LIA

- Socorro! – ela grita para os outros.

Todos me cercam para ver como eu estou.

- Leandro, você acha que pode fazer alguma coisa? – pergunta o de olhos verdes.

- Eu vou tentar – diz o rapaz que de vê se chamar Leandro

Ele tira com cuidado a jaqueta da minha perna. Quando eu olho, me da vontade de vomitar. A queimadura deixou minha extremamente vermelha e ainda saia muito sangue.

O garoto limpa o ferimento depois passa um tipo de pasta em volta da queimadura, e depois enfaixa de novo.

- Eu acho que isso vai bastar, mais você vai precisar de mais atendimentos – diz o garoto chamado Leandro.

Luana e a garota de cabelos loiros me carregam até perto de uma arvore. Elas me encostam nela e todos se sentam em volta. Eu sou a primeira a falar:

- Bem, agora eu quero explicações – eu digo encarando os quatro desconhecidos.

Eles se encaram.

- Bem Lia, meu nome é Percy, esse é Grover, Leandro e essa é Annabeth, minha namorada – Percy aponta um por um.

Annabeth se vira para mim e para a Luana

- Vocês duas por acaso já ouviram falar de mitologia grega?

Nos duas nos olhamos e respondemos juntas:

- Mas é claro que sim.

- Vocês sabem o que geralmente os deuses faziam – ele pergunta

- Eles desciam para a Terra e se apaixonavam por mortais – eu digo

- Tinham filhos com eles e depois iam embora – Luana continua

- E esses filhos se chamavam semideuses

Annabeth olha para os outros e fala:

- Eu, Percy e Leandro somos semideuses, e vocês duas também – ele diz

Eu estou de boca aberta. Como eu posso ser uma semideusa? Mas antes que eu ou a Luana pudéssemos falar alguma coisa, ela continua:

- Os Deuses ainda estão vivos e os monstros também, como o que acabamos de enfrentar. E só há um lugar onde semideuses como nós estamos seguros, o acampamento Meio-Sangue. Lá nós aprendemos a lutar e nos proteger. E é para lá que queremos levar vocês.

Isso é muita informação, apesar de eu não achar que fosse mentira a Quimera.

- Eu só peso uma prova, então – eu digo para eles

- Vocês sabem o que é um sátiro? – pergunta Percy

- Sim – nos duas respondemos ao mesmo tempo

- Grover por favor

Grover tira o chapéu revelando chifres e depois tira o tênis e a calças revelando pernas ou melhor patas de bode e cascos

- Tudo bem, isso já é suficiente para mim – diz Luana e eu concordo com a cabeça

 Eles parecem mais animados, então eu me viro para Percy.

-Agora você vai me explicar essa historia de você ser meu irmão

Ele suspira e fala:

- Meu pai ou melhor, nosso pai, ele é Poseidon, o deus dos mares e dos terremotos. É por causa disso que eu sou seu irmão – ele explica. Percy fica me olhando para saber minha reação.

- Eu tenho mais irmão como você? – pergunto levantando uma sobrancelha.

- Na verdade não. E é ai que as coisas se complicam. Foi feita uma profecia há muito tempo dizendo que um filho de Zeus, Poseidon ou Hades teria que tomar a escolha de salvar ou destruir o Olimpo. Nessa profecia também era dita que esse semideus iria morrer – eu engulo em seco, essa historia não está muito boa. – Então os três deuses fizeram um juramento de não terem mais filhos com mortais. Bem Hades já tinha dois filhos pequenos, Nico e Bianca di Ângelo, mais essa já é outra historia. A primeira fez que o juramento foi quebrado foi por Zeus, que teve uma filha chamada Thalia. Thalia agora serve a Artemis, ela é uma caçadora. A segunda vez foi nosso pai quando me teve. E a terceira fez foi você. Mas antes que Zeus soubesse de seu nascimento, nosso pai lançou um feitiço em você que a torna invisível ao olhar dos deuses. Ele queria fazer o mesmo comigo, mais não houve tempo. A profecia se cumpriu ano passado, ela se referia a mim e há um menino filho de Hermes, chamado        Luke. Ouve uma grande guerra em Mannatanh, onde fica o Olimpo. O titã Cronos havia se erguido de novo. Luke cedeu seu corpo para a alma de Cronos. Os deuses estavam ocupados combatendo Tifão, então o acampamento teve que lutar. Eu liderei os meios-sangues contra milhares de monstros. Essa guerra durou três dias até que Cronos alcançou o Olimpo. Eu, Annabeth e Grover fomos dete-lo. No meio da luta Annabeth me fez perceber uma coisa; Luke ainda estava vivo, e estava lutando contra o controle do corpo com Cronos. Eu vendo o que ele estava fazendo, fiz a escolha que mencionava na profecia e entreguei a faca para ele. Luke pegou a faca e a fincou na única parte mortal do corpo. Cronos voltou para o fundo do Tártaro e Luke morreu. Bem ai os deuses nos ofereceram presentes. Para mim eles ofereceram a imortalidade, mas eu recusei. Em vez disso eu os fiz prometerem reclamar seus filhos aos 13 anos e também que os deuses menores teriam seus chalés no acampamento para seus filhos.

   Nos paramos e ficamos em silencio, até que eu me lembro de uma coisa.

- Eu tive um sonho uma vez com uma guerra, só que era meio deferente... – todos ficam surpresos. – Esse foi uns dos meus piores pesadelos – falei olhando para o chão, pensando

- E como foi então? – pergunta Grover

- Eu estava no meio de um campo enorme, maior que dois campos de futebol. Estava acontecendo uma batalha, havia monstros e pessoas lutando umas contra as outras. Então eu me vejo com um arco na mão e uma espada presa no cinto. Eu estava mirando a outra extremidade do campo. Meu outro eu pegou uma flecha, só que a flecha era diferente, ela era totalmente azul escura e não parecia solida. Eu solto a corda e a flecha sai. Enquanto ele sobrevoava o campo, ela ganhava luz, uma luz que parecia a luz do Sol. O brilho chegou a um ponto que todos pararam de lutar para proteger os olhos. Quando a flecha atingiu o chão, tudo começou a tremer. Os monstros foram explodindo e as pessoas que lutavam do lado dos monstros, caíram mortas no chão. Todos comemoravam, até que o chão começou a tremer e uma rachadura enorme se abril aos pés do meu outro eu. Ela (eu) começou a cair e eu acordei ouvindo o grito de desespero de alguém.

Todos estavam de boca aberta com o meu sonho.  Até que Grover fala:

- Isso é muito estranho, sonho de semideus nunca é apenas sonho. Lia talvez você tenha visto uma cena do futuro.

Agora eu que fico de boca aberta.

- Então quer dizer que vai haver outra guerra? - eu pergunto

- Eu não sei Lia, mais o seu sonho não foi um sonho qualquer. – ele me responde

- Mas que flecha era aquela que você falou? – pergunta Percy – Annabeth, você já ouviu falar dela nas historias da mitologia?

Annabeth pensa um pouco, mais logo responde:

- Não. Nunca ouvi falar dessa flecha – ela responde

Ficamos um pouco em silencio, até que Luana pergunta:

- Mas e meu pai? Vocês sabem de quem eu sou filha?

- Não, nos só vamos saber quando chegarmos ao acampamento para você ser reclamada – explica Leandro

Ficamos mais uma vez em silencio, até que eu escuto uma voz grossa vindo de traz de mim:

- Liandra, minha filha. – eu me viro e vejo um homem bronzeado, de armadura e com um tridente na mão.