Peguei o lápis e me concentrei no papel em branco na minha frente. Mas, não importava o quanto eu tentasse, as palavras não saiam. Olhei para o calendário. Eu ainda tinha três dias até o prazo final, quando teria que enviar o texto para a revista com todas as alterações que Ana, a editora-chefe, me mandaria fazer (e não seriam poucas).

“Concentre-se” falei para mim mesma, inutilmente. Desisti, me levantei da cadeira, troquei de roupa e fui andar pela cidade. No caminho encontrei alguns jovens e entre eles haviam alguns com tatuagens. Já que o tema da minha coluna este mês deveria ser “tatuagens”, resolvi falar com eles.

Expliquei a situação e eles foram muito gentis, respondendo todas as minhas perguntas. Descobri que um fez para demonstrar seu lado criativo, outro fez para mostrar sua ligação com Deus e a família, um terceiro fez uma que o inspirasse, teve outro que fez para combinar com a da namorada e o último fez porque estava na moda. Também me contaram como foi a experiência e a reação das outras pessoas.

Voltei para casa com as ideias borbulhando na minha mente e me sentei novamente em frente ao papel em branco. Alguns minutos depois, o texto estava quase concluído. Para terminar, resolvi escrever sobre que tatuagem eu faria. Pensei, pensei e pensei até que cheguei a três opções: um arabesco, um gatinho e o nome da minha filha, todas nas costas. Pronto, só faltava o “E você? Que tatuagem você faria?”.