Dark Angel escrita por docin1


Capítulo 25
Salvando Donzelas Em Perigo


Notas iniciais do capítulo

Hoy! Ainda estou meio insegura com esse cap, mas tomara que vocês gostem!
Já fico aqui imaginando a segunda temporada kkk' *--*



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Ela estava sentada em uma mesa, sozinha, na parte de fora da lanchonete, distraída com alguma coisa na rua para perceber que eu a analisava.

–O que ela quer? - Perguntei e Lucy me encarou

–Já dei o meu recado. - Ela se virou voltando-se às mesas de dentro da lanchonete

Respirei fundo antes de passar pela porta que me separava de Zatanna e outra mesa do lado de fora da lanchonete.

–Posso ajudar? - Perguntei mostrando o bloco de anotações lilás

–Oi Alícia. Eu gostaria de conversar com você por um instante.

–Me desculpe... Eu estou trabalhando.

–Quando você termina? Eu posso esperar.

–Eu saio daqui em uma hora. - Falei e ela assentiu

Minha última hora de trabalho se resumiu em observar Zatanna. Ela era doce e suave, tanto na aparência quanto na voz, sua expressão lembrava um sorriso, mesmo que ela estivesse séria.

Às 18h, a lanchonete fechou e os funcionários da parte da noite chegaram, para a lanchonete reabrir meia-hora depois. Troquei de roupas e saí da lanchonete encontrando-a no mesmo lugar que deixei a uma hora atrás. Caminhamos até uma Starbucks perto dali chegando aos poucos no assunto que eu queria evitar.

–Am... Eu a procurei porque fiquei surpresa, Dick não está feliz desde a festa na mansão Wayne, desde que vocês terminaram. Eu não sei exatamente se é isso, mas ele não parece bem. Estávamos conversando sobre trabalho, e das quatro vezes que ele precisou falar o meu nome, ele me chamou de "Lis". - Ela riu fraco, como se estivesse quase tão constrangida quanto eu

–Ele se acostumou com o meu nome.

–Ele não se acostuma tão fácil. Olha, eu não sei o que há com ele, e isso me preocupa. Eu não sei por qual motivo vocês terminaram, e isso não é da minha conta. Mas, eu acho que ele gosta mesmo de você...

–Ah, então você não sabe? Tudo bem, eu conto. O Dick terminou comigo. E deixou claro que não queria mais, disse que foi "divertido enquanto durou" - Fiz aspas com os dedos vendo-a arregalar os olhos azuis - Foi ele quem quis acabar, então não há motivos para deixá-lo triste!

Zatanna endureceu o rosto pensativa. Por mais que o fato de eu estar com Zatanna ainda fosse estranho para mim, nossa conversa durou muito mais do que eu imaginava. O assunto "Dick" era bem extenso, e não me senti mal em falar dele. Depois que Zatanna se foi, Suzi logo me encontrou ali.

Cruzando as informações de Zatanna com o que Suzi descobriu, eu já sabia que Dick e Bárbara já tiveram um romance. Um longo romance. E ao pensar nisso atravessando a minha sala de estar depois de um longo café, eu me sentia ridícula. Eu não devia continuar pensando nisso. Acabou, Alícia. Acabou. Repeti para mim mesma.

...]

Alguns dias se passaram. Eu cuidava sem dificuldade da família feliz Morris, e estava indo bem com a SHIELD e com Asa Noturna. Durante todos esses dias, não havíamos brigado se quer uma vez, mas não trabalhamos juntos para evitar essas brigas. Minha vida pessoal estava um pouco mais complicada.

Por mais que eu tentasse fingir, via Dick em quase todo lugar para onde ia. Às vezes era real, e outras ele desaparecia. Eu só posso estar ficando louca. Vê-lo tão perto e tão longe era realmente um problema.

–Alícia Amell! - Berrou Suzi quando entrei na sala onde trocava de roupas.

Era sexta-feira e eu já havia acabado o trabalho, Suzi estava terminando de se arrumar enquanto eu mexia no guarda-roupa.

–Se me disser que vai direto pra casa fazer sei-lá-o-que, vai ter briga! - Ela continuou

–Como assim, Suzana Lane?

–Vai ter uma feirinha daquelas de parque de diversões, e eu quero ir.

–Vá. - Falei sorrindo

–Há-há - Ela atirou uma almofada em mim - Vamos! Vai ser divertido!

Depois de muita insistência, aceitei o pedido de Suzi. Pouco tempo depois, ela estava buzinando e gritando o meu nome. Eu precisei correr até a janela para mandá-la calar a boca, mas quando vi o carro enorme e cheio de gente, só consegui mexer a cabeça em negação. Desci correndo e parei em frente ao carro antes de entrar.

–Vem logo, Lis! - Berrou Suzi

–Bem... O que eu tenho a perder? - Entrei no carro ouvindo o motor acelerar

Eu não estava muito bem encaixada ali, no meio de todos eles, mas sou obrigada a admitir que foi divertido. Era um clima bom. Estar ali me fez esquecer da Black Angel. Uma feirinha divertida, cheia de barracas e comidas típicas de parques de diversão.

Eu estava caminhando para a saída junto com os outros, quando uma garotinha me cutucou:

–Sim? - Perguntei fazendo todos parar, já era tarde, o que ela estava fazendo ali?

–Eu estou perdida - Ela choramingou

–Certo. - Olhei para Suzi e seus amigos - Eu vou levar ela até algum responsável daqui, podem me esperar?

–Claro, Lis. - Falou Suzi - Só não demora.

Caminhei segurando a mão da garotinha até a sala no meio do parque onde devia estar sendo contado o lucro.

Resolvi o problema facilmente. A mãe da garotinha já estava lá aos prantos, depois de me agradecer pelo menos mil vezes, me deixou sair pela porta, mas ficou para tomar mais água com açúcar. Assim que fechei a porta e desci os três degraus, um barulho ensurdecedor e uma força me empurrou para o chão. Olhei para trás. O cômodo todo estava em chamas, outra explosão.

As paredes e porta estavam intactas, mas o vidro voou para todo o lado.

–O que aconteceu? - Perguntou um garoto me ajudando a levantar

–Procura ajuda. - Mandei e corri para dentro

Havia fogo por todo lado. A primeira coisa que vi, foi a garotinha caída no chão. Tirei minha jaqueta e coloquei em cima da menina antes de pegá-la e sair correndo porta a fora. Quando a coloquei no chão, do lado de fora da casa, ela choramingou mais alguma coisa e pude entender que chamava pela mãe. Voltei para dentro.

Eu não conseguia ver muito com tanta fumaça preta, mas podia ouvir alguns gemidos e pedidos de socorro. As tábuas de madeira que deixavam o teto ali, começavam a despencar, iguais às colunas também de madeira. Eu acabava de tirar o último dos quatro homens que estavam lá, mas nada de achar a mulher.

Depois de correr pela casa em chamas, tossindo mais do que devia por ter inalado muita fumaça, encontrei-a no banheiro, desmaiada. Coloquei um de seus braços em volta do meu ombro e tentei correr com o peso dela em meus ombros. Há poucos centímetros da porta de saída, algumas tábuas caíram, bloqueando o caminho.

Eu tive que dar a volta pelo pedaço enorme de madeira, mas quando cheguei na porta, estava fraca para abri-lá e fraca para continuar aguentando a mulher em cima de mim. Consegui empurrar a porta e me atirar para fora com ela, empurrando-a primeiro. Caímos longe uma da outra. Eu podia ver as luzes de ambulâncias e carros de bombeiros, algumas pessoas em volta daqueles que eu tirei da casa.

Aos poucos, meus olhos se fecharam.

Acordei num quarto de hospital, não fazia muito tempo desde que eu saíra da casa em chamas, e observando a janela, eu podia ver que o céu estava escuro. Virei a cabeça para observar melhor o lugar, e me surpreendi vendo Dick ali, ao meu lado. Parecia irritado e impaciente.

–Dick? - Ele levantou os olhos encontrando os meus

–Será que você pode tentar tomar um pouco mais de cuidado? - Ele falou nervoso, ele não parecia estar ali como um namorado, mas como alguém que queria mesmo brigar comigo.

–E desde quando você se importa? - Berrei de volta

–O quê? Eu... - Ele não sabia como se justificar. Não me contrariou, o que foi bem pior.

–Eu pensei que tinha deixado claro: se vai sair da minha vida, saia de uma vez!

Ele me observou com um olhar quase indecifrável e depois se levantou da cadeira de plástico onde estava e passou pela porta batendo-a ao sair. Que droga. Eu podia sentir lágrimas queimando em meus olhos, mas me recusava a deixá-las rolar. Logo depois, Suzi entrou.

–Oque foi que você fez? Vai bancar a heroína agora?

–Onde estão os seus amigos?

–Já foram.

–Desculpa. Perdeu a sua carona.

–Tudo bem, eu chamei um taxi para nós, você já está de alta. - Ela me mostrou o papel - Foi mesmo o Dick que acabou de sair daqui?

–Sim.

–O que ele está fazendo aqui?

–Não sei.

–Eu o vi de longe lá na feira, mas achei melhor não dizer nada. E quando eu a encontrei, antes de colocarem você na ambulância, ele estava lá.

–Eu não quero falar dele, podemos ir? - Perguntei e ela assentiu


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Notas finais do capítulo

Um Super obrigada aos novos leitores ♥