Uncontrollable Desire escrita por IzzFN


Capítulo 7
How so?


Notas iniciais do capítulo

Gente, vou postar os links aqui, pois sou burra e não sei coisar ele nas palavras.
Prim - http://www.polyvore.com/prim_cap%C3%ADtulo/set?id=82755901
Katniss - http://www.polyvore.com/katniss_cap/set?id=82756867
Delly - http://www.polyvore.com/delly_cap/set?id=82758994
Glimmer - http://www.polyvore.com/glimmer_cap/set?id=82760800



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POV Katniss

Nada melhor que uma noite mal dormida para começar bem uma segunda-feira. Meu fim de semana foi uma droga. Clove resolveu sumir misteriosamente, acho que morreu, pois faz séculos que não vejo aquela garota. Não tinha nada de interessante para se fazer nessa cidade, e se tivesse eu não teria dinheiro para ir, meus irmãos tem uma vida social, ao contrário de mim, e mal pararam em casa durante esses dois dias. Eu fiquei jogada no sofá assistindo um milhão de séries e comendo todo o tipo de porcaria que consegui encontrar.

Hoje eu começo a trabalhar naquela empresa, estou virando gente grande, já tenho até emprego. Orgulho de mim mesma. Eu ia ter que aguentar o traste do Peeta, mas era pelo bem das minhas frescuras, uma causa nobre em minha opinião. Podem me achar fútil, não me importo, sou mesmo.

Era cedo ainda, 6h30min, e eu estava rolando pela cama em busca de um sono que eu sabia que não viria. A ansiedade sempre me impedia de dormir direito, resolvi levantar, já que sabia que não iria conseguir voltar a dormir. Fui em direção ao meu banheiro, prendi meus cabelos, ninguém merece molhar o cabelo de manhã. Ninguém merece acordar antes das 9h, mas quem disse que a vida é justa?

Tomei um banho rápido enquanto pensava no que vestir. Não queria abrir mão de andar divando, mas também não queria parecer uma daquelas secretárias que só estavam lá para arranjar um marido rico. Resolvi ir simples, o meu simples, não o simples de reles mortais. Fiz uma maquiagem natural, um rabo de cavalo, peguei todos os meus pertences e coisas que eu julgava ser necessário e desci as escadas enquanto segurava meus sapatos, não queria cair e quebrar a perna justo hoje.

Se saísse de casa agora eu chegaria à empresa cedo demais, iria ficar lá sozinha com o porteiro. Abri a geladeira para ver o que tinha de comida, milagrosamente ela estava cheia. Parece que alguém resolveu criar vergonhar e fazer compras. Indireta para o Gale. Quando ia começar a preparar meu divino café da manhã, Prim entra na cozinha me assustando com tanto rosa e com cara de zumbi.

– Não sabia que você agora estava fazendo figuração em The Walking Dead. – Provoquei enquanto enchia uma xícara com café e colocava leite.

– Não sabia que você agora trabalhava no circo. – Resmungou enquanto se sentava em um banco próximo ao balcão. – Que milagre é esse? Acordada antes das 10h?

– Agora sou uma pessoa empregada e responsável. – Falei começando a comer minhas torradas.

– Você nunca será responsável, Kat. Aceite isso e seja feliz. – Prim agora se encontrava debruçada sobre o balcão como se fosse dormir ali.

– Bom dia, como vão vocês? – Gale entrou sorrindo efusivamente. Adotado, como eu disse.

– Qual o seu problema? É segunda! Ninguém pode ser alegre na segunda. Isso é quase uma lei. – Perguntei com cara de choque.

– Eu não tenho problemas, Kat. Quem tem são vocês que se incomodam com a felicidade alheia. – Outra característica de Gale, ele era cruelmente sincero.

– Eu não me incomodo, apenas quero que sejam felizes longe de mim para que eu não me lembre da desgraça total em que minha vida se transformou. – Prim afirmou dramaticamente enquanto batia a cabeça no granito do balcão e simulava um choro.

– Só porque um cara não te quis não quer dizer que o mundo acabou. Segue em frente minha filha. Reaja. Compra um sapato novo e corta o cabelo que passa. – Incentivei, afinal era meu dever de irmã mais velha.

– Ele não é um cara. Ele é o cara dos meus sonhos. O pai dos meus filhos. O homem da minha vida. A pessoa que vai tá do meu lado no bolo de casamento. E vai carregar minhas sacolas durante minhas tardes de compras. – E a dramática era eu.

– Por isso que ele não te quer, fica assustando o menino com essas loucuras. – Fui sincera, aprendi com Gale.

– Se ele não te quer é porque ele é um burro. Qualquer homem iria lhe querer. Você é bonita, inteligente, meiga, carinhosa e ainda sabe cozinhar. – Gale a animou. – Tem muitos caras que estão em busca de uma garota como você. Basta você permitir que eles lhe encontrem. – Me emocionei.

– Own, Gale, você é o irmão mais fofo do mundo. – Prim desceu do banco e o abraçou com os braços e as pernas.

– Só o mais fofo, pois o mais lindo sou eu. – Cato falou enquanto fazia pose de modelo. Sim, as pessoas dessa casa aparatam, ou simplesmente brotam do chão.

– O papo tá até legal, mas sinto informar que todos nós temos coisas pra fazer. Menos Prim, todos sabem que ela é uma desocupada. – Afirmei enquanto me levantava e colocava as louças que sujei na pia.

– Já vou indo. Tchau. – Gale falou e saiu enquanto olhava para seu relógio. Se quisessem ver Gale ficar louco era só esconder o relógio.

– Vou tomar banho. Não suporto mais ser ofendida e maltratada por vocês. – Prim saiu balançando seus cabelos loiros perfeitos que me davam inveja.

– Então Kat, como vai sua vida? – Cato perguntou enquanto pegava uma maçã e mordia.

– Bem. E eu sei que você não quer saber de mim. E eu não tenho nenhuma noticia sobre a pessoa que você quer saber. – Respondi mal-humorada.

– Credo, só fiz uma pergunta. TPM?

– Perdeu a noção do perigo foi? Eu não tenho TPM! – Eu tenho, mas nunca assumirei.

– Vai sair que horas? – Meu irmão era super coerente em seus assuntos.

– Não sei, ainda tá cedo. Quer me dá carona? – Eu e Gale não achamos justo tirar o carro dos gêmeos, então eles dois dividiam um carro.

– Pode ser, a empresa é perto do colégio. Vou me arrumar.

Fiquei sozinha na cozinha, detestava ficar sozinha, era muito solitário. Fui para sala sentar no sofá e ler uma revista enquanto esperava eles descerem. Quase quarenta minutos depois eles desceram, brigando e se batendo, uma situação comum por aqui. Sai de casa e fui esperar por eles no carro, sentei no banco de trás, não queria ficar tendo que separar as discussões idiotas deles dois.

O caminho até a empresa foi rápido e consegui chegar lá com alguns bons minutos de antecedência, peguei o elevador e fui logo ao andar que ficava a sala de Peeta. A mesma moça antipática se encontrava na mesa da secretária, pois eu não aceitava que ela fosse a secretária.

– Eu tenho hora marcada com Peeta Mellark. – Falei usando um tom superior. Ela merecia.

– Como é o seu nome? – Ela perguntou enquanto estourava uma bola de chiclete. Deselegante e desnecessário.

– Katniss Clair Everdeen. – Clair era meu nome do meio, um nome francês escolhido por meu pai.

– Sua reunião está marcada para daqui a 10 minutos. Espere. – Ela foi desprezível.

– O Sr. Mellark está ocupado? Porque ele poderia me atender logo. – Insisti fazendo cara de gato de botas.

– Ele não está ocupado, mas não irá atendê-la. – Respondeu me olhando com desdém.

– Você não poderia nem, sei lá, ligar pra ele e perguntar?

– Não. – Naquela hora percebi que não íamos nos dar bem.

Fiz uma careta para aquela vaca que se achava gostosa e decidi ir olhar os peixes. Eles sim mereciam minha atenção. Além de ser mais bonitos que a moça, provavelmente eram mais inteligentes. Só um ser humano burro para implicar com a nova assistente do chefe. Afinal assistentes eram mais importantes do que secretárias. Pelos menos, era nisso em que eu queria acreditar.

Observei as ruas movimentadas de Houston, o prédio em que a companhia ficava era tão alto que dava para ver grande parte da cidade. Eu amava aquela cidade. Era linda, movimentada, cheia de lojas, lugares para visitar e se distrair. Minha mãe sempre dizia que de todos os lugares em que ela já morou, Houston era o melhor. Talvez por esse motivo eu seja tão apegada a essa cidade, claro que o fato de ser a terra natal da Beyoncé também contava. Sempre que me perguntavam de onde eu era, sentia vontade de dizer: Houston, Texas, baby! Igual à música Who Run The World. Coisa de gente mentalmente perturbada. Eu sei.

Esses são os 10 minutos mais demorados da minha vida, essa mulher não foi com a minha cara e agora ela quer ficar me atrasando. Não que eu tivesse alguma coisa para fazer, mas uma diva não espera, ela é esperada. Se essa loira totalmente oxigenada, que descobri que se chamava Delly, não me deixasse entrar, ela iria ver como Katniss Everdeen resolvia as coisas. Eu também sou loira falsa, mas meu loiro não parecia ser falso, pelo menos era isso em que eu gostava de acreditar. Me sentei em uma poltrona que ficava de frente para a mesa da secretária, eu queria ficar encarando ela com meu olhar mortal.

Clove tinha desaparecido total, acho que ela estava fugindo do Cato, ou queria se retirar para meditar sobre uma maneira eficaz de conquista-lo após passar quase um ano o desprezando sem nenhuma piedade ou sutileza. Meu amor por Clove era grande, mas nada comparado ao que sentia por minha anta loira de estimação.

– Senhorita Everdeen, o Sr. Mellark está aguardando a sua entrada. – A moça falou com um tom visível de desagrado.

Levantei e fui em direção à porta da sala de Peeta. Sim, eu o chamava de Peeta. Cheguei à conclusão que tinha que trata-lo com educação e gentileza, afinal meu salário era pago por ele. Bati levemente na porta, abrindo em seguida.

Ao entrar me deparei com um Peeta sentado em sua mesa, atrás de sua mesa a parede era de vidro, o que somente ajudava a deixa-lo com uma aparência mais semelhante à de um deus grego. Seu terno italiano o deixava com um charme, pareci um ator hollywoodiano, a cara de mau e a postura displicente e ao mesmo tempo elegante só o faziam parecer mais lindo. Posso até ter exagerado, mas era assim que eu o enxergava.

Caminhei lentamente em direção à sua mesa e sentei-me na cadeira que havia em sua frente, me sentia em dejavú, a mesma situação da semana passada, a diferença era que eu agora estava lá como assistente.

– Bom lhe rever, Katniss. – Falou com um tom profissional, mas seus olhos brilhavam divertidos.

– Digo o mesmo, Sr. Mellark. – Respondi olhando diretamente para ele. – Creio que vim aqui para que pudesse me orientar sobre o serviço que irei executar.

– Sim, por isso também, mas eu gostei de você. E mantenho quem eu gosto por perto. – Peeta agora parecia tentar me seduzir. – Seu dever é somente fazer as minhas vontades, Delly já me informa sobre meus compromissos e organiza minha agenda. Você só tem que se manter totalmente disponível para realizar tudo que eu necessitar. – Sua voz adquirira um pouco de malicia ao pronunciar a última frase.

– Creio que não será problema. – Retribui com um olhar que julguei ser sexy.

Não era todo dia que um gato daqueles dava em cima de você, eu não iria ser tola de não retribuir suas claras cantadas. Mesmo o detestando. Quem cegava era o amor, não o ódio.

– Peeta, meu amor, vim aqui para resolver as coisas do nosso noivado. – Uma loira totalmente estonteante entrou pela porta com roupas tão brilhantes que se não fosse a convivência com Prim eu teria ficado cega. Amei o sapato, odiei ela.

Como assim alguém usava um vestido daquele em plena luz do dia? Como assim ele tinha uma noiva? Como assim ele iria casar? E ainda pior, como assim ele estava tentando me seduzir a dois minutos atrás? O fuzilei com o olhar mais assustador que consegui.

Ah, Peeta Mellark, você não sabe a confusão em que se meteu, acha que pode brincar comigo e me usar como se fosse uma de suas vadias? Está enganado. Eu iria mostrá-lo que não se brinca com Katniss Everdeen. Iria fazê-lo se apaixonar por mim. Sedução é um jogo que dois pode jogar, e para o azar de Peeta, era meu jogo preferido.


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Notas finais do capítulo

Vou falar um monte agora porque devo a vocês uma explicação da minha demora. Eu terminei na sexta e já fazia um tempo que eu não postava, só que eu ia ter uma prova no sábado e me distrai estudando, no sábado eu tive que fazer um trabalho imenso e domingo eu me esqueci de postar. sou lesada mesmo. Me informem se houver algum erro no capítulo para que eu possa corrigi-lo.
A Prim não é bem o que eu imaginei, mas a Dakota serve.
O próximo vou fazer o máximo pra postar rápido, na sexta eu posto. Esperem ver uma Katniss tentando seduzir e um Peeta infernizando a Kat.
Para compensar vocês vou postar um bônus no sábado, no mesmo estilo do capítulo sobre a Clove. Querem um POV Peeta ou um POV Cato?
Alguém tem uma boa Clato pra indicar?
Obrigada por lerem. Finalmente vou parar de falar ou digitar.