PV EDWARD

Eu e Bella estávamos deitados no tapete da sala assistindo TV. Quer dizer a Bella estava assistindo porque eu só tinha olhos para ela. Eu não me cansava de admirá-la.

— Lá parece tão bonito, não acha?

Olhei para a TV para saber de que lugar se tratava, eu não tinha ideia do que ela estava assistindo e vi que era um documentário sobre a Islândia, ou conhecida também como Iceland, que significa terra de gelo, é um país que raramente atinge temperaturas acima de zero e que pode atingir até menos quarenta graus Celsius.

— Gostaria de conhecer a Islândia? – perguntei curioso, a Islândia não é um local que geralmente as pessoas pensam em fazer turismo.

— Eu gostaria sim. Quem sabe um dia eu não vá lá.

— Mas lá é tão frio para você.

— Eu gosto do frio, tanto que o sol nem me faz falta.

Isso era bom, já que por nossa causa ela só viverá em lugares de clima frio.

— Tive uma ideia, temos um mês antes de começar as aulas na universidade, podemos usar esse tempo para viajar para lá, o que acha?

— Está falando sério?

— Sim, está decidido, nós dois vamos viajar para Islândia.

— E quando vamos? — Bella perguntou empolgada.

— Vou providenciar as passagens, mas pode ir arrumando as malas, porque vamos no primeiro voo que eu encontrar vaga.

— Eu já fiz isso para vocês. - e eu e Bella olhamos surpresos para Alice - Eu vi e me antecipei.

— Amor pega lá as malas deles no nosso quarto, por favor. - pediu Alice a Jasper.

Que as trouxe rapidamente.

— Aqui está, passagens, passaportes e reserva do hotel. E a diversão fica por conta de vocês. - Alice nos dá uma piscadinha e eu e Bella só a olhávamos atônitos pela eficiência dela.

— Andem! Levantem daí! O voo sai em duas horas. – nos apressou Alice.

Me levantei e estende minha mão para ajudar Bella a se levantar.

— Boa viagem meus filhos. - mamãe fala nos abraçando ao mesmo tempo.

— Divirtam- se e cuide bem dela.

— Com a minha vida pai.

Rosalie e Emmet também nos desejaram boa viagem.

— Eu e Jasper vamos levá-los ao aeroporto. - diz Alice levando Bella em direção ao carro e eu e Jasper as seguimos levando as malas.

Chegamos já era noite e levei Bella para jantar no restaurante do hotel mesmo, Bella devia estar cansada da longa viagem então decidi que só começaríamos a explorar a capital da Islândia só amanhã. Quando ela terminou de jantar fomos até o quarto e de imediato liguei o aquecedor, as bochechas e a ponta do nariz dela estavam vermelhas por conta do frio.

Sentei-me ao seu lado na cama e passei o edredom por ela.

— Vem cá minha tomatinha. - a pego e a coloco em meu colo.

Bella me olhou irritada, ela não gostava nem um pingo desse apelido que dei a ela.

— Pare de me olhar assim, tomatinha é um bom apelido. – a provoco um pouquinho.

— Não é não. — diz Bella ficando mais irritada ainda.

— É sim. - passo minha mão em sua bochecha corada devido à raiva agora- Você é minha tomatinha. - e ela rolou os olhos para mim, sabendo que era inútil discutir comigo.

Coloquei minhas mãos em volta da sua cintura e a colei mais a mim, seus braços passaram ao redor do meu pescoço e começamos a nos beijar. Ela passou suas pernas em volta da minha cintura se sentando de frente para mim e o edredom acabou escorregando, infiltrei minhas mãos por baixo de sua blusa. Quando passei minha mão por seu soutien, foi que me toquei que estava indo longe de mais.

Parei de beijá-la imediatamente e respirei fundo tentando retomar o controle.

— Desculpe-me Bella eu perdi o controle.

— Não se desculpe.

— Também queria?

— Ainda quero.

— Não sabe como é bom saber disso, mas eu tenho medo de machucá-la.

— Você nunca me machucou.

— A situação é diferente. Nunca percebeu que meus movimentos ao tocá-la são lentos e parecem ser bem calculados?

— Não. — diz Bella sincera e até surpresa por não ter percebido isso.

— Mas são, até o menor deles. Eu sou muito forte comparado a você, você não tem ideia do quão frágil é para mim, a menor distração e eu posso acabar machucando você ou coisa pior... -estremeci só de pensar na possibilidade de acabar a matando sem querer- E eu não sei se conseguirei controlar minha força o tempo todo e ainda tem o desejo pelo seu sangue.

— Você não já dominou seu desejo por meu sangue? — Bella me perguntou confusa, ela realmente achava que eu já havia superado isso, mas o fato é que hoje eu sei camuflar isso muito bem.

— Infelizmente não totalmente, e também uma coisa é eu estar com você assim estando bem ciente da minha sede como eu estou agora e te garanto que assim você não corre risco algum, mas outra coisa é eu estar perdido em sensações como o prazer e conseguir manter o controle sobre a minha sede, eu não sei se sou capaz de fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

— Então nunca vamos saber se podemos ficar juntos dessa forma?

— Não sabe o quanto eu desejo amar você por completo.

— Então vamos tentar.

— Não sei, e se acabar mal?

— Nunca saberemos se não arriscarmos.

— Eu não a quero em riscos. – soou sério.

— Já vi que você já se decidiu então.— diz Bella se levantando chateada comigo. E foi em direção à mala.

Olhei para seu semblante e ela estava decepcionada comigo, e vi ali que sexo seria um problema no nosso relacionamento.

Bella pegou a sua camisola e a necessaire e foi em direção ao banheiro.

Eu não ia deixá-la dormir magoada comigo, eu precisava de uma maneira de reverter isso.

Pensei, pensei, pensei... e quando ela retornou ao quarto vi que só haveria uma maneira.

— Vamos tentar. - digo de maneira decidida e Bella olhou para mim surpresa e eu fui até ela.

— Se estiver fazendo isso só por mim, não faça e desculpa minha reação há pouco, mas agora eu consigo entender o seu lado. Está tudo bem se não tentarmos. — diz Bella sincera.

— Não é só por você, e você está certa quando disse que nunca saberemos se não tentarmos, mas quero que me avise imediatamente se eu machucá-la.

Bella assentiu.

— Eu sou capaz de fazer isso. - sussurrei a mim mesmo, mas Bella ouviu e me deu um sorriso e vi em seus olhos toda a confiança que tinha em mim. A mesma confiança que vi quando nos conhecemos, quando ela confiou que eu era capaz de conviver com ela na mesma casa. Eu seria capaz de fazer mais isso também e a levei até a cama.

Depois disso não pensei em mais nada além de amá-la como ela merecia.