Um frio característico do Outono que chegara juntamente com o mês de Outubro fazia-se sentir naquela tarde, a vila de Hogsmeade estava calma, quase ninguém estava nas ruas, já que os que não estavam no trabalho estavam recolhidos em casa se escondendo do frio. Porém, numa das casas, havia tudo, menos calma, a casa dos Potter. Ginny Potter, andava de um lado para o outro, com a mão no peito murmurando alguma coisa.

– Ginny…- disse Harry. – Se acalme, senta um pouquinho.

– Não peça para me acalmar Harry, sinto um aperto em meu peito. – Ela disse preocupada sem parar de andar. – Um mau pressentimento… não sei. Preciso ver nossos filhos, sinto que eles precisam de mim.

– Eles estão em Hogwarts, estão protegidos! – Disse Harry.

– Mas então porque é que esse sentimento me atormenta desse jeito? Harry, eu sei que aconteceu ou está para acontecer algo. Eu sinto… por favor, vamos até Hogwarts agora!

–Ginny, não dá para aparatar em Hogwarts, como você quer ir para lá agora?

–Você sabe como Harry! – Ela disse o encarando. Sim, ele sabia como, ela estava falando do Bar Cabeça de Javali, onde estava a passagem secreta que os levava até Hogwarts.

– Ginny, vem cá. – Ele disse puxando-a para si. – Não se preocupe, nossos filhos estão bem, confie em mim, se tivesse acontecido alguma coisa já nos tinham enviado uma coruja. – E abraçou-a com força. Harry queria com todas as suas forças que aquilo fosse verdade, porque não era só sua mulher quem estava com um mão pressentimento. O próprio Harry passou o dia todo sentindo sua cicatriz formigar, obvio que não tão forte como acontecia quando Voldemort estava vivo, após a morte do seu oponente, Harry pensou que a sua cicatriz nunca mais lhe incomodaria. E assim foi, até ele ser pai. Veio a descobrir que sempre que os seus filhos estavam em perigo ou com muito medo, a sua cicatriz formigava alertando-o, a primeira vez que isso aconteceu foi quando ele levou Tiago e Alvo (Lily ainda não tinha nascido) para um parque de diversões trouxa, e quando Tiago viu um carro pela primeira vez, foi correndo entusiasmado perguntando o que era aquilo, e Harry que estava de costas, sentiu sua cicatriz formigar, olhou imediatamente para trás vendo o filho prestes a ser atropelado pelo carro, sem pensar duas vezes, sem se lembrar que estava rodeado de trouxas, ele pegou a varinha dele salvando o filho por um triz. Depois teve-se que lançar o feitiço obliviate nas pessoas ali presentes, para tentar reparar os danos. Outra vez quando Lily estava sendo atacada por uns garotos na rua, Harry sentiu novamente sua cicatriz formigar, saiu imediatamente do local onde estava indo atrás dos garotos que fugiram a sete pés. E agora, sua cicatriz estava formigando de novo, temeu pelos seus filhos, não disse nada a Ginny pois não queria deixa-la mais nervosa, mas sabia que algo realmente se passava.

Uma Coruja branca bateu na janela, quase correndo Ginny foi abrir-la para receber a coruja que estendeu a pata permitindo que a ruiva tirasse o pregaminho.

Harry e Ginny,

Preciso da vossa presença na escola imediatamente, é urgente, o assunto tem a ver com um dos vossos filhos. Usem a passagem do cabeça de Javali.

Minerva McGonagall.

Ginny, desesperada, deixou as lágrimas caírem pelo seu rosto.

– Por Merlin, Harry, que terá acontecido?

– Vamos. – Harry disse, sentindo medo do que o esperava em Hogwarts.

XX-XX

Quando Rose viu o primo a ser colocado na cama ao seu lado, na enfermaria, não podia acreditar. Ele estava com um ar muito machucado, tinha vários arranhões pelo corpo, sangue na boca e estava desacordado. Perguntou diversas vezes a Madame Pomfrey e aos professores que lá estavam o que tinha acontecido e se ele iria ficar bom. Mas eles nada diziam, apenas andavam de um lado para o outro com poções e mais poções. Depois a enfermaria foi invadida em um grande alvoroço com os restantes primos que queriam ver Tiago, Madame Pomfrey tentou expulsa-los a todos, mas eles se mantiveram firmes.

– Ele é meu irmão! Quero saber como ele está! – Disse Lily. Os outros concordaram, madame Pomfrey suspirou olhando para a Professora Minerva. Depois olhou para todos.

– O Senhor Potter foi atacado por um colega seu…

– Até aí já sabemos! – Disse Alvo impaciente. – Queremos saber se ele vai ficar bom!

Madamde Pomfrey suspirou novamente baixando a cabeça.

– Não sabemos.

Ficaram todos estarrecidos, então devia ser muito grave, Lily começando a lacrimejar perguntou.

– Mas… Ele vai morrer? O que vai acontecer com ele?

– Não podemos dar respostas ainda Senhorita Potter. – Disse a Directora Minerva olhando para a pequena de modo triste. – A enfermaria da Escola não estrutura para curar e tratar os danos tão grandes como os de seu irmão. Ele vai ter que ser transferido para St.Mungus ainda hoje. Estamos só esperando a chegada dos seus pais. O professor Neville está esperando eles no sétimo andar.

Lily correu até Tiago apertando a mão dele enquanto chorava, como se isso o fosse fazer melhorar.

–Infelizmente a maldição Cruciatus pode causar danos irreparadores. – Disse Mamadme Pomfrey. Rose levou a mão a boca. Então era muito grave.

– Lançaram uma maldição imperdoável nele?

– Sim… - Disse Ted. Eles tinham sabido de tudo através dos alunos do quinto ano. – o Jonh…

– Não sabemos até que ponto a mente dele ficou afectada. – Disse a professora Minerva.

Nesse momento o professor Neville apareceu com Ginny e Harry. Lily foi correndo abraçar os pais, Ginny procurava os outros dois filhos com o olhar.

– O Alvo e o Tiago? – Ela perguntou. Alvo se aproximou da mãe que o abraçou. – O Tiago?

Olharam todos para eles sem saber bem como dizer aquilo. Mas Harry já o tinha visto, atrás da Madame Pomfrey, deitado sobre a cama e … muito machucado. Imediatamente ele correu até ao filho, e Ginny foi atrás dele com os olhos cheios de água.

– O que aconteceu?

– Maldição Cruciatus. – Disse a Porofessora Minerva. – Temos que leva-lo para St.Mungus.