Suteki da Nee escrita por Yoruki Hiiragizawa


Capítulo 4
Você me encontrará além das lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Música do capítulo: "Across the Tears", tema de Takato Matsuda, em "Digitamers".

Boa leitura!



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SUTEKI DA NEE
por Yoruki Hiiragizawa

 

Capítulo Quatro
Você me encontrará além das lágrimas

 

Caminhava vagarosamente pelos corredores da escola, aproveitando o tempo que possuía antes de soar o sino para o início das aulas. Estava espantada por ter chegado à escola sem se atrasar, principalmente, considerando que ficara praticamente em claro na noite anterior, colocando no papel uma idéia que, há alguns dias, não a estava permitindo descansar.

“Bom dia, Srta. Kinomoto!” – ouviu alguém falar e foi só então que percebera que Eriol caminhava ao seu lado.

“Bom dia, Hiiragizawa! Desculpe, mas não percebi que estava aí…” – disse ficando levemente corada.

“Ora, não há problema algum…” – o inglês respondeu, sorrindo educadamente. – “Sempre ficas dispersa desta forma logo cedo?” – perguntou, tentando manter um diálogo amigável. Sakura balançou negativamente a cabeça.

“Oh, não!… Eu geralmente não tenho tempo para pensar em nada de manhã…” – comentou envergonhada, com um sorriso encantador. Eriol olhou-a confuso.

“O que ela quer dizer é que: quase sempre se atrasa para chegar à escola…” – Shaoran disse intrometendo-se na conversa com um sorriso. – “Bom dia, Eriol…” – deu um tapinha nas costas do amigo e voltou-se para fitar Sakura que o encarava emburrada. Aumentou ainda mais o sorriso; adorava provocá-la quando podia. – “Não fique brava, Sakura…” – passou um braço sobre o ombro dela, beijando-lhe a testa. Tal ação a fez não resistir em abrir um sorriso.

Eriol espiava a interação deles com o canto dos olhos e um sorriso no rosto. ‘Apenas amigos, ele disse…’, pensou, contendo uma risada, enquanto entravam na sala. ‘Eu nunca o vi agir desta forma nem com a próprias irmãs...’.

Dirigiram-se para seus lugares, esperando a chegada do professor. Sakura olhava curiosa para a carteira vazia de Tomoyo. Não era tão cedo a ponto da amiga não ter chegado ainda. Teve seus pensamentos interrompidos ao ouvir alguém chamá-la.

“Sakura, posso falar um instante com você?” – perguntou uma garota magra, de olhos castanhos, cabelos castanho-escuros, lisos, um palmo abaixo do ombro em corte reto. Usava óculos leves, dando-lhe um ar intelectual.

“Claro, Naoko! O que houve?” – perguntou, vendo duas pastas com a etiqueta do jornal de circulação interna do colégio nas mãos da amiga.

“Estamos com falta de conteúdo na seção de arte e literatura do tablóide…” – dizia baixo para que ninguém mais escutasse. – “Eu sei que está em cima da hora, a próxima edição será impressa segunda-feira que vem, então, será que…” – interrompeu a fala ao ver a amiga balançar positivamente a cabeça.

“Eu estava mesmo pensando em apresentar uma poesia para a edição do jornal…” – sorriu, retirando uma folha de dentro do caderno. – “A idéia estava me incomodando tanto que ontem não consegui dormir antes da meia-noite…” – suspirou, entregando uma folha para Naoko.

“Muito obrigada, Sakura!” – disse beijando a folha. – “Você é minha salvação…” – sorriu, deixando a amiga para trás, enquanto lia o conteúdo da folha com os olhos brilhando.

“Bom dia!” – Tomoyo disse levemente ofegante, entrando na sala. – “Que sufoco! Como você agüenta chegar em cima da hora todos os dias, Sakura?” – perguntou sentando-se em sua cadeira para recuperar o fôlego.

“Ela já está acostumada, Tomoyo!” – Shaoran comentou, arrancando uma risada da amiga de olhos violetas, enquanto Sakura cruzava os braços encarando-o com uma sobrancelha erguida.

“Você tirou o dia para me irritar hoje…” – comentou virando-se para frente, evitando olhar para ele.

“Não sei do que está falando...” – fez-se de desentendido. – “A última coisa que eu iria querer seria irritá-la, afinal...” – interrompeu a fala ao ouvir algumas risadas. Voltou-se para a porta vendo as garotas que entravam na sala.

Eriol também as observou, reconhecendo, entre elas, a garota que vira na tarde do dia anterior e pensou, ironicamente, no ‘grande esforço’ que ela fazia para ser discreta. Não se ateve a encará-las por muito tempo, entretanto. Virou-se para Sakura que organizava seu material sobre a carteira, ignorando as recém-chegadas.

Qualquer pensamento que poderia passar por sua cabeça, não chegou a se formar, pois o professor entrou na sala, colocando ordem na turma e iniciando mais um dia de aula.

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Sakura estava tomando uma ducha no vestiário depois da aula de educação física. Fora a última aula do dia e isso lhe dava liberdade para delongar sua permanência ali. Sentia a água fria batendo em seu corpo dolorido pelas boladas que recebera durante o jogo. Parecia que todos a estavam fazendo de alvo. Na realidade, nada estava dando certo naquele dia. Fechou a torneira do chuveiro, encostando a testa na parede gelada.

Não era apenas hoje, fazia algum tempo que vinha sentindo uma estranha pressão no peito, uma sensação ruim, como que avisando a respeito de algo que aconteceria, provocando-lhe uma grande tristeza. Balançou levemente a cabeça, evitando pensar naquilo e secou-se, vestindo o uniforme em seguida.

Saindo do vestiário, pensava no que faria antes de voltar para casa a fim de preparar o jantar de seu pai. Estava bastante distraída, por isso soltou uma exclamação de surpresa ao ter seus olhos tampados por duas mãos que a pegaram por trás. Levou uma mão ao peito, acalmando o coração enquanto a outra segurava as que tocavam seu rosto. Sorriu, levando a que estava em seu peito para trás, por cima do ombro, no intuito de tocar os cabelos e a face de quem estava ali, mesmo já sabendo de quem se tratava.

“Shaoran…” – disse após alguns instantes, sentindo seus olhos serem libertos. Voltou-se para trás e viu o rapaz lhe sorrir.

“Demorou a descobrir hoje…” – comentou, vendo-a corar. Se ele soubesse que a demora era apenas para poder acariciar-lhe o rosto. – “Eu já percebi que você não está bem…” – começaram a caminhar, indo em direção ao portão da escola. – “O que houve?”.

“Eu acho que só estou um pouco cansada…” – disse abaixando a cabeça.

“Bem, será que essa fadiga permitiria que fôssemos até o Atsui Hana?” – perguntou, fazendo-a erguer o rosto e assentir com a cabeça. Trocaram um sorriso, continuando a caminhar.

Chegaram em frente a uma simpática lanchonete, conversando alegremente, Sakura nem se lembrava mais que estava tendo um dia ruim até aquele momento. Entraram no estabelecimento, rindo discretamente de algumas bobagens.

“Shaoran, Sakura!” – disse um rapaz alto, de cabelos negros e olhos pequenos. Vestia uma calça preta, camisa branca e colete vermelho com o desenho de uma flor, que era o símbolo da lanchonete. – “Que bom ver vocês aqui…” – sorriu, terminando de ajeitar uma mesa e indicando que eles poderiam sentar.

“Como estão as coisas, Takashi?” – Shaoran perguntou, sorrindo.

“Ainda estão bem calmas. A temporada só começa daqui a duas semanas…” – comentou, tirando um bloco de papel do bolso do colete. – “O de sempre para vocês?” – perguntou, colocando a caneta sobre a caderneta.

“Sim!” – Shaoran respondeu, após Sakura confirmar com a cabeça. – “Avise-nos se precisar de ajuda aqui…” – pediu, vendo o rapaz anotar seus pedidos.

“Nem precisa falar…” – sorriu, meneando a cabeça. – “Pelo menos sabemos que vocês trabalham direito, ao contrário das meninas que contratamos durante a Golden Week…” – sussurrou para que ninguém mais ouvisse. – “Nunca perdemos tanta louça desde que abrimos a lanchonete…” – comentou, sarcástico, guardando a caneta no bolso. – “Já trago os pedidos de vocês…” – acenou afastando-se até o balcão.

“Yamazaki parece outra pessoa quando está trabalhando…” – Sakura comentou com um sorriso, pensando na personalidade brincalhona que o amigo possuía na escola.

“Mas eu não sei ao certo se o motivo pelo qual fica mais sério é o trabalho ou os pais dele o observando…” – Shaoran olhou para o caixa onde a mãe do rapaz estava concentrada com a contabilidade. Sakura riu pelo comentário, mas seu sorriso esvaeceu logo em seguida.

Seus olhos, sem querer, cruzaram com os de Shaoran que a olhava com um pequeno sorriso no canto dos lábios. Tinha algo estranho acontecendo ali, naquele exato momento. Seu coração disparara e vira algo estranho nos olhos de Li. Parecia que ele escondia algo.

“O-o… o que houve?” – perguntou sentindo-se nervosa. Ele suspirou e abaixou a cabeça. Parecia estar buscando as palavras certas, quando a ergueu novamente, possuía um brilho de medo no olhar.

“Você me considera seu amigo, Sakura?” – perguntou suavemente, como se pudesse machucá-la caso falasse mais alto.

“Não apenas meu amigo, Shaoran…” – respondeu, estranhando aquilo. Era uma pergunta tão infantil que poderia dar risada não fosse a seriedade que ele impregara ao fazer a pergunta. – “Você é meu melhor amigo… O amigo mais querido que tenho!” – falou olhando-o nos olhos. Shaoran sorriu.

“Mesmo assim, existem coisas que você não me conta, não é?” – indagou, vendo-a abaixar o rosto levemente e balançar suavemente a cabeça, respondendo que: sim. – “Mas isso não quer dizer que você não confie em mim, não é? Talvez apenas não tenha encontrado o momento certo de me revelar esses segredos, ainda…” – supôs, expressando seus pensamentos, fazendo-a erguer a cabeça, voltando a fitá-lo. Ele mantinha um sorriso no rosto.

“O que você está tentando me dizer?” – questionou. Viu-o fechar os olhos tomando ar.

“Eu só... só queria saber se você ficaria brava por eu também manter algo a meu respeito em segredo…” – sua expressão ficara séria quando Sakura demorou a responder.

Ela estava tentando imaginar que tipo de segredos ele poderia ter para ficar tão nervoso com a possibilidade de ela descobrir. ‘Por que será que ele está falando disso justo agora? O que foi que mudou para causar tamanha incerteza a ele?’, questionou-se, encarando-o. Encontrou a resposta ao recordar que o amigo vinha agindo de forma estranha desde a chegada de Eriol.

“Eu... não acho que ficaria brava…” – falou pensativa. – “Dependendo do motivo pelo qual você esteja mantendo esse segredo, eu poderia ficar um pouco chateada, mas não brava…” – sorriu fracamente, encarando fixamente os olhos chocolate.

Shaoran sorriu, assentindo com a cabeça quando Takashi se aproximou trazendo dois milk-shakes de chocolate, um pedaço de torta de limão para ele e um de torta de morango para Sakura.

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Ela caminhava apressadamente para a sala, estava um pouco atrasada, como o usual. Abriu a porta, ofegante, entrando em seguida.

“Bom dia!” – disse automaticamente, recebendo a resposta de seus amigos.

Enquanto caminhava para sua carteira, viu Tomoyo e Eriol conversando amigavelmente, com sorrisos em seus rostos. Passou por eles e sentou-se em seu lugar e, pendurando a mochila no gancho atrás da cadeira, pegou o jornal do colégio que estava sobre sua mesa.

A equipe do grupo de jornalismo, que era responsável pela elaboração e publicação do mesmo, distribuía-o por todas as salas antes das aulas começarem. Observou as notícias da capa notando que a maioria delas dizia respeito a eventos da cidade com os quais o colégio estava envolvido. Passou direto para a terceira página e não pôde deixar de sorrir sentindo uma pontinha de orgulho ao ver sua poesia no quadro de “Arte e Literatura”.

“Bom dia!” – Shaoran disse aproximando-se dela ao lado de Yamazaki e sentando-se em seu lugar. Ele e o amigo foram os responsáveis pela limpeza da sala naquele dia.

“Oi, Shaoran…” – sorriu lindamente para o amigo e desviou o olhar, com o sorriso ainda no rosto, para o rapaz que o acompanhava. – “Bom dia, Yamazaki!” – cumprimentou-o.

“Bom dia, Sakura!…” – disse retribuindo o sorriso e cumprimentando-a com a cabeça. – “Com licença, eu vou falar com Chiharu…” – respirou profundamente apontando para a garota de longos cabelos castanhos avermelhados e olhos caramelo, presos em uma grossa trança. Shaoran balançou positivamente a cabeça e deu um tapinha nas costas do amigo, como que encorajando-o.

"O que está acontecendo?" - indagou vendo Yamazaki afastar-se para conversar com a garota que sempre ‘explodia’ com as histórias que inventava.

"Já ouviu falar que a curiosidade matou a gata?" - perguntou debochado. - "Além do mais, se tudo der certo, você vai ficar sabendo antes do término das aulas de hoje...".

“O que você sabe que eu não sei?” – Sakura perguntou com uma sobrancelha erguida e um curioso sorriso.

“Além do conteúdo de matemática e física, inglês e culinária?” – ele desconversou, debochado, vendo-a fechar o sorriso e olhá-lo de forma incrédula.

“Você está querendo insinuar que eu não sei cozinhar?” – perguntou com a voz perigosamente baixa.

“Quem? Eu?… Nunca!” – disse, fazendo-se de desentendido. Inclinou-se sobre sua carteira, ficando mais perto dela. – “Mas para você ver que eu não estou mentindo, você nem tentou desmentir sobre os outros três itens…” – disse, fazendo-a rir.

“Olha só que cena mais encantadora!” – ouviram alguém falar com desdém, interrompendo a brincadeira. Yamazato entrou na sala olhando para eles com um sorriso zombeteiro no rosto enquanto seguia para seu lugar. – “Eles formam um lindo casalzinho, não é mesmo?” – jogou os cabelos vermelhos para trás e para a amiga que a acompanhava. Esta, possuía cabelos negros, curtos e olhos num tom azul-acinzentado e apenas concordou com a cabeça.

Shaoran ficou petrificado. A ruiva não poderia pensar que ele e Sakura tinham alguma coisa... Então se afastou rapidamente. Não notou que a amiga abaixara a cabeça tristemente com sua atitude, antes de se voltar para frente e olhar através da janela.

“É uma pena que Hikari não esteja aqui para ver isso…” – comentou a garota de cabelos curtos.

“Quem disse que eu não estou presenciando essa linda cena romântica, Akami?” – falou uma garota sentada em uma das fileiras centrais da sala. Tinha os olhos castanhos e os cabelos louros pouco acima dos ombros. Akio e a amiga juntaram-se à loura, rindo da reação do chinês ao comentário.

“Como não poderia deixar de ser…” – Tomoyo cochichou para Eriol. – “Yamazato aparece, estragando outro dia que seria perfeito…” – disse suspirando, e encarando a amiga que ficara desanimada.

Em seguida, a professora de Literatura entrou na sala, cumprimentando a todos sem saber o que se passara ali segundos antes. Após cumprir com todos os procedimentos de praxe, ela sorriu para a sala erguendo uma das folhas do jornal.

“Antes de começarmos com a aula, eu gostaria de parabenizar a senhorita Kinomoto pela linda produção que foi publicada na edição de hoje do nosso jornal…” – disse, fazendo Sakura agradecer com um pequeno sorriso, encabulado.

Akio fez uma careta e resmungou algumas coisas, recebendo um olhar repreensivo de Tomoyo e Eriol.

“Quem ainda não leu, por favor, dê uma olhada na página três…” – a mulher continuou dizendo. Por toda a sala, escutou-se o som do folhetim sendo manuseado.

Shaoran abriu o jornal, contente pelos elogios direcionados a Sakura. Sabia como era difícil receber qualquer tipo de comentário positivo da Sra. Mayu.

Apenas sentir, sem pensar
Apenas sorrir, sem conhecer
Apenas ser, sem saber
Apenas olhar, sem sequer ver
Sentimentos, sensações, emoções
Sentido que não há, razão que não se espera

[...]

Apenas sentir, sem pensar
Sentir com a alma aberta
Coração em flor, mente alerta
Deixar fluir, subir, tomar
Tudo se molda, se mostra, se forma
Tudo se abre, se funde, se torna

[...]

Apenas voar, sem temer
Alcançar o Céu, tocar o Paraíso
Abrir asas, sentir o vento
Gelado, terno, Infinito
Elevar o coração às alturas
E amar sem esperar, apenas amar

Apenas querer, sem tocar
Querer a alegria do riso pueril
Perceber do simples o composto
Enxergar no pequeno o grandioso
Almejar a ingenuidade dos sonhos
Emocionar-se com o Pôr-do-Sol.

[...]

Apenas sentir, apenas sorrir
Apenas ser, apenas olhar
Apenas voar, apenas querer
Apenas cantar, apenas viver
Apenas correr, apenas amar
Apenas saber a vida desfrutar

Apenas

 

Subitamente, enquanto lia o que Sakura havia escrito, Li sentiu um formigamento no estômago e percebeu que seu coração estava acelerado. Já havia lido as poesias de Sakura antes, mas nunca se sentira tocado daquela forma. Todos os seus pelos se arrepiaram e perdeu, por um instante, o fôlego.

O que era aquilo que sentia? Por mais que tentasse compreender, não conseguia. O que era aquele contentamento que o dominava, simplesmente por perceber que Sakura descrevera seus mais íntimos pensamentos e desejos daquela forma tão espetacular? Perguntou-se se a amiga também ansiava por poder viver daquela forma: apaixonadamente, sem medo... Precisava descobrir, pois era algo que não conhecia a respeito dela.

Sakura ainda mantinha em sua mente cada uma das palavras que escrevera na semana anterior e, silenciosamente, as recitava em busca de conforto a seu coração. Aquele poema fora escrito para tentar exteriorizar o desejo que tinha de jogar aos ventos a precaução, todo o medo e a eterna agonia que sentia por ter Shaoran sempre tão perto, mas nunca da forma que queria.

Pensava em como a atitude dele, algumas vezes, apenas destruía as esperanças de terem qualquer envolvimento. O que havia de errado com ela, afinal? Enquanto, o rapaz era a sua maior fonte inspiração; ele a maltratava agindo como o fizera momentos antes: como se não significasse absolutamente nada para ele.

Estava de olhos fechados, a cabeça ligeiramente abaixada e as mãos na altura do peito, tentando acalmar seu coração que batia angustiado.

Sentiu-se tola ao perceber que lágrimas escorriam por seu rosto e que soluçava. Ergueu o rosto vendo que todos a estavam encarando com estranhamento. Olhou para a Sra. Mayu e em seguida para a porta, voltando a encarar a professora. A mulher de meia-idade apenas balançou positivamente a cabeça, entendendo que ela queria somente sair dali. Sakura levantou-se e, rapidamente, cruzou a sala saindo para o corredor sob os olhares de todos, inclusive um par de olhos ambarinos que mostravam grande preocupação.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Aiya!...
Talvez não tenha ficado muito claro, mas esse é um capítulo importante por marcar uma importante mudança no rumo das coisas. Shaoran magoou Sakura afastando-se dela ao ouvir o comentário de Yamazato; foi sem querer, mas magoou... Em compensação está se preparando para revelar uma coisa muito importante de sua vida para a garota; algo que irá aprofundar ainda mais seus laços de amizade...

DISCLAIMER: O poema "Apenas" é de autoria de Felipe S. Kai que generosamente me autorizou a usá-lo aqui. Eu decidi não utilizá-lo na íntegra e coloquei um link no último "Apenas" no texto para que vocês possam apreciá-lo e elogiar o autor devidamente.

Beijinhos.
Yoru. (14/08/2009, 21:15h. "A verdade depende muito do ponto de vista").