that's ever been mine escrita por Igor Mateus


Capítulo 3
Aquilo era ciúmes?


Notas iniciais do capítulo

Escrevi enquanto ouvia I knew you were trouble e fiz uma loucura enorme, mas tudo bem.



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Quando acordei, estava sozinha dentro do quarto ainda escuro. Estava com uma preguiça enorme de me levantar, permaneci deitada no colchão por mais de dez minutos. Dei um pulo quando ouvi meu celular tocar, meu toque era "I knew you were trouble da Taylor Swift". Eu amava Taylor, mas me trazia várias lembranças tristes.

Achei meu celular sobre uma cheia de livros, alguém colocara lá.

Era Rachel.

– Alô Berry! - Atendi.

– Eu preciso da sua ajuda, não sei com quem falar... - Ela começou desesperada.

Tinha duas possibilidades, ou era Finn, ou algo acontecera com Kurt, levando em consideração que Rachel nunca falaria nada sobre Finn comigo, deduzi que fosse o problema de Kurt.

– Não, não quero mais falar sobre isso! - Declarei.

– Mas...

– Sem mas! - Eu disse, interrompendo-a.

– Santana... - Ela começou

Desliguei o celular antes mesmo de saber o que Rachel tinha a dizer. Eu gostava de Kurt, mas ela não gostava de mim, então foda-se, eu tentei ajudar, não tentei? Ele não quis. "Ao inferno" - Pensei.

Demorei menos de dez minutos pra tirar meu pijama e sair do quarto.

Encontrei Quinn na cozinha, ainda de pijama. O pijama de Quinn era amarelo, não um amarelo-cor-do-sol, um amarelo quase branco, não que fosse encardido, talvez fosse, sei lá...

– Cereal? - Quinn me ofereceu.

– Aceito. - Retruquei, pegando a caixa de cereal na mesa e colocando dentro de um pratinho, depois coloquei leite.

Fiquei na cozinha sozinha, comendo.

Bem mais tarde, pouco depois do almoço. Quinn me chamou pra ir no WMHS. Aceitei.

Comemos um cachorro-quente no caminho e presenciamos um acidente de moto.

Fazia algumas semanas que Sue tinha levado uma arma pra escola, era um assunto que ninguém nunca esquecera. Havia pessoas dizendo que ela tinha tomado a culpa de alguém, outros dizendo que era uma loucura. Por mais que eu soubesse quão ruim Sue era, levar uma arma pra escola e atirar sem querer era uma das primeiras coisas de sua lista de coisas que não deve ser feito.

Entramos no corredor, lembrando de tudo que vivemos lá. Passamos por um grupo de líderes de torcidas e senti um gosto de nostalgia terrível. Bastava eu vestir aquele uniforme pra me sentir melhor que todos os outros, agora não tinha uniformes, nem nada. Eu tinha roupas diferentes da de Quinn.

Meu vestido verde colado me lembrava as nacionais do meu penúltimo ano, quando estávamos em New York. Passei um bom tempo julgando Rachel e Finn por terem se beijado, me imaginei beijando Brittany na frente de todos eles, meio que entendi o que eles fizeram. Eles se amavam, do mesmo jeito que eu e Brittany costumávamos nos amar.

Entrei na sala do coral junto a Quinn e tinha rostos conhecidos, outros apenas memoráveis.

Bem no fundo estava Brittany, quando Sam me viu, beijou-a na testa. Eles sentavam ao lado de Marley, uma garota que eu ajudei nas selecionais, Marley estava sentada próxima a Kitty, Kitty era a causa do desmaio e aquilo parecia ser um perdão e uma nova amizade.

– Santana. - Gritou Artie, em sua cadeira de rodas.

– Quinn! - Brittany gritou, me ignorando.

Não respondi a Artie e Quinn apenas sorriu para Brittany.

Mr. Schue olhou para mim, tentando descobrir o motivo de eu estar em Ohio, naquela escola...

– Posso cantar? - Perguntei, estrando-me.

Cantar sempre era uma maneira de me afastar da dor, me via livre dela. Sempre usei a música pra me afastar das coisas ruins ou dizer o que era complicado de se explicar. Daquela vez não seria diferente.

Olhei pra lousa e li "Country".

Country me lembrada Taylor Swift, Taylor me lembrava mine, mine me lembrava meu término com Brittany.

Numa versão acapella, comecei a cantar "I knew you were trouble".

Once upon time
A few mistakes ago
I was in your sights
You got me alone
You found me
You found me
You bound me

No meio da minha apresentação, uma voz me acompanhou. Notei a doce voz de Quinn cantando comigo. Ótimo, veio mais um monte de lembranças. Sempre que eu me apresentava com Quinn, Brittany estava presente, dessa vez, Brittany apenas me ignorava e estava abraçada com um loiro estúpido.

Não deixei que meus pensamentos me interrompessem, olhei para Brittany, quase comendo-a pelos olhos. (No bom sentido, é claro).

I knew you were trouble when you walked in, so shame on me now.

Eu estava sendo terrivelmente infantil, sabia que estava. Virei os olhos, olhando apenas para Quinn e fingindo estar feliz.

Quando a música acabou, fui surpreendida com um beijo na boca, Quinn Fabray estava me beijando na frente de todos.

Continuei beijando-a, até que a sala começou a gritar, sendo infantis.

Paramos de nos beijar e olhei pra Brittany, me sentindo superior. Ela soltou Sam e foi até onde eu estava, primeiro abraçou Quinn, depois me abraçou.

– Eu sei que você ainda me ama, só peço que espere. - Ela disse durante o abraço.

Eu simplesmente não entendi e fiquei calada. O que aquilo significava? Tudo bem, não me interessava.

Senti I knew you were trouble saindo do meu bolso, peguei meu celular era Kurt.

– O QUE VOCÊ DISSE AO BLAINE? - Ele perguntou, aos gritos do outro lado da linha.

Bastou dar uma olhada rápida pela sala para notar que Blaine não estava presente. Saí de lá em seguida.

– Eu não disse nada. - Falei, em voz baixa, fora da sala.

O sino tocou e um barulho tomou conta do corredor.

– Claro que você disse. Santana Lopez, é melhor você parar de falar o que não sabe por aí. - Aquilo soava uma ameaça e eu nunca tinha visto Kurt falar daquele jeito. Medo? Foi tudo que não senti.

Ri em voz alta.

– Disse tudo que sabia. - Menti. - Mas e aí, o que vai acontecer comigo agora? - Debochei.

Quinn apareceu do meu lado, desliguei o celular diante os protestos e talvez ameaças de Kurt.

– Quem era? - Ela perguntou.

– Kurt. - Respondi em tom de deboche.

Diante do corredor, virei-me para trás e vi Brittany me olhando, aquilo era ciúmes? Sam apareceu do seu lado e eu voltei os olhos para frente.

Saí da escola, agora eu precisava arrumar um emprego. Mas um emprego bom. Seria difícil.


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Notas finais do capítulo

Agora não sei mais o que fazer, Santana deve esperar por Brittany?



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