Greco-Romana escrita por P3RC4B3TH


Capítulo 27
Despedida,enfim.


Notas iniciais do capítulo

E ESSE É O ULTIMO ;CC Espero que goste, E obrigada por acompanharem até o final ♥ Beijos. ~Kah



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Depois de ter terminado a missão e voltarmos ao acampamento alguns campistas vinham falar com a gente para saber como tínhamos nos saído lá fora. As vezes as coisas eram estranhas. Tipo,as pessoas sorriam para mim. Nunca fizeram isso.

Mas eu comecei a me enturmar mais com o pessoal. Tipo,fiquei bem próxima de Meridia. Depois eu comecei a ter mais assunto com Fred,o filho de Deméter. Ele estava mais próximo de Jay,então sempre nos falávamos. E Tyler. Eu me sentia na obrigação de ser legal com ele,pois a namorada morreu em uma missão comigo.

A parte chata é que as pessoas sempre olhavam para cara de Brayan como se ele fosse um terrorista. Mas eu sempre dizia a ele que ele não tinha que ligar,pois daqui um tempo eles iam ir com a cara dele. Ele se deu super bem com Meridia. Achava que aqueles dois iam ter um caso.

No geral o resto das férias foi um pouco chato. Eu não podia fazer esforço até dar o tempo de tirar os pontos. Jay também não podia fazer nada por causa do braço e porque ainda estava se recuperando. Tresh fazia as atividades normal,mas sempre ficava com a gente. Nós agora éramos o trio de amigos.

As vezes em que eu me divertia era com Brayan,pois eu e ele aprontávamos juntos. Conversávamos sobre a vida um do outro,e foi legal conhecer meu irmão.

Eu achava que o clima de amizade entre mim e Tresh ia diminuir,pois Jay estava vivo e eu ia ter Brayan por perto. Mas não. Nós fomos criando afinidade. Jay e eu também ficamos bem mais próximos que antes.

–Cara,você está carente?-Disse quando ele me abraçava.-Nada contra,mas é sério.

–Você é muito questionadora. Apenas aceite o amor.

–Isso é profundo. Vou aceitar seu amor.-Retrucava.

Eu também discutia com Tresh apesar te sermos mais chegados.

–Ai,me carrega? minha perna ainda dói.

–Você consegue andar. Eu sei que você está me usando.

–Você me usou quando disse que eu era sua namorada.

–Foi estratégia.

–Mas você me pegaria,certo?-Foi a parte em que ele me colocou em suas costas.-Isso é um sim?

–Não. Isso é um cala a boca Romana.

Quando fui tirar os pontos da perna fique inquieta,pois não seria Jay que iria se responsabilizar por mim.

–Romana,fica quieta,Suzy é uma boa enfermeira.-Jay estava ao meu lado.

–Mas você pode tirar pontos com uma mão.-Falei.

–Não posso. Agora é só ficar quieta.

Em geral eu fiquei tranqüila,menos a parte que chutei a mão da tal Suzy. Fora isso tudo bem.

Houve as vezes em que eu me metia em brigas com alguns campistas e Tresh e Jay sempre tentavam me livrar.

–Ai,ela é legal.-Jay disse para uma garota do chalé de Atena. O nome da menina era Katherine. Em uma das provas que eu fiz com os outros campistas acabei batendo nela de propósito.

–Olha,ela bateu seriámente com a cabeça. Desculpe-nos. -Tresh dizia.

Depois fui pedir desculpas para a garota porque Jay e Tresh me prometeram que me dariam um presente. O presente foi uma blusa feita pelos dois escrito 'Garotinha dos meninos'. Um bonequinho gordo,um bonequinho de palitinho com cabelos amarelos e uma bonequinha de palitinho com cabelos enrolados,no caso eu.

–Fala sério,deixo de bater um uma garota para virar a garotinha dos meninos?

–Não é qualquer menino. Somos nós.-Jay abraçou Tresh.

–A ideia foi de Jay. Juro que eu não queria...

Acabei gostando e interrompi Tresh para abraçá-los.

–Obrigado por agora serem minha família.

O fim das férias foram se aproximando e Jay e Tresh vieram com um papo sério para cima de mim.

–E o que você vai fazer,Romana?-Disse Jay.-Ficar no acampamento ou...seguir viajem?

–Seguir viajem?

–É. Vai começar o ano letivo. Nós temos opções. Ou ficamos aqui eu vamos para a casa de nossos parentes.-Tresh disse.

–Eu não tenho parentes,vocês sabem. E sinceramente? Não quero viajar. Quero ficar aqui.

–Mas nós dois vamos para a casa.-Tresh disse.

–Não quero ficar aqui sozinha. Quero dizer,vocês vão e eu ficaria. Brayan também. Não posso voltar para o acampamento Júpiter. Não ainda.

–Ei! Não quero que você volte. Ninguém insinuou isso. E você não tem que ir,sabe disso.-Disse Jay.

–É- Tresh continuou.-O que queremos dizer é que você simplesmente tem que estudar. Não pode ficar o resto da vida em suas viagens e correndo perigos. Tem que ter uma base,quer dizer...estudos,sabe?

–Eu sei! Mas acontece que eu não tenho uma pessoa, entendem?

–Nenhum parente distante?-Jay perguntou.

–Na verdade...Existe um,eu acho.

–Sério? Porque nunca disse dele?-Tresh perguntou.

–Porque ele não é importante. Ele é tio da minha mãe. Uma vez fui na casa dele e só.

–E de onde que ele é?-Tresh perguntou.

–Mullingar,Irlanda. Ele tem um mercadinho lá. Ele chama-se Sandy.

–Romana,você pode falar com ele e quem sabe ele venha para cá...

–Jay,não quero. Se eu não ficar eu saio por ai e depois nas férias eu volto aqui.

Ficamos um bom tempo discutindo o assunto,até que sai de lá ou acabaria brigando com eles. Eu sei que eles queriam o meu bem,mas eles estavam me deixando maluca.

–Jay,Romana não pode ficar mais vagando por ai. Ela corre muitos perigos,sei que ela se vira bem,mas está errado. Ela não pode achar que só porque é boa em matar pessoas e roubar algo que ela vai ser alguém na vida.

–Eu sei,Tresh. Mas é a opção dela.

–Temos que convence - lá.

–Romana é teimosa. Se nós não ficarmos e ela achar que tudo vai ser estranho,ela simplesmente vai sair daqui.

No final eles acabaram me convencendo a falar com meu tio Sandy. Estava odiando a ideia e torcia para que meu tio não concordasse.

–Gente,ele nem é meu tio. É de segundo grau. Segundo grau não conta. Não é parente,não é?-De qualquer forma,eles não mudaram de ideia.

Não me perguntem como eles acharam o meu tio. Acabei falando com ele por telefone.

–Oi tio Sandy.

'-Quem está falando?'

–Romana,filha da sua sobrinha Trina,lembra?

'-É você? Garota,sua mãe morreu,isso é verdade?'

–É. Isso faz um tempo e eu quero saber se tem como me fazer um favor.

'-O que? Eu tenho que te tirar da cadeia? Juizado de menores me convocou?'

–Não é isso Tio Sandy. Pode me escutar e depois fazer perguntas?

'-Ta,pode falar.'

–Eu preciso que você se mude para os Estados Unidos,pois tenho que morar em uma residência fixa para ir a escola.

'-A onde estava esse tempo todo?'

–Eu estava em um lugar de freiras,mas ai o lugar fechou. Eu estou em um acampamento de férias. Tudo bem se não puder vim para cá.

'-Não se posso abandonar Mullingar'

–Meninos- Me dirige para Tresh e Jay que estavam ao meu lado- ele disse que não pode abandonar Mullingar.

–Me da esse telefone- Jay disse.

–Alo? Tio da Romana? Aqui é o amigo da Romana. Olha,por favor,ela precisa de um lugar.

'-Eu não tenho nada a ver com isso.'

–Você pode abrir uma filial do seu mercado aqui. Pensa,mais grana para o senhor.

‘-Eu tenho coisa a ver com isso,na verdade. Passa para a garota.’

Jay me deu o telefone.

–Fale.

'-Se eu for para ai,não vou ter problemas com você,não é?'

–Acho que não.

–Espero não me arrepender disso. É pela sua mãe. E por você quando era pequena. Você era um bebe gordo. As pessoas compravam no meu mercado só para ficar brincando com você. De qualquer forma,eu vou ver se arrumo um espaço ai. Me ligue daqui uma semana,no mesmo horário.'

–Tudo bem. Tchau.

–E ai?-Tresh me perguntou.

–Ligamos daqui uma semana.

Faltava três para acabar as férias. E a semana passou. Liguei de volta.

'-Romana?'

–É.

'-Você tem um novo parente para cuidar de você. Vamos morar em East Village. Espero não me arrepender'.

–Ta. Obrigada.-Desliguei o telefone.

–E ai?-Jay perguntou.

–E ai que ele vai vim para cá.-Disse com cara não muito agradável.

–Que bom!-Jay começou a pular,mas logo parou.-Ai,ainda sinto dores nas pernas.

–Então porque está com essa cara de quem não gostou?-Tresh perguntou.

–Porque eu não gostei. Não sei como vou viver em casa agora, vou me sentir em cativeiro.-Disse.

–Vai ser legal. E se a gente sentir falta um do outro,vamos no ver.-Jay disse com um enorme sorriso.

–E onde você mora?

–Brookellyn. E Tresh no centro de Manhattan.

–Sério?-Falei.

–É.-Tresh respondeu.

–Tenho que falar com Brayan. Nos falamos depois.

Eu nem tinha falado com tio Sandy por causa do meu irmão. Ele com certeza não ia gostar de ter outra criança com ele.

–Brayan! Brayan! O garoto,eu estou falando com você!-Disse quando ele estava concentrado em sua mira no arco e flecha.

–Pode falar,já errei a mira mesmo.

–Pentelho,vamos ter uma casa.

–Como é? Alguém vai nos adotar?

–É. Um parente da nossa mãe. Ele é de Mullingar,Irlanda e vai se mudar para cuidar da gente.

–Sério? Que legal! A gente vai poder aprontar bastante.-Ele estava sorrindo.

–Não vamos aprontar. E também não podemos.

–Brayan,eu tenho uma notícia.-Era Meridia entrando correndo pela arena de combate. Ela estava com um sorriso enorme.-Eu não vou passar o ano letivo no mundo mortal. Vou poder ficar aqui.

Brayan ficou sem expressão.

–Romana,conversar com ela. Já venho.

E então esperei por volta de treze minutos.

–Ãn...Romana,tenho uma decisão.-Ele me disse.

–E você já toma decisões?

–E estou falando sério!

–Ok,me desculpe.

–Eu quero ficar aqui.

Por um minuto eu quis socar ele.

–O que?

–É. Tudo bem se eu ficar,não é?

Claro que não.

–Tudo bem. Mas já te aviso que se alguém quiser te bater eu não estarei por perto,e digo mais...Coloca a camisa laranja antes que te linchem por usar o nosso roxo.

Ele riu. E lá de trás Meridia vinha se aproximando.

–Obriga por deixá-lo aqui,Romana. Eu vou cuidar bem dele.

–Tava na hora de alguém começar a namorar mesmo.-Falei.

–Ei! Eu não saio por ai dizendo que Tresh é seu namorado.- Eu fiquei vermelha.

–Ele,não,é,meu,namorado! Diz isso de novo e te levo para casa com um tabefe. Para de rir. Eu estou falando sério!

E o resto das férias passou com um vento. Rápido.

No dia de irmos embora estava tudo pronto. Só minha mochila e minha adaga na cintura. Eu,Tresh e Jay subimos a colina para nos despedir. Antes disso eu e Brayan tínhamos chorados porque íamos ficar longe.

–Não acredito que nessas férias achei uma amiga e um amigo. Eu sou bonito,tenho pessoas ao meu lado,mas vocês dois me fazem me sentir que posso confiar em alguém.-Jay disse.

–Realmente,minha férias foram bem legais. Pelo menos sei que minha mãe não nos abandonou por não nos amar.-Lembrei que Tresh ainda não fora reclamado.

–E eu tenho uma família. Embora ela tenha me mandado estudar!

–A van vai sair já já para nos buscar. E ai? Alguém quer se pronunciar?-Jay disse.

Ninguém abriu a boca. De repente me vi de mão dada com os dois.

–Me façam o favor de não morrerem,seus cabeções!

–E por favor estejam aqui nas próximas férias!-Jay disse.

–E Romana,para de apertar a minha mão!

–Desculpe,Tresh. Então é isso.-Disse quando vi a van estacionar.-Só daqui seis meses?

–Cinco,na verdade.-Corrigiu Jay.

–É bom que isso de certo. Eu estou com medo de viver de novo com uma pessoa e saber que agora ela não me conhece e não sabe quem eu sou.

–Vai dar tudo certo.-Tresh disse.

Já era hora de Jay ir.

–Vou sentir saudades.-Jay disse me abraçando. Aquelas mãos estavam passeando pelas minhas costas e aquilo me dava arrepios.- Cara,para com isso! Não vamos ter relações então por favor,não me iluda.-Ele começou ai rir.

–Eu vou sentir saudades!-Agora ele foi se despedir de Tresh.- Foi bom ter te conhecido. Obrigado por ter cuidado da senhora encrenca enquanto eu estava supostamente morto.

–Sem problemas.-E aquela droga de sorriso lindo se formou no rosto de Tresh.

–Posso te abraçar?-Jay perguntou.

–Se não me alisar ou coisa do tipo,ta legal.

–Sem isso.-Jay retrucou. E os dois se abraçaram,embora Tresh tivesse ficado com um pouco de medo de Jay o beijá-lo.

–Até.-E ele se foi por entres as árvores.

Minha van chegou logo em seguida.

–Ta,é isso. Tchau gordo,a gente se cruza nas férias.-Sai andando o mais rápido que consegui.

Ele ficou com uma cara de decepcionado,isso fez eu voltar correndo e me atirar em seu braços.

Fiquei ali agarrada nele. Enquanto eu não recuava senti que ele ficou tenso. Após alguns segundos ele retribuiu. Passou a mão pela minha cintura e encostou sua cabeça em meu ombro. Aquilo me deu vontade de nunca sair dos braços dele. Mas eu sai por que eu tenho vergonha na cara.

–Olha, a culpa foi sua pelo abraço. - Falei.

–Para de ser assim. Você gostou.

‘Maldito sorriso lindo!’ Pensei.

–Para de afirmar isso!

–Ta bem! A gente se cruza nas férias.

–É. - E antes que eu pudesse me defender seu lábios estavam em minha bochechas.

–Você tem que parar de fazer eu gostar de você! - E retribui em beijo nas suas bochechas gordas. - Tchau! - Assim sorri e sumi diante das árvores.

Eu mudei, eu sei. Não sou mais o tipo de garota que leva tudo no lado da pancadaria, são poucas as vezes. Ta, eu ainda vejo tudo desse lado. Não vejo a hora de voltar e vê-los novamente.

Que venham as próximas encrencas!



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