Capítulo 11

Nos viramos, era Annabeth, droga, será que ela ouviu toda a nossa conversa?

-Tiago, eu não disse pra você ficar longe dele? Disse ela autoritária.

-Ele é meu amigo! Disse Tiago.

-Não importa se ele é seu amigo, eu quero você longe dele, disse ela. Venha, está na hora de dormir.

-Mas eu não quero ir, quero ficar com o Percy, disse Tiago.

-Deixe ele ficar comigo, eu pedi. Só estamos conversando.

-Não, já está tarde, disse ela.

-Mãe, por favor, pediu Tiago.

-Tiago meu filho, vamos, insistiu ela.

-Não, eu não vou com você, vou ficar com Percy! Gritou ele.

-Ei, não fale assim com a sua mãe, eu disse.

-Desculpa, ele disse.

-Então ele você obedece? Perguntou Annabeth. Vamos Tiago.

-Porque está falando assim com ele? Deixe ele ficar comigo, mais tarde eu o devolvo, eu disse.

-Por favor, pediu Tiago.

-Não, ela repetiu.

Então Tiago fez uma coisa que nos surpreendeu, ele saiu correndo e pulou na água, nadou sem parar e mergulhou.

-Deuses, eu tenho que ir atrás dele, disse Annabeth começando a correr.

-Não! Eu disse e a puxei de volta.

-Me larga cabeça de alga! Disse ela.

Fiquei surpreso fazia 10 anos que ela não me chamava assim.

-Faz tempo que você não me chama assim, eu disse.

-Percy me solta, eu tenho que ir atrás do meu filho, disse ela.

-Não, eu repeti. Deixa que eu vou. Sai correndo e pulei na água.

Eu tinha que encontrar aquele garoto, onde ele estava com a cabeça pra pular na água uma hora dessas. Pedi às correntes que me levassem mais rápido. Eu só não sabia como encontrar o menino, ele simplesmente desapareceu, pedi a meu pai que me ajudasse a encontrar Tiago.

-Ele está aqui em meu palácio, disse uma voz em minha cabeça que eu reconheci como a de Poseidon.

-Obrigado, respondi mentalmente.

Mas o que diabos esse garoto está fazendo no palácio de Poseidon? Pedi ás correntes que me levassem até lá. Depois de alguns minutos que pra mim pareceram horas, avistei ao longe o palácio do meu pai.

Fazia tempo que eu não vinha até ele, estava totalmente reconstruído e mais bonito do que antes, resolvi prestar atenção na decoração depois e nadei até o salão principal.

Meu pai estava sentado em seu trono com Tiago no colo, eu não vi nem um sinal de Anfitrite nem do meu meio-irmão Tritão.

-Tiago, eu chamei. Ele levantou a cabeça pra ver quem o tinha chamado e me viu.

-Percy! Ele disse e veio nadando e me abraçou.

-Pai, eu fiz uma pequena reverência.

-Percy meu filho há quanto tempo, ele disse se levantando do seu trono e me abraçou.

-Tiago, o que faz aqui? Perguntei.

-Ele vem aqui às vezes quando está chateado e me faz companhia, respondeu meu pai.

-Eu não quero voltar para o acampamento, quero ficar aqui, disse Tiago.

-Você não pode, tem que voltar para o acampamento com Percy, disse Poseidon.

-Mas vô, eu quero ficar aqui com o senhor, disse Tiago.

-Tiago, você não pode ficar aqui, eu disse.

-Por quê? Ele perguntou.

-Por que aqui não é lugar para crianças, respondeu Poseidon.

-Tudo bem, mas eu só volto se for pra ficar com o Percy, não quero ficar com a minha mãe, disse ele.

-Vamos garoto, eu disse.

-Percy, espere, antes de ir, quero falar com você, disse Poseidon.

-Tiago, espere aqui, eu disse.

Eu e meu pai fomos para um lugar mais afastado de Tiago, para que ele não escutasse nada.

-Percy, você se lembra do seu sonho? Perguntou meu pai.

-Sim, eu disse. Foi por causa dele que eu voltei para o acampamento.

-Lembra que eu disse que tinha alguém que precisava de você? Perguntou o deus.

Assenti.

-É o Tiago, ele é seu filho.

-O que? Perguntou Tiago que estava escutando a conversa escondido.

-Como é? Acho que eu não ouvi direito, eu disse.

-Você ouviu sim, você Percy, é o pai do Tiago, disse meu pai.

Eu olhei para Tiago, eu não podia acreditar que aquele menino é meu filho, ele estava em estado de choque com a notícia, eu não deveria estar melhor, nós dois estávamos parados nos encarando, até que Tiago veio em minha direção e me abraçou.

-Acho melhor vocês voltarem para o acampamento, disse Poseidon.

-Vamos... Pai, disse Tiago.

-Vamos voltar pra casa, eu disse e pedi às correntes que nos levassem de volta ao acampamento.