I Will Always Love You escrita por Tamy Black


Capítulo 18
Esclarecimentos




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EDWARD POV.

Eu estava feliz demais. Iria ser pai, estava a caminho um pequeno Cullen para alegrar a minha vida e a de Bella, além de todos os nossos amigos e familiares. E agora mais do que nunca eu não iria deixar Bella casar com aquele cachorro. Durante os dias em que eu tive que esperar pacientemente pela entrega dos resultados dos meus exames, eu sempre ligava para Alice, a fim de saber notícias do meu filho e da mãe dele.

Os dias foram passando lentamente, mas passaram, e finalmente eu pude buscar o resultado do meu exame toxológico. Nele mostrava as substâncias que continham no meu organismo naqueles dias e comprovava a droga que a vadia da Valerie pusera no meu uísque, sei que isso tudo aconteceu por vacilo meu, mas eu tinha como comprovar isso tudo agora, só falta à palavra da vadia.

E para completar a minha esperança, a senhora que era vizinha dos pais da Valerie, me ligou dizendo que os Smith tinham acabado de chegar. Então, eu não pensei duas vezes, peguei o carro e fui bater lá. Sei que podia estar sendo inconveniente, mas se tratando de Bella e do meu filho, eu faria de tudo.

Estacionei o carro de qualquer jeito e fui andando pelo gramado do jardim até a porta, sem pensar duas vezes, toquei a campainha e o Sr. James Smith atendera a porta, ele já me conhecia, claro. Por causa das várias vezes em que dormi por lá, eu e o Calahann. Sr. Smith ficara surpreso, mas me recebera tranquilamente, logo a Sra. Georgina Smith me recebera calorosamente, começamos a conversar e eu fui direto ao assunto.

Eu disse a eles que tinha algo em máxima urgência para falar com a filha deles, mas ela tinha sumido do mapa e não dera tempo de eu a procurar para resolver o assunto. Os pais de Valerie disseram que a mesma passara como um furacão antes de ir viajar para onde a irmã mais velha, Virgínia, esta morava em Volterra, que ficava mais precisamente na Itália.

 Eles me deram o endereço da filha mais velha e também me perguntaram se eu não queria o telefone dela, mas eu disse que iria fazer surpresa a Valerie. Eles acharam o máximo, sempre soube que a mãe da Valerie era louca para que eu ficasse com ela, mas eu nunca quis nada sério mesmo.

Eu já queria ir embora e marcar a passagem para o primeiro vôo do dia para lá, mas os pais da Valerie me pediram para jantar com eles, fora um jantar bastante agradável. Aquela vadia não merecia os pais que tinha. Saí de lá e já fui ligando para a central de informações e pedi o telefone do aeroporto, o único vôo disponível era pra amanhã de manhã, às seis horas da matina.

Cheguei ao hotel em que praticamente morei por esses dias e arrumei minhas bagagens para amanhã. Liguei para Alice e contei sobre as novidades, ela disse que eu tinha que andar com isso tudo, pois Bella se casaria dentro de uma semana. A esperança que eu tinha ficou abalada, mas eu respirei fundo e tentei me concentrar, o objetivo era ir a Volterra, encontrar com a vadia e resolver meus problemas.

O dia amanhecera e eu já estava de pé, exatamente na fila do check in para entrar no avião. Para ser sincero, eu nem dormi. A ansiedade era tão grande que eu não consegui pregar o olho um minuto sequer. Já no avião e sentado confortavelmente na poltrona, eu tentei tirar um cochilo, na verdade eu apaguei, uma noite mal dormida, das várias que eu não consegui dormir por esses últimos vinte dias, me fez dormir durante o vôo.

Somente acordei quando estávamos sobrevoando os céus de Roma, de lá eu pegaria um carro e iria dirigindo até a cidade. Muita coragem, não é? Já que eu mal conhecia o país, mas conhecia Florença, uma cidade que ficava perto. Bom, de lá eu me viraria.

Saí do avião, peguei minhas malas e aluguei um carro. Antes de ir dirigindo até a maravilhosa cidade, fui comer, pois ninguém é de ferro. Aproveitei e liguei para Alice, afinal aqui lá é quase duas da tarde e aqui já são quase seis. (n/a: não sei nada de fuso horário, relevem) Depois de comer e ter falado com a minha baixinha, peguei o carro e fui dirigindo até Volterra.

Foram mais ou menos umas duas horas de viajem, sendo que parei para pedir informação. Finalmente cheguei à bendita cidade e me hospedei no primeiro hotel que vi. Caí na cama e dormi, estava muito cansado. Depois de uma noite tranqüila e de um sono profundo, acordei ás dez da manhã. Tomei um café, mas eu estava nervoso demais, espero que eu consiga encontrar a Valerie, minha felicidade depende disso.

Peguei o carro e fui procurar o endereço que os pais dela me deram. Não foi muito difícil de achar, usei um pouco do meu italiano e achei a casa da irmã dela. (n/a: pessoal, o Edward é poliglota, oks?) Estacionei o carro em frente a casa e desci do carro, ativando o alarme do mesmo. Alguns passos mais adiante e eu já estava em frente à porta, era agora ou nunca. Com as mãos meio que trêmulas, toquei a campainha e ouvi a voz da Valerie falando com os sobrinhos, ela tinha dois, se não me engano. A porta fora aberta e Valerie quase caiu a me ver, ela estava realmente surpresa.

- O... Que você faz aqui, Edward? – perguntou com certa dificuldade.

- Não vai nem me convidar para entrar, Val? – perguntei no tom mais doce possível, mas a minha vontade era de estrangulá-la ali mesmo.

Ela se afastara da porta, me dando passagem. A irmã dela, Virginia, me vira e me reconhecera, também ficara surpresa, ela devia saber o que a Valerie aprontara. Valerie fechara a porta e olhara significantemente para irmã, que falara com os filhos em italiano, os mandando subir e fora com eles.

- Sente-se Edward. – ela pediu e eu o fiz.

- Valerie, você sabe muito bem o porquê de eu estar aqui, de ter dado a volta no mundo para encontrar você. – disse ríspido – Então, sem mais delongas, quero a verdade, quero que você me dê um motivo plausível que justifique o que você fez.

- E-eu sei. – gaguejara – E-entendo p-perfeitamente. – gaguejou mais uma vez – Antes de tudo Edward, eu gostaria que você entendesse que ele me manipulara. – suplicara me olhando já com os olhos cheios de lágrimas.

- Ninguém manipula ninguém, Valerie. – disse sério – Se você fez o que fez, foi porque quis, não porque te mandaram fazer. – revirei os olhos – Deixe de enrolação e fala de uma vez!

- Ok. – fungou o nariz – O Ben conseguiu me convencer de que o seu lance com a Bella não era o mais saudável pra nenhum dos dois, e que na verdade eu amava você e que não podia deixar as coisas fluírem daquele jeito... – ela foi dizendo tudo de cabeça baixa, eu sabia que o Calahann tava metido nisso – Edward, eu sinto tanto... Ele pediu que depois que eu fizesse tudo me mandasse, sumisse de NY, porque com toda a certeza você viria atrás de mim. – hesitou – Mas, não adiantou nada, não foi? Eu me arrependi amargamente de tudo Edward, eu queria contar a você, eu disse ao Ben que iria contar toda a verdade pra você... Mas, ele me ameaçou, ameaçou dar um fim nos meus pais se eu disse algo pra você... Fiquei com muito medo! – ela dizia desesperada e já chorando compulsivamente.

Ah se eu pego aquele canalha... Ameaçou a Valerie, que foi um mero peão no jogo dele, pra poder ficar com a minha Bella. Crápula dos infernos!

- Valerie, se acalme. – pedi, já não com tanta raiva dela – Você sabe que o que fez foi muito errado, por conta disso, Bella está noiva do Ben e vai dar ao meu filho outro pai. – disse.

- Ela está grávida? – sorrira tímida e eu assenti com a cabeça – Que maravilha Edward! – sorriu.

- É mesmo uma maravilha, mas eu não quero que ela se case com o Ben e acredito que você também não, né? – a indaguei.

- Não mesmo. – disse convicta – O Benjamin não é o perfeito pra Bella, Edward. Eu vou ajudar você, apesar de ainda estar com medo do que o Calahann poderá fazer.

- Não se preocupe com o Benjamin, deixe que dele eu cuido, só peço que me ajude. – disse sério.

- Se você diz... Eu ajudo você. – ela disse limpando as lágrimas.

- Ok. – e começamos a conversar mais seriamente.

Passei praticamente o dia inteiro na casa da irmã da Valerie, os sobrinhos dela eram uma graça, Isabella – chara da minha Bella – e o Toni, dois pestinhas, mas muito divertidos. Não via à hora de conhecer o meu filho, mas agora que Bella estava com dois meses de gestação, dizendo Alice.

Valerie me ajudara com a gravação de um vídeo, onde ela contava o que o Benjamin pedira para ela fazer. Consegui agendar uma passagem de volta a Nova Iorque para o dia seguinte, acho que já viajei demais durante esses últimos meses. Eu chegaria lá faltando apenas dois dias antes do casamento de Bella com o Benjamin, espero que ela me ouça.

Valerie, Virginia e as duas crianças se despediram de mim, e eu prometi uma visita depois. Mais duas horas de viagem e eu estava em Roma. Deixei o carro de volta na locadora de veículos e fiz meu check in, meu vôo de volta sairia em quarenta minutos.

Eu já tinha avisado aos meus irmãos que eu voltaria, Alice não poderia me buscar, pois estava resolvendo os últimos preparativos do casamento, apesar de ela saber que não haveria casamento nenhum, ainda fazia questão de resolver as coisas. Emmett ainda estava atarefado com as coisas do trabalho, mas não tinha muita importância. Eu iria de táxi até o apartamento de Bella, queria resolver o quanto antes toda essa confusão, para logo ter-la em meus braços novamente.

Eu já estava dentro do avião e ansiedade era imensa, eu já estava quicando na poltrona, eu queria tanto vê-la... Abraçá-la, acariciar seu ventre, ver o meu filho. Senti-lo pela primeira vez, dizer que o amava e amava sua mãe... Quando queremos que o tempo passe rápido, ele não colabora, mais algumas horas e o piloto anunciara que já estávamos sobrevoando Nova Iorque.

Logo, eu já estava pegando minhas malas e saindo do aeroporto que estava um inferno, peguei um táxi e fui bater no prédio de Bella. Já eram praticamente umas nove horas da noite, mas eu não queria nem saber. Entrei no prédio de mala e tudo, peguei o elevador e segundos depois já estava no andar. Meu coração estava pra sair pela boca, de tanto que ele batia desesperado. Toquei a campainha depois de respirar fundo e tentar me concentrar em não agarrá-la assim que a ver.

Não demorou nada e escutei passos vindos em direção a porta, e ouvir o barulho da chave destrancando a mesma. Bella abriu a porta, ela estava tão linda de robe e uma camisola de seda branca, moldando seu corpo já um tanto que mudado, a pequena barriga acentuando... Não pude deixar de sorrir. Ela arregalou os olhos a me ver, surpresa talvez.

- O q-que f-faz a-aqui? – ela perguntou gaguejando.

- Precisamos conversar. – disse.

- Não, não precisamos. – ela disse ríspida e já recomposta da surpresa.

- Bella... Não se faça de forte. – supliquei – Você sabe perfeitamente que precisamos conversar. – disse.

- Entra. – disse, se afastando da porta e caminhando até a sala.

Entrei no apartamento, já conhecido por mim e fechei a porta. Bella se sentara no sofá e estava com as mãos na cabeça, que estava baixa. Eu sentei ao seu lado e ela percebeu, pois sentiu o sofá afundar.

- Edward, acredito que já deva saber que eu estou... – hesitou – Grávida.

- Sim, eu já estou sabendo. – disse sorrindo.

- Ok. – suspirou, e ainda não me encarava – Você tem todos os direitos sobre o meu filho, por ser o pai, mas não pense que vou desistir de casar com o Benjamin, outra coisa que obviamente você já sabe. – disse, me encarando, agora, com seus olhos cor de chocolate.

- Sei disso também. – falei ríspido – Lembre-se que naquele fatídico dia, antes de eu sumir, eu falei a você que iria provar que aquilo foi uma armação.

- Lembro sim, mas eu não acredito... Já passei por emoções demais e o melhor pra mim, é casar com o Benjamin, ele me ama. – falou já com a voz embargada.

- Bella... Não faça isso, por favor. – pedi já com lágrimas nos olhos.

- Sinto muito Edward, vou casar com ele daqui a um dia, não posso simplesmente desistir de tudo. – falara chorando.

- Vai casar mesmo sabendo que não o ama? – perguntei chorando também.

- Sim. Você sumiu, Edward... Muitas coisas aconteceram... Não posso. – falara triste – Agora, vá embora, por favor.

- Mas, você nem me ouviu ainda! – implorei.

- Edward... Não tem o que ouvir. – sorrira triste em meio às lágrimas – Eu percebi que por mais que exista amor entre nós, isso nunca vai dar certo... Sempre tem uma coisa que nos impede de ser... – hesitou – Esqueça-me, só seremos bons amigos para o nosso filho, que não tem culpa de nada. – falou séria.

- Eu tenho como te provar que nada daquilo foi verdade! Foi tudo uma armação, Bella... – me ajoelhei aos seus pés e a encarei.

- Não... Pode até ser, mas isso não mudará os fatos. – disse triste – Agora, saia. Pelo bem do seu filho, sim?

- Ok. – disse, derrotado.

Eu me levantei do chão e saí andando até a porta. Bella havia desistido de nós... E eu não podia fazer mais nada. Antes de sair, deixei um envelope amarelo, que continha o DVD que tinha gravado o vídeo da Valerie e o resultado do exame toxológico que eu fiz, em cima da mesa de jantar e fui embora. Já não podia fazer mais nada.




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Notas finais do capítulo

CAPÍTULO REPOSTADO. (ABR/11)