If There's A Future We Want It Now. escrita por Triz


Capítulo 5
Four - Hermione.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOI galerinha!
Nossa, que saudades. Faz tempo que eu não venho aqui né? Então, tenho todas as explicações nas notas finais, porque agora vocês têm mais é que ler o capitulo mais que merecido de vocês!



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Eu estava farta. Definitivamente, farta de tudo, de sofrer, de me machucar, de Draco tirando comigo, eu só queria poder sumir por um tempo, me afastar de tudo, de todos, poupar meus olhares de ver Rony e Lilá juntos, poupar mais dor, mais sofrimento. Só que infelizmente, as coisas não são, tão simples assim.

E lá estava eu, chorando e sendo fraca perto de Fred, que não tinha nada haver com isso. Odeio chorar na frente de alguém, mas eu cheguei ao meu limite de guardar tudo para mim, eu não aguentava mais guardar o choro. Dormir no trem foi algo que me ajudou, mas eu não posso dormir a toda hora que essas coisas vêm à tona pra me machucar.

Ergui a cabeça e fitei Fred, que me olhava com um meio sorriso encorajador no rosto.

Tentei disfarçar tudo aquilo e dizer “eu só estava com algo no olho” ou coisa do tipo, então, numa tentativa muito falha, um sorriso forçado se tornou em uma cascata de lágrimas; sem pensar duas vezes, eu joguei meus braços em volta do pescoço do ruivo a minha frente, que enganchou os braços na minha cintura como resposta.

- Ah Fred! — Eu exclamei, agora chacoalhando meu corpo junto ao dele por conta dos soluços. Eu não aguentava mais, eu precisava de ajuda, precisava desabafar.

Fred soltou minha cintura e delicadamente me empurrou para trás, para fitar meus olhos; seu olhar era confuso.

- Hermione, o que está acontecendo? — O ruivo sussurrou e colocou o meu cabelo que se encontrava colado em meu rosto e acariciou minha bochecha, secando as lágrimas. Seu tom de voz era preocupado.

- Fred... Eu não posso dizer... Não posso — Fiquei de pé e coloquei as mãos sobre a cabeça, então a carruagem passou por cima de uma pedra, fazendo esta pular e eu cair. Fred me ajudou a levantar e me sentou ao seu lado no banco, abraçando-me pela cintura.

- Eu não vou contar pra ninguém, prometo. Confie em mim.

- Certo. — Respirei fundo. Não era nem o fato de confiar ou desconfiar, o que pesava ali é que eu precisava desabafar. — Eu estou perdida! Fred, eu estou apaixonada, mas ele não tem olhos para mim, me trata com uma “rata de biblioteca”, e fica falando de outra garota perto de mim... Eu não quero demonstrar nada do que eu sinto porque eu sei que eu vou ser humilhada, e não quero perder a amizade dele também. Mas o fato é que, ele não tem olhos para mim e... e... — Solucei — Ah, Fred, você sabe! — Eu disse, terminando meu pequeno discurso.

O fitei, e ele me olhava boquiaberto.

- Hermione, você gosta do Harry?! — Seu tom de voz era surpreso.

Bati a mão na testa, em um gesto de “ah cara!” e não pude evitar de rir.

- Não Fred! — Agora eu estava ligeiramente corada, e já conseguira parar de chorar. — É... Hã, de Rony. — Encarei o gêmeo a minha frente e seu olhar se tornou do tipo “aaaaaah”, e apenas assentiu, suspirando.

— Hermione, olha, eu, melhor do que ninguém posso dizer, meu irmão é um bobão, e ele nunca vai perceber que você gosta dele se você não contar! Eu acho que ficar alimentando esse sentimento em silêncio não vai render, porque Rony jamais perceberá, você o conhece, convive com ele a seis anos e sabe do que eu estou dizendo. Agora, se não que contar para ele, desista de sentir isso, tente esquecer o quanto antes, porque só vai te fazer mal. — Ele segurou minha mão. Quem diria, Fred Weasley me dando conselhos amorosos. E o pior de tudo: ele tem razão.

- Tem razão, Fred. — Sorri de canto. — Obrigada. E por favor, que isso fique só entre a gente. — Fiz uma careta, fazendo o ruivo rir.

- Sem problemas, de nada. E pensa bem no que eu falei — Ele tocou a ponta de meu nariz e riu, fazendo com que eu risse também.

Então, a carruagem parou de repente, anunciando que já tínhamos chegado; Fred desceu da carruagem primeiro, em um salto, e segurou minha mão e minha cintura para que eu descesse também. Agradeci e fomos de encontro aos grandes portões, éramos os últimos e estávamos a alguns metros de distância dos alunos mais próximos de nós: Jorge, Angelina, e Lino.

- Hey! HEY! Jorge! Lino! Angel! — Fred berrou e eles pararam, o gêmeo ao meu lado fez um gesto para que eles nos esperassem e nós dois apressamos o passo até que alcançamos o trio

- O que aconteceu, cara? — Jorge perguntou para Fred e olhou para mim. — Ah, oi Hermione! — Me cumprimentou e eu cumprimentei de volta.

- Bom, eu estava saindo do banheiro e encontrei Hermione toda machucada... Pelo que eu soube foi obra do Malfoy. — Ele disse convicto e Jorge de repente mudou de cor. Angelina e Lino só observavam. Olhei para os dois, e eles me retribuíram o olhar com um aceno de cabeça, como um cumprimento. Fiz o mesmo.

- ELE O QUÊ? POR QUE? ESSE MALDITO! — Jorge começou a berrar e eu não entendi a frustração na voz dele. Meus olhos estavam arregalados, suas orelhas estavam vermelhas e ele socou o ar.

- Hey cara, se acalma. — Lino disse e colocou as mãos sobre os ombros de Jorge, que respirou fundo. — Cuidamos disso depois, tudo bem? Hermione, você está bem? — O moreno me olhou.

- Estou sim, Lino. — Sorri tímida e coloquei o cabelo atrás da orelha.

Então, em silêncio, os gêmeos, Lino e Angelina, seguimos para os portões; Demos nossos nomes assim que o professor pediu, e entramos em Hogwarts.

Assim que adentrei, tive uma sensação de nostalgia; Senti algo bom misturado com algo ruim, como um “aviso” que dizia que coisas boas aconteceriam, mas coisas ruins também. Eu me sentia bem de estar de volta a Hogwarts, porém me sentia um pouco deslocada, como se não fosse mais a mesma coisa. Respirei fundo, e afastei esse sentimento e seguimos para o salão principal.

Me sentei na mesa da Grifinória, entre Harry e Rony – que estava com a boca quase estourando de tanta comida. Ainda acho que ele tem um feitiço de expansão na boca.

Ah, mas ele ficava tão lindo... A franja caindo nos olhos enquanto ele chacolhava a cabeça e um lado para o outro, mastigando desajeitadamente toda aquela comida na boca, e enfiando ainda mais comida, uma atrás da outra, primeiro um pedaço de frango, depois batatas fritas, então um pãozinho, depois um grande gole de suco pra engolir toda a massaroca de comida.

Fred passou atrás de mim e cutucou minha costas, me tirando do transe. Acho que eu estava com cara de boba. Disfarcei e cumprimentei Harry e Gina. Fred e Jorge sentaram-se ao lado de Harry, e Lino e Angelina de frente pros dois. Eu não tinha escutado Angel dizer uma palavra, até então, porém Katie Bell estava ao seu lado, e as duas começaram a conversar.

- Oi Rony. — Eu disse por fim, e ele me olhou, balançando a cabeça, em um gesto que indicava que ele estava com a boca muito cheia para falar. Respirei fundo, tomando toda a coragem que eu tinha em meu peito. — Eu preciso falar com você depois.

- Ôube o rê? — Ele tentou dizer.

- O quê?! — Exclamei excepcionalmente confusa.

Então, ele fez um gesto com as mãos, tomou mais um pouco de suco e engoliu a massaroca que tinha na boca.

- Sobre o que?

- Algumas coisas.

- Tudo bem.

Sorri e procurei por Fred. Ele sorriu encorajadamente e eu retribui com um sorriso nervoso.

Então, eu ouvi uma voz insuportável vindo de trás de mim.

- Oi meu Uon-Uon! — Ergui a cabeça para ver o que estava acontecendo. Lilá Brown estava ali, e debruçou-se, apoiando a mão direita no ombro esquerdo de Ronald, inclinou o rosto e o beijou. Eu achei que ele fosse a empurrar ou algo do tipo, mas muito pelo contrário, ele a puxou para seu colo e retribuiu seu beijo.

Eu fiquei possessa e tive que me esforçar muito para engolir o choro. Não tinha como eu ficar ali vendo tudo aquilo. Me levantei rapidamente da mesa, e Fred fez menção de fazer o mesmo assim que percebeu o que estava acontecendo. Chacoalhei a cabeça e fiz um “não” com a boca, que ele entendeu com leitura labial, “obrigada” gesticulei novamente com a boca e ele forçou um sorriso. Caminhei com passos firmes andando decididamente até o final do corredor, e saí pela grande porta, indo em direção ao salão comunal da Grifinória. Lance após lance de escadas, até que finalmente eu estava chegando e...

- UHUUUUUUUUUUUL! — Um grito passou por trás de mim, quebrando todo o silêncio que ali estava, e um cala frio percorreu todo meu corpo, então o poltergaist apareceu na minha frente.

- Ah não Pirraça, agora não, por favor. — Pedi e ele começou a chacolhar latas e fazer barulhos que só deixarem minha cabeça doendo cada vez mais, enquanto berrava. — PARA! MAS QUE INFERNO! — Eu estava quase chorando de raiva de tudo. — Se você não parar eu vou chamar o Barão Sangrento.

- Ih, a Granger tá de TPM é? Tudo bem, eu parei, mal-humorada! — Então ele saiu de perto e eu agradeci.

Estava tudo vazio ali, porque todos se preocupavam em conversar sobre as férias e coisas do tipo. Eu era a única que estava na região. Cheguei ao salão comunal e, droga! Eu ainda não tinha a senha. A mulher gorda, que cantava, não me deixou entrar, mesmo eu insistindo dizendo que ninguém havia me falado a senha do salão, e disse que eu deveria esperar para vir com todos os meus colegas.

Bufei e fui para a torre de astronomia. Lá, eu não teria que ter “senha” pra entrar. Mais alguns minutos de caminhada, até chegar a torre escura e fria, porém do jeito que eu queria: solitária e vazia. Fui até a sacada e me debrucei na mesma, observando o lago e depois as estrelas; depois de alguns minutos assim, me sentei no chão, encostando as costas na parede e abraçando meus próprios joelhos. Ainda dava para ver o horizonte pela fresta dos detalhes da sacada, e eu fiquei ali, todos os meus pensamentos vindo à tona, agora eu me sentia a vontade para chorar, sem que ninguém me visse ou me perturbasse.

Estar sozinha é bom. 


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Notas finais do capítulo

Então meus amores, mil perdões por ter ficado ausente e etc, mas tipo assim, final de bimestre, vocês sabem, eu fiquei sem tempo pra NADA, a escola nunca foi de tirar meu tempo pra fazer as coisas, NUNCA, e eu sempre fui uma boa aluna, só que agora eu to no primeiro ano, mudei de escola e tal, e o sistema é diferente e isso pesou, eu tirei um monte de notas vermelhas no meu boletim passado e tô tentando recuperar agora. Enfim, eu estou conseguindo! Até agora as médias fechadas, eu não fiquei com nenhuma vermelha, heheh. Mas, finalmente - SIM, EU DEVO DIZER, FINALMENTE! - A Bia está de férias, porém eu tenho uma pesquisa imensa pra fazer por causa da gincana, só que com certeza eu vou postar com mais frequência.
Galerinha, teve duas leitoras perfeitas minhas que foram na MP perguntar se eu tinha abandonado a fic e tau ♥ lindas demais, então gente, eu NÃO abandonei a fic, e nem vou abandonar, eu só estava sem tempo e não tinha como avisar, me perdoem, e desculpem pelo capítulo ruim.
Nossa, essas notas finais ficaram gigantes... Mas enfim, eu espero que tenham gostado do capítulo apesar de ter ficado triste, é importante...
Nos vemos nos comentários ♥