Another: Collection Dead! escrita por Zé Padovani, lHira
Notas iniciais do capítulo
Alunos: 7/30Professores: 2/3
No hospital municipal de Yomiyama:
Atendente: Ela está no quarto numero 105, é no 7° andar. Podem subir.
Nataniele: Ok, obrigada.
Entra no elevador junto do garoto que a acompanhava:
Caio: Sétimo?
Nataniele: Sim.
As portas se fecham e o elevador começa a subir:
Caio: Como será que ela está?
Nataniele: Não muito bem eu presumo.
Caio: Descobriram o que ela tem?
Nataniele: Problemas no coração.
Caio: Entendi.
O elevador para e as portas se abrem dando para um grande corredor repleto de quartos, vários enfermeiros eram vistos andando por ele e também algumas pessoas que ali estavam para visitar os doentes. Andaram até o quarto antes indicado e o garoto bateu na porta, uma mulher a abriu:
Isabel: Oi, posso ajudá-los?
Nataniele: Oi, somos amigos da Isa, podemos vê-la?
Isabel: Claro! Vão fazer bem pra ela, entrem. - Entram no quarto e vêem a garota deitada em uma cama com roupas de hospital e um aparelho medidor de batimentos cardíacos ao lado da cama estava ligado a ela. A garota dormia.
Caio: Ela ta dormindo, não precisa acordá-la.
Isabel: Tudo bem, ela tem que tomar remédios daqui a pouco mesmo, vai ter que acordar de qualquer jeito. – Coloca a mão no ombro da garota – Isabela, filha acorda seus amigos vieram te ver.
Isabela: Ah, quem? – Se espreguiça e fala com certa dificuldade. Vira-se até vê-los. – Ah vocês, que bom que vieram.
Nataniele: Queríamos saber como você estava.
Isabela: Bem eu estou assim do mesmo jeito – Sorri – Pensei que vocês iam à casa do tio do Peres junto dos outros.
Caio: Resolvemos não ir, eles devem estar por lá esse horário.
Isabela: A Carolina e a Bia vieram aqui ontem e me disseram que iam, eu também ia só que daí essa droga de coração começou a falhar de novo.
Nataniele: Mas você já sabe o que é?
Isabela: é um problema no miocárdio.
Caio: E você pode sair daqui quando?
Isabela: Vai depender da minha recuperação, se eu melhorar posso sair se não terei que fazer uma cirurgia.
Caio: Quando?
Isabela: Depois do mês que vem, mas eu espero não precisar.
Nataniele: Nos também.
Isabela: E vocês como estão?
A conversa segue e alguns minutos depois os garotos vão embora. O mês de julho termina marcado pelos quatro funerais, após isso os alunos remanescentes, com exceção de Isabela voltam para escola, uma grande sala agora preenchida por poucos alunos:
Eduardo: Bom dia pessoal. Vamos retomar a matéria ok.
Duas semanas se passam e reunidos para fazer um trabalho escolar na casa de Natalia um assunto volta à tona:
Peres: Não podemos parar, ainda faltam quatro meses pro ano acabar.
Natalia: Seriam mais quatro mortes até o fim do ano, não quer dizer que possa ser todas de alunos, pode ser de algum parente ou professor.
Peres: Eu não quero que nenhum parente meu morra! E os professores também não!
Natalia: Mas se investigarmos mais podemos mexer na maldição e causar mais de uma morte por mês.
José: Olha, eu já pensei nisso antes e acho melhor falar com vocês, podemos nos salvar assim.
Peres: Sim, diga logo!
José: O motorista do ônibus da escola, ele só morreu porque começou a se intrometer na maldição, ele não corria nenhum risco.
Natalia: Aonde quer chegar?
José: eu pensei na seguinte possibilidade, nos podemos induzir- Faz aspas com os dedos – Algumas pessoas a se intrometeram na maldição, assim elas morrem e nos continuamos vivos.
Peres: Você quer matar elas!
José; É um preço a ser pago. Eu não to nem um pouco afim de morrer e vocês também não.
Peres: E valeria a pena sacrificar uma pessoa inocente pra ficar vivo?
José: E não valeria? Ninguém aqui pediu pra cair na sala 3 e ser vitima da maldição, os mais inocentes aqui somos nos!
Natalia: Você tem razão, mas quais pessoas poderíamos induzir então?
José: Sei lá, tem alguém ai que vocês não gostem?
Natalia: Até tem, mas eu não conseguiria fazer isso.
Peres: Finalmente alguém que concorda comigo!
José: Dois fracos isso sim!
Peres: Fracos não, nos apenas temos sentimentos!
José: Eu também tenho só que estou tentando salvar suas vidas também!
Peres: Nossas? Você está pensando em você primeiro de novo! – Levanta-se da mesa.
José: Claro! Ou vai me dizer que nunca fez isso? – Também se coloca de pé - Ora deixem de ser hipócritas, vocês querem isso tanto quanto eu! Me cobraram o ano todo que eu sendo o mestre das contra medidas deveria criar um meio de resolver o problema e agora não querem aceitar!
Peres: Não essa a questão! Eu não vou sacrificar outras pessoas pra continuar vivo!
Se você não tem caráter eu tenho! – Ambos já falavam aos berros.
José: Caráter não entra em jogos em situações como essas!
Natalia: Ei ei ei! Calma ai vocês dois! Se querem brigar vão lá na rua, aqui dentro da minha casa não! – Entra no meio dos dois.
José: Não precisa de briga, eu já vou indo mesmo – Pega seu material – Podem deixar que eu termino minha parte do trabalho e depois entrego a vocês – Sai andando.
Natalia: Quer que eu te leve até a...
José: Não obrigado eu sei o caminho. – Sai do ambiente, o som da porta batendo pode ser ouvido.
Peres: Droga! – Coloca as mãos na cabeça - Essa maldição vai acabar é com a nossa amizade também! Já não bastam nossas vidas?
Os dias passam e já próximos do meio do mês Isabela continuava com o mesmo quadro, a tensão na sala se mantinha a mesma e ninguém conseguira encontrar um novo suspeito para o cargo de morto da sala.
Após o primeiro período de aulas Eduardo e Luciana andavam pelos corredores rumo à sala dos professores:
Luciana: Você já soube da ultima do nosso querido diretor? – Fora irônica.
Eduardo: O que ele fez dessa vez?
Luciana: Aquele louco quer colocar mais alunos na nossa sala.
Eduardo: O que?
Luciana: Exatamente o que você ouviu.
Eduardo: E você não falou nada?
Luciana: Eu tentei, mas da pra argumentar com ele?
Eduardo: Se você realmente quiser da! – Sai andando enfurecido pelo corredor deixando a professora falando sozinha.
Luciana: Aonde vai seu cretino! – Grita – Era só o que me faltava, ter que agüentar desaforos de um moleque!
Eduardo corria enfurecido pelo corredor, respirava rápido, estava com a cara fechada. Entrou correndo na sala do diretor abrindo com tudo a porta que estava fechada:
Eduardo: Que historia é essa!
Diretor: O que foi Eduardo? Isso é jeito de entrar na minha sala?
Eduardo: Não importa o jeito! Como você pode colocar mais alunos na sala três! Se esqueceu da maldição? – Bate com as mãos na mesa balançando os objetos que ali estavam, papeis, grampeadores, canetas, abridores de carta, canetas, entre outros.
Diretor: Não! É claro que não! Mas são ordens da secretaria de educação, eu simplesmente não posso recusá-las.
Eduardo: Tentou ao menos negociar? – Coloca uma mão na cintura e outra no rosto.
Diretor: Claro que sim! Mas o novo secretario veio de fora da cidade e não conhece a maldição, ele não aceita uma sala de oitava serie com apenas seis alunos! Não tem nada que eu possa fazer!
Eduardo: Recuse! – Bate na mesa novamente.
Diretor: Eu não posso! Isso custaria meu emprego! Alem do mais os novos alunos devem entrar na sala já na próxima semana.
Eduardo: Droga! – Grita.
Diretor: Acalme-se Eduardo, olhe seu estado!
Eduardo: Me acalmar? – Ri – Você quer que eu me acalme/ Você pelo menos sabe o que é dar aula numa sala onde você pode morrer de uma hora pra outra? – Aproxima seu rosto do de seu superior – Não você não sabe, por isso não se importa que novos alunos entrem!
Diretor: É claro que eu me importo! Acha que eu também não fico preocupado? Mas não posso fazer nada!
Eduardo: Se você realmente quiser dá! – Berra. – é só você querer!- Esmurra a mesa e acerta na ponta de um abridor de cartas, a instrumento feito de aço salta e voa até seu pescoço, a parte afiada passa em sua jugular a dilacerando fazendo com que seu sangue jorra-se sobre o diretor, até cair no chão e começar a se debater.
Diretor: Eduardo! – Corre até o homem ensangüentado, tira seu casaco e tenta, em vão, estancar o sangramento – Ai meu deus! Alguém me ajude aqui! – Grita pedindo ajuda, a ambulância é chamada, mas os paramédicos chegam e já encontram o professor sem vida, seu sangue estava por toda a sala da diretoria.
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