Assassin's Creed High School escrita por Olive Dunham Kenway


Capítulo 34
Capítulo 34- Glória


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, mas realmente tá dificil escrever o final dessa fic eu tive que me inspirar em um video do Olan Rogers (se você entende bem inglês, chequem o canal dele. É muito bom. Aqui o link pro canal dele: youtube.com/channel/UCNmXRwlQMlyXtLj-L9x3hLQ e pro video que eu usei pra fazer o cap: https://www.youtube.com/watch?v=L5xQ7wWDRPs) Mas enfim, espero que gostem meus amores :D



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Acordo cedo para ir para a escola. Quando me olho no espelho percebo que parece que eu levei um soco em cada olho. Eu dormi pouco e provavelmente dormi em um posição muito esquisita porque meu corpo inteiro está doendo. Mas a despeito disso, me visto para ir para a escola e quando saio do quarto para ir até a cozinha fazer o café da manhã encontro todo mundo jogado na sala de estar. E quando digo todo mundo, eu quero dizer TODO MUNDO. Ezio, Altaïr, Malik, Shaun, Becca, Arno, Kadar, Lucy, Desmond, todo mundo!

–Como raios eu vou acordar essa cambada de vagabundos? –choramingo.

Me abaixo perto de Altaïr e balanço seu corpo pelos ombros.

–Vamos, acorda!

–Hum...

–A gente tem escola, seus bêbados. –ainda estou falando baixo. –Qual é, vocês que quiseram beber até tarde agora levantem do meu tapete!

–Ah... Deixa a gente... – Ezio resmunga.

–Vamos gente, a garota tá certa. Levantem aí. –Arno se materializa ao meu lado. Eu me assusto e me jogo para o lado, usando o corpo de Altaïr como escudo. –Ah, me desculpe por isso, sempre reclamam que eu apareço de repente.

–Sem problemas. –gaguejo. –Pode me ajudar a levantar esses dorminhocos?

–Claro, me dê um segundo. –ele entra no quarto e fica lá por alguns minutos.

Enquanto estou esperando por Arno decido fazer um café para os meus amigos quando eles acordarem. Tenho certeza que irão precisar de bastante café.

Quase quebro as canecas quando Arno estoura um lançador de confetes no meio da sala.

–Mas que caralho é esse?! –meu grito é acompanhado pelos gemidos altos dos meus amigos que acordaram com o barulho.

–Um lançador de confetes. –ele diz como se fosse a coisa mais natural do mundo.

–E por que você faz uma porra dessas Arno?! – está cobrindo o rosto com as duas mãos. Ele está vermelho.

–Parecia ser um bom jeito de acordar todos de uma vez.

–Você tá achando que tá na revolução francesa pra ficar estourando bombinha na casa dos outros? – Desmond está mais do que irritado.

–Parem de resmungar e venham comer alguma coisa. Precisamos ir para a escola. –digo com a voz mais suave que consigo encontrar dentro de mim.

–Você tá de zuação né, Olivia? –Becca não está de bom humor.

–Vocês quiseram ficar farreando a noite toda e nós falamos sobre ir à escola ontem. Eu preciso fazer isso e agora que estamos acabando o ensino médio nossos dias juntos vão diminuir drasticamente, então vamos, meus amores.

–Hum...

–Venham, eu tô fazendo um café da manhã delicioso pra vocês. –dou meu melhor sorriso.

–Não quero comida... –Altaïr usa o corpo de Malik para cobrir seu rosto.

–Eu quero vocês de pé agora! –berro. –Andem, andem, se mexam, acordem, levantem e se vistam antes que eu me use de métodos de tortura medieval!

–Como o que? –Arno ergue uma sobrancelha para mim.

Largo a frigideira e abaixo o fogo. Pego um travesseiro do sofá e vou até Ezio, que está mais perto de mim. Viro seu corpo para que ele fique de barriga para cima e então me ajoelho sobre seus braços abertos. Ele abre os olhos em espanto. Coloco o travesseiro sobre seu rosto e pressiono com certa força. Ele começa a se debater desesperadamente e alguns segundos depois ele bate na minha perna de leve. Um sinal de rendição. Saio de cima dele e então o italiano recupera o fôlego.

–Se vista. –digo. –Agora.

–Claro...

–Arno, pode tirar os ovos da frigideira por favor? –peço.

–Ok.

Vou até Becca e repito o processo. Ela fica irritada, mas hei, eu também estou irritada com essa idiotice deles. Mas pelo menos Lucy, Shaun e Malik se levantaram de uma vez e não me deram mais trabalho. E Lucy convenceu o namorado a fazer o mesmo, o que é um esforço a menos e que fez com que todos levantassem, menos Altaïr. E isso me irrita pra caramba.

Mas mesmo irritada acho que com Altaïr eu posso ter pegado um pouco pesado.

Eu peguei um cantil para caminhadas que temos em casa largado e o enchi de água. Eu fui até o Assassino joguei toda a água em seu rosto. Ele se levantou tão rápido que quase distendeu um músculo. Ele começou a tossir e hiperventilar.

–Levante. –digo com um pouco de culpa evidente na voz. –É nossa penúltima semana na escola e eu realmente preciso ir. E eu realmente preciso de vocês comigo nesses últimos dias.

Ele ainda está respirando bem rápido.

–Respire devagar, Altaïr. Você vai desmaiar desse jeito.

–Você deveria... ter pen-pensado nisso... antes.

–Eu terminei o café da manhã. –Arno se ajoelha ao nosso lado e esfrega as costas de Altaïr, tentando acalma-lo.

–Obrigada. –digo. –Vamos, Altaïr, você vai se acalmar logo, logo. –eu e Arno o ajudamos a levantar e sentar na mesa de jantar.

Nós comemos os ovos, pão e panquecas que Arno fez para nós (que estavam incríveis) e saímos dez minutos atrasados para pegar o trem. O que quer dizer que nós não vamos pegar o trem.

–Nós não precisamos chegar cedo. O diretor não liga mais pra quem passou de ano. –Ezio fala.

–Mas eu preciso resolver a questão da música especial que Misaki pediu e verificar as horas-aula que tive durante o intercâmbio.

–Por quê?

–É sempre bom checar se a escola recebeu todos os detalhes sobre meu período fora. Se algo estiver errado eu posso não me graduar com vocês.

–Ok, vamos com você então. –Des bagunça meu cabelo com a sua mão.

–Obrigada, mas não precisa. Vai levar menos de cinco minutos.

–Oh, isso parece ser uma boa ideia. –percebo que Altaïr está falando no telefone. –Ok, vou falar com o resto do povo. Me dá um instante. –ele olha para nós. –Connor conhece um cara que pode reservar um campo de paintball pra hoje a tarde, mas todo mundo precisa ir e mais um pouco.

–Oh, vai ser incrível! –Becca parece ultra animada. –A gente pode convidar outras pessoas certo?

–Quem? Nós só conhecemos nosso grupo. –Shaun relembra.

–Bem, Aveline vai também. Bem, ela pode ir. –Malik diz. –E Kadar conhece algumas pessoas certo?

–Bem, sim. Jonnatan e Wesley adorariam ir com a gente.

–Diz pro Connor que pode confirmar com o cara. A gente arranja mais pessoas depois. –Ezio está tão animado quanto Becca.

–Ok. –Altaïr volta a falar no telefone. –Pode acertar tudo. A gente ajeita o restante.

O árabe desliga o telefone pouco antes de entrarmos na estação do metrô.

–Bem, então o plano pra hoje é resolver os problemas da Liv com o diretor e com a Misaki e então recrutar algumas pessoas pro paintball de hoje. –Ezio grita acima do barulho da multidão.

–Gente... Eu nunca joguei paintball. –acho que eles nem conseguem me ouvir.

–Relaxa, é bem fácil. –Altaïr me ouviu. –Você já usou uma arma de verdade, vai se sair bem com uma de paintball.

–E você pode ficar comigo também. –Malik dá de ombros.

–Você ainda pode usar uma pistola. Sabe, paintball quase não tem coice. –Becca propõe.

–Valeu, mas eu não quero levar uma bolada de tinta no meu saco. –Malik fala ao entramos no trem. E talvez tenha dito alto demais e algumas pessoas no vagão viraram para olhar para nós.

–Bem, eu vou tentar uma vez, se não der certo, paciência.

–Pois é. –Becca encosta sua cintura na minha, já que não pode me abraçar nem nada do gênero, já que estamos de pé no trem. E precisamos nos segurar. –Vai ser incrível.

Ao chegar à escola eu me separo dos outros e vou até a secretaria resolver logo a questão dos meus registros e ainda bem, tudo está certinho. Agora eu só preciso falar com Misaki.

Estou indo até a sala do conselho estudantil quando Connor me encontra no corredor. Ele me dá um beijo rápido e segura minha mão.

–Vai ver a Misaki agora? –assinto.

–Ezio te contou dos planos para hoje?

–Foi. Parecem bons planos. –ele ri de leve. –Os Mestres nos liberaram a gente por hoje então vamos nos divertir.

–Não acredito que os velhos liberaram todo mundo.

–Eles estão confiantes depois das descobertas que tivemos esses dias. –Connor já está abrindo a sala do conselho. –Ei, Misaki, a gente só veio pra confirmar que a Olive vai se apresentar na formatura ok?

–Mas o quê?!

Connor me pega pela cintura e me empurra para trás, soltando-me, mas logo Ezio e Leo me pegam pelos braços e me carregam para longe.

–Até mais Misaki, estamos um pouco atrasados para o segundo tempo. –ouço Connor dizer.

–O que vocês acham que estão fazendo? –minha voz é um grunhido.

–A gente vai te ajudar com a música, mas você precisa participar. Vai ser incrível! – Leo fala sorrindo. –Precisa marcar seu colegial.

–Eu vou marcar a sua cara!

–Se acalme um pouco. –Ezio me coloca no chão. –Vai ser bom pra você. Agora vá estudar e aprender nesses seus últimos dias da escola. –ele me joga para dentro da sala e então me segue.

Depois de conseguir me recompor e chegar até o meu lugar de sempre e me sento soltando um suspiro pesado.

O professor entra e a segunda aula começa.

Assim que a aula termina todos nós nos juntamos na frente da escola. Somos um grupo de quase vinte pessoas: eu, Ezio, Connor, Arno, Altaïr, Malik, Des, Aveline, Kadar, Leo, Lucy, Shaun, Beccae dois amigos do Kadar, Jonnatan e Wesley. Connor disse que alguns dos velhos querem ir também, mas não nos disse quais.

Nosso grupo quase encheu o ônibus e chamamos atenção por onde passamos.

Caminhamos por uns vinte minutos até chegarmos até o campo de paintball onde minha mãe, senhor Haytham, tia Ziio, vovô Ed e o senhor Miles.

–Vovô? O senhor vai jogar? –Connor está surpreso.

–Não me chame de senhor, eu não sou seu pai. –ele ri. –E vou jogar sim. É sempre bom jogar um pouco.

–Bem, vamos fazer os nossos times. –Aveline começa a escrever nossos nomes em um pedaço de papel. –Somos vinte, vamos fazer cinco times de quatro?

–Pode ser. –concordamos.

Eu fico no time com Leo, Wesley e Arno. Os outros times ficam: Ezio, Aveline, vovô Ed e Becca; Connor, Lucy, Kadar e Jonnatan; Haytham, Des, minha mãe e Altaïr; Malik, senhor Miles, Shaun e tia Ziio.

Cada time se separa e vamos colocar nossas “armaduras” e escolher nossas armas.

Primeiro vamos na parte que o dono chamou de Área 51. Basicamente era um pedaço de deserto cheio de cercas de arame farpado, alguns “prédios” pequenos que podiam servir de esconderijo, várias naves alienígenas e um pequeno lago. O lugar é imenso. Deve ser super caro.

Nós nos dividimos em bases e depois de dois minutos um alarme soa e anuncia o inicio do jogo.

Sabe, é aterrorizante estar em um jogo contra Assassinos treinados. Tenho pena de Jonnatan e Wesley. Eles nem sabem o que os espera.

–Vamos atrás deles? –Wesley prepara sua arma.

–Bem, não podemos ficar aqui. Vamos ser massacrados. –Leo parece tão inseguro quanto eu.

Nós corremos para fora enquanto Arno e eu damos cobertura para os outros. Arno consegue acertar Jonnatan na cabeça. Ouço alguém gritar “Headshot!” e então “Vingança!”. O lugar explode em tinta de todas as cores.

Arno leva um tiro bem nas bolas. Admito que foi engraçado. Principalmente porque quem deu o tiro foi dado por Malik.

Leo leva três tiros de uma só vez. Todos nas costas. E parece doloroso.

Do meu time só eu e Wesley sobrevivemos para chegar até o esconderijo.

–Ok, e agora? –Wesley pergunta.

–Eu não sei, é a minha primeira vez! –admito nervosamente.

–Bem, vamos passar por trás do lago, perto daquelas plantas e tentar pegar o time do Kadar. Eu vi eles correndo por ali.

–Vamos fazer isso então.

Nós nos arrastamos pelo chão pela borda do lago por entre os arbustos secos (o que leva uns dez minutos) até chegarmos ao meio do lago, onde nos levantamos para verificar o local.

É quando alguém simplesmente sai de dentro da água e atira em nós sem a menor misericórdia e sem intervalos. O maldito tem uma automática, então pode atirar o quanto quiser apertando o gatilho só uma vez. Ele deve ter atirado em nós umas vinte vezes. O que com certeza deixou uns hematomas em todo o meu corpo.

–Cara, você deveria continuar atirando! –Wesley guincha como um esquilo.

Ele tira a máscara. É Ezio.

–Desgraçado. –consigo dizer.

–É parte do jogo. Se você não consegue aguentar a dor, não jogue!

Eu não sou muito boa em brigas verbais e não tinha nenhuma frase para rebater, então peguei uma das frases que minha mãe costumava dizer:

–Bem, não é, e isso vai voltar e te morder na bunda... senhor!

Ezio só ri e aponta o caminho que devemos seguir até a área onde iremos esperar a partida acabar.

A partida acaba e vamos para outra área chamada Amburger Hills.

Como o lugar era praticamente uma floresta tropical cheia de morros altos e íngremes, decidimos nos dividir para pegar o maior número de pessoas (ficamos em último lugar na contagem anterior). Mas eu só queria pegar a bunda do Ezio e enchê-la de tinta.

Eu fico com Wesley e eu digo para irmos até o morro mais alto. Ezio é um ótimo franco-atirador, é onde ele está, tenho certeza.

Depois de escalarmos a encosta em estilo militar, nós nos escondemos atrás de dois montes de terra. E é quando tenho confirmação visual do meu alvo. Olho para Wesley e sussurro:

–Ezio está do lado oposto de nós. Quando eu contar até 3, nós derrubamos ele. 1... 2... 3!

Eu saio detrás do monte de terra, caindo sobre um joelho e então começo a apertar o botão do gatilho o mais rápido do que o humanamente possível. Eu estou tão preocupada. Talvez nem esteja acertando o alvo porque minha máscara embaçou com a minha respiração quente! Mas eu apertei o gatilho até que cada pedaço de tinta estivesse fora da arma e, esperançosamente, no meu alvo.

Mas eu tenho Wesley como meu plano B. Se eu não acertar, ele vai!

Quando olhei para minha direita esperando ver Wesley, mas eu vejo que ele ainda está escondido atrás da porra do monte de terra olhando pra mim! Então eu começo a gritar:

–Weeesley! Atira nele!

Wesley sai do monte de terra e atira.

–Isso, Weeesley!

Em mim! No meu seio direito! Eu nem estou usando nenhuma proteção nessa região, o que quer dizer que dói dez vezes mais!

–Seu filho da mãe!

Mas eu volto a olhar para Ezio. Levo alguns segundos para perceber que algo celestial aconteceu.

Cada um dos meus trinta ou trinta e cinco tiros foram um total e irrevogável tiro certeiro.

E como ele estava de quatro para ter uma visão melhor lá de baixo e eu cai sobre meu joelho para me apoiar.... cada um dos meus tiros acertou sua bunda.

A glória.

Eu acertei a bunda dele umas trinta vezes. Isso deve ter doido pra caralho!

A glória!

Mas eu sei que sou uma mulher morta então minha próxima reação é a de fugir. Eu dou uma cambalhota para trás e agarrei Wesley pelo braço e:

–A gente tem que ir! A gente tem que ir, Wesley!

Eu o arrasto morro abaixo e nos refugiamos na área onde os jogadores eliminados ficam.

Uns cinco minutos se passam e Ezio aparece na sala.

Ele está segurando sua bunda dolorosamente e grita:

–Quem fez isso?! Quem?

Ele levanta um dos que estavam sentados e continua:

–Alguém atirou em mim... 35 vezes! QuEeem vez isso?!

Preciso controlar minha risada.

Ele vai até cada um dos jogadores e olha nos seus olhos (ou na região dos olhos, ainda estamos de máscara), interrogador. Ele está trás de sangue.

Então o italiano chega em mim e me analisa. Eu queria que ele pudesse ver meu rosto. Ele veria um sorriso.

Um sorriso satisfeito de quando o mundo dá a volta que estávamos esperando.

E eu tive um daqueles momentos que o céu te dá a oportunidade de dizer aquela frase épica que ficará marcada na história.

Eu disse:

–Parece que isso voltou e te mordeu na bunda... senhor.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Cometem então :D



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