Uncontrollable Desire escrita por IzzFN


Capítulo 8
First Day


Notas iniciais do capítulo

Olha como eu apareci rápido. Aproveitem o capitulo.



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POV Katniss

Aquela criatura não tinha vergonha na cara, não? Com uma noiva e dando em cima de mim.  O fato mais terrível de todos era que a loira era linda. Sem exageros, alta, magra, olhos claros e seus cabelos provavelmente não eram pintados. Tudo que eu pedi a Deus para ser, mas ele me negou. Menos os olhos claros, meus olhos acinzentados eram lindos e divos.

- Glimmer, quantas vezes eu vou precisar falar pra você não entrar assim? – Peeta reclamou olhando em direção a ela com um olhar que me deu medo. - É meu ambiente de trabalho. Eu não invadiria seu trabalho assim, nem se você trabalhasse. – Achei foi pouco. Devia dá umas tapas nela.

- Porque você me trata assim, Pee? Eu sou tão boa pra você. – Apelido ridículo. Não curti.

- Acho melhor você ir embora, depois nós falamos desse suposto noivado. – Peeta se levantou e a puxou delicadamente até a porta. - Tchau. Não me ligue. Beijos.

Após fechar a porta, Peeta apoiou as costas nela e deu um suspiro alto, como se sentisse aliviado pela Glitter ter ido embora, ou era Strass? Não sei, e não me interessa nem um pouco saber da vida daquela mulher.

- Desculpe por isso, ela acha que somos um casal. – Ele achava que eu ia cair nessa. – Pode ir até sua sala, que é aqui ao lado. Primeiro eu quero que você ligue para alguns fornecedores e veja se consegue marcar uma reunião para sexta. Ligue para a empresa de motores e veja se o meu pedido está pronto e quando acabar vá pegar um café pra mim. – Me entregou alguns papeis com números telefônicos. – Boa Sorte.

- Obrigada, Peeta. Você não vai se arrepender de ter me contratado. – Eu apostava que meus olhos possuíam um brilho vingativo.

Peeta me lançou um sorriso estonteante, com toda minha força de vontade o ignorei e me virei para sair de sua sala e ir para a minha.

- Mais uma coisa, Katniss. – Me virei mais rápido do que gostaria. – Meu café é com espuma de leite, e se possível pede pra eles fazerem um daqueles desenhos em cima. Formato de uma folha.

- Claro. – Falei estreitando os olhos para ele.

Espuma de leite em formato de folha. Eu ia deixar a cara dele com formato de folha. Saí de sua sala batendo a porta, e perguntei a Delly onde ficava minha sala.

- É aquela. – Ela apontou uma sala à esquerda à sala de Peeta e sorriu com simpatia.

Retribui seu sorriso e fui em direção à porta que Delly indicou, quem sabe ela não era a pessoa ruim que eu imaginei. A verdadeira vilã era Glitter, eu não era apaixonada por Peeta, mas dá uns beijos nele era um fato considerável. E ela estava impedindo, o primeiro cara que eu sinto atração em meses e ele é noivo. Um safado, galinha e cretino, mas noivo. Que tinha a ousadia de achar que pegar café para ele era minha obrigação.

Pensei em como seria a execução do meu plano. Eu não tinha um, mas quando tivesse ele seria executado, e sonhar com isso é natural. Por fim, decidi me concentrar nas ligações que tinha que fazer. Meu Merlin, eu sempre gostei de falar ao telefone, mas nunca pensei que aquilo pudesse ser cansativo. Em algumas vezes eu esperei mais do que quando ligava para operadora de celular. Parecia impossível marcar uma reunião com todos os fornecedores, sempre tinha um que não podia ir. A única data em que todos estavam disponíveis era sábado de manhã, o que significava que perderia parte de minha folga, mas ganharia um dinheiro a mais. O tal pedido de Peeta só ficaria pronto na quinta. Quando terminei as ligações já passava de 11 horas.

Previ que meu chefinho não ficaria muito feliz com as noticias que eu tinha para lhe dar, por isso invés de ir até sua sala, fui até a Starbucks que, graças ao bom Deus, ficava quase em frente ao prédio onde eu trabalhava. Ao chegar lá fiz o pedido de Peeta com a bendita folha, não pedi nada para mim, vai que aquele bipolar cisma com a minha beleza e resolve me demitir por tomar um café na hora de serviço, não podia me arriscar, por enquanto.

Recebi o pedido e voltei para o escritório. Quem escolhia as músicas do elevador? Eu precisava dá umas dicas para essa pessoa e dizer que ouvir Lana Del Rey no elevador não era legal. Ela tinha um estilo meio depressivo, o elevador era tinha uma cor de cinza depressão, juntando coma música dava uma sensação que a qualquer momento tudo despencaria e eu morreria.

Durante a minha divagação o elevador chegou ao seu destino, e eu rumei para a sala do Capeeta, eu sei que sou boa com junção de nomes. Reuni todas as minhas forças e paciência para não matar meu chefe e entrei sem bater. Sou descarada. Não gostou, morra. Beijos carinhosos.

- Seu café, com a folha. – Falei enquanto depositava seu café sobre a mesa, ao lado de seu notebook.

- Do jeito que eu pedi. – Peeta afirmou após dar o primeiro gole. – Pode ir almoçar. Quando acabar vá até esse lugar aqui e pegue minha encomenda. – Disse enquanto me entregava um cartão com um endereço.

- Beleza. E seu pedido só ficará pronto na quinta e, a reunião só foi possível marcar para sábado de manhã – Sai apressadamente de sua sala para não dá a ele tempo de reclamar.

Fui buscar minha bolsa e quando me dirigia até o elevador escutei alguém pedindo para esperar. Ao me virar vi quem eu menos esperava.

- Eu pensei se nós podíamos ir almoçar juntas. – Delly falava gesticulando com as mãos. – É que não há muitas mulheres trabalhando aqui na empresa e achei que talvez pudéssemos ser amigas. Ou ao menos colegas.

- Claro! Não me sinto bem em um lugar onde não conheço ninguém. Será bom ter uma amiga, ou colega. – Falei sorrindo.

Fomos para um restaurante que, segundo Delly, era o melhor que se encontrava nas áreas ao redor da empresa. Conversamos durante todo o caminho e pude perceber que a secretária não era aquela periguete que eu tinha imaginado. Ela apenas gostava de mascar chicletes e de usar saias curtas. Fatos aceitáveis depois de conhecer Glitter.

- Você viu a “noiva” do Peeta? – Delly perguntou fazendo o coelhinho para sinalizar as aspas na palavra noiva.

- Vi. Pareceu meio louca. Porque você frisou o “noiva”? – Repeti o mesmo gesto dela.

- Porque eles só noivaram na cabeça dela. – Rolou os olhos demonstrando que Glitter era louca. Ou pelo menos foi isso que entendi. – Eles dormiram juntos e ela achou que estava grávida porque não conseguia entrar no seu vestido Chanel novo. – Imitou o que deveria ser a voz da louca. – Só que na verdade ela só estava gorda. Para se consolar ela inventou esse noivado imaginário. Vou ao banheiro. – Delly se levantou e foi para onde eu julgava ser o WC.

Então ele não era noivo, seu assanhamento para cima de mim era justificável. Afinal, eu sou gata. O fato dele ser um cretino em potencial também contava muito, mas eu pretendia só seduzi-lo para que ele se desse conta de que não poderia ter todas as mulheres do mundo, apenas a metade.

Delly voltou e nós almoçamos e mantivemos uma conversa agradável. Vi nela a possibilidade de uma amiga, já que não tinha muitas. Na verdade só tinha uma, que resolveu me abandonar, mas eu já falei do “Caso Clô”, era assim que eu estava chamando o sumiço de Clove Kalt. No fim, Delly me chamava de Kat e eu a chamava de Ely. Amigas de infância praticamente.

- Tenho que ir pegar uma encomenda para o Peeta. Vou pegar um táxi. Tchau. – Nos despedimos com um beijo na bochecha.

Dei sinal para o táxi e ele parou. Entrei e entreguei o endereço ao motorista. A viagem foi rápida, o engarrafamento era quase inexistente. Ao chegar ao local indicado por Peeta me dei conta de que era uma lavandeira. Aquele homem era louco? O que eu iria fazer numa lavanderia? Ele era completamente sem juízo. Parei de imaginar e entrei na lavanderia para receber a tal encomenda, fiz preces para não ser o que estou pensando, pois se fosse Peeta iria apanhar, eu acertaria ele com uma flecha.

- Oi, eu queria receber uma encomenda em nome de Peeta Mellark. – Disse para a moça que estava atrás do balcão. Era uma morena de olhos verdes que parecia ser simpática

- Você está com sorte. – Querida, posso ter tudo, menos sorte. – O terno que ele deixou para lavar acabou de ser liberado.  – Sorriu animadamente.

Peeta Mellark vai morrer, e vai ser pelas minhas mãos. Ele pensava que eu era uma espécie de empregada ou algo assim? Pegar o terno dele na lavanderia, eu devia incinerar aquele pedaço de pano italiano.

- Um terno? Sério? – Questionei incrédula. – Pois você poderia pegar para mim? Por favor. – Pedi com o que me restava de paciência.

A moça se levantou e foi para os fundos da loja. Após algum tempo ela voltou com um pacote preto pendurado em um cabide, o colocou em cima do balcão e começou a preencher um papel que parecia com aqueles recibos de entrega.

- A lavagem do terno custa 25 dólares. – Informou-me enquanto mostrava o recibo que acabou de fazer.

- Como? – Perguntei um tom mais alto devido a minha surpresa. – Não está pago? E tinha o que dentro da máquina de lavar? Lavaram com pó de ouro ao invés de sabão?

- O rapaz que deixou aqui disse que pagaria no dia em que vinha buscar. – Falou ainda com o sorriso simpático achando graça de minhas perguntas ou da minha cara que devia estar engraçada.

Como percebi que não havia outro jeito, tirei minha carteira da bolsa e olhei se tinha o dinheiro pedido. A única nota existente na minha carteira era de 100 dólares. A cara de Benjamin Franklin era de completo desgosto. Pelo menos, era isso que eu sempre imaginei. Era somente isso que restava, da quase inexistente, herança de meus pais, se mil dólares para cada filho pudesse ser considerado herança. A minha sorte era que todo dinheiro gasto em transporte quando se está a serviço da empresa era devolvido a quem gastou. No caso eu receberia 44 dólares da ida e da volta de táxi. Parei de divagar e entreguei a nota à moça.

- Tenha um bom dia. – Ela me desejou enquanto me entregava o troco e o terno.

Entrei no primeiro táxi que vi e me perdi em pensamentos. Quando vir recobrar a consciência perfeita, já me encontrava no elevador, subindo para o escritório falar poucas e boas para Peeta.

Abri a porta de seu escritório após perguntar para Delly se ele se encontrava ocupada.

- Peeta, eu não sou sua empregada. Não tenho que ficar pegando terno sujo seu. – Exclamei enquanto jogava seu terno em um sofá que tinha no canto de sua sala. – E eu quero meu dinheiro. O do táxi e o do terno.

- Você é minha empregada. Trabalha para mim e faz o que eu mandar. – Disse com uma cara cínica. – E para receber o dinheiro você tem que ir até o Rh. Katniss, entenda que eu vou fazer da sua vida aqui um inferno. Aceite isso rápido e seja mais feliz.  Por hoje você está liberada, seus serviços não são mais necessários.

- Pois tchau, seu imbecil. – Tomei a atitude mais adulta de minha vida, lhe mostrei a língua.

Sai de seu escritório e fui para o elevador depois de me despedir de Delly. Não tinha nada para pegar em minha sala mesmo. O caminho até minha casa foi rápido. Ao chegar em casa, que estava vazia, ouvi que tinha um recado na secretária eletrônica, apertei o botão para escutá-lo. O ambiente foi preenchido pela voz de Clove.

“KatCat, desculpe o sumiço. Meu pai deu a louca e resolveu ir viajar e me levar. Eu pensei durante esse final de semana e vi que você tinha razão. Não vale a pena eu deixar de fazer o que me faz feliz devido a preconceitos e medos bobos. Por isso, eu quero sair com você hoje à noite. Chame Cato e Prim. Acho que  já passou da hora de resolver minha situação com Cato.”

Nunca na Terra iria haver uma noticia melhor que essa, subi as escadas pulando totalmente animada. Meu irmão iria morrer com esse fato. Só Clove inventava de sair de casa em plena segunda-feira, mas tudo bem, eu faria por Cato. Adentrei meu quarto e troquei a roupa por uma mais confortável e me joguei na cama em êxtase, imaginando o que deveria esperar desse noite que tinha tudo para ser a melhor da vida do meu irmão.


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Notas finais do capítulo

Tive um tempo livre a mais ontem e consegui finalizar o capítulo hoje. É bom para compensar vocês da demora do anterior.
POV Peeta foi o escolhido, vou buscar inspiração em alguma música. Talvez, só talvez, eu consiga postar amanhã. Porém é mais provável que eu poste no sábado à noite.
Obrigada pelos reviews.
Beijos *-*