Waking Up escrita por LiKaHua, Claray


Capítulo 2
All The Right Moves


Notas iniciais do capítulo

Kath: Olá pessoas lindas, fiquei muito contente com os primeiros leitores da fic ^^ Obrigada pelos reviews, a Claray e eu estamos vendo as melhores possibilidades para a história podem apostar. Não sei se conhecem as músicas, mas mesmo que não estejamos usando ao pé da letra como dizem, a essencia de cada capítulo segue o roteiro do cd :D um olá para a Iviny que não é do Nyah, mas gostou muito da fic e recomendou no face o/ aqui vai mais um cap pra vocês. O estilo narrativo da história é esse mesmo, conversarei com a Claray para tentar manter sempre nesse estilo ^^ beijos lindinhos!



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Uma coisa é certa sobre essa coisa que chamam amor: Ele só aparece quando você não está procurando e mesmo que te quebre inteira viver sem ele é ainda mais difícil que tentar sobreviver com.

--- §§§ ---

            Em um segundo pequeno o mundo pareceu explodir em cores, Elize não esperava que aquilo fosse acontecer, mas era real e ela não poderia sentir-se mais satisfeita. A sincronia entre os lábios era como um casal numa pista de dança onde os passos de um determinam os do outro e os corpos respondem um ao outro em uma conversa onde palavras são dispensáveis e talvez seja assim que o tal amor funcione, sem palavras provavelmente ele é surdo e mudo e só compreende e sente as atitudes de gestos.

            O som do despertador tirou Elize dos seus sonhos, abrindo os olhos e fechando novamente ela tateou o criado mudo a fim de desligá-lo, e por mais que quisesse se manter na realidade, sua mente se recusava a acordar daquele sonho tão nítido que chegava a dar-lhe sensações físicas. Ela ainda tentava se convencer de que realmente beijara Noah Tedder, ou melhor que fora beijada por ele, mas tentaria não se apegar muito a esse fato, conhecia o bastante de relacionamentos para saber que ele não a procuraria de novo, o que ela pensava, que ia acabar vivendo um daqueles romances incríveis que ele escrevia? Não, a vida real funcionava de outro jeito.

            Ela se lembrou dos olhos de Noah, eles brilhavam como estrelas em uma noite de verão, ele era tão inteligente e ao mesmo tempo tão sonhador, com ele Elize se sentia única, especial. Mas eles se conheciam há muito pouco tempo para que ela imaginasse se envolver com ele, mesmo tendo partilhado aquele beijo inesquecível. Ela lera os livros dele, de certa maneira o conhecia e a parte que mais gostava é que de alguma forma todas as personagens que ele criava tinham algo em comum com ela no que dizia respeito a personalidade, ela conseguia envolver-se nas histórias, como se de alguma forma fizesse parte delas.

            Prendendo os longos cabelos em um coque, com certa dificuldade, Elize checou pela última vez o visual diante do espelho antes de sair de casa, ela morava em uma casinha charmosa perto da cidade, a mãe não residia muito longe dali também ela sentia-se bem por estar de volta, gostava do clima rústico que Hampshire tinha, contrário às grandes metrópoles. Quando chegou ao café começou sua rotina de sempre tirando as cadeiras que estavam viradas sobre as mesas:

- Bom dia, Elize!

- Bom dia, Paul!

- Então, como foi o encontro com o escritor?

- Ah Paul! Não seja metido! - Exclamou uma voz feminina levemente rouca. - Bom dia querida Elize!

- Bom dia Ellie! Não foi um encontro Paul – Ela falou convicta. - Só fomos conversar.

- Querida, conversar vocês já conversam muito aqui. Não acredito que não aconteceu mais nada entre vocês.

- Pois acredite! - Sorriu.

- Nossa vocês tem que se animar!

            Elize riu e caminhou para arrumar as mesas do lado de fora do café, lembrava nitidamente do beijo que trocara com Noah, ainda podia sentir a sensação dos lábios dele nos dela. Era loucura. Quando terminava de arrumar a última mesa ele surgiu na entrada do café:

- Um expresso por favor. - Falou sorrindo.

- O que faz aqui tão cedo?

- Estou trabalhando.

- Sério? - Ela perguntou sorrindo.

- É... Não faz ideia de como é trabalhoso conquistar mulheres inteligentes.

            Elize ergueu a sobrancelha com um sorriso confuso, enquanto sua cabeça dizia Isso não está acontecendo seu coração palpitava dentro do peito. Noah se aproximou devagar e a beijou intensamente, ela não conseguiu resistir a vontade que parecia gritar no seu corpo, ele estava ali contrariando todas as suas concepções, e ela não podia negar a atração perigosa que existia entre os dois.

- Vai sair comigo hoje de novo?

- Posso pensar no seu caso...

            Sorrindo ela o soltou voltando para dentro do café, Noah sentou-se à mesa de sempre abrindo o caderno no qual estava escrevendo o esboço do seu novo livro ainda sem nome:

            E é incrível o modo como ela consegue me cativar com uma doçura cada vez mais abrasadora, ao mesmo tempo em que quero dominá-la sou pego por essa vulnerabilidade que ela me impõe, de simplesmente admitir estar apaixonado. - Escrevia David enquanto observava as pessoas que caminhavam pela rua, o dia tinha acabado de começar, mas para ele significava mais que isso, era sua vida que estava se iniciando, passara um tempo demasiado culpando-se por tudo que aconteceu no passado, quem sabe fora mesmo ele que negligenciara a relação que pensava ser da sua vida para dedicar-se ao futuro que estava sendo construído, mas percebia agora, diante de Elize que havia alguém feito para ele, e que ele havia sido feito para alguém e que finalmente estava fazendo todos os movimentos certos.

- A centelha do amor verdejava sobre os corações escurecidos e finalmente sentiam-se capazes de iniciar novas sensações que possivelmente não teriam nenhum sentido, mas fariam grande diferença.

A voz suave de Elize tirou Noah de seus devaneios, ele sorriu.

- Um amanhecer para dois página 97.

- Alguém já te disse que esse seu sotaque britânico é um charme? Embora te denuncie americano de longe!

Ele riu abraçando Elize e puxando-a para que sentasse em seu colo.

- Alguém já te disse que você é irresistível?

- Não brinque com fogo Noah Tedder!

- Não corte o meu barato, brincar com fogo é o meu passatempo favorito.

            Elize riu, o último mês estava sendo um sonho, mesmo que Noah se esforçasse ao máximo em manter sua vida o mais distante possível da relação deles, em parte isso a deixava chateada, e até mesmo insegura, mas a atração entre eles era irresistível demais para que ela se incomodasse mesmo que um pouco com certos detalhes.

- O que acha de jantarmos juntos?

- Gostou tanto de minha companhia? – A moça tornou a rir.

- Você não sabe o quanto. – Ele sorriu. Por um momento o coração de Elize bateu mais depressa, suas bochechas coraram levemente.

---§§§---

           Noah enrolou em seus dedos um cacho dos cabelos de Elize, apreciavam em um agradável silencio o balanço suave das águas do lago e o farfalhar das folhas das árvores. Agora que pensava no assunto, nunca se sentiu tão bem antes. Até mesmo as coisas ao seu redor pareciam mais belas!

           Estar ao lado de Elize era algo mágico – ela era algo mágico, ousaria dizer que ela era a mais encantadora de todas as mulheres. Ele apenas não sabia o que a fazia tão incrível...

- O que tanto me observa? – A garota ergueu uma sobrancelha.

- Apenas vendo o quanto você é linda. – Ela riu – Por que está rindo?

- É que às vezes você me lembra tanto seus personagens... Parece até que estamos em um de seus livros!

- Isso significa que sou tão encantador que nem pareço real? – Ele piscou em brincadeira, fazendo-a rir ainda mais.

- Oh, sem dúvidas! Mas parece que você confundiu sua bela mocinha com a vilã – Ou eu talvez tenha confundido a vilã com a mocinha, o pensamento amargo veio em sua cabeça. Ignorando-o, ele sorriu.

- Ou talvez eu tenha entrado no livro errado, caído acidentalmente em um buraco e me encontrado com Alice no meio do caminho.

- Hm... – Ela pensou em uma resposta com o dedo indicador posicionado nos próprios lábios e os olhos se perdendo no horizonte – Me pergunto onde estaria a Rainha de Copas.

- Tudo que sei é que sua cabeça continuará no lugar.

       Ela apenas sorriu enquanto perdia-se em pensamentos e murmurava um inaudível “será?”, sendo fitada curiosamente.

       Houve novamente um momento de silencio, que sendo cortado por Elize.

 - Eu não entendo... – Começou timidamente - Por que se interessou por mim? Não entendo tanto de celebridades, mas acredito que você possa ter qualquer outra mulher.

- Mas eu não quero nenhuma outra.  É difícil explicar o motivo, nem eu mesmo sei. – Admitia. – Quando estou com você não preciso ser Noah Tedder, sou apenas Noah. Você me permite ser eu Elize, você me faz sentir vivo...

     Não precisava de explicação, mesmo que ela ainda se sentisse um tanto temerosa. Era como se Elize estivesse hipnotizada pelo outro, que parecia ter as falas treinadas. Mas também não se surpreendia – quantas falas ele já não escrevera? Sim, falar não deveria ser um problema para ele.

     E por um momento deixando seus temores de lado, a jovem pensou seriamente em se render – entregar-se por completo àquele amor, sem dar ouvidos ao seu lado pessimista que insistia que aquilo não daria certo.


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Notas finais do capítulo

Então, reviews?