Suteki da Nee escrita por Yoruki Hiiragizawa


Capítulo 7
Uma amiga é tudo o que sempre fui...


Notas iniciais do capítulo

Musica do capítulo: You Don't Know Me, interpretada por Jann Arden (parte da Trilha Sonora do filme “O casamento do meu melhor amigo”).



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SUTEKI DA NEE
por Yoruki Hiiragizawa

 

Capítulo Sete
Uma amiga é tudo o que sempre fui...

 

Shaoran e Eriol estavam sentados em uma das mesas da Atsui Hana, bebendo suco enquanto olhavam o movimento das pessoas na rua.

"O que está achando de morar em Tomoeda, Eriol?" - Li perguntou, quebrando o silêncio entre eles.

"É uma bela cidade! Bastante tranquila e acolhedora..." – disse, abrindo um sorriso. – “Tu realmente gostas muito daqui, não é?" - questionou, vendo-o sorrir levemente.

“É uma sensação até estranha...” – suspirou profundamente. – “Nos anos anteriores, participando de intercâmbio em outros países, eu sempre ficava ansioso para voltar para casa nos feriados ou nas férias...” – olhou para o céu de forma pensativa. – “Mas, da ultima vez que fui para Hong Kong, durante a Golden Week, não conseguia ver a hora de voltar para cá...” – encarou o inglês brevemente, desviando o olhar para a rua em seguida. – “Não conseguia me sentir confortável por lá nem mesmo dentro de casa, como se nada lá me pertencesse...”.

"Eu, assim que cheguei aqui, percebi que estavas diferente! Até comentei isso contigo, não foi?" – Eriol questionou, recebendo assentimento. – “Num primeiro instante não soube dizer o motivo, mas agora entendi que é porque acabaste fazendo de Tomoeda teu lar...” – fez uma breve pausa. – “Embora eu comece a desconfiar que haja alguma coisa mais envolvida nisso...” – comentou.

"O que quer dizer com isso, Eriol?" - perguntou desconfiado.

O britânico apenas aumentou o sorriso, estreitando os olhos de forma maliciosa, deixando Shaoran irritado. Detestava quando ele dizia as coisas pela metade. Eriol, repentinamente, mudou a expressão, erguendo o rosto e abrindo um sorriso genuíno enquanto se levantava.

"Boa tarde, Tomoyo!" - disse, fazendo Li se erguer também e cumprimentá-la.

"Boa tarde, garotos!" - ela respondeu sorrindo e sentando-se na cadeira que Eriol afastou para ela. - "Peço, novamente, desculpas por ter avisado, tão em cima da hora, que não poderia estar aqui no horário que havíamos combinado…" - falou com a voz cansada.

"Não há problema algum, Tomoyo. Imprevistos acontecem…" - Eriol afirmou com um sorriso galante que fez com que a japonesa corasse, como vinha acontecendo muito na última semana. A morena disfarçou, desviando o olhar para Shaoran.

"E onde está Sakura?… Não me diga que ainda não chegou…" - viu o rapaz suspirar, sorrindo levemente.

"Ela não poderá vir, pois é a responsável pela limpeza da casa hoje…" – explicou um pouco chateado e abaixando levemente a cabeça, fazendo que o cabelo cobrisse seus olhos.

"Eu havia me esquecido disso…" - Tomoyo falou, balançando a cabeça com um pequeno sorriso no rosto. Ouviu-o rir, encarando-a.

"Aparentemente, a própria Sakura se esqueceu…" – Li comentou brincalhão, arrancando dela uma risada.

"Como sempre…" - a jovem comentou, voltando a fitar Eriol. Ficou enrubescida ao perceber que ele a observava.

Shaoran arregalou os olhos levemente e sorriu ao reparar na rápida troca de olhares que houve entre seus dois amigos.

"Quer beber alguma coisa antes de irmos ao cinema, Tomoyo?" - o chinês perguntou, casualmente.

"Um suco de abacaxi seria ótimo…" – respondeu sorrindo e virou-se para o inglês. - "Os sucos daqui são deliciosos!…" - exclamou alegremente, vendo Eriol sorrir e confirmar com a cabeça. Li se levantou e foi até o balcão fazer o pedido, deixando-os conversar sozinhos.

“Srta. Tomoyo, eu gostaria de saber, levando em conta o fato de termos o gosto musical semelhante, se gostas das composições de Nobuo Uematsu...” – Hiiragizawa perguntou com a voz ligeiramente nervosa.

“Sim, eu as adoro! Aliás, você sabia que no próximo final de semana haverá uma apresentação em Tokyo, apenas com composições dele?” – ela sorriu gentilmente, vendo-o assentir. – “Foi uma pena que eu não tenha comprado um ingresso, mas até o mês passado eu tinha um compromisso marcado para a noite do recital...” – comentou, suspirando, visivelmente aborrecida.

“Ora, mas isso é, de fato, muito conveniente...” – Eriol sorriu, deixando a jovem confusa. – “Pois eu ia exatamente convidar-te para me acompanhar nessa apresentação...” - viu um brilho de animação surgir nos olhos ametista da garota.

"Você tem ingressos para esse concerto?" - perguntou ficando extasiada ao vê-lo confirmar. - "Que maravilha!…" - tinha um sorriso estonteante nos lábios.

"Meus pais os compraram há quase três meses, mas não estarão aqui..." - explicou sorrindo. - "Por isso me deram as entradas para que eu fosse com alguém…".

"E você quer que eu o acompanhe?" - a voz de Tomoyo falhou por um instante. - "Estou lisonjeada, Eriol!" – sorriu, respirando profundamente. Shaoran voltou à mesa, sentando-se, mas sua presença passou despercebida pelo casal.

“Então eu posso contar com tua presença?” – o inglês questionou animado.

“É claro que... oh! Não...” – a morena parou, colocando a mão sobre os lábios.

“O que foi?” – o rapaz questionou assustado.

“Acabei de me lembrar que minha mãe pediu que eu vá com ela a uma reunião nesta noite...” – disse tristemente.

“Oh...” – foi tudo o que Eriol conseguiu falar, vendo seus planos de passar algum tempo na companhia da bela garota frustrados.

“Mas... que seja!” – Tomoyo olhou-o, decidida. – “Terei o maior prazer em acompanhá-lo!…” – disse abrindo um sorriso. – “E tenho certeza que minha mãe não se importará com minha ausência nessa reunião, visto que há muito queria assistir a essa apresentação…" - afirmou, vendo o inglês sorrir.

"Sem contar, que uma apresentação musical tem mais relação com sua futura profissão do que qualquer reunião de negócios de sua mãe…" - Shaoran comentou calmamente, fazendo os dois finalmente notarem sua presença ali. - "E eu nunca compreendi muito bem a razão para você participar de tantas reuniões das empresas mesmo…" – disse, bebendo um pouco de seu suco, fingindo não perceber o leve rubor que tomou conta dos dois.

"Minha mãe sempre gostou de me ouvir cantar, por isso eu participo, como uma distração, cantando desde pequena…" – ela explicou, um pouco sem graça. – "Isso foi um dos motivos pelo qual comecei a me dedicar à música.…" – disse vendo um sorriso aparecer no rosto do chinês, que olhou para Eriol.

"Exatamente como você, Hiiragizawa!" – comentou debochado. – "Seus pais faziam questão que tocasse piano naquelas reuniões entediantes em Londres…" – riu um pouco. – “Sem querer criticá-lo, meu amigo, mas aquelas músicas quase me faziam dormir enquanto eu esperava que os velhos encerrassem os negócios...” – comentou, sardonicamente, fazendo Tomoyo arregalar os olhos, espantada.

"Do que você está falando, Li?" – ela perguntou, fazendo-o perceber o que foi que falara. - "Pode me explicar essa história direitinho…" - olhou para o rapaz que suspirava pesadamente de cabeça baixa.

"Pois é, meu caro, parece-me que deste com a língua nos dentes..." - sorriu de lado, o inglês, enquanto balançava a cabeça.

"A história é longa, Tomoyo…" – disse, evitando encarar a garota.

"Que bom! Eu adoro histórias compridas..." - sorriu de lado, cruzando os braços e vendo o sorriso resignado de Li.

'Essa vai ser uma longa tarde…', pensou, imaginando qual seria a reação de Tomoyo ao saber da verdade.

 

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Sakura iria começar a preparar o jantar quando ouviu o som de um carro parando em frente à sua casa. Deixou os ingredientes, que estava separando, sobre a pia e foi até a porta da frente, quase sendo acertada pela mesma quando essa se abriu.

Um homem alto, com cabelos negros, olhos castanhos, a pele dourada e os ombros largos, vestindo calça grafite e uma camisa branca, com uma gravata negra frouxa em volta do pescoço entrou na casa com um sorriso debochado, carregando uma valise média.

"Hei, o que é isso, Monstrenga?… Eu mal chego em casa e você já vem me atacando…" - riu sarcástico, vendo a irmã abrir um sorriso, pulando no seu pescoço.

"Touya!" - exclamou, abraçando-o com força. - "Que saudades! Por que não avisou que voltava hoje?" - perguntou, soltando-o e deixando que ele entrasse.

"Queria fazer uma surpresa!" - tirou a gravata, jogando-a sobre o sofá, e sentou-se, ligando a televisão. - "Papai não está em casa?" - perguntou, vendo a irmã cruzar os braços olhando seriamente para ele.

"Não. Ele foi auxiliar nos últimos preparativos para o festival de talentos da faculdade…" - disse olhando a mala que fora largada na entrada da sala. - "E eu passei a tarde inteira limpando a casa, portanto…" - apontou para a gravata do irmão, fazendo-o compreender o que ela queria dizer.

"Desculpe-me, Monstrenga…" - pegou suas coisas e saiu da sala, escapando de uma almofada que foi atirada em sua direção. - "Hei, Sakura, não faça bagunça!" - riu, fazendo-a grunhir.

"Muito engraçado, Touya!" - esbravejou, juntando a almofada e indo para a cozinha.

Alguns minutos depois, Touya entrou na cozinha e pegou uma maçã na fruteira sobre a mesa, encostando-se na bancada para observar Sakura limpar feijões verdes para o jantar.

"Como foi lá na Europa?" - ela perguntou, olhando rapidamente para o irmão.

"Correu tudo bem!" - sorriu. - "As feiras industriais deram ótimos resultados. Antes de terminar a primeira semana, a procura pelos nossos serviços tiveram um aumento considerável…" - comentou vitorioso.

"Que bom!…" - abriu o armário, esticando-se para pegar uma panela em uma das prateleiras mais altas, sem conseguir.

Ele balançou a cabeça negativamente, abrindo um sorriso debochado. – “É realmente um problema ter uma monstrenga baixinha em casa...” – pegou a panela e entregou a ela, suspirando, recebendo um olhar quase mortal.

Era a terceira vez em menos de dez minutos que Touya a chamava daquele apelido odioso, então Sakura simplesmente o chutou na canela com bastante força, como era de costume. Era um ato de puro reflexo às provocações do irmão.

“Ai, Sakura...” – ele deu um passo para trás. – “Isso dói!” – reclamou, vendo-a olhar pro outro lado, fingindo indiferença.

“Você pediu por isso!” - ela disse, respirando profundamente. - "Importa-se se eu fizer macarrão para o jantar hoje?" - perguntou colocando água na panela. – “Não comprei nada mais porque achei que iria jantar sozinha hoje..” – comentou sem encarar o irmão.

"Tanto faz, Monstrenga …" - sorriu de lado, ao vê-la suspirar exasperadamente. - "Eu não vou jantar em casa hoje…" - recebeu um olhar interrogativo da irmã. - "Eu e Kaho vamos sair…" - sorriu ao lembrar da namorada. - "Falando nisso, eu tenho que me arrumar…" - saiu da cozinha, deixando Sakura a sorrir sozinha.

 

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Shaoran sorriu quando ouviu a voz de Sakura, que cantava alegremente, pouco antes de apertar a campainha do sobrado amarelo, interrompendo a cantoria.

“Já vai!” – ouviu-a dizer, animadamente antes de abrir a porta.

"Boa noite, Sakura!" - Shaoran cumprimentou-a sorrindo, recebendo um belo sorriso em retribuição.

"Boa noite, Shaoran…" - permitiu que ele entrasse. - "Eu estava agora mesmo pensando em você..." – ela falou corando. – “... e em Eriol e Tomoyo...” - rapidamente adicionou. – “Divertiram-se hoje à tarde?” – questionou, voltando para a cozinha, seguida por ele.

"Bem... Sentimos sua falta...” – ele sorriu, vendo-a abaixar a cabeça para esconder o sorriso que surgiu em seus lábios. – “E... até que a tarde foi interessante, mas acabamos não indo ao cinema…" – disse, recebendo um olhar curioso. - "Ficamos conversando a tarde toda sobre… outras coisas…" - suspirou, fazendo uma pausa.

“Outras coisas?” – perguntou encarando-o, sem entender e o viu abaixar levemente a cabeça, de forma pensativa. – “Shaoran?” – chamou-o, fazendo-o encará-la.

"Sakura, o que você acha que fica melhor…" - Touya entrou na cozinha, assustando-os um pouco. Segurava uma gravata em cada mão e parou de falar ao ver o amigo da irmã. - "Ah, boa noite, Li. Como vai?" - cumprimentou-o educadamente.

No início, Touya não gostava muito do chinês. Admitia ser superprotetor com a irmãzinha e se orgulhava ao contar todas as vezes que afastara algum possível pretendente da irmã, mas não conseguira assustar o chinês, não restando a ele outra alternativa, além de se acostumarem com a presença um do outro. E, agora, Touya tinha como segundo passatempo favorito implicar com o “melhor amigo” da irmã.

"Vou bem e você, Kinomoto?" - meneou a cabeça, cumprimentando Touya. – “Não sabia que estaria em Tomoeda hoje...” – comentou, fazendo-o arquear uma sobrancelha.

“Mas aposto como sabia que meu pai não estaria em casa...” – disse com um sorriso de lado.

“Touya!” – Sakura o repreendeu, envergonhada.

“Mas não se preocupe... já estou de saída...” – deu de ombros, encarando Sakura. – “Não vou atrapalhar o namoro de vocês...”.

“Quantas vezes eu vou ter que dizer que eu e o Shaoran não somos namorados!” – Sakura exclamou irritada.

Shaoran abaixou a cabeça, constrangido. Apesar de saber que era implicância de Touya, sempre se sentia desconfortável quando as pessoas faziam esses comentários sobre seu relacionamento com Sakura. Não entendia porque costumavam tirar essa conclusão. Nunca deram motivos concretos para isso.

“Digam o que quiserem...” – Touya suspirou, encarando o chinês que mantinha a cabeça baixa. Observou-o com estranhamento. Ele estava diferente. – “Está deixando o cabelo crescer, Moleque?” – questionou, com uma careta. Será que o rapaz estava pensando em montar uma banda de rock ou algo do gênero? Desviou o olhar para a irmã, pensando em implicar com ela sobre estar namorando um roqueiro rebelde, mas percebeu que ela abrira um sorriso entristecido com a pergunta.

“Err... Eu achei que estava na hora de mudar o visual...” – Shaoran respondeu sem graça.

"Contanto que você se sinta bem...” – disse, dando de ombros. – “A conversa está muito boa, mas... Sakura! Ajude-me aqui para que eu possa sair logo e deixá-los em paz...” – pediu Touya erguendo as mãos mostrando as gravatas: uma era verde-musgo e a outra de um verde esmeralda escuro. – “Qual delas você acha que devo usar?" – questionou, fazendo Sakura encará-lo.

Ela reparou melhor na roupa que ele usava. O terno e a calça eram azul-petróleo escuro e usava uma camisa branca. Voltou a olhar as gravatas.

"Use a verde escura…" - apontou para mão do irmão, que a olhou com desconfiança. - "Orna melhor com a cor do seu terno que a verde-musgo…" - explicou fazendo com que ele aceitasse a sugestão.

“Obrigado...” – disse enquanto fazia o nó da gravata.

“Será que me permite perguntar em que restaurante vão jantar?” – ela questionou, vendo-o suspirar pesadamente.

“No Yue’s...” – disse simplesmente, esperando pela reação da irmã.

“Uau! Cinco estrelas...” – ela assobiou, impressionada. – “Mas não está exagerando um pouco, Touya?” – riu um pouco. – “Sei que o jantar é para compensar o tempo que você ficou fora, mas foram apenas dez dias...”.

“Diga o que quiser...” – encarou-a com um sorriso de deboche, enquanto se preparava para sair da cozinha.

“Espera um pouco!” – ela arregalou os olhos e se colocou na frente do irmão. – “Você vai... ah!...” – deu um grito de alegria. – “Eu posso ver, Touya? Eu quero ver o anel! Eu sei que tem um anel...” – sorria enquanto pulava na frente do irmão.

“Está bem! Está bem...” - retirou do bolso uma pequena caixa de veludo que foi agarrada pela irmã; a garota mal podia se controlar de tanta emoção.

Sakura abriu a caixa vendo uma bela aliança de ouro com detalhe em baixo relevo de três luas crescentes em ouro branco.

“É linda, Touya!” – exclamou deslumbrada.

"Só espero que ela aceite…" - comentou um pouco nervoso.

"Você está brincando?" - Sakura deu um tapinha no ombro do irmão. - "Acho até que já demorou demais!… Vocês estão namorando há mais de quatro anos!" - disse com um ar brincalhão.

"Ah, sim! Justo quem vem me dar conselhos sobre relacionamentos enrolados..." - Touya comentou apontando com o canto dos olhos para o chinês, fazendo-a arregalar os olhos.

"O-o que…" - foi interrompida por Touya, que suspirou pesadamente.

“Deixa para lá! Eu já estou atrasado! Avise o papai que eu vou passar aqui amanhã à noite...” – pegou o anel da mão da irmã. – “Agora eu tenho que ir... Boa noite para os dois!” – falou, saindo em seguida.

Sakura se virou para Shaoran assim que o irmão fechou a porta da frente e o viu encarando-a de forma pensativa e um pouco receosa. Ficaram encarando um ao outro até ela abrir um largo sorriso.

“Janta aqui hoje?” – questionou, vendo-o sorrir.

"Eu adoraria!" - confirmou, balançando levemente a cabeça.

"Ótimo. Já está quase pronto…" - comentou, vendo-o levantar-se.

"Há alguma coisa que eu possa fazer?" - parou ao lado dela, com um sorriso.

"Ainda falta terminar de arrumar a mesa…" – falou, vendo-o se afastar até o armário onde ficavam os copos e os pratos.

 

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“Obrigada por me fazer companhia no jantar...” – Sakura disse, enquanto lavava a louça.

“Foi divertido! Além de estar muito saboroso...” – disse guardando os pratos que secara no armário. – “Você está cozinhando cada vez melhor, Sakura...” – voltou-se para a garota sorrindo. Ela tinha um sorriso embaraçado no rosto. – “Obrigado por ter me convidado...” – encarou-a por um instante e, então, desviou levemente o olhar.

“O que houve, Shaoran?” – ela perguntou, parando o que estava fazendo e secando a mão em uma toalha.

“Nada. Por que pergunta?” – ergueu novamente o olhar, vendo-a a sua frente. Sakura pegou o pano de louça da mão do rapaz e o puxou até o balcão da cozinha, sentou-o em uma das banquetas, fazendo o mesmo.

“Não diga que nada aconteceu como se eu não o conhecesse...” – repreendeu-o, um pouco triste. – “O que o está aborrecendo?” – perguntou com um pequeno sorriso.

Shaoran suspirou pesadamente olhando no fundo dos olhos esmeralda que se encontravam à sua frente. Ele nunca conseguia resistir a um pedido daqueles olhos, mas seu peito se apertava de temor ao pensar que poderia perder a amizade dela.

“Bem... E-eu...” – encarou-a resolutamente. – “Eu... Primeiramente, preciso que você saiba o quanto sua amizade é importante para mim, Sakura. Eu sei que você pode ficar chateada por causa do que eu vou lhe contar, mas eu realmente não quero perdê-la...” – viu-a encará-lo de forma estranha. – “É que eu não tenho sido totalmente sincero com você...” – contraiu as sobrancelhas, tristemente, deixando-a preocupada.

“Como assim, Shaoran? O que você...?” – ele a calou colocando os dedos sobre os lábios da garota.

“Por favor, Sakura! O que eu quero dizer agora é meio complicado, por isso eu preciso que você me deixe falar tudo...” – viu-a concordar com a cabeça, encarando-o, receosa. O que poderia ser tão grave para que ele dissesse aquilo? Ele respirou profundamente antes de continuar. – “Eu não tenho sido muito sincero com você quando falo de onde venho e de minha família...” – encarou-a, seriamente. – “Lembra-se de quando eu disse que minha família era muito grande e bastante tradicional alguns dias atrás? Sobre o casamento de meus pais?” – questionou, vendo-a confirmar. – “Bem, aquilo não era tudo... meu clã não é apenas tradicional, é também bastante influente...” – viu-a franzir a testa, encarando-o com desconfiança. – “Nossa família possui várias empresas e muitas outras coisas e eu... eu sou o principal herdeiro de tudo isso. Sou o futuro líder do Clã...” – viu Sakura arregalar os olhos em espanto. – “Quando eu cheguei em Tomoeda, disse a todos que vim para cá por causa de uma bolsa de estudos. Isso também não é verdade...” – abaixou a cabeça, encarando as próprias mãos. – “Mas como eu já havia dito uma coisa para explicar minha vinda, não consegui lhe contar a verdade depois porque...” – interrompeu a fala quando Sakura pegou a sua mão, segurando-a de forma carinhosa. Ergueu o olhar, lentamente.

“Era sobre a sua família que você queria me contar, Shaoran?” – ela questionou, recebendo somente uma confirmação silenciosa. – “Será que isso é tão importante assim?” - ela sorriu, um sorriso caloroso e cheio de compreensão. – “Eu não acho que justifique todo esse receio de me contar a verdade...” – balançou negativamente a cabeça.

“Eu queria ter lhe contado antes, mas...” – ergueu as mãos, sem conseguir concluir a frase. – “Mas tinha medo de sua reação...” – confessou, encarando-a quietamente.

“Se tinha medo é porque não me conhece direito...” – repreendeu-o com um pequeno sorriso. Suspirou. – “Eu compreendo o fato querer manter isso em segredo e ter mentido quando chegou aqui... Não dá para distinguir os verdadeiros amigos quando todos a nossa volta nos enchem de lisonjas...” – viu-o encará-la com admiração.

“Você é uma pessoa maravilhosa, Sakura...” - comentou e viu-a abrir um sorriso debochado.

"Eu sei, mas não adianta mudar de assunto..." - ouviu-o rir. – “Eu compreendo você, mas isso não significa que eu aceito o fato de ter mentido...” – soltou as mãos do rapaz, cruzando os braços. – “Por acaso eu já não lhe havia dito antes que os bens de uma pessoa não representam quem essa pessoa é? Olhe para mim, por exemplo, afinal eu também sou herdeira de uma empresa importante sediada em Kyoto, mas isso não interfere em minha vida...” – viu-o encará-la com espanto. Sorriu.

“O-o quê? Como assim? Do que você...” – inquiriu, confuso, ouvindo-a gargalhar.

“As empresas de meu avô, Shaoran...” – explicou, suspirando. – “Eu já havia lhe dito antes que meu avô é um empresário bem sucedido em Kyoto; que eu recebo uma quantia generosa todos os meses; que minha mãe era filha única...” – enumerava nos dedos. – “Não é difícil deduzir que eu e Touya somos os únicos herdeiros da pequena fortuna que meus avós possuem...” – ela declarou, um pouco sem graça.

“Então você... você mentiu para mim?” – perguntou com tom irônico.

“Eu não menti para você!” – ela retorquiu. – “Eu só deixei alguns detalhes implícitos...” – explicou sorrindo. Ele apenas balançou a cabeça.

“Todo esse tempo eu tenho feito papel de bobo ao esconder isso, não é?” – questionou, vendo-a confirmar. – “Mas não entendo uma coisa...” – olhou-a confuso. – “Se seus avós...” – foi interrompido por ela antes de terminar.

“Por que não moramos em um lugar melhor e dispomos de mais mordomias?” – ela supôs, vendo-o confirmar. – “Papai não permite que o dinheiro de meus avós interfira em nosso modo de vida. O máximo que eles podem fazer é enviar uma mesada de valor pré-estabelecido por meu pai, depositando metade do valor em uma poupança à qual eu só terei acesso quando completar 18 anos...” – explicou com um pequeno sorriso.

“Não entendo...” – ele a encarou intrigado. Sakura se levantou, com um pequeno sorriso no rosto.

“Eles nunca nos deram qualquer tipo de auxílio quando minha mãe era viva, então...” – deu de ombros. – “... meu pai tem suas razões para limitar a intromissão deles em nossas vidas...” – suspirou e abaixou um pouco a cabeça. – “Sinceramente, eu sempre tive tudo o que precisei. Eu aprendi que não preciso de tudo o que quero, então não sinto falta de nada. Mas isso é porque eu e Touya fomos criados sem mimos...” – piscou para ele, suspirando.

“Seu pai deve se orgulhar da filha maravilhosa que tem...” – sorriu, vendo-a ficar encabulada.

“Acho que é melhor terminarmos de limpar a cozinha agora...” – falou, ficando de costas para ele e voltando a lavar a louça.

“Tem razão...” – Shaoran sorriu, retornando à atividade que realizava antes.

 

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Sakura caminhava pelo corredor do colégio. Era horário do intervalo e estava indo se encontrar com seus amigos no pátio externo. Parou ao ouvir alguém chamá-la e virou-se. Ficou surpresa ao ver Yoshida se aproximar com passos firmes. A verdade é que quase não o reconhecera. Ele estava diferente, de alguma forma; mais sério que o normal, o uniforme estava alinhado. Nada de botões abertos, exibindo o físico do qual ele tanto se orgulhava. Mas apesar do espanto inicial, a garota não pôde evitar que um olhar levemente exasperado tomasse conta de sua fisionomia.

"Posso falar com você um instante, Kinomoto?" - ele perguntou, quando parou em frente a ela.

“Claro.” – disse simplesmente, sem nenhuma outra alternativa, afinal ele já a havia abordado. Ele esboçou um pequeno sorriso em forma de agradecimento.

"Eu gostaria de lhe pedir desculpas…" - disse encarando-a nos olhos, deixando-a levemente espantada. – “Por todas as minhas trapalhadas e tentativas frustradas de aproximação...” – completou, sem desviar o olhar, o que começava a deixá-la desconsertada. Ficaram em silêncio por alguns segundos e o rapaz não interpretou aquilo como um bom sinal, então voltou a falar. – “Eu sei que você não deve ter ouvido boas coisas a meu respeito. Meu jeito extrovertido sempre me rendeu fama de cortejador, mas eu gostaria de dizer que se você me conhecesse perceberia que eu não sou assim...” – defendeu-se, começando a ficar nervoso. – “Eu nunca escondi o que sinto por você, desde o primeiro momento em que a vi, mas sempre acabava fazendo alguma besteira quando tentava me aproximar, então decidi mudar de estratégia, mas não funcionou...” – suspirou, desviando o olhar, devia estar fazendo papel de idiota novamente. – “Acho que você não foi com a cara do meu alter ego cheio de si...” – deu uma rápida risada cheia de nervosismo. – “Deixa isso para lá, eu só queria pedir desculpas e dizer que eu realmente gostaria de uma nova chance... se você puder esquecer tudo...” – terminou de falar, esperando uma resposta.

Sakura o encarava envergonhada. Nunca imaginaria que ele fosse falar com tanta franqueza. Ela sempre achou a forma como Yoshida agia intragável e agora ele se mostrava completamente diferente do usual. Aquela atitude certamente era estranha. Ficou sem saber o que responder.

“Bem...” – ela balbuciou, tentando ajeitar seus pensamentos. – “Eu aprecio sua sinceridade e... e fico comovida com sua atitude, mas...” – suspirou encarando-o. – “Espero que entenda que eu não posso simplesmente esquecer tudo o que...” – foi interrompida.

“Eu entendo...” – ele falou cabisbaixo. – “Eu acho que aquele papo de ‘eu sou o máximo’ só funciona com garotas fúteis...” – riu amargamente erguendo os braços em derrota. – “Mas, sabe, eu realmente esperava que você me desse uma chance de mostrar quem eu realmente sou... Eu não sou daquele jeito...” – balançava negativamente a cabeça, com um pequeno sorriso no rosto.

“Eu sinto muito, mas preciso de algum tempo para me livrar da imagem que tenho de você...” – Sakura respondeu, com honestidade.

“Tudo bem... eu posso esperar...” – encolheu os ombros, sem nada mais a falar. – “Vejo você por aí...” – sorriu, despedindo-se e se afastando.

Sakura ficou observando-o até que desaparecesse, entrando em outro corredor. Pensando um pouco melhor, deu-se conta de que Yoshida não a incomodava há algum tempo já e, como não estudavam na mesma turma, ela apenas o via ocasionalmente na quadra jogando futebol e quando se cruzavam vez ou outra. Ele realmente parecia diferente, no entanto, até que ponto o que ele disse era verdade ela não sabia. Estava admirada com a atitude dele e talvez devesse considerar a possibilidade de se conhecerem melhor. 

‘Mas é melhor pensar nisso com calma e em algum outro momento...’, pensou decidindo esquecer por hora o assunto, afinal Eriol, Tomoyo e Shaoran estavam esperando por ela no pátio para o almoço.

 

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Três amigos conversavam animados sentados sob uma das árvores no pátio do colégio. Era uma cena bastante comum naquele horário. Eles sempre almoçavam juntos, rindo e se divertindo. Mas faltava alguém naquele momento tão comovente... Opa! Não falta mais... O quarto elemento do grupo de patetas chegou e, como era de se esperar, sentou-se perto de seu amor secreto para aproveitar de outra deliciosa e inesquecível refeição ao seu lado...

Um pouco afastadas, três garotas também estavam almoçando, tranqüilamente. Na realidade, enquanto Akami e Hikari almoçavam, Akio observava o quarteto com certa apatia.

“Garotas, aquilo não é algo simplesmente lindo de se ver?” – questionou a ruiva. – “Faz com que eu perca o apetite...” – jogou o sanduíche que comia sobre um guardanapo que estava a sua frente.

As garotas que estavam com ela olharam para o grupo feliz, continuando a comer seus lanches, sem se importarem realmente. Percebendo que suas amigas não iriam fazer nenhum comentário, Yamazato voltou a falar.

“Argh! Eu não suporto aquela Kinomoto! Ela parece uma... uma...” – fez uma careta, observando a garota de olhos verdes. – “Ela é patética...” – disse com uma expressão de nojo.

“Pelos deuses, Akio... Deixe a garota em paz ao menos no horário de almoço...” – pediu Hikari. – “Ela nunca fez nada contra você...” – argumentou, recebendo um olhar mortal da ruiva.

“Ela é uma falsa! Vive se fazendo de santa e de coitadinha...” – respondeu para a loira, levemente exaltada. – “Sempre com aquele sorriso idiota no rosto...” – completou entre os dentes.

“Sei lá... Eu sinto pena dela...” – Akami falou, dando de ombros. – “Ela é apaixonada pelo chinês, todo mundo pode ver isso, mas ele só tem olhos para você...” – sorriu de lado, encarando a ruiva.

“Eu não tenho culpa se o garoto tem bom gosto...” – comentou com um sorriso sádico. – “Eu adoro ver o jeito que ela desmancha aquele sorriso quando eu me aproximo do ‘melhor amigo’ dela...” – falou se levantando e ajeitando um pouco o uniforme.

“O que vai fazer, Akio?” – Hikari perguntou, vendo-a de pé.

“Vou me divertir um pouco com a pobre Kinomoto...” – abriu um sorriso venenoso. – “E isso vai ensinar a ela que não pode ficar sob os holofotes...” – começou a se afastar, mas parou ao ouvir Akami chamá-la.

“Não se esqueça de comentar sobre o novo corte de cabelo dele...” – a morena lembrou, exibindo um sorriso conspiratório. A ruiva sorriu concordando e continuou seu caminho.

 

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 Sakura sorriu, ouvindo Eriol provocar Shaoran com uma lembrança do passado. Ela percebeu como o clima estava mais leve desde que descobrira a verdade sobre a família do chinês. Ele não ficava mais tenso cada vez que Eriol mencionava o passado.

“Oh, não...” – Tomoyo murmurou, chamando atenção da amiga, enquanto os rapazes discutiam sobre algumas besteiras.

“O que houve?” – Sakura perguntou, reparando que a morena olhava para frente, mas não precisou que ela respondesse. Bastou ver a figura de Yamazato se aproximando de onde estavam. Desviou o olhar, concentrando-se em alguma coisa que a ajudasse a ignorar o jeito que Shaoran se comportaria.

“Rapazes...” – Tomoyo chamou-os, para evitar que dissessem algo que a ruiva não deveria ouvir.

“Com licença, pessoal...” – a recém-chegada falou, com os olhos fixos em sua presa. – “Desculpem por estar incomodando, mas eu estou em dúvida sobre a aula de Química no próximo horário e minhas amigas também não souberam responder...” – sorriu, observando a reação da Kinomoto. – “Sabem me dizer se a aula de hoje será no laboratório ou não?” – questionou, aguardando a resposta.

“A aula experimental será na próxima semana...” – Tomoyo disse sem muita paciência. Aquela garota não poderia estar falando sério.

“Que estranho, eu pensei ter ouvido a professora dizer que seria hoje...” – disse de forma pensativa. – “Bem, obrigada...” – disse fazendo menção de ir embora, mas apenas parou encarando o chinês por um momento. – “Eu não sei porque, mas tenho a impressão de que você está diferente, Li. O que seria?” – encarou com um pequeno sorriso.

“Er... E-eu... bem... ahm...” – o rapaz começou a balbuciar, com um sorriso bobo, enquanto encarava a ruiva.

“Ah... já sei! Você fez algo com seu cabelo...” – aumentou o sorriso. – “Está ótimo assim, esse estilo fica realmente muito bem em você...” – comentou, piscando para ele.

“Obrigado! Eu... eu... que bom que gostou... eu...” – ele mal podia acreditar que ela notara.

“Eu tenho que ir agora...” – acenou timidamente para ele, com um sorriso insinuante no rosto. – “Nos vemos na classe...” – disse antes de se afastar.

O ambiente suave que existia ali antes, simplesmente desapareceu. Eriol e Tomoyo se entreolharam abismados, enquanto Shaoran continuava hipnotizado pela garota e Sakura brincava com seus hashis. O silêncio estava se tornando quase sólido, alguém tinha que quebrá-lo.

“Devo dizer, Li, que com essa fluência na conversação certamente vais longe...” – Eriol falou ironicamente, encarando-o com seriedade. Shaoran despertou de seus devaneios.

“Eu não consigo pensar em nada inteligente para falar quando estou na frente dela...” – respondeu, abaixando a cabeça.

“Deverias parar de procurar coisas inteligentes e tentar formular frases que façam sentido...” – rebateu, vendo-o balançar negativamente a cabeça.

“É que... ah... Não adianta... Ela é tão bonita... tão...” – foi interrompido por uma Tomoyo indignada.

“Ora! Isso é um insulto, Shaoran!” – a morena exclamou, levantando-se. – “Se você não consegue falar com Yamazato porque ela é bonita, então o que devo pensar do fato de você conversar com tanta naturalidade comigo e com Sakura?” – questionou, afastando-se nervosa.

Ele ficou boquiaberto com a reação da garota. Olhou para Eriol e então para Sakura que continuava sentada no mesmo lugar, com a cabeça baixa.

“Eu não quis dizer isso! Não sei porque ela ficou tão nervosa!” – falou tão indignado quanto a amiga. – “Olhe só! Sakura não se importou com...” – parou de falar quando Sakura se levantou, afastando-se sem olhar para ele.

“Deverias pensar melhor antes de fazer esse tipo de comentário...” – o inglês aconselhou, também se levantando. – “Com licença!”.

“Eriol!” – Shaoran o chamou, sem se mover.

“Shaoran, vou ser sincero contigo...” – disse, encarando-o. – “Não sei o que tanto vês naquela garota, mas...” – meneou negativamente a cabeça. – “Mas não acho que valha o preço que estás pagando...” – completou, virando-se e foi na mesma direção que as garotas, deixando o amigo para trás sozinho.

Continua…

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Notas finais do capítulo

Aiya!
Err... Esse foi um capítulo bastante complicado... Começou muito bem, até... O Shaoran revelou seu segredo e com isso ele e Sakura se tornaram ainda mais próximos, mas ele tinha que estragar tudo... Que coisa!... Quem aí precisou de um saco de areia para não dar um murro no monitor? (olhando as mãos serem levantadas) Foi o que eu pensei... mas... gente, não fiquem muito nervosos com a... ahm... o.ò burrice(?) do Li... ele só está seguindo o script e... (percebendo que não deveria ter dito isso) Não liguem para o que eu falei antes, xinguem o Shaoran... armem complôs contra ele, planejem vingança contra ele... a culpa é dele! É TODA dele... XD (desesperada)...

Bem, vamos mudar um pouco de assunto... Vocês repararam como o Isamu é fofo? O jeito como ele foi pedir desculpas para a Sakura... foi muito lindinho... A Sakura foi um pouco fria com ele... Uhm... Será que ele está aprontando alguma coisa? Será que isso é um plano para conquistar a Sakura? Não sei... Mas é bem possível que a Sakura acabe se interessando por ele, não acham? (reparando nos vários lança-chamas e bazucas que foram erguidos em minha direção)... Eu acho melhor sair logo daqui, antes que eu vire picadinho...Ah!... Eu quero agradecer pelo apoio que tenho recebido e pelos comentários de incentivo! São muito importantes para mim...

Informações –

Atsui Hana – Nome da Lanchonete do Yamazaki (caso alguém tenha esquecido...).

Golden Week – Feriado prolongado japonês (para mais detalhes: consultar notas do cap. 04).
Até o próximo capítulo! (preparada para receber comentários desagradáveis...)Yoru.