Animê Bizarre escrita por HinaKaulitz


Capítulo 5
Durma Hinata




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Eu dormi na aula. Aff, o sono estava tão bom! Por que me acordaram?

-Hinata!!!

-Hunmn...?

-Acorda mulher!

Romeu estava me sacudindo. Eu não tinha percebido até que, naquele vai-e-vem, acabamos nos beijando. Não sei bem se foi isso mesmo, já que estava morrendo de sono pra pensar, mas por um momento achei que as mãos de Romeu se firmaram em torno dos meus braços. Ele estava apertando intensamente meus braços. Cruzes!!! Acordei na hora.

* (minha primeira reação foi virar a mão na cara dele com tudo. Foi um estalo terrível.) *

-Seu safado! – gritei enquanto tentava me soltar.

-Hinata... – Falou meio que grogue.

- Vá beija a mãe! Está pensado o que? – disse furiosa.

Ele, no entanto, ficou imóvel. Eu saí da sala fuzilando-o com os olhos. Ele finalmente se movimentou, quando eu já estava desviando minha atenção dele. Assim que saí da sala, caí em mim. Eu estava atrasada pra próxima aula e o Kiro estava no corredor, de frente pra sala que eu acabara de sair. Ele viu. Não pude deixar de ir falar com ele. E se ele falasse aquilo pro Tom ou pro Strify? Nossa! Eu ia querer me enterrar.

-Kiro? O que está fazendo aqui?

-Eu ia à secretaria, até que vi o Romeu te chacoalhando, achei interessante e parei pra olhar. Que beijão. Foi de língua?

Não respondi... Tinha ficado extremamente vermelha. E isso acabou não ajudando, já que ele acabou pensando o pior.

-Aff, que houve? O que é isso senhorita Hina... Foi chupão?

-Na... A.. Claro que não – disse abaixando o rosto e corando ainda mais.

Desviei do Kiro. A conversa ficou muito constrangedora. Mas, por um momento eu pensei que seria melhor ter ficado lá. Pura intuição. E por que eu não fiquei? Como sou idiota, pensei, assim que entrei em sala. Strify e Mey me olharam como se eu fosse um individuo desconhecido que acabou de entrar desesperadamente na sala. Sentei-me do lado de Mey.

- O que houve? Você está gélida! Meu Deus, você tem certeza que você ta bem?

-Estou ótima- disse, tentando inutilmente disfarçar meu nervosismo.

-Que stress, me conta.

-Não posso.

-Por quê?

-Strify.

- Que tem ele?

-Não pode saber. Na verdade ele vai saber, mas não precisa ser agora. Eu estou encrencada. Amanhã não quero nem aparecer na escola.

-Mais você ta doida? Amanhã é sábado. Seja lá o que tenha acontecido, você esta parecendo drogada e esta me matando de curiosidade. Conta logo.

-Ai, meu Deus! – Reclamei, quase lamentando ter tocado no assunto.

-Hinata, tem a ver com o Romeu?

-Como assim- meio que gaguejei

-Você não me engana.

-Foi ele sim.

-O que houve?

-Eu dormi na aula. E quando eu acordei o Romeu estava me sacudindo... E...

-E...?

-E acabamos nos beijando sem querer- disse rapidamente, me embolando com as palavras.

Mey arregalou os olhos e disse ‘’uau’’. Ela tinha gostado da notícia.

-Foi sem querer, por acaso, não é bem isso que você está – não pude terminar, pois Mey já tinha me interrompido.

-INCRÍVEL! Vocês se beijaram, que bom!

-Bom?! Cruzes, Mey vire essa boca pra lá. Isso é péssimo!

-Então por que você está tão vermelha, amiga?

Essa pergunta me complicou. A cor do meu rosto também não me ajudou muito. Mey ficaria com isso cravado nas idéias até que eu o beijasse de novo por livre e espontânea vontade. Isso é um absurdo! Eu jamais teria beijado aquele indivíduo se eu não tivesse dormido na aula e o CIDADÃO fizesse o favor de ME sacudir até beijá-lo. Está parecendo até que foi armação. Uma desculpa esfarrapada pra me beijar. Como se existisse um‘sem querer’ querendo.

-Como se existisse um ‘sem querer’ querendo! – murmurei.

-Repete isso Hina.

-O que foi?

-O que você acabou de falar – Quando ela falou isso, eu percebi que tinha pensado em voz alta. Não era pra eu ter dito aquilo.

-Não foi nada de mais, Mey. Só estava pensando em alguns tipos de incoerência.

-Eu ouvi muito bem. Por que você não assume logo que beijou e pronto. Você mesma disse que não existe ‘sem querer’ querendo.

-Eu estava me referindo a ele.

-Então ele estava querendo? – Mey ficou empolgada. Ela deve ter achado que ele comentou algo em relação ao beijo.

-Não foi bem assim.

-Então você...

-Eu não! Ele. Foi por causa dele que tudo começou. Ele devia ter me deixado dormir.

-Sei. Como se você não tivesse ficado feliz por ele ter te acordado?

-Nem me fale. Acordei de um sonho pra um pesadelo- ironizei.

O tempo passou rápido. Para o meu alívio eu não vi mais o Romeu. Mas nem tudo é tão perfeito assim. Encontrei o Tom no portão do colégio. Ele fez aquela sua típica cara de malandro. ‘Isso não vai terminar bem’, pensei, assim que o vi andando em minha direção.

-Já vai Hina?

-Sim. Por quê?

-Você não vai ajudar nos preparativos pra festa de dia dos namorados? Faltam apenas três dias.

-Eu já acabei a minha parte. E você?

-Também.

-Ficou com o mais fácil- rebati

-Hina, você viu o Romeu?

-Deixe-me pensar... Graças ao meu bom Deus não.

-Ele ficou de ir jogar basquete comigo, o Strify e o Kiro. Se ele não aparecer, eu vou embora- Tom dá uma pausa e retoma sua fala olhando para mim- Tem certeza? Não se lembra a ultima vez que o viu?

Corei. Fui do vermelho ao violeta, chegando ao roxo e passando pelo arco-íris. Apesar de estar meio encabulada continuei olhando para Tom. Um erro gravíssimo, já que eu não esperava ter que ouvir o seguinte:

-Sabe Hina... - Tom respirou fundo e deu um leve sorriso, movimentando aquele piercing no canto de sua boca – Os raios solares te deixam muito sexy quando você fica corada- Tom piscou o olho esquerdo.

-Ta, né, fazer o que?

-Espera só até o Romeu ver isso.


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