My Angel... escrita por Muggle Princess


Capítulo 2
Chegada no purgatório (internato) !


Notas iniciais do capítulo

Olá, seus lindos!!!
Aqui está um capítulo fresquinho que acabou de sair do forno :* :* :* :* :* :* :* :* :* :* :* :* :* :* :* :* :* :* :* :* :*
E olhem,junto com o capítulo vem 1.000.000 de beijinhos...
Nos vemos lá embaixo.



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Acordei com uma leve chacoalhada no braço e um grito da mamãe. Mas que droga, eu estava tendo ótimos sonhos com Sócrates (não pergunte, eu não sei) dizendo que eu era a verdadeira razão da existência humana (novamente, não pergunte, eu sou meio maluca). Minha mãe me abandonou no portão e foi embora.

Odiava isso. Desde que papai morreu, era como se ela ignorasse a minha existência, minha e a de Oliver. Não que eu me importasse, mas era horrível o jeito dela de não se importar com que nós pensávamos ao nos enfiar naquela idiotice que chamavam de internato. Óbvio que, como disse antes, nunca tive nada contra aquele lugar, mas ia sentir realmente muita falta dos meus amigos.

Claro, tinha Oliver. Ele sempre foi um ótimo irmão. Lembro-me que, quando era menor, ele me defendia dos valentões da minha sala quando vinham arrumar briga comigo na saída. Ou quando meus pais estavam brigando comigo por eu assistir coisas românticas (o que eles consideravam indecentes), aos 11 anos, na televisão, e ele dizia que eu nunca seria capaz de fazer uma coisa dessas. Apesar de tudo, mesmo quando estava longe do Oliver, eu nunca me sentia sozinha. É meio estranho, sabe. Como se existisse alguém olhando para mim a cada segundo. Quando contei isso pro meu irmão, ele simplesmente disse que era o papai olhando por mim e que estava tudo bem. Mas não era assim tão simples. Eu sentia mais que isso e só não sabia explicar o que sentia quando estava sozinha. Ás vezes, no meu quarto lá em casa, enquanto fazia o dever escolar, eu ouvia vozes na minha cabeça, dando as respostas para questões que eu nunca nem soube a resposta. Eu somente agradecia mentalmente a quem quer que fosse, e não contava nada pra ninguém. Sei que pode parecer uma historia boba de uma criança sem carinho, mas... Ah, deixa pra lá.

- Catherine? Você está bem, maninha? Olha, eu sei que tudo pode parecer um tanto chato pra você, mas eu não estou nem um pouco afim de passar o resto da tarde aqui fora. – Oliver me tirou dos meus devaneios – Podemos entrar logo e acabar com isso?

- Ahn... O quê? Ah, tá. Vamos. – disse eu ainda meio atordoada, quando percebi que tinha esquecido o casaco em casa. – Er... Oliver? Você poderia me emprestar o seu casaco? É que eu acho que esqueci o meu e vai ser só até a gente ter que se separar, por favor... – disse meio que implorando, mas fazer o quê? Eu estava com muito frio mesmo!

- Você o quê? Catherine Evans Jones, você sabe que agora vai ter que passar o ano todo sem rever seu casaco, não é? Ah meu Deus, ah meu Deus, AH MEU DEUS! Sabe o que a mamãe vai fazer comigo quando chegar em casa e achar seu casaco esquecido no sofá? Eu vou ter que passar mais de meia hora com ela gritando comigo no telefone por eu não te lembrar disso nem daquilo, por eu ser um exemplo horrível de irmão, e ela ainda vai arranjar um jeito de meter o problema com o meu cabelo na história...

Não consegui evitar uma risada, mas no final ele me cedeu sua jaqueta de couro (ele não emprestava aquela preciosidade pra ninguém, então percebam o quanto eu me senti especial). Seguimos para além do grande portão negro que pertencia ao internato ‘’Resupition’’.

Aquele lugar era simplesmente incrível. Seus muros eram gigantes e haviam torres em cada uma de suas extremidades, me mostrando o motivo de algumas pessoas o chamarem de castelo. Suas paredes externas pareciam ter um bilhão de anos, e, bem no seu centro, havia uma enorme torre principal. Um pouco depois das torres existia um gramado que circundava todo o castelo. Se não fosse pela ausência de um lago e uma floresta gigante, teria certeza que minha mãe tinha me colocado na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts! Eu e o Oliver caminhamos até a entrada principal daquele castelo medieval, onde seguimos um grupo de estudantes de todas as idades para o estádio de basketball da escola. Lá havia umas quatro arquibancadas, uma do lado da outra. Todos os alunos se sentaram, assim como eu e o Oliver. Do nada, entrou uma mulher. Uma senhora, para falar a verdade. Ela tinha os cabelos brancos presos em um coque super arrumadinho (sério mesmo, nem um fio ousava sair daquele penteado!), olhos azuis-acinzentados, e um terno preto bem engomado. Aquela mulher tinha a cara da minha avó, que morava no interior do estado de São Paulo, só que numa versão mais amedrontadora, com palmatória e tudo o que se tem direito! O que vocês já devem ter percebido, queridos leitores e leitoras, é que esta mulher era, na verdade, a diretora daquele hospício disfarçado de colégio integral. E que ela maltratava criancinhas. E que as comia no café-da-manhã! Tá, parei. Bom, o fato é que aquela diretora demoníaca colocou-se na frente de uma mesa de plástico (claro, até porque faltava dinheiro pra investir numa de madeira...) e começou a falar (lê-se: torturar por meio da fala) sobre a importância de se dedicar aos estudos e todo aquele blábláblá sobre respeito. Depois de muito tempo comentando ela começou novamente:

- Queridos alunos, tenho a honra de lhes dar as boas vindas ao Colégio Integral Resuption.

Apenas uma garotinha na primeira fila da plateia bateu palmas.

- Sinto-me no dever de informá-los que depois que se levantarem destas arquibancadas cada movimento realizado pelos senhores será julgado pelos coordenadores escolares espalhados pelo recinto. Para que haja melhor efeito das responsabilidades sobre os senhores, eles comunicarão seus atos incorretos para a orientação, que irá tratar de lhes informar como deverão agir posteriormente, e se repetirem o mesmo erro novamente, serão punidos de acordo com a gravidade dos fatos. Alguma pergunta? – ela disse a última frase arqueando a sobrancelha, e eu pude sentir que ela era do tipo que não gostava muito de dúvidas.

Ninguém ousou levantar a mão.

- Ótimo! Seguindo seus monitores superiores, vocês devem seguir para a torre que lhes foi designada. Em silêncio, por favor. – Terminando a fala, a diretora (bruxa) se dirigiu para a torre principal com passos apressados deixando os pobres alunos (estou incluída nesses pobres alunos, só para lembrar) sozinhos com os monitores.

‘’ Maravilha! Minha mãe deve ter me jogado em um hospício para menores... ’’ – eu pensei, triste pela ideia que minha não se importava comigo. Mas a vida continua...

Os quatro monitores se prostraram diante de nós um do lado do outro.

- Torre Leste aqui! – O primeiro gritou.

- Torre Norte aqui! – Gritou um segundo.

- Torre Sul aqui! – Disse o terceiro

- Torre Oeste aqui! – Finalmente falou o último.

Verifiquei no papel que me deram na portaria para qual Torre deveria ir, e olhei para a fila do monitor que supervisionava a Torre Leste. Ele pedia para que os alunos se juntassem e ele iria nos apresentar o colégio.

- Vai para qual Torre, Cathy? – ouvi meu irmão perguntar.

- Leste. E você?

- Oeste. – ele respondeu triste – Bom, pelo menos vamos nos ver no refeitório e nos finais de semana.

- Pelo menos nada! Já não basta o destino tirar de mim o papai, distanciar a mamãe, e afastar minhas amigas, agora vou ter que ficar longe de você também? – falei revoltada. Não queria me afastar do Oliver, por menor período de tempo que seja. Ele era tão parecido com o papai... Olhos castanhos, lábios finos, e cabelos negros arrepiados. Ele era minha única lembrança dele...

- Calma Cathy, também não é pra tanto. A gente vai continuar se vendo, e eu vou dedicar todo meu tempo livre com você, okay? – ele disse afagando meus cabelos – Vou ser bem franco com você Catherine, eu achei que já tivesse superado a morte do papai. Qual era mesmo o seu lema? – continuou, sorrindo para mim na última frase.

- ‘’A Vida Continua’’. – sussurrei meio melancólica. Esse sempre foi meu ditado. Sempre que estava triste com alguma coisa, eu dizia isso para mim mesma e continuava normalmente, fingindo que nada tinha acontecido. Comecei a usá-lo quando eu tinha uns seis anos, quando caí de bicicleta e o papai foi me socorrer. Enquanto eu chorava, ele disse que a dor era passageira, e que tínhamos que ter forças para continuar vivendo. Todas as minhas melhores lembranças incluíam o papai. Eu amava o papai. Mas ele ficou doente, e todas aquelas boas lembranças foram esquecidas... Oliver continuou:

- Isso mesmo. Então por mais que doa, você tem que saber que a dor é passageira, e que nós devemos lembrar os bons momentos que a vida te deu e continuar. Entendeu maninha?

Apenas assenti com a cabeça. Ele me abraçou e beijou a minha testa. Depois sorriu para mim e se dirigiu para seu grupo da Torre Oeste.

Olhei para meu grupo. A essa altura, o monitor já estava berrando com força para que os alunos tagarelas o ouvissem. Uma pequena voz ecoou na minha cabeça:

Esse vai ser um longo ano...


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Notas finais do capítulo

Pois bem, meus amores... aí está o capítulo de vocês.
Queria avisar que o 3 capítulo só vai sair no mínimo na semana que vem,porque só posso mexer no PC nos finais de semana (isso mesmo!Eu sou a Rapunzel e moro em uma torre).Eu imploro que vocês deixem reviews, por favor (também aceito recomendações;D)!!!!
Beijos sabor amendoim (espero que não seja a única que gosta...)
Lily Potter ;)