De Primavera À Inverno escrita por DaniMines


Capítulo 3
Capítulo 3 - O início do inverno


Notas iniciais do capítulo

oi e ai? trago a vocês mais um capítulo
espero que gostem



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Em algum lugar da floresta densa...


Sobre a chuva, a tenente Ise vagava por entre as árvores, sem rumo."Até que não foi tão difícil", pensou. Algo a intrigou enquanto pesquisava: Por que o monstro não prejudica Memna e seus homens?Simples, ele se alimentava de reiatsu, então, se trancasse a sua e fizesse ele gastar a dele, venceria. E foi o que aconteceu, mas Nanao teve que aguentar bastante.





Estava cansada, ferida, com fome e para piorar, seu ventre doía e era sua maior preocupação no momento.Sentia a chuva cair sem pena sobre seu corpo machucado e o vento soprar, deixando-a com frio.Pegaria um belo de um resfriado assim.

Ao longe, ouvia vozes. Decidiu segui-las sem pensar, no entanto, não conseguiu chegar até elas. O cansaço a levou de encontro ao chão e adormeceu sobre a tempestade.

__Ele é uma shinigami Shi-chan – disse o senhor de certa idade, sentado numa cadeira. Ele tinha uma barba branca por fazer, olhos claros verdes e a pele um pouco morena. As rugas eram um pouco profundas e sua voz arrastada e rouca. Vestia um kimono azul marinho liso, meio velhinho e já desgastado. Estava preocupado. – não podemos abriga-la, continuou ele.

__ Não podemos é deixa-la sozinha! - sua esposa, sentada num banco de madeira ao lado da tenente, cuidava de seus ferimentos com maestria. A senhora , com mais ou menos a mesma idade do homem, vestia um kimono vinho liso. Um palito de madeira prendia os cabelos branquissímos da mulher em um coque alto e jeitoso.

Lentamente, a morena abria os olhos. No início, a luz a incomodou, porém não por muito tempo. O lugar era simples e aconchegante. A casa, os móveis, todos de madeira, pareciam feitos a mão.Estava, no que parecia ser uma sala.Perto do sofá que estava, havia uma janela, no outro lado uma estante cheia de livros antigos de medicina.No chão, um tapete de um mosaico com cores alegres quebrava a frieza do local.O casal a sua frente discutia, sem reparar, que despertara.


__ Onde … estou? - á princípio, os ferimentos não doíam, então tentou se levantar.Porém a dor em seu ventre foi mais forte que ela. Por instinto, levou a mão ao local e se deixou cair no sofá.


__ Calma menina, não vá se apressar, - sua voz era rouca e doce.Como de uma avó coruja que nunca tivera. - você se feriu bastante, precisa descansar

A senhora reparou na mão sobre a ventre, que levemente pressionava a região.

__ Como ficou assim moça? - perguntou o senhor.

__ Lutei contra... o Memna e seus ...homens – as palavras eram entrecortadas por longas suspiros em busca de ar.

__ E como está viva minha filha? - o homem, admirado, perguntava com interesse a pequena Ise sobre a lutas, esquecendo-se do estado da moça.

__ Honey, guarde as perguntas para mais tarde. A gora saia um instante. - disse ela sem nem olhar para ele, estava séria e visivelmente preocupada.

__ Ora, por quê?

__ Se eu estiver certa, precisarei fazer uns exames e não seria certo você ficar olhando. - firme e direta, fez com que a conversa se encerrasse apenas com aquelas palavras.O senhor entendeu o que ela quis dizer e se retirou.

__ Menina, por acaso está grávida? - perguntou preocupada

__ Hai.

__ Menina, quem deixou você lutar? Onde está o pai?

__ O pai...é o meu capitão. Estávamos ... lutando, quando Memna... me fez lutar...com o Onizaki. - sua cabeça latejava.Tinha frio e não sabia como estava seu filho.

__Meu filho... - a surpresa foi muito grande para a senhora. Ninguém tinha sobrevivido numa luta com o Onizaki. Mesmo os que conseguiam fugir, acabavam sendo encontrados mortos. Depois de algum tempo, a mulher finalmente respondeu a pergunta da morena e disse:

__ Não se preocupe, vou fazer alguns exames para ter certeza mas pelo tempo, acho que seu filho está bem.

__ Arigato.

__ Sou Shinaki, mas pode me chamar de shi-chan ou oba-chan

__ Sou Ise Nanao. - cansada, ouvia a chuva bater no vidro, o barulho das árvores fortes que lutavam firmes contra a tempestade. Fechou seus olhos por um instante e lembrou-se de Shunsui. Conhecia-o bem, era provável que ele estivesse a procurando sozinho pela floresta.

__ Shunsui... - lembranças e lembranças dominavam sua mente. Tinha muito frio, o que só a fazia recordar dos braços fortes e aconchegantes de seu amado à envolvendo.

__ Shunsui... - sua cabeça latejava como nunca. O frio era imenso, pareciam que lâminas à estavam perfurando lentamente, como se quisessem prolongar sua dor. Os ferimentos ardiam um pouco, mas eram suportáveis. Até sua costela, que com certeza estava quebrada, doía menos que o frio.

Esperava pacientemente aquela mulher terminar de fazer os exames. Pensava trocentas coisas ao mesmo tempo, que ela mesma não aguentava mais seus pensamentos. Queria dizer pare para a própria consciência, que insistia em atormenta-la com os problemas.

__ Prontinho, você e o seu filho ficarão bem, se você não fizer esforço.- a alertou dando enfase na última parte- Pelo que vejo, sua gravidez se tornou de risco depois das lutas. Precisa urgentemente descansar. Por você e pelo seu filho.

Levantou-se do banco e levou a maleta com medicamentos e utensílios médicos consigo. Assim que fechou a porta, Nanao deu um longo suspiro e colocou a mão onde estava seu filho e disse:

__ Não se preocupe pequeno, nós vamos ficar bem, papai vai nos encontrar e voltaremos para casa. Além disso, mamãe está aqui, não precisa ter medo filho. - as lágrimas rolavam inconscientemente por seu rosto. Duvidava se aquelas palavras erma mesmo para seu filho. Na verdade, era ela que tinha medo, que estava assustada.

__ Shunsui... gomenasai...


Algumas horas depois, um novo dia se iniciava. A Soul Society estava triste, sem vida para o taichou da hachi bandai, que despertara pouco antes do sol nascer. Coisa que tinha se tornado um hábito dês que Nanao finalmente o aceitara. Geralmente, ele acordava e ficava observando a pequena mulher dormir tranquilamente em seu peito desnudo. Sentia o cheiro de seus cabelos e a respiração dela em sua pele. Parecia tão frágil, mas era forte e destemida como uma leoa. Podia ser muito brava e cruel, mas sabia ser doce e gentil quando queria. A contradição em pessoa que ele amava com todas as forças. Nunca em toda a sua vida, tinha sentido tanta falta dela como agora.


Lembrou-se dos momentos que passaram juntos e das risadas futuras que dariam. Mas uma em especial estava ligeiramente ansioso para ouvir, a risada de seu filho.

__ Já acordou Shunsui-kun? Pensei que estaria dormindo – disse Retsu


__ Hai, dai-senpai. É que estou sentindo falta da minha Nanao-chan-chan e de meu filhinho... - apesar do sorriso, seu coração doía mais que qualquer ferimento.Ele tinha razão quando mandou ela ficar, mas acabou acontecendo do mesmo jeito.


__ A equipe de busca vai sair daqui à 10 minutos.

__ Dai-senpai...

__ Hai? - a capitã, que inicialmente olhava pela janela dês que entrara, virou-se para encara-lo. Notou que apesar da tentativa de se manter calmo e não parecer tão triste, estava abatido.

__ Você acha que Nanao-cha está viva?

__ … - mesmo a doce e gentil capitã da yon bandai não consegui responder. Não queria feri-lo e tirar suas esperanças.

__ Nanao é forte, mas devido a gravidez esta mais frágil. Foi muita imprudência ela ter ido nesta missão. A luta já deve ter acabado há muito tempo.Não sei o resultado, mas... se ela sobreviveu deve estar bastante ferida e cansada.

__ Arigato, dai-senpai.

__ De nada.- respondeu com seu sorriso gentil no rosto.

Retsu se retirou do mesmo jeito que entrou.Sabia muito bem, que seu amigo se recuperava bem rápido e que provavelmente já estava bem o suficiente, para voltar ao esquadrão. No entanto, ele precisava se acostumar ainda com a ideia de que sua Nanao-chan, talvez não fosse mais voltar.

A Hachi Bandai ficaria sem um tenente por uns tempos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
tradução
hai-sim
hachi-oito,oitavo
yon - quatro, quarto
gomenasai - me desculpe, sinto muito
arigato - obrigado



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