Os Últimos. - Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 15
Carlie- Cap.14 - Carnificina.


Notas iniciais do capítulo

Iae galera, primeiramente vim agradecer novamente as recomendações, eu as leio para me inspirar mais e também a todos reviews que estou recebendo de vocês, fico feliz por estarem gostando da historia e vou responde-los agora como de costume o/
Bem é isso, espero que gostem desse capitulo.
Agora vou preparar o capitulo da outra fic e é rapidão, se ainda estiver inspirado vou escrever outro aqui já, até mais o/



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Carlie


Capitulo 2

Dia 28 de Novembro.

Local: Arredores de Lexington.


A jovem dos cabelos castanhos e corpo atlético está na beira de uma rocha em uma colina durante a tarde de inverno. Perto está Leon observando o vilarejo de pé ao lado da garota, ela sobe seu capuz do casaco vermelho escuro e somente uma parte de seu rosto fica a mostra.

Leon não se preocupa em tapar seu rosto, ele retira de seu rosto uma parte de seus cabelos negros meio cacheados e coça sua barba mal feita.


– Eu contei quatorze Delawere’s. – Ele diz ainda coçando sua barba.


– Como consegue vê-los? – Indaga Carlie impressionada com as habilidades do belo homem, ele salta encima da rocha onde ela está e fica de pé na beira observando.


– Fui abençoado com dois belos olhos castanhos minha querida. – Ele dá uns tapinhas na cabeça de Carlie. – Os ingleses por um motivo desconhecido estão do lado daqueles Delawere, então eles vão morrer junto a eles.


– Você acha mesmo que consegue matar todos estes homens sozinho? Perdeu a cabeça? – Ele sorri não mostrando nenhuma preocupação.


– Eu tenho isto. – E mostra o anel prateado com a joia azul escura. Os olhos de Carlie brilham ao ver o que ele possui.


– Isto é uma relíquia de Hampshire?! – Indaga dizendo em um tom alto, Leon levanta o dedo na direção dos lábios pedindo silencio.


– Sim, mas se tentar me matar para tira-la de mim eu não hesitarei em arrancar sua cabeça, mesmo que você seja linda. – Ele fecha suas expressões se mostrando sério, depois abre um sorriso e retira sua espada a girando pelo cabo.


– Contanto que não me prejudique. – Carlie se levanta e observa o vilarejo, o sol resolveu se mostrar hoje e está deslumbrante iluminando os belos cabelos castanhos da bela jovem.


– Você fica aqui e eu vou ali matar aqueles casacos vermelhos. – Ela olha para baixo e vê não muito longe dali um grupo de onze ingleses comendo carne de lebre.


– Vai mata-los e já volta? – Ao olhar para a direção de Leon nota que este não está mais lá. Se espanta e começa a procura-lo em todos os cantos da floresta, “onde este maluco se meteu?”, ela pergunta a si mesma.


Enquanto isso Leon salta de arvore em arvore junto a mais quatro outros Leon’s, todos empunhando suas espadas e prontos para o sinal do líder dos clones. O som dos pés deles pisoteando os galhos já foi um alerta para os soldados ingleses que param de comer e já pegam seus mosquetes prontos para o que vier. Mas nenhum lá esperava ser atacado por uma pequena tropa de um homem só multiplicado, realmente é algo confuso para que eles entendam, então ao notarem que estão prestes a serem atacados pelo ar por cinco homens iguais eles já disparam espantados.

Três Leon’s são atingidos pelos tiros e desintegram, os outros dois caem no solo e já partem para o combate, o Leon da esquerda desfere vários golpes nos soldados junto ao outro, ambos fazem um ataque e em seguida somem fazendo com que outro surja e termine o movimento do anterior, são clones ilusórios muito ágeis.


Carlie observa impressionada, nunca tinha visto algo assim antes, fica boquiaberta ainda encima da rocha, não sabe ao certo se Leon foi morto na sequência de tiros ou se está lá no meio da algazarra.


– Venha por aqui. – Sente algo puxando sua mão e vê Leon, ele está dando a volta no vilarejo, o ataque foi uma distração.


– Uau! Aquilo foi incrível!


– Mereço um beijo seu não é? Eu sei. – Ela sorri e em seguida fecha o sorriso ao perceber que está caindo na barganha do galanteador.

Ele a leva até um campo de plantação coberto somente por neve, altos morros de neve. Logo a frente fica Lexington, um vilarejo com grandes casas e colinas ao redor.

Leon entra no meio dos morros de neve e é seguido por Carlie que permanece confusa e ao mesmo tempo segura, agora ela sabe que com Leon as chances de capturar a irmã aumentam dez vezes, ainda mais por ele possuir uma rara relíquia de Hampshire, isto lhe dá uma sensação de alivio profundo.

Enfim eles chegam ao final do campo e continuam escondidos nos morros de neve, Leon avalia a área e nota que a principal estrada da vila está vazia, parecida com uma cidade fantasma, chama atenção de Carlie que se distrairá contando suas flechas.


– Não tem ninguém.


– Devem estar escondidos, vamos! – Ela sai dos morros de neve e corre até uma parede se esgueirando e visualizando melhor a praça principal da vila, não vê ninguém, nem sequer animais.


Depois de arrombar várias portas de diversas casas e gritar pelos inimigos percebem que não há ninguém no local, frustrados os dois se sentam em um banco da praça principal.


– Pensei que aqui era o ninho de vários Delawere. – Diz Leon desanimado.


– Mas era! A alguns dias atrás este local estava cheio de pessoas e animais.


– Talvez eles tenham pego o que queriam e dado o fora.

– Ou talvez estão escondidos, o homem que interroguei disse que estavam fazendo uma escavação na mina de carvão daqui.


– Então vamos lá, estamos perdendo tempo nesse papo fiado. – Ele se levanta e estende sua mão para Carlie, ela a segura e se levanta com o gentil ato do galanteador.


Os dois se dirigem até a mina de carvão que fica a duzentos metros da vila. A pé.

Ao se aproximarem notam um odor insuportável vindo da área, Carlie tapa suas narinas e Leon faz algumas caretas ao sentir o forte cheiro. Eles se entreolham.


– Esse cheiro me é familiar... – Ele diz fazendo algum esforço inalando o terrível odor.

Carlie olha ao redor e nota perto da entrada da mina no meio do mato vários mosquitos, são centenas, barulhentos e irritantes. O cheiro fica mais forte ao se aproximarem.


– Santo deus! – A garota solta as palavras em forma de grito e volta a tapar suas narinas se virando com ânsia de vomito. Leon somente ergue um pouco seu casaco azul escuro para bloquear o cheiro e fica olhando meio espantado com a terrível cena.

No meio do mato perto da entrada estão dezenas de corpos mutilados e estripados, uma quantidade enorme de sangue preencheu quase toda área e vermes caminham entre os terríveis ferimentos, tripas e membros dos cadáveres. São crianças, mulheres, homens, idosos, soldados e animais. Os corpos estão congelados devido ao frio e por isso ainda não estão em decomposição, mas o cheiro é terrível, insuportável, inigualável, algo que ninguém desejara sentir em toda vida. É o cheiro da morte.

Carlie segura o vomito e puxa seu capuz vermelho com a mão no estomago a alguns metros longe dali. Leon dá as costas aos cadáveres e já cria em sua mente várias teorias sobre o que pode ter acontecido, ele conhece bem os Delawere mas sabe que nem o pior dos clãs fariam esta carnificina sem motivações. Ele para em frente à entrada da mina de carvão e percebe o rastro de sangue que leva até lá dentro. Olha para Carlie que está de costas ajoelhada e quando olha novamente para a entrada leva um susto tão grande que chega a cair no chão com os olhos arregalados, é algo que ele nunca virá antes em sua vida e algo que a partir desse momento deseja nunca mais ver.


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Notas finais do capítulo

Mesmo não estando esclarecido o que está ocorrendo quero saber quais são suas decisões Leon e Carlie.

Até o/