela estava me contando que vai ter show de Jorge e Mateus amanhã e ela disse que todos eles vão, aí ela me chamou – Dei de ombros. Nem tudo era mentira, Ma havia me falado sobre isso, porém havia sido antes de ontem.

- Já sei que você quer ir – Meu pai revirou os olhos. – Quem é tudo mundo? – Ele pergunta.

- O pessoal que vem hoje aqui, você vai os conhecer, você vai adorá-los – Digo animada.

- Acho uma boa o Matheus e a Bianca irem também – Minha mãe diz.

Puxei o ar e concordei, sabia que assim ela deixaria.

- Por mim tudo bem – Tio Vitor falou.

- Quem sou eu para discordar – Tia Soph fez piada.

- Eu também quero ir – Thi reclama vindo para o meu lado.

- Mas pequeno, você ainda é muito pequeno parece esse tipo de coisa – Digo beijando sua bochecha.

- Mas Lala eu já sou um homenzinho – Ele diz fazendo biquinho.

- Meu Deus você é a coisa mais fofa desse mundo – Faço cosquinhas nele o fazendo rir. – Você não tem noção da saudade que eu estava de você – Sorriu.

- Era tipo quanto? – Ele pergunta fazendo gestos com as mãos, abrindo-as para dizer que era “muitão”, deixando as médias para dizer muito, juntando o polegar com o indicador para sinalizar que era pouquinho.

- Assim – Abri os braços para sinalizar que era “muitão” e ele gargalhou me abraçando.

- Filha você não está com fome não? Nós já almoçamos – Ela pergunta.

- Não mãe, depois da aula a gente resolveu ir comer tapioca – Ri.

- Ah, vou deixar passar só dessa vez dona Larissa – Ri concordando.

- Onde está a Lau? – Pergunto.

- Intensivo de história – Meu pai responde.

Já havia me acostumado, era normal. As provas de vestibular haviam sido adiadas para janeiro, ela mal aparecia em casa, era incentivo disso, daquilo, de modo que eu nem a encontrava mais, o tempo livre ela passava com Rique.

- O ano mais complicado – Tia Soph concorda.

Eles começaram a conversar sobre isso, sempre alertando a nós três o quanto iriamos sofrer nesse ano.

Bufei baixo, já impaciente com esse assunto, peguei meu celular e discretamente comecei a conversar com a galera.

“Vocês não acreditam que estava na minha casa, quando eu cheguei” Enviei, no grupo #VemPraRua

“Quem?” Gi colocou sem nem esperar um minuto.

“Família Mesquita e companhia” Respondo.

“Companhia?” Thur pergunta.

“Não se faça de idiota, essa companhia que você está pensando” Respondo sarcátisca.

“Da para alguém me explicar?” Vitor digitou.

“O Matheus apareceu aqui com a família e teve a cara de pau de trazer a namorada, isso mesmo” Digito.

“Ainda bem que daqui a pouco nós vamos para aí, eu preciso dar uns bons tapas na cara desse menino” Lara colocou.

“Conta comigo, Lara!” Line digitou.

“Eu não to acreditando que ele fez isso” Ma digitou.

“Nem eu” Suspirei.

- Lari, Larissa – Minha mãe chama minha atenção.

- Hoje não é o dia da entrega do boletim – Ela pergunta.

- Ah é, me deixa pegar para vocês – Graças a Deus me retirei daquele ambiente.

Comecei a procurar o boletim, lembrei-me de ter colocado dentro de algum caderno, porém não me lembro qual.

- Ér, oi – Ouço uma voz e me viro rapidamente, assustada. Dando de cara com Bianca.

- Hm, oi – Respondo-a sorrindo.

- Eu sei o que aconteceu entre você e o Ma – Ela diz me encarando.

Não estou acreditando nisso, ela está na minha casa sabendo de tudo, está aqui querendo me afrontar ou é impressão? E que diabos de apelido ridículo é esse.

- Hm – Murmurei sem saber o que falar.

- Eu gosto muito dele, então se eu for pedir para você não atrapalhar o que você faria? – Já pedindo né.

- Eu não faria nada, primeiro acharia muita cara de pau, tendo em vista que estamos na minha casa, e você está tentando me irritar no meu próprio quarto. Eu não fiz nada para você, quando eu te vi na minha sala eu não sabia nem quem você era – Dou de ombros.

- É assim? – Ela começou a se irritar. – Garota você perdeu ele, agora ele é meu e nem ouse fazer alguma coisa – Ela aponta o dedo na minha cara.

- Primeiro, pode ir abaixando o dedo da minha cara, não teste a minha paciência, vá por mim, você não vai querer testa-la, segundo as máscaras caem não é querida. Eu não preciso fazer nada, quando ele perceber quem você é... – Ameacei deixando a frase em aberto. – Estava quase esquecendo, que desespero é esse? Não confia no seu taco não queridinha – Disse sínica.

Ela saiu do meu quarto bufando e eu ri voltando a procurar o boletim, depois de alguns minutos eu achei.

- Que demora – Meu pai reclama.

- Ele estava em algum dos cadernos, eu só não sabia qual – Dou de ombros o entregando.

A sala se faz silêncio e ele fica observando minhas notas.

- Hm, passou direto, até em química e matemática, fechou história, geografia, português, ensino religioso, artes e inglês. Parabéns minha filha, estou orgulhoso. – Ele diz sorrindo e solto o ar que eu estava prendendo.

- Nossa! Parabéns Lari! – Tia Soph exclama.

- Tá vendo filho, devia se inspirar nela – Tio Vitor da às famosas tapinhas nele.

Riu forçado.

- Filha você não diz que odeia matemática e química? – Minha mãe perguntou.

- E odeio, mas parece que o grupo de estudos deu certo – Riu.

- Sempre achei que era o Vitor que ensinava para vocês – Ela diz rindo.

- E algumas vezes é ele mesmo, nas vésperas de prova era sempre ele, e me dava nos nervos quando ele falava, isso é muito fácil, quero voltar para a oitava série, mas não é fácil – Digo rindo.

- E ele é que série? – Tio Vitor pergunta.

- Agora segundo ano, tio – Respondo-o.

- Então ele também passou direto? – Ele pergunta.

- Passou sim e aquele chato ainda passou com honra, que é um prêmio lá da escola – Dou de ombros.

- Só nessa conversa já falaram desse menino milhões de vezes, quero conhece-lo – Bianca diz.

Sorri sínica para ele.

- Ele vem aqui mais tarde, para me ver – Frisei o me, discretamente.

Porém ela havia entendido o recado.

- Acho que vou almoçar, licença – Me retiro.

Peço a Greice meu almoço e como na mesa da cozinha.

- Você gostou dela? – Pergunto baixo a Greice.

- Eu não, menina mais metida, quando ela chegou junto com eles, que todos vinheram me cumprimentar ela foi um doce, depois quando ela veio sozinha pedir água foi super grossa – Greice comentou.

- Ela é uma duas caras, acredita que ela foi no meu quarto me “ameaçar” – Faço aspas.

- Não acredito – Greice fala enquanto coloca meu prato.

- Pois é, mas olha com quem ela foi ser assim, logo comigo, coitada dela que achou que eu ia ficar calada – Reviro os olhos.

- Assim que se faz menina – Greice diz me fazendo rir. – É verdade que aquele bonitinho vem hoje? Sua mãe me disse que iam vir uns amigos seus – Ela diz curiosa.

Lembro rapidamente que eu já havia mostrado fotos de toda a galera para ela e ela achou o Vitor um gato, ri.

- Vem sim – Digo ainda rindo.

Começo a almoçar a agradeço e checo que horas são, faltam quinze minutos para as quatro, resolvi dar uma conferida no visual, novamente.

Short branco, diga-se de passagem, que me a cinturava bastante, uma blusa azul, de um azul claro lindo, caída no ombro esquerdo, eu estava com biquíni embaixo, rosa.

Ajeitei o meu cabelo mais uma vez e sorri com o resultado, voltei para a sala e agora era só esperar.


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