Unsaid escrita por Mari N


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

E aqui vou eu com segundo capítulo de Unsaid! o/
Bem... Só quero pedir que não esperem tanto deste capítulo. Está curto, mas eu, humildemente, gostei de escrevê-lo e gostei muito do resultado :3
Enfim, boa leitura. Espero que gostem! (;



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Amanhecia e os raios de sol iam penetrando o quarto lentamente através da cortina. Satsuki despertou instantaneamente, abriu os olhos e esperou que se acostumasse com a súbita claridade. Olhou paro o lado da cama e a realidade lhe golpeou de forma assustadora. Sentiu as sombras de um passado não tão distante quererem lhe consumir. Taiga estava deitado ao seu lado e dormia tranquilamente, nada podia o alcançar agora. Ela sorriu de leve. Fechou os olhos e os abriu logo em seguida, criando coragem para se levantar. Dirigiu-se ao banheiro para que realizasse sua higiene matinal. A verdade era que ela não havia conseguido dormir nem por uma hora. Era como se sua alma ainda estivesse em pé, lá ao lado daquela pilastra, enquanto observava seu melhor amigo se distanciar. Ela sentiu o coração pesar e a alma se inquietar. Não entendia o porquê, mas estava apreensiva demais.

Claro que sua noite de núpcias havia sido maravilhosa. Taiga lhe proporcionara isso e muito mais. Mas ela ainda sentia que faltava algo. Sentia-se perdida. Assim como também se sentia hesitante em ler a carta que Daiki lhe entregara. Ela tinha medo do que fosse encontrar escrito ali. Ela tinha medo do que fosse pensar, do que fosse sentir. Ela sabia que a partir do seu casamento tudo mudaria, tudo seria monstruosamente diferente. Ela evitou nutrir sentimentos por Daiki durante toda a vida, e ainda assim ela sabia que era impossível. Fugiu de todas as maneiras que pôde, mas ainda sentia necessidade em cuidar dele, tomar conta, proteger. Mas ela não se enganava, porque amava Taiga. Embora seu coração tentasse negar, tentar argumentar, ela o amava. O amava porque ele era capaz de fazê-la feliz, ele conseguia fazer com que ela se sentisse inteiramente feliz. Embora sentisse que ainda faltava algo. E sabia que iria sentir esse estranho vazio durante muito tempo. Pensava em guardar aquela misteriosa carta em um lugar seguro, na esperança de um dia sentir-se segura o suficiente para que tivesse coragem de lê-la. Mas ao mesmo tempo em que metade de si dizia para que guardasse e lesse em um outro momento, outra metade dizia que devia ler agora para que pudesse entender coisas que não possuíam entendimento. Talvez através daquela carta pudesse ser capaz de entender a mudança absurda no comportamento de seu amigo. E talvez, sabia que, ainda assim, nunca pudesse ser capaz de compreender. Porque se tratando de Aomine Daiki, tudo perdia o sentido natural e adquiria um completamente diferente. Ele tinha o dom de mudar as coisas sem perceber. E era incrível o fato de ele não notar isso. Mas ela sabia, que por mais que não parecesse, por mais que ele não demonstrasse, Daiki era tão humano quanto possível, e ainda mais humano do que não parecia ser. Ele escondia-se em uma casca de indiferença que de fato não existia. Ele queria que as pessoas vissem nele algo que ele não era, exatamente por ele ser humano demais; assim como ela, assim como todos os demais.

Sentia-se apreensiva, e sentia medo. Era um estranho sentimento de perda sem realmente saber ou entender o motivo.

Após sair do banheiro, devidamente vestida, verificou que Taiga continuava dormindo profunda e tranquilamente. Dirigiu-se até a gaveta do criado mudo, abriu-a e retirou dali a carta que Daiki lhe entregara na noite anterior. No fim de toda aquela discussão mental, decidiu que iria ler a carta e que fosse o que tivesse de ser, e que sanasse logo a sua curiosidade. Embora soubesse que aquele sentimento inquietante talvez não fosse afastado com aquela decisão. Dirigiu-se até a cozinha e sentou-se em uma das cadeiras, depositou a carta em cima da mesa e fitou-a, como se ela fosse lhe responder alguma coisa. Suspirou pesadamente e abriu o lacre que a selava. Prendeu a respiração por um instante e depois se lembrou de respirar. Desdobrou o papel da carta e antes de começar a ler sorriu. A vida realmente traça destinos completamente distintos para cada um de nós. E o destino é irônico. O tempo brinca com os acontecimentos da vida de cada um. Tudo é uma imensa brincadeira que já foi traçada antes mesmo de nos darmos conta. Satsuki sabia disso, e tinha extrema certeza de que Daiki sabia também.


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Notas finais do capítulo

Enfim, foi isso! Gostaram? Amaram? Odiaram? Detestaram?
Deixem reviews e façam uma autora muito feliz :'D

Realmente espero que tenham gostado. E até o próximo! (;



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