Todo O Mal Que Há escrita por Camila J Pereira


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!!
Tantas coisas dos nossos personagens sendo reveladas.
Carlisle amava Bella? Isso é passado?
Muito mais saberemos neste capítulo.
Divirtam-se



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– Estamos fora. – Damon falou e então pôde sair do seu esconderijo.

Tinha tomado cuidado andando como não quer nada pela casa até conseguir chegar aos fundos sem ser notada. Damon já estava lá com o motor ligado, pediu que ela entrasse imediatamente e saíram.

Ela ficou encolhida no piso do carro na parte de trás envolta em uma manta escura que ele tinha deixado para ela. De todos os vampiros do mundo, não que conhecesse todos, estava longe de acertar ser o Damon a ajuda-la naquilo – o que quer que esteja fazendo. Se bem que ainda não sabia os reais motivos dele.

Espremeu-se entre os bancos até alcançar o acento da frente ao lado dele. Damon dirigia tranquilamente dentro do limite daquela via. Não parecia o mesmo de quando chegou ali, parecendo desesperando em alcançar a mansão. Aquilo deveria significar alguma coisa? Porque ficava imersa em dúvidas com relação a este vampiro?

– Está usando o colar. – Ele cortou o silêncio novamente. Estava usando o colar da Isadora, na verdade foi um impulso.

– Talvez me dê sorte. – Damon apertou as mãos no volante.

– Deixe-me ter a última tentativa. – Ele estava querendo mesmo conversar e ela não sabia se queria o mesmo. – Vamos voltar para casa. Estará em segurança lá.

– Está tentando me convencer de que aqui, neste carro, com você, estou segura? – “Ironia demais, não?”, pensou apenas depois de falar.

– Se eu te dissesse que existem coisas ainda piores do que eu por aí, acreditaria em mim e ficaria em casa? – Nada de agressivo nas palavras dele aquilo quase a fez se arrepender do que tinha dito antes.

– Apenas dirija, Damon.

– E para onde?

– Para o centro da cidade.

– Acha que movimentação de humanos irá detê-lo em alguma coisa? – Bella não respondeu. Ela na verdade achava que não, mas estava farta de lutar com um inimigo imaterial.

Não queria ficar ainda mais nervosa do que estava e Damon com aquelas perguntas estavam elevando o seu nível de tensão. Tensão, não era apenas a ansiedade e até certo medo de encontrar aquele vampiro maldito. Também não era a raiva que sentia por ele apenas o que estava incomodando naquele momento.

Arriscou uma olhada pelo canto do olho para Damon e surpreendeu-se quando ele olhou diretamente para ela. Foi rápido, mas ele não fez questão de esconder que a estava olhando. Ele não tirou o olhar porque tinha sido pego em flagrante ele simplesmente fez isso para voltar a olhar para a estrada.

Não estaria ficando louca, estaria? Era o seu pensamento no momento. Deveria esquecer aquelas sensações. Buscou o rádio do carro e ligou o aparelho. Uma voz sensual cantava: “Was driving in my car, late at night all alone. Then he stopped me asked me for a ride. There you were on your own.” – Eu estava dirigindo no meu carro tarde da noite sozinha. Então ele me parou e me pediu uma carona. Lá estava você sozinho. - Bella remexeu-se inquieta no banco enquanto a voz baixa e penetrante continuava. “Now ask me why do I feel my heart’s on fire ask me. Whay do I feel this satrange desire. Ask me why do I feel like I’m falling, falling” – Agora me pergunte porque eu sinto meu coração pegando fogo. Porque eu sinto esse estranho desejo. Me pergunte porque eu sinto como se estivesse caindo, caindo.– Damon olhou para ela novamente com seus grandes olhos azuis escuros por causa do ambiente. Estavam brilhando? Ela tinha arfado alto? Sentiu ímpetos de aproximar-se dele um pouco mais como nossos seus repetitivos sonhos quando ele aparecia nas sombras oferecendo a sua mão. “Licking your...” – Lambendo sua... – Aquilo já era demais para ela e desajeitadamente mudou de estação. Damon engoliu em seco antes de voltar o olhar novamente para a estrada.

Bella deixou em algo que parecia uma balada. Pelo menos não tinha uma voz sensual ali, mas a letra era bem sentimental. “I have died every day waitinh for you. Darling, don’t be afraid, I have loved you. For a Thousand years. I’ll love uou for a Thousand more.” – Eu morri todos os dias esperando você. Querido, não tenha medo, eu amei você. Por mil anos. Eu amarei você por mais mil. – Aquilo tinha arrepiado todos os seus pelos. Seu coração estava disparado. Não entendia porque estava tão emotiva. “And all along I believe I would find you. Time has brought your heart to me. I have loved you for a Thousand years. I’ll love you for a Thousand more. – E o tempo todo eu acreditei que encontraria você. O tempo trouxe o seu coração para mim. Eu amei você por mil anos. Eu vou amar você por mais mil. – Bella piscou quando Damon ruidosamente desligou o aparelho.

Não falaram nada nos segundos seguintes, Bella apenas queria controlar seu coração e respiração. Tinha sido extremamente estranho tudo aquilo. E a tensão, sim, a tensão entre eles dois estava mais forte. Damon suspirou duas vezes e passou uma das mãos nos cabelos. Parecia inquieto, mas Bella não poderia ter certeza.

– Já estamos chegando. – Ele forçou-se a dizer.

Bella olhou para fora do carro, para a paisagem. Percebeu novamente como aquela cidade na verdade parecia uma vila. Daria tudo para ter conhecido aquele lugar em um outro momento. Na sua outra vida quando ainda era apenas uma Professora de História e pesquisadora. O centro da cidade era constituído por um círculo de estabelecimentos importantes para os moradores. Bem, ali era Stowe. Damon estacionou sem se importar muito onde. Saíram do carro, Bella ainda trêmula pelo que tinha acontecido dentro do carro.

– Não deveria ter desligado o aparelho daquela maneira, eu...

– Tudo bem, você não curte música. – Ela falou. Estavam de frente um para o outro, mas ele não olhava para ela.

– Gosto de músicas. – Ele riu. – Só que... – Ele balbuciou algo ininteligível.

– Damon eu não entendi. – Ele bufou.

– Parece que você não entende muita coisa. – Resmungou e chutou uma pedra que com a sua força desapareceu.

– Certo. Estava mesmo tentando saber quando você voltaria a ser insuportável. – Por incrível que parecesse, ele apenas fungou.

– Temos que agir logo, antes que percebam que não está na mansão.

– Coloquei um aviso na porta do meu quarto, dizendo para não me perturbar. E fiz um volume com roupas de baixo das cobertas.

– Isso pode funcionar, por pouco tempo. Carlisle está sempre atento à você. – Bella notou que ao dizer aquilo, Damon pareceu fazer um esgar.

– Você tem algum problema com o Carl? – Damon colocou as mãos nos bolsos olhando rapidamente para ela e voltando a olhar em volta.

– Não.

– É porque ele te transformou?

– Você não entende mesmo nada. – Ele voltou a falar e começou a andar segurando-a pelo braço, forçando-a assim a segui-lo.

– Se eu não entendo é porque não me dizem.

– Por acaso você não tem suas visões? Use-as. – Ele suspirou antes de parar. Bella ainda estava sendo mantida perto dele. Aquilo estava ficando rotineiro. – Onde e como será isso? – Ele enfim a olhou nos olhos.

– Na igreja. – Ele a soltou petrificado. – O que? – Perguntou meio sem jeito pelo comportamento dele. – Vocês não entram em igrejas? – Aquilo fez com que ele franzisse o cenho, depois sacudisse a cabeça como se não acreditasse no que tinha ouvido e por fim rolou os olhos.

– Mito.

– Então porque essa sua reação?

– Tudo começou em uma igreja. Aquela ainda é a mesma igreja. É a mesma igreja, Bella. – Bella sentiu o coração apertado pela informação e pelo tom angustiado que sentia nas palavras do Damon.

– Ficará tudo bem, Damon. Já se passaram muitos anos e agora a situação é outra.

– Porque está fazendo isso? – Ele estava tentando me convencer a desistir.

– Porque quero conhecer o meu inimigo. Quero vê-lo cara a cara.

– Você já o conhece.

– Isadora o conhece. Eu não.

– São a mesma pessoa.

– Não me sinto assim. Não agora. – Damon deu passo para trás com as mãos na cintura andando em círculo. As pessoas, na maioria turistas, passavam por nós sem de verdade nos notar. – Preciso saber se ele matou a Bonnie. Vamos para a igreja. – Sem esperar que ele respondesse ela começou a caminhar em direção a igreja.

Bella pensou que o que Damon havia falado não tinha relevância, mas mesmo assim quando estava diante do primeiro degrau da igreja parou. Foi como se houvesse uma barreira, mas ela sabia que a barreira estava em sua cabeça. Damon parou ao seu lado esperando que ela avançasse. Era uma igreja muito parecia com as das cidadezinhas do Brasil. Aparentemente pequena, branca com uma torre. A porta era enorme e as janelas, uma em cada lado da porta eram de vidro. Estava diferente aquilo. Algo de moderno atingiu aquele lugar.

– Tudo bem. – Chamou toda a sua coragem e deu o primeiro passo que foi visivelmente vacilante. Ela subiu todos os degraus e olhou para trás. Damon estava a um passo atrás dela e olhava para ela o tempo todo. Voltou-se para a frente e entrou na igreja.

Estava mudada por dentro, não parecia totalmente aquela igreja que visitou em sua visão no momento da maldição. As imagens se misturavam por detrás de seus olhos, em seu cérebro. A igreja antiga e a atual estavam sobpostas. Aquilo estava deixando-a agitada.

– Ainda podemos voltar.

– Não Damon. – Ela sentou em um dos bancos. Não podia olhar muito ao redor, estava ficando confusa. Respirou fundo algumas vezes enquanto Damon ainda em pé a observava. – Porque faz isso?

– O que? – Ele foi pego de surpresa.

– Sempre está me observando. – O maxilar dele rangeu e ele sentou-se a três bancos atrás dela. – Ótimo. – Pegou o pequeno frasco que manteve no bolso da sua jaqueta durante todo o percurso e pôs um pouco do pó em sua mão. Ela caminhou até o banco a frente de Damon que já olhava para ela sabendo o que ela pretendia.

– Você não aprendeu a fazer isso.

– Como sabe?

– Eu tenho ouvidos e ... Deixa pra lá! - Damon estava também observando-a enquanto treinava? Aquilo estava ficando mais estranho a cada momento. – Sabe o que está fazendo?

– Sei que quero fazer. – Ele assentiu e então ela fechou os olhos concentrando-se nas palavras que tinha lido no livro de magia sobre proteção básica.

Ela pronunciou as palavras e as repetiu enquanto depositava o sal em volta deles. Foi o suficiente para os dois bancos. Tanto ela quanto Damon estariam protegidos. As poucas pessoas que estavam ali não estavam prestando atenção neles. Faziam suas orações silenciosas. Bella acomodou-se no banco e com toda a sua vontade tentou alcançar a mente de Caius. Ela sentiu a sua mente expandindo, vasculhando como se tivesse tentáculos invisíveis. Não demorou muito, ele estava esperando.

“Olá, querida.”

“Caius, se for possível, te espero na igreja.” – Bella conseguiu senti-lo rindo.

“É claro.” – Ela se retraiu, fechou a sua mente para que ele não se comunicasse mais. Tinha medo que ele pudesse ver mais do que desejava que visse, como acontecia com ela. Não sabia nada sobre isso ainda, teria que fazer suas perguntas a sua mãe.

– Ele está vindo. – Avisou a Damon.

Caius deveria estar perto, esperando apenas o chamado dela, pois imediatamente estava na igreja. Ela sentiu a presença dele, algo como uma força magnética. Ele caminhou lentamente até ela, sentia-se em casa naquele lugar. Sua fisionomia era tranquila quando alcançou o banco dela. Ela olhou para ele. Era como já havia visto em sua mente. Um homem alto e louro de traços finos e delicados, mas que possuía um olhar hipnotizante e lábios presunçosos.

Ele não tentou transpor a proteção, ele sabia que ela estava ali. Apenas foi para o banco da frente e sentou-se, mas não exatamente na frente dela, mas um pouco para o lado. Ele olhou para frente e Bella jurou que ele rezava naquele momento. Seus olhos estavam cerrados e seus lábios moviam-se tão rapidamente que parecia que de verdade não moviam. Mesmo de costas Bella podia sentir a tensão de Damon.

– É uma honra estar aqui com você. – Ele disse baixo, mas suficiente para ela escutar. – Já faz um longo tempo desde a última vez que estive aqui. Este lugar, o lugar do início. Nada mais certo do que nos encontrarmos aqui. – Ela queria ouvir o que aquele ser tinha para falar. Queria estudar as suas palavras, lembrar delas depois. Ele olhava para frente todo o tempo em que falava. – Bella, você está esplêndida nesta existência. Mas fiquei um pouco decepcionado com a proteção.

– Caius, não ficará ofendido se disser que não confio em você. – Ele sorriu, foi um riso abafado.

– Entendo que não se pode confiar em ninguém. Mas se eu quisesse mesmo, se tentasse com afinco, talvez conseguisse transpassar essa proteção. Acredito que ou você está me subestimando ou confia, lá no fundo, que eu não tentarei nada contra você. Como é verdade. – Aquilo a deixou desconcertada.

– Você já tentou contra mim e minha família.

– Não pode acreditar nisso. – Aquilo a irritou.

– Você quase mata a Renée no Brasil.

– Não, a ordem foi pará-la enquanto um dos mais antigos que estavam mais próximo daquela localidade despertasse completamente e tomasse conta de você.

– Você matou uma das minhas melhores amigas. – Com os lábios cerrados despejou a acusação.

– Não, querida. – Ele falou com ternura. – Aquilo foi um erro, cometido por um de meus insolentes e jovens seguidores. O nome dele era James, um espécime muito belo, mas sem nenhum equilíbrio. Temo que vocês mataram a companheira dele. – Bella lembrou-se do dia em que enfrentou os três vampiros. – Ele agiu sem a minha permissão e espero que acredite que o puni devidamente.

– Puniu?

– Sim. Eles me devem obediência, é o que quero em troca.

– Quer mesmo que eu acredite que este James foi o responsável, que agiu por conta própria? E devo acreditar também que convenientemente você o puniu?

– Sempre tão incrédula. Veja por si mesma. Deixo que acesse as minhas memórias. Você fazia isso antes, não era? – Bella estava curiosa, queria ver aquilo.

– Bella... Talvez isso não seja uma boa ideia. Não sabemos a intenção dele. – Ouviu Damon atrás de si. Caius olhou para Bella e depois para Damon atrás dela apenas com um leve virar de cabeça. Ele sorriu ao voltar para sua posição original.

– Esperava que o Carlisle estivesse aqui também, mas aqui está você com este aí. Algumas coisas não mudam. – Bella percebia que estava com sulcos na testa, Caius percebeu a sua confusão e curiosidade e olhou em seus olhos. – Vejo que não recobrou toda a sua memória. Interessante...

– Do que está falando?

– Guarde os seus comentários para si mesmo. – Indignou-se Damon. Caius não respondeu, talvez achasse perda de tempo.

– Vejo que está usando o colar. – Instintivamente ela o tocou, ele sorriu levemente. – Por favor, veja. – Caius apontou com seu indicado a sua cabeça. Bella respirou fundou e fechou os olhos.

O que viu a assustou. O que parecia o louro que os atacou estava coberto do seu próprio sangue. Estava amarrado em correntes grossas que estavam sendo seguradas por mais outros quatro vampiros. Ele implorava misericórdia, Caius estava de pé apenas olhando como se ele não estivesse ali. Até que aproximou-se dele, ficando frente a frente.

– Nenhum vampiro age sem minhas ordens. – Ele sussurrou. – Enfrente o seu fim, meu filho degenerado. – E então sem nenhuma hesitação, Caius arrancou o coração do vampiro com suas próprias mãos. Bella abriu os olhos rispidamente e sentiu-se enjoada.

– Isso aconteceu mesmo?

– Duvida do que consegue ver? – Ele rebateu. – Sua amiga está vingada. Aquilo é o que acontece com aqueles que me traem. – Parecia ter sido um aviso.

– Você Caius, continua o mesmo. Isso é tão tedioso. – Damon pronunciou-se.

– Que bom que o seu julgamento não me interessa em nada, mas como um aviso, deve acreditar.

– O que você quer comigo, Caius? É óbvio que não me quer morta. – Interrompi os dois.

– Chegamos a um ponto muito importante. Espero que aceite vir comigo e então poderemos conversar melhor.

– Ir com você?

– Esquece isso! – Damon alterou-se e muitos que estavam ali olharam para ele.

– Vou dar um tempo para você pensar. Um tempo curto. – Caius continuou como se não estivesse ouvido o Damon.

– Eu não preciso de tempo para pensar em nada. Jamais iria com você para qualquer que fosse o lugar. O único assunto que tenho para tratar com você é este: Fique longe da mansão e de qualquer um que more lá. Não machuque ninguém.

– Querida, como posso não machucar ninguém se fui amaldiçoado a fazê-lo.

– Isso deveria deter vocês, ditos santos. Deveria fazê-los sofrer, querer a morte e por isso penitenciarem durante todo tempo que suportarem. Eu lhes dei o sol para que pudessem morrer e o coração ainda bate para que sejam vulneráveis. – Bella parou de falar, não sabia de onde tinha tirado tudo aquilo, mas sentia como se tudo fosse verdade. Parcialmente Caius virou o seu corpo e debruçou-se sobre o encosto de seu banco em direção a ela.

– Você nos deu uma dádiva. Quase imortais, sobrenaturalmente fortes, velozes, sem falar nos outros dons adquiridos com o tempo e nunca envelhecemos. Eu sei que talvez não tenha sido a sua intenção, mas agradeço mesmo assim e te quero comigo. Você é muito importante, Bella, e para ter você, eu posso agir de maneira que achará um tanto desagradável.

– Você pensa que pode ameaça-la assim? – Caius ergueu-se respeitosamente.

– Espero que fique longe de todos os meus assuntos, Damon. Minha paciência não melhora com o sono prolongado. E para você minha querida, estou pesaroso por não beijar sua delicada mão. Você virá a mim, não virá? – Era uma pergunta retórica, ele divagava naquele momento. - Tão linda... Carlisle cometeu um erro gigantesco. – E então ele voltou a olhar para Damon. – Mas eu posso talvez livrá-lo disso. – Damon levantou-se desafiadoramente.

– Damon, não... – Bella instintivamente segurou a sua mão ao levantar também. Caius notou aquele gesto e Damon de repente sentia-se fraco. Foi o toque dela, ele não esperava sentir aquilo tão forte.

– Darei alguns dias para você. Não esperarei muito. – Com uma reverencia, ele se foi caminhando tranquilamente através da igreja até a saída.

– Preciso de algumas respostas suas. – Damon assentiu parecendo aliviado pela saída do Caius. As mãos deles ainda estavam unidas tendo entre eles o banco. Bella retirou sua mão da dele e caminhou até onde ele estava para sentarem juntos. – Por favor, seja honesto comigo. – Era a primeira vez que Bella pedia algo a ele tão suplicante. – Acredito que você não seja o traidor, mas parece que você sabe quem é. E pelo o que entendi das ameaças do Caius, é alguém que você se importa. Isso se confirma por você preferir que eu o acuse no lugar dessa pessoa. – Damon não conseguiu permanecer olhando para ela, ele estava vidrado olhando para frente.

– Não me peça isso. – Falou baixo.

– Damon...

– Há tanta história envolvida.

– Conte-me essa história. – Pediu. Ele soltou o ar pela boca, não parecia muito seguro. – Preciso entender. – Não estava tranquilo, passou as mãos pelo rosto, mas tentou manter-se no controle.

– Nos primeiros anos da minha transformação, Caius me procurou. – O seu lábio superior tremeu um pouco, ele passou a língua nos lábios umedecendo-os. – Ele queria que me unisse a ele. Queria que juntos pudéssemos encontrar você, queria que eu fosse o seu espião. Ele usou tanto galanteio e floreios que poderia convencer qualquer pessoa.

– Mas não te convenceu. – Damon olhou para o rosto de Bella, estava tão diferente naquele momento. Era quase como se fosse humano novamente, tantas emoções passavam por seu rosto.

– Mas convenceu outra pessoa.

– Stefan? – Bella perguntou quase com certeza.

– Entenda, ele era jovem, estava infeliz pela transformação. Ele só queria ser humano novamente e foi isso que Caius ofereceu a ele o que Carlisle nunca fez. Descobri a pouco tempo e fui confrontar meu irmão. Ele estava carregado de culpa, mas dizia que sempre que tentava se esquivar do Caius eles ameaçavam...

– Ameaçavam?

– Nossa família humana.

– O que? – Aquilo era uma novidade.

– Mantivemos nossa família humana sob nosso olhar durante todo esse tempo. Caius sabia dessa nossa fraqueza com o passar do tempo. – Bella estava tocada com aquele lado protetor e talvez amoroso de Damon. – Parece tarde para Stefan, pelo menos ele pensava assim até o momento em que conheceu você.

– E agora ele parou de colaborar.

– E está sendo ameaçado, nós estamos.

– Damon, eu sinto muito por isso. - Ele sacudiu a cabeça e levantou.

– Temos que trabalhar, e neste momento, devemos voltar para casa.

– Eu... Damon... – Bella estava atrapalhada, mas deveria saber. – E sobre nós? Como nos conhecemos antes? Porque me odiou desta vez? – Damon tinha os olhos brilhantes e o que pareceu um pouco assustados. Balbuciou algo que ela não entendeu, talvez não tenha sido nada exatamente porque parecia em estado de confusão.


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