De Primavera À Inverno escrita por DaniMines


Capítulo 4
Capítulo 4 - Novo dia-a-dia


Notas iniciais do capítulo

E ai gente! tudo bem?
cara, adorei escrever esse capítulo, espero que gostem!
senhoras e senhores, com vocês...
Capitulo 4 - Novo dia-a-dia!



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Vinte e cinco anos depois...

O sol calmamente surgia entre as montanhas, expulsando a noite e anunciando a chegada de um novo dia. Um pequeno menino, com a aparência de uma criança de oito anos, acordava lentamente pelos primeiros raios de sol, que iluminavam o quarto dividido entre ele e a mãe. Esta já tinha acordado há muito tempo. Era quase uma brincadeira entre eles. Todos os dias, o garoto acordava na esperança de que sua mãe ainda estar abraçada com ele, mas como sempre ela vencera.

__ Não foi desta vez, okaa-san. Mas definitivamente conseguirei um dia! - animado, o pequeno garoto, moreno com cabelos lisos curtos, da cor dos de Nanao e de olhos castanhos, sentava na cama, apontando o dedo indicador para o alto, enquanto dizia para si palavras de encorajamento.

Sorridente, pulou da cama e foi em direção aos ruídos no “quintal”. Corria pela casa no conhecido caminho.

__Kaoru-kun, vá mais devagar ou vai se machucar. - disse a pequena senhora, que fazia gentilmente o café da manhã de sua família.

__ Hai baa-chan! - ele apenas se virou para falar com a anciã e segui seu caminho no mesmo ritmo de antes.“Com um pouco de sorte, vou poder ver oka-san praticando kidou hoje”pensou o menino.

Entranhava-se no meio da floresta com habilidade e energia, sabia todas as mumunhas e atalhos, conhecia cada canto da mata. Afinal de contas, tirando o vilarejo, era tudo o que conhecia.

Ise Kaoru, era um garoto alegre e gentil, tinha o sorriso sempre estampado no rosto e o jeito um pouco “despreocupado” como o pai. Quem olhasse bem para ele, diria que é filho de Shunsui e Nanao. Não tinha essa de “mais parecido com a mãe” ou “ mais parecido com o pai”. Kaoru era a perfeita e única combinação dos dois. Teimoso, gentil, alegre, ciumento, inteligente e por vezes, tímido.

Depois de alguns minutos correndo, chegara ao “campo de treinamento” de sua mãe. As árvores ali eram mais altas e robustas, porém não haviam muitas delas. O chão de terra com pouca vegetação, com grandes crateras e áreas ligeiramente escuras, mostravam o estrago feito diariamente. Isso, sem contar com as pobres e sofridas árvores, que dia após dia, eram torturadas e machucadas impiedosamente até caírem ou ser o suficiente para a ex-shinigami.

Escondido atrás de arbustos e pedras, Kaoru observava atentamente a mulher à sua frente golpear uma árvore com toda a leveza e graça possíveis. Precisos e rápidos, se tivessem um pouco mais de força, derrubariam sem piedade e árvore majestosa. O garoto estava feliz por chegar a tempo de ver sua oka-san fazer seus incríveis kidous. Normalmente ela fazia somente kidous nível 80, sempre tentando mante-los por quanto tempo fosse possível. Entretanto, já fazia quase um mês que Nanao só fazia nível 90 e vários de uma vez. O menino ficava admirado pela capacidade de sua mãe. Divertia-se ao vê-la treinar. Uma das coisas que mais queria, era ser forte como sua mãe para proteger sua família.

__ Kaoru-kun, quanto tempo vai ficar ai escondido?

__ Se já sabia onde eu estava, porquê não disse nada, okaa-san? - zangado e de cara amarrada, saiu de seu esconderijo e foi junto de Nanao.

__ Queria ver se descobriria que eu sabia - respondeu-o com um sorriso gentil no rosto. Os cabelos soltos estavam mais longos e divididos ao meio. A franja quase inexistente emoldurava o rosto, deixando-o mais suave. O kimono rosa claro liso era coberto por uma capa bege de um tecido incrivelmente resistente. Os óculos permaneciam, mantendo a postura e o ar sério de Nanao.

__ Ei, okaa-san! Vamos ao vilarejo hoje não vamos? - perguntou animado e com os olhos brilhando.

__Hai.

__ Obaaaa! - o garoto corria pulando de alegria. A Ise observava o seu filho com um sorriso no rosto.

__ Agora vamos antes que baa-chan venha nos procurar.

__ Hai, okaa-san! - sorria alegremente para sua mãe.

Andaram de mãos dadas. Demoraram um pouco para chegarem até em casa.

__ Ohayo baa-chan, oji-chan.

__ Ohayo Kaoru-kun – respondeu o senhor sentado, já comendo seu café.

A manhã seguiu tranquila, cheia de risos e brincadeiras, porém Kaoru sabia que não estava completo. Faltava ele. Todas as vezes que perguntara a sua mãe, ela dizia que contaria tudo quando fosse mais velho. No entanto falava para não ter raiva de outo-san que ele os amava muito.Se ele os amava, por quê não estava ali? O que tinha acontecido?

Pensativo, foi com sua mãe e oji-san para o vilarejo. Não era longe nem muito movimentado.Eram pessoas humildes e trabalhadores que viviam ali, que acordavam dispostas para um novo dia.

Fora, até uma venda, comprar alguns legumes e verduras para o almoço. Seu avô era artesão e tinha um trabalho para fazer, por isso separou-se deles.

Sua mãe era muito bonita, logo viva recebendo cantadas. Já que seu pai não estava ai e de acordo com sua mãe, ele a amava, então tinha protegê-la, certo? Havia um cara, que toda vez que iam para a vila, ele a cantava. Por isso, o menino não gostava dele.Como de costume, ele apareceu.

__ Como vai Nanao-chan? - disse o homem sorridente.

__ Muito bem sem o senhor. - respondeu Kaoru no lugar da mãe.

__ Kaoru! Peça desculpas. - bastou o olhar severo dela que o menino logo tratou de se desculpar.

__ Gomen ne – disse a contragosto

__ O que quer Naoki-san? - sem paciência para aguentar ladainhas, a morena foi curta e grossa.Kaoru sorria enquanto mostrava a língua para o homen a sua frente, feliz pela resposta de sua mãe.

__ Ise-san, você é má e … - Nano pegou seu filho e saiu de volta para a sua casa. Não deu a minima para os múrmuros do rapaz. Já tivera que aguentar muitas cantadas na vida. Além disso, tinha muito mais com o que se preocupar, como por exemplo: Memna.

Vinte e cinco anos haviam se passado, nesse tempo descobrira muita coisa. Memna tinha esconderijo nas montanhas, o única caminho era por uma trilha na floresta que passava pelo vilarejo.Ele e seus homens levavam seus reféns para lá, de acordo com os aldeões, Memna retirava deles toda a sua reiatsu com uma máquina e usava para fortalecer seus homens. De tempos em tempos, ele invadia a pequena vila em busca de alimentos ou pessoas.

Durante todos esse anos, Nanao escondia-se dele, que a procurava para vingar seu Onizaki. Ela não conseguia voltar. Quando os shinigamis vieram, Memna colocou uma barreira muito sensível a reiatsu ao redor da região. Entretanto, nenhuma reiatsu grande de dentro era detectada, somente se passasse pela barreira.No momento que Nanao saísse, ele atacaria o vilarejo em busca de vingança, por terem escondido uma shinigami por tanto tempo.

Mas ela também estava morta. Provavelmente seu posto já fora preenchido e seu taichou... deve ter seguido sua vida. Afinal, estava...morta.

__ Oka-san? - o garoto olhava atentamente sua mãe durante o trajeto. Ela parecia distante.

__ Estou bem. Só estava lembrando de algumas coisas...

__ Okaa-san... está com saudade do outo-san?

Eles entraram e ajudaram a preparar o almoço. A tarde seguiu tranquila. Nanao ajudou baa-chan nas tarefas de casa, enquanto Kaoru brincava na floresta.

No meio da Mata, havia um riacho de águas cristalinas. A parte mais aberta da floresta ficava lá. Ali, também era possível ver parte de Rukongai se subisse numa árvore. Sem pestanejar, subiu em uma com galhos grosso e fortes, não era muito alto, mas dava-lhe uma boa vista.

Dali via algumas casas e pequenos pontos se mexendo, provavelmente pessoas. A cidade era grande comparada ao vilarejo escondido. Sem sua mãe saber, já se aventurara indo até o distrito, mas nunca chegou a falar com as pessoas. O caminho tinha pedras escorregadias e gás de algumas plantas com “nomes difíceis”. Porém, não era impossível.

Ficou ali a tarde toda aproveitando a brisa, gostava de aproveitar as belezas da vida, o que deixava Nanao preocupada. O sol estava se pondo entre as montanhas, quando Kaoru desceu da árvore, parou para beber água e voltou para casa.

“Como ele é? O que aconteceu para eles não estarem juntos? Será que eu sou parecido com ele?” pensava o pequeno enquanto ia para casa.

Já havia anoitecido quando chegou em casa, seu oji-san tinha voltado e dormia no sofá, apesar das broncas de baa-chan.

O jantar foi breve e a morena estava achando, que seu filho quieto demais, sempre com o olhar cabisbaixo e desatento. Resolveu não força-lo a falar, quando estivesse pronto tinha certeza que ele lhe contaria.

Era hora de dormir. Mesmo não sendo tarde, o dia seguinte começava cedo para a família. Kaoru já bocejava pelos cantos, teimando com a sua mãe, dizendo que não estava com sono.

__ Vamos Kaoru. - sem mais argumentos, deu-se por vencido. Caminhou até o quarto com a sua mãe e deitou-se na cama a abraçando. Gostava de estar com ela, apesar de tudo tinha um pouco de medo de dormir sozinho. A noite estava fria, por isso Nanao os cobriu com um cobertor bem grosso.

__ Oka-san...
__ Hai?

__Outo-san nos amava certo?

__ Sim.

__ Então que aconteceu para ele não estar aqui com a gente? - o menino sentou-se na cama de frente para a mãe.A ex-shinigami sabia, que seu filho sentia falta de um pai. Ele queria conhece-lo e sofria por ele não estar ali.

__ Por isso estava tão quieto? - de certa forma estava feliz por isso. Apesar de todas as dúvidas e saber tão pouco, seu filho nunca odiou o pai.

__ … - lágrimas queriam escorrer dos olhinhos de kaoru. Ele não queria chorar, detestava chorar. Não iria faze-lo.

__ Sabe eu ainda estava trabalhando como tenente enquanto estava esperando você.Um dia, a Soul Society recebeu uma informação sobre Memna e o meu esquadrão foi escolhido para a missão.

__ Mas a senhora estava me esperando! Não podia lutar! - falou o pequeno exaltado

__ Outo-san também achava isso e me mandou ficar.

__ Outo- … san?

__ Ele era meu capitão, mas foram ordens do soutaichou e nem mesmo ele podia desobedecer, então tive que ir.Lutei ao lado de seu pai, mas Memna nos separou e me fez lutar com seu monstro preferido, que se chamava Onizaki. Eu o venci mas fiquei muito ferida.Andei pela floresta ate cair inconsciente no chão e acordar com baa-chan e oji-chan.

__ Por que ele não nos procurou?

__ Ele deve ter nos procurado, mas não conseguiu nos encontrar.Aqui é impossível sentir reiatsu. As chances de encontrar alguém são quase nulas.

__ Eu sou parecido com ele? - de cabeça baixa e meio receoso, Kaoru perguntou a sua mãe.

__ Sim, você tem os mesmos olhos que ele, está sempre com um sorriso no rosto e gosta de apreciasar as belezas da vida, só espero que não goste de outras belezas...

__ Nani?

__ Um dia eu te explico... - a morena ria da cara de seu filho, realmente a cara dele emburrado era engraçada que até mesmo ela tinha dificuldade em reprimir o riso.

__ Como se chama outo-san? - conhecia seu filho, quando ele encontrasse Shunsui( que tinha certeza que se encontrariam algum dia) iri logo chama-lo de papai eu seu capitão levaria um susto.Era bem possível que ele ainda estivesse no posto de capitão da Hachi Bandai, então não viu problema em dizer o esquadrão.

__ Não vou dier o nome dele mas outo-san era o taichou da hachi bandai, é possível que ainda seja. - Kaoru sabia que sua mãe não lhe contaria tudo de uma vez, por isso não se incomodou.

__ Como vocês se apaixonaram? - ele havia se deitado de novo por causa do frio. Ainda muito interessado em “sua história de ninar”.

__ O seu pai me cantava todos os dias, chegava atrasado e sempre era difícil faze-lo trabalhar. E ainda por cima saía pra beber e ficava com outras mulheres – podia- se sentir uma aura negra e obscura em volta de Nanao, ele fazia de tudo para evitar ver essa aura ,mas quando ela baixava... era cada um por si.

__ Nani?

__ Calma, o seu pai ainda não estava comigo. Mesmo ele me dizendo que me amava, eu nunca acreditei. Porém, um dia....

Vários minutos se passaram até Kaoru pegar no sono, deixando Nanao sozinha mergulhada em lembranças. Uma saudade enorme batia. Alguns dia diminuía, outros aumentava, mas estava sempre ali. Até que chegasse o dia que voltasse para o seu taichou.

__ Shunsui...boa noite.


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Notas finais do capítulo

e ai gostaram? acho que fui um pouco má...né tsuki?
kkkkkkkkkkkk muahahaha!!!(le~eu que nem uma retardada aki em casa assim)
até o próximo gente!
tradução
gomen ne - desculpe-me, desculpe
okaa-san - mãe, mamãe
baa-cha - vovó, avó
oji-chan - avô, vovô
hai - sim
nani? - o quê?, por quê? como?



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