Another: Collection Dead! escrita por Zé Padovani, lHira


Capítulo 10
Setembro e outubro!


Notas iniciais do capítulo

alunos: 7/30professores: 1/3



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Era setembro, inicio do outono no Japão, as folhas secas e avermelhadas deixavam os galhos das arvores. Na escola Yomiyama os jovens da temida sala três estavam receosos, naquele dia Isabela iria para sala de operação:

Natalia: Ele deve estar operando nesse momento – Encarava seu relógio de pulso.

Nataniele: Vai correr tudo bem, eu espero.

Peres: É setembro e ainda não morreu ninguém, ela é uma forte candidata, já que esta na mesa de operação.

Em um dos corredores do grande prédio ocupado pela escola José e Luana conversavam seriamente:

Luana: Tem certeza que é isso que quer?

José: Pode salvar a Isa.

Luana: Mas e se não funcionar? A Cléo pode morrer só depois dela.

José: Eu já pensei nisso, mas mesmo que não salve a Isa pode salvar outro de nos.

Luana: OK acho que vai mesmo valer a pena. Olha ela esta vindo – Balança a cabeça indicando a mulher que já há um ano trabalhava como servente na escola.

José: Vamos lá – Retira uma das listas de alunos de anos anteriores de dentro da sua mochila – Ora de botar as garras de fora – Respira fundo e anda ate a mulher que dava inicio a limpeza do local. Luana o seguiu – Oi Cléo!

Cléo: Oi menino! Tudo bem? – Se apóia com ambas as mãos no cabo da vassoura que usava.

José: Tudo, e você? – Sorri

Cléo: To mais ou menos, sabe eu levei um tombo na escada semana passada e meu joelho ta doendo dês daquele dia e...

Luana: Poso perguntar uma coisa?

Cléo: Pode!

Luana: Você já estudou na sala três?

Cléo: Graças a deus nunca! – Faz o sinal da cruz – Deus que me livre não quero nem saber daquela sala!

Jose: Com o tempo você se acostuma, sabe é até bizarro no começo, mas a cada morte você fica mais aliviado por não ser você.

Cléo: Espera um pouco... Vocês são de lá! Vão embora! Não falem mais comigo!

Luana: Calma Cléo! Não vamos fazer nada pra você!

José: Ora Cléo seja franca com a gente, você deve ficar no mínimo curiosa sobre como a maldição acontece.

Cléo: Nunca! Nunquinha! Nem um pouco de vontade!

Luana: Nada mesmo? Jura?

Cléo: Bem na verdade eu queria saber por que ela acontece.

Jose: é mais ou menos assim – Explica a maldição para ela. – Entendeu?

Cléo: Mais ou menos.

Luana: Sabe nos usamos umas listas de alunos antigos da sala pra tentar descobrir quem é o morto. – José aproveita a distração para colocar a lista que tinha escondida entre as coisas que a servente carregava em seu carrinho de limpeza.

No hospital Isabela se encontrava deitada, sedada, na mesa de operação com o peito aberto, rodeada de médicos e enfermeiras que mexiam em seu órgão vital:

Medico: Bisturi! – Uma enfermeira lhe entrega o objeto ele o usa para fazer uma pequena incisão no coração da garota – Vamos lá, só mais um pouco – Ele tinha pouco tempo para agir. A mesa era iluminada por um conjunto de luminárias, presas a um suporte, colocadas sobre a mesa. – Pronto! – Termina de abrir a incisão - Preciso de um pinça! – Lhe é entregue a pinça – Vamos lá garota! Eu sei que você agüenta...

Do lado de fora da sala, à mãe de Isabela assistia tudo por um vidro:

Isabel: Deus eu lhe peço, por favor, coloque sua mão sobre minha filha e a ajude nessa! Por favor, é tudo que lhe peço poupe minha filha dessa terrível maldição... – Dentro da sala a luminária sobre a mesa faz um leve movimente centímetros para baixo – Não! Por favor! Se for para leva- lá em minha frente não! – Gritava e batia no vidro, sua lagrimas já lavavam seu rosto – Não!

Medico: Mas o que é isso! – Vira-se tentando entender o que acontecia. A luminária soltasse do suporte e despenca sobre a garota caindo sobre seu peito aberto – Meu deus!

Rápido tirem isso de cima dela!

Isabel: Não! – Grita e esmurra o vidro – Isabela! Não! - O medico e as enfermeiras tiram a luminária de cima da garota e encontram seu coração completamente esmagado.

Medico: Perdemos ela!

Isabel: Não! Filha! – Enfermeiros aparecem e tentam conte-la – Filha! – Berrava – Por quê? Por que deus! Por que permite algo como essa maldição! – Berrava e lutava para se soltar dos braços dos enfermeiros, em seu rosto os olhos já vermelhos derrubavam lagrimas aos baldes – Por quê?! – Grita.

Na escola Cléo empurra o carrinho até o local onde guarda os produtos e utensílios de limpeza:

Cléo: Aquele historia é horripilante credo! – Começa a esvaziar o carrinho quando acha a lista – Mas o que é isso? – Le a inscrição na capa – Alunos da sala três: ano de 1983. É daquela sala maldita! – Abre e lê alguns nomes – Credo! Olha, morreu decapitado em 20 de maio, atropelada em 18 de junho, morte por doença em 30 de julho, Credo! – Coloca a lista em uma prateleira – Depois eu devolvo isso na biblioteca.

Outubro. Era por volta do dia 20 e a morte do mês ainda não havia chegado. Peres continuava incessantemente procurando o morto, vez ou outra tinha alguma ajuda. Neste dia excepcionalmente o ajudante era caio. Estavam juntos na biblioteca:

Peres: Droga acho que já reviramos todas as listas da sala!

Caio: E pelo jeito mais de uma vez cada uma.

Márcia: Talvez não. – Se intromete na conversa.

Peres: Ahn?

Márcia: Existem 3, ou melhor 4 listas que estão desaparecidas já a um tempo.

Caio: Desaparecidas?

Márcia: É, algumas já tem anos e a mais recente a aproximadamente um mês.

Peres: Essas listas são de que anos?

Márcia: A mais recente de 1983 eu acho, as outras são de 1992, 1999 e 2006.

Caio: E aonde quer chegar com isso? Não entendi.

Márcia: Se o morto for um ex-aluno o nome dele estará em uma lista de salas antigas, vocês não encontraram o nome de ninguém até agora, ou seja...

Peres: O nome está em uma dessas listas!

Caio: Ata, agora entendi!

Peres: E onde achar essas listas?

Márcia: Eu não tenho a menor idéia.

Peres: E os registros de locação?

Márcia: Bem pensado. – Anda até o balcão e pega um grande livro de capa branca já envelhecida – Vejamos – Começa a folhear o livro – Aqui. Listas da sala três.

A de 1983 não é locada desde 2000.

Caio: Então como desapareceu?

Márcia: Ela foi devolvida, mas só pode ter sido roubada.

Peres: E as outras?

Márcia: Vejamos... – Muda mais algumas folhas – Aqui, 1999 locada a ultima vez em 2002, aqui diz que não foi devolvida. Parece que o locador a perdeu. Agora 1992, não locada desde 1994 o locador também a perdeu.

Caio: Povo irresponsável!

Márcia: E 2006. Locada pela ultima vez em 2011, também foi perdida.

Peres: Temos que procurar, se acharmos elas achamos o morto!

Na ultima semana de outubro o diretor pediu para que Cléo limpasse as janelas do terceiro andar do colégio, ela obedeceu:

Cléo: Ai droga! Eu tenho medo de altura – Se apoiava no parapeito da janela, debruçada para fora esfregava os vidros com um pano. – Mas uma lembrança voltou a sua mente – Nossa! Eu não devolvo aquela lista! – Suas mãos escorregam e ela despenca – Aaaaaaaah! Grita enquanto cai. Chega ao chão de cabeça, seu crânio e seus miolos são jogados pelo gramado da escola. Era morta de outubro, o plano de José tinha dado certo.

No dia seguinte ao velório da servente na sala de aula:

José: E então você fez aqueles exercícios?

Luana: Sim, mas acho que não estão certos. – Peres entra correndo na sala e puxa José pelo braço.

José: Hey! Me solta!

Luciana: Garotos! O que é isso! – Grita.

Peres: Você fez o que falou que ia fazer né! Você é um imbecil José!

José: Eu pelo menos salvei alguém daqui! E você? – Peres o acerta um soco na cara, arrancando sangue de seu lábio inferior.

Peres: Mal caráter!


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Notas finais do capítulo

eu mereço comentarios?